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Buscando Refúgio nas Asas de Deus

“O Senhor lhe pague pelo bem que você fez. Que você receba uma grande recompensa do Senhor, Deus de Israel, sob cujas asas você veio buscar refúgio.” – Rute 2:12

Estou lendo o pequeno livro de Rute, que conta uma história ocorrida na época de Juízes, que é resumida na seguinte frase:

“Naqueles dias, não havia rei em Israel; cada um fazia o que achava mais certo.” – Juízes 19:25

Sim, era uma época em que cada um fazia de acordo com suas conveniências e as histórias contadas no final do livro de Juízes mostra a decadência espiritual que havia se instalado na nação de Israel.

Porém, como na época de Noé, sempre há pessoas que a despeito da maioria, decidem fazer a vontade de Deus. É o que encontramos no livro de Rute, nas pessoas da personagem principal, sua sogra Noemi e Boaz, seu futuro marido.

O livro começa amargo, com Noemi, viúva, idosa, declarando-se vazia (1:21), reclamando de Deus, afinal perdera seu marido e dois filhos e renunciando ao seu nome, cujo significado é “suavidade”, ela assume o nome de Mara, a amarga, como amarga estava a sua vida naquele momento.

Porém, a partir do capítulo 2 o livro passa a ser doce, terno, leve, como Rute. Na sua pobreza, essa mulher vai colher espigas que caem da plantação dos ricos. “Casualmente”, o texto diz (vs. 3), ela vai ao campo de Boaz, parente de Noemi, que, como um homem temente a Deus, a trata com tanta generosidade, generosidade esta reconhecida pela própria Noemi (vs. 19).
Porém, o texto que mais chamou-me a atenção foi o que Boaz disse para Rute no capítulo 2: “Que você receba uma grande recompensa do Senhor, Deus de Israel, sob cujas asas você veio buscar refúgio.”

A história de Rute, o amor para com sua sogra Noemi já era do conhecimento de todas e sua generosidade abre portas para que fique no campo de Boaz, onde será protegida e não sofrerá os maus tratos que mulheres e estrangeiros eram vítimas naquela época.

Na Bíblia, às vezes Deus é retratado como uma galinha que cuida dos seus pintinhos. No salmo 91 o salmista diz sobre aquele que busca em Deus proteção: “Ele o cobrirá com as suas penas, e sob as suas asas, você estará seguro” (vs. 4-a).

Sim, quando Rute, uma estrangeira, moabita, fez do Deus de Israel o seu Deus (e não mais os deuses da sua nação), ela se colocou debaixo das asas de Deus, e o Senhor tornou-se seu protetor que começou a trabalhar em seu favor, dirigindo-a aos campos de Boaz e trabalhando no coração deste que somente lhe fará bem.
Além disso, ao ficar com sua sogra e dela cuidar, abrindo mão do seu conforto pessoal, Rute se coloca debaixo das asas protetoras de Deus, que muito aprecia e se alegra quando vê alguém amando o seu próximo como a si mesmo.

No Novo Testamento, falando de Jerusalém, Jesus diz que quantas vezes quis proteger aquele povo, como a galinha faz com seus pintinhos, mas foi rejeitado: “Quantas vezes eu quis reunir os seus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas, mas vocês não quiseram” (Mateus 23:37-b).
Sim, meus irmãos, quando nos aproximamos de Deus buscando nele nosso refúgio, nosso escudo, nossa fortaleza, tenhamos certeza que SEMPRE seremos acolhidos, não importa onde estivermos, basta um coração nosso dependente do Senhor, desejoso de ter Ele como o Senhor (dono e cuidador) de nossas vidas.

O texto diz que Rute foi “casualmente” aos campos de Boaz. Não, não foi casual. A pessoa que depende de Deus não vive na base na casualidade ou sorte na vida, mas, sim, da ação amorosa e cuidadosa do seu Pai celestial.
Como a dependência e humildade demostrados por Rute me tocam e me inspiram a também sempre ter uma dependência humilde dele, meu Pai, que me ama e fará todo o necessário para sempre cuidar de mim.

Que tenhamos uma semana certos de que seremos cuidados por Ele, nosso Criador e, para quem já fez dele seu esconderijo (Salmo 91:1), nosso Pai. Aleluia!

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