fbpx

JOÃO BATISTA E AS DUAS ALIANÇAS DE DEUS

JOÃO BATISTA E AS DUAS ALIANÇAS DE DEUS

“Quando os mensageiros de João se retiraram, Jesus começou a dizer ao povo a respeito de João: — O que vocês foram ver no deserto? Um caniço agitado pelo vento?” – Lucas 7:24

“Este é aquele de quem está escrito: “Eis que envio adiante de você o meu mensageiro, o qual preparará o caminho diante de você.”

— E eu lhes digo: entre os nascidos de mulher, ninguém é maior do que João; mas o menor no Reino de Deus é maior do que ele.” – Lucas 7:27-28

Concluído o relato iniciado pela pergunta feita por João Batista, mais uma vez utilizando as Escrituras, o Senhor Jesus fala da importância do Batista bem como a diferença entre a velha e a nova aliança.

João estava longe de ser um “caniço agitado pelo vento”, isto é, uma pessoa frágil e inconstante. Pelo contrário, foram as palavras fortes que motivaram muitos a aceitar o evangelho e até mesmo persegui-lo. 

João cumpriu o papel dado a ele por Deus. Uma lição para nós que estamos deste lado da cruz. Cumprir fielmente aquilo para o qual fomos chamados. Às vezes queremos tanto agradar a todos que podemos nos tornar esse caniço citado por Jesus.

“Você espera ser honrado em um mundo em que teu Senhor foi crucificado?” Spurgeon

“E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou.” – 2 Coríntios 5:15

Jesus afirma que na velha aliança João Batista foi o personagem mais importante, reafirmando aquilo que o anjo Gabriel dissera de João:

“Pois ele será grande diante do Senhor, não beberá vinho nem bebida forte, e será cheio do Espírito Santo, já desde o ventre materno.” – Lucas 1:15

Algo que quero destacar é que se queremos ser grandes aos olhos de quem importa, isto é, Deus, façamos aquilo para o qual Ele nos incumbiu e teremos a aprovação dele.

No entanto, mesmo com toda a grandeza dita por Jesus, o menor no reino de Deus é maior que João Batista, mostrando Jesus o quanto a mensagem trazida por Ele é superior. Esta mensagem é muito importante pois ainda hoje muitos confundem o Velho e o Novo Testamento, dando importância em excesso à antiga aliança ou fazendo um sincretismo entre as duas. 

“Mas agora Jesus obteve um ministério tanto mais excelente, quanto é também Mediador de superior aliança instituída com base em superiores promessas.” – Hebreus 8:6

As promessas feitas no Velho Testamento resumiam-se em viver uma boa vida aqui na terra, com muitos anos. No evangelho de Jesus a qualidade de vida aqui na terra é até irrelevante, pois os olhos daqueles que fazem parte do reino de Deus está nos céus, nas superiores promessas de habitarem as regiões celestiais pela eternidade. Eis o que deve ser a nossa maior aspiração.

Finalmente, uma vez cidadãos do reino de Deus nosso papel é ser instrumentos para que mais pessoas adquiram essa nova cidadania.

“Pois a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo.” – Filipenses 3:20


LIÇÕES ENSINADAS PELOS AMIGOS DE DANIEL

LIÇÕES ENSINADAS PELOS AMIGOS DE DANIEL

“O rei Nabucodonosor fez uma imagem de ouro que tinha vinte e sete metros de altura e dois metros e setenta de largura, que ele levantou na planície de Dura, na província da Babilônia.” – Daniel 3:1

“Quem não se prostrar e não a adorar será, no mesmo instante, lançado na fornalha de fogo ardente.” – Daniel 3:6

“Se o nosso Deus, a quem servimos, quiser livrar-nos, ele nos livrará da fornalha de fogo ardente e das suas mãos, ó rei. E mesmo que ele não nos livre, fique sabendo, ó rei, que não prestaremos culto aos seus deuses, nem adoraremos a imagem de ouro que o senhor levantou.” – Daniel 3:17-18

O exemplo de fé de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego é uma lição importante para a igreja nos dias de hoje: uma fé e dedicação a Deus que independem daquilo que o Senhor venha a fazer. Por isso seu exemplo é lembrado na lista de heróis da fé no livro de Hebreus (11:34a). Mesmo que Deus não os tivesse livrado da fornalha do rei Nabucodonosor, eles seriam heróis da fé.

Às vezes ouço alguém dizer, logo após ser atendido por Deus através de um ato de misericórdia dele: “Deus é bom!” Eu fico pensando: “Deus deixaria de ser bom se não o tivesse atendido da maneira como você pediu?”

Deus deixaria de ser bom se aquela pessoa por quem intercedesse tivesse morrido? Ou se aquele livramento não tivesse ocorrido? São perguntas importantes para pensarmos aonde chegamos em nossa fé em Deus.

Claro que a fé de cada pessoa no início é frágil, é imatura, precisa ser desenvolvida. Eis a razão de tantos milagres de Deus no evangelho e no início da igreja. Porém, como o próprio Paulo disse, no futuro a igreja deixaria de ser criança e passaria a ter a fé adulta (1 Coríntios 13:11). Daí pergunto para mim e para você que lê este artigo: já atingimos a maturidade em nossa fé, a ponto dela independer dos atos salvadores de Deus?

Quero ainda analisar a atitude de Nabucodonosor: primeiro ele pergunta: “E quem é o deus que os poderá livrar das minhas mãos?” – Daniel 3:15. Em seguida, diante do poder do Senhor, faz a declaração desnecessária: “Portanto, faço um decreto, ordenando que todo povo, nação e língua que disser blasfêmia contra o Deus de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego seja despedaçado, e que as suas casas sejam reduzidas a ruínas. Porque não há outro deus que possa livrar como este.” – Daniel 3:29

Serei até irônico agora, mas não me contenho: “Os pagãos ‘piram’ ante o poder e a majestade do Todo-Poderoso, acostumados com seus deuses falsos, que precisam ser servidos e bajulados pelos seres humanos. O Senhor dos Exércitos é Deus, independente da fé que demonstramos por Ele.

Como última lição, quero agradecer a Deus por vivermos numa democracia, a generosidade divina que nos livra da falta de jeito do ser humano com o poder. Graças a Deus, em boa parte dos países, as autoridades são submissas às leis e à Constituição. Nos tempos bíblicos os cidadãos estavam muito mais à mercê do que hoje aos caprichos dos homens que, com autoridade, pensam que são deuses, como aconteceu com Nabucodonosor. Desta maneira eles tinham poder de vida ou morte sobre os seus cidadãos.

Que a fé viva dos três amigos de Daniel nos influencie a avaliar nossa fé, vermos aonde chegamos e que esse tipo de fé deles seja algo presente na minha e na sua vida.

“Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um eterno peso de glória, acima de toda comparação, na medida em que não olhamos para as coisas que se veem, mas para as que não se veem. Porque as coisas que se vêem são temporais, mas as que não se vêem são eternas.” – 2 Coríntios 4:17-18.

QUANDO DESANIMADOS, VOLTEMOS ÀS ESCRITURAS

QUANDO DESANIMADOS, VOLTEMOS ÀS ESCRITURAS

“Naquela mesma hora, Jesus curou muitas pessoas de doenças, de sofrimentos e de espíritos malignos; e deu vista a muitos cegos.

Então Jesus lhes respondeu: — Voltem e anunciem a João o que vocês viram e ouviram: os cegos veem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados e aos pobres está sendo pregado o evangelho.

E bem-aventurado é aquele que não achar em mim motivo de tropeço.” – Lucas 7:21-23

No texto da semana passada vimos que parece que João Batista ficou na dúvida se Jesus seria mesmo o Messias prometido. Ele fez a seguinte pergunta: “Você é aquele que estava para vir ou devemos esperar outro?” – Lucas 7:19

Talvez a ideia que João tinha sobre Jesus fosse a expectativa da maioria: um líder político que libertaria o povo de Israel do jugo romano. A própria prisão do profeta poderia tê-lo deixado frustrado e desanimado. Algo que pode acontecer conosco também.

A resposta de Jesus chama muito a atenção: realiza várias curas e cita textos do profeta Isaías (35:5-6 e 61:1) que apontavam a sua missão de pregar o evangelho do reino.

Jesus age com João da mesma maneira que agiu com o diabo. Não fica discutindo, mas cita as Escrituras. Ele parece querer abrir os olhos de João para que o profeta volte às Escrituras Sagradas e amolde-se a ela. Não é por menos que ele também voltará a Malaquias 3:1, texto que descreve a própria missão do Batista.

Costumo dizer que a Bíblia são as lentes de Deus para vermos a realidade quando nossa visão física embaça nosso discernimento e passamos a olhar tão somente do ponto de vista humano. E quando fazemos isso podemos ficar desanimados, pois parece que o caos e o mal reinam e Deus parece tão distante.

Como exemplo, quero citar o capítulo 4 do livro de Apocalipse. Enquanto aqui na terra parecia que o imperador romano estava no trono, perseguindo a igreja e matando cristãos, Deus mostra a João na visão descrita naquele capítulo a realidade: Deus reinando no trono, tendo Jesus ao seu lado e os 24 anciãos que representam o povo de Deus em todas as épocas reinando em 24 tronos. Ou seja, quem reinava era Deus, mesmo parecendo aos olhos humanos que a grande autoridade era o imperador.

Esse exemplo da frustração de João Batista nos traz uma lição: por mais utilizados que sejamos por Deus, por mais tempo de vida cristã que tenhamos, há momentos que passamos por crises na fé, que ficamos desanimados, pois parece que Deus está tão longe. Aconteceu com pessoas grandemente utilizadas por Deus como o profeta Elias, que parece ter passado por uma grande depressão em razão da perseguição de Jezabel. Leia 1 Reis 17-19.

Nesses momentos precisamos voltar às Escrituras Sagradas para que nossa visão desembace e olhemos do ponto de vista de Deus, amoldando-nos a Ele. 

Sim, Deus reina sempre, mas, em toda a história bíblica isto não significa que não passaremos por perseguições, que às vezes parecerá que o mal reina. Especialmente hoje quando somos bombardeados, com pessoas utilizando a própria Bíblia, para dizer que um cristão fiel não passa por problemas e dificuldades na vida.

Já passou ou está passando por um momento semelhante ao do Batista de desânimo, frustração, com a visão embaçada? Utilize as lentes de Deus, a Palavra, volte a ela e, com certeza, enxergará novamente. E pelas lentes de Deus, até sofremos, mas no final, a vitória é certeza. Daí a importância de conhecermos toda a verdade de Deus, e não apenas parte dela, revelada em Sua Palavra. 

Sabe a razão de todos os dias eu passar tempo na Palavra e escrever essas reflexões? Em primeiro lugar é para alimentar a minha alma, olhar pelas lentes de Deus e reforçar a minha fé. Pois passou também por momentos de desânimo e frustração. E depois, claro, tentar de alguma maneira reforçar a sua fé, querido leitor, que lê essas minhas reflexões diárias há algum tempo publicadas neste portal.

Finalmente, feliz é aquele que não encontra em Jesus e na sua Palavra motivo de escândalo e tropeço.

DAR GRAÇAS A DEUS EM DIAS SOMBRIOS

DAR GRAÇAS A DEUS EM DIAS SOMBRIOS

INTRODUÇÃO

O que você faz nos dias sombrios? Nas dificuldades e quando os problemas batem à porta? Qual é a sua reação?

Vejamos algumas possíveis reações nos momentos de dificuldades e de dor.

Alguns ficam paralisados, outros ficam desanimados, há ainda aqueles que
abandonam a vida cristã e ainda existem pessoas que suportam com resiliência.

O EXEMPLO DE DANIEL

Vejamos a atitude do profeta Daniel quando soube de uma trama que podia tirar-lhe a vida:

“Quando Daniel soube que o documento tinha sido assinado, voltou para casa. Em seu quarto, no andar de cima, as janelas abriam para o lado de Jerusalém. Três vezes por dia, ele se punha de joelhos, orava, e dava graças diante do seu Deus, como era o seu costume.” – Daniel 6:10

Sugiro a leitura de todo o capítulo 6. Por se destacar Daniel é alvo de uma conspiração palaciana, que produz um edito real, proibindo qualquer pessoa de fazer petição a outro (homem ou divindade) que não fosse o rei persa Dario. Pena: ser jogado na cova dos leões.

Qual a reação de Daniel? Continua normalmente sua vida, inclusive sua devoção a Deus e três vezes por dia ele orava. E vejamos o conteúdo de sua oração. Ele dava graças diante de Deus.

Algo que séculos depois o apóstolo Paulo recomendou aos irmãos da igreja em Tessalônica:

“Em tudo, deem graças, porque esta é a vontade de Deus para vocês em Cristo Jesus.” – 1 Tessalonicenses 5:18

O EXEMPLO DE MAX LUCADO

O escritor Max Lucado, num dos seus livros (não lembro qual) conta uma história que, mesmo depois de muitos anos após a leitura, chama-me a atenção.

Ele conta que numa reunião com amigos, por descuido deles, sua filha caiu numa piscina e não sabia nadar. Fatalmente o fim dela seria a morte. Até que um dos presentes naquele dia, percebendo a iminente tragédia, a socorreu.

À noite ele lembra que junto com a esposa orou: “Graças te damos pela sua bondade, generosidade e amor para conosco. Por ter salvado a nossa filhinha da morte!”

Max diz que depois pensou em Deus dizendo: “Se eu não tivesse salvado a sua filhinha da morte, eu seria menos bondoso, menos generoso e menos amoroso?” Isso marcou o famoso escritor.

O ESPÍRITO DOS AMIGOS DE JÓ

Somos bombardeados pelo meio religioso, que tem um espírito dos amigos de Jó: “Se você está sofrendo, pecou ou está sendo perseguido por Deus”.

Vejamos esse pensamento nas palavras do próprio Jó:

“Porque as flechas do Todo-Poderoso estão cravadas em mim, e o meu espírito sorve o veneno delas; os terrores de Deus se armam contra mim.” – Jó 6:4

No seu sofrimento, Jó imaginava Deus como um arqueiro com arco e flecha fazendo dele, o patriarca, o alvo. E as flechas ainda estão envenenadas.

O mesmo sentimento dos amigos de Jó teve Noemi quando perdeu o marido e seus dois filhos:

“A minha amargura é maior do que a de vocês, porque o Senhor descarregou a sua mão contra mim.” – Rute 1:13-b

Esse assunto é comentado em meu novo livro “Sofrimento & Justiça” da Editora Projeto Resgate, com 42 reflexões em torno do livro de Jó.

Antes que pensem que estou sugerindo que atiremos pedra no patriarca por aquela atitude, alerto que é uma maneira bem humana de encarar o sofrimento.

Em 2014 eu disse para Deus: “Estou ressentido com todos, inclusive com o Senhor” em razão da sua situação difícil que eu estava passando.

Hoje somos influenciados por esse pensamento, essa doutrina e vejamos os testemunhos que ouvimos no meio da igreja de Deus.

“Deus me livrou da morte, da doença, do desemprego, me livrou de um acidente fatal. Como Ele é bom!” Fica a pergunta de Max Lucado: “E se não fizesse isso, deixaria de ser bom?”

Olhemos o exemplo de fé dos amigos de Daniel algum tempo antes da situação que o profeta estava passando:

“Se o nosso Deus, a quem servimos, quiser livrar-nos, ele nos livrará da fornalha de fogo ardente e das suas mãos, ó rei. E mesmo que ele não nos livre, fique sabendo, ó rei, que não prestaremos culto aos seus deuses, nem adoraremos a imagem de ouro que o senhor levantou.” – Daniel 3:17-18

É esse tipo de fé que o Senhor deseja desenvolver em nós a ponto de podermos dar também outro tipo de testemunho:

“Graças a Deus pelo tempo em que estive internado. Foi tempo para pensar na vida, no tipo de pessoa que eu estava sendo e ainda compartilhar a fé no hospital.”
“Graças a Deus pelo tempo em que estive desempregado. Que oportunidade de compartilhar o evangelho na fila dos desempregados.”

O mundo evangélico é influenciado pelo espírito dos amigos de Jó. E a igreja de Deus também.

VOLTEMOS AO EXEMPLO DE DANIEL

Daniel sabia que a trama contra ele poderia lhe prejudicar e até tirar-lhe a vida. O que ele fez? Foi obedecer a Deus, tornando-se alvo fácil dos seus inimigos.
Como o profeta conseguiu permanecer fiel e ainda dar graças a Deus ante aquele problemão. Convido você a voltar no tempo e ler Daniel 1:8, 2:16-18
3:16-18.

O Senhor tinha agido no passado permitindo a Daniel que não se contaminasse com as finas iguarias do rei, tinha livrado Daniel e os magos da Babilônia da fúria de Nabucodonosor, havia livrado seus amigos da fornalha de fogo. Isto é, estava no controle daquelas situações e agora não seria diferente. Se Deus permitiu, o Soberano tinha um plano e Daniel conseguia descansar esperando em Deus.

A pergunta errada: “Por que isto está acontecendo comigo, Deus?”
A pergunta certa: “O que o Senhor quer me ensinar ao permitir que eu passe por isso?”

Resposta:mais dependência, mais santidade, mais confiança, menos orgulho e mais humildade, tornando-me co-participante da natureza divina conforme 2 Pedro 1:4.

A igreja primitiva também entendeu isso. Leia Atos 4:23-30. Após Pedro e João serem soltos, eles louvam a Deus e vejamos o versículo 24:

“Ouvindo isto, unânimes, levantaram a voz a Deus e disseram: — Tu, Soberano Senhor, fizeste o céu, a terra, o mar e tudo o que neles há!”

A razão da fé de Daniel e da igreja primitiva era saber e acreditar que o Senhor continuava reinando soberanamente, especialmente nos momentos de sofrimento e dor, nos dias sombrios.

Sendo exaltados ou humilhados, tenhamos o pensamento de João Batista:

“João respondeu: — Ninguém pode receber coisa alguma se não lhe for dada do céu.” – João 3:27

EM TUDO DAI GRAÇAS – 1 Tessalonicenses 5:18, é um princípio de vida.

Original grego: Em tudo daí graças; esta pois vontade de Deus em Cristo Jesus para vós”.

Volte aos versículos 14-17 que ensinam qual a vontade de Deus para a vida da igreja. Em primeiro lugar, dar graças a Deus pela vontade de Deus que é boa, agradável e perfeita (Romanos 12:2).
Podemos, porém, aplicar de outra forma também.

Dar graças a Deus em meio às doenças, não por causa delas…
Dar graças a Deus em meio ao desemprego, não por causa dele…
Dar graças a Deus em meio ao luto, não por causa dele.

Qual a razão disso? O dito por Daniel e pelos apóstolos: Deus é soberano sobre aquela situação e nada, absolutamente nada, sairá do controle de suas mãos. E Ele nos ama e sempre agirá para o nosso bem (Romanos 8:28).

APLICAÇÃO PRÁTICA

Como dar graças a Deus nos dias sombrios?

1. Acreditando na Palavra de Deus;
2. Lembrando do que Deus já fez na vida dos outros, como os heróis da fé de todas as épocas;
3. Lembrando do que Deus já fez em nossa vida;
4. Tendo paciência para permitir que Deus trabalhe em nós, conforme Paulo diz em Filipenses 4:11 – Aprendi a viver contente em qualquer situação. É um aprendizado. O Daniel de capítulo 6 é um ancião de 85 anos e não o Daniel com cerca de 15 anos quando chegou na Babilônia. Tenhamos, portanto, paciência conosco, a boa obra irá se completar apenas no dia de Cristo Jesus (Filipenses 1:6).
5. Não nos deixando levar pelos sentimentos – Sintamos, contemos para Deus e irmãos maduros na fé, mas decidimos acreditar e viver por fé.

Não vivemos pela razão, vivemos por fé em Deus e na Palavra dele.

Mais um trecho do meu livro: Se Já soubesse do fim, do que aconteceria no capítulo 42, teria descansado mais, reclamado menos, pois como o patriarca mesmo disse, seu Redentor vive e no final se levantaria (Jó 19:6).

CONCLUSÃO

Dar graças a Deus nos dias sombrios.
É possível, sim. Jesus fez isso em João 12:27-28.
Mas é um aprendizado pela vida inteira.
Aprendamos a testemunhar os feitos de Deus não somente no livramento, mas durante as tempestades na vida que venhamos a passar.

QUANDO A DÚVIDA QUER ASSALTAR NOSSA FÉ

QUANDO A DÚVIDA QUER ASSALTAR NOSSA FÉ

“Todas estas coisas foram relatadas a João pelos seus discípulos. E João, chamando dois deles, enviou-os ao Senhor para perguntar: — Você é aquele que estava para vir ou devemos esperar outro?” – Lucas 7:18-19

Esta pergunta de João feita a Jesus sempre me causou certo espanto. Afinal, com certeza, seus pais tinham contado a visita do anjo Gabriel a Zacarias e posteriormente a Maria. Da missão que João teria como profeta do Altíssimo (1:76). Sua mãe deveria ter relatado a alegria que o próprio João, ainda no ventre materno, demonstrara com a visita de Maria grávida.

João também se lembrava de como o Espírito Santo descerá sobre Jesus no momento do batismo, exatamente como a ele fora avisado que aconteceria e desta forma reconheceria o Messias prometido a Israel (João 1:29-34)

Por que, então, João pergunta: “Você é aquele que estava para vir ou devemos esperar outro?”

Eu creio que a resposta seja a mesma que levou Maria e os irmãos de Jesus irem prendê-lo por pensarem que estava louco (Marcos 3:21). É quase certo que a ideia que Zacarias, Isabel e a própria Maria tinham a respeito da missão de Jesus no mundo fosse apenas local e política: livrar o povo de Deus do julgo romano.

Não é por menos que no cântico de Maria e de Zacarias há menção de livramentos nesse sentido:

“Derrubou dos seus tronos os poderosos e exaltou os humildes.” – Lucas 1:52

“Para nos libertar dos nossos inimigos e das mãos de todos os que nos odeiam.” – Lucas 1:71

Além disso, pode ser que João pensasse que seu papel no futuro reino de Deus fosse mais importante. A prisão do profeta pode tê-lo deixado confuso e até certo ponto decepcionado, pensando que tinha se enganado quanto ao que pregara aos seus discípulos. Pois o próprio João indicara Jesus para que seus discípulos o seguissem (João 1:35-37).

Essa dúvida de João nos ensina algo importante: há um Jesus que nem mesmo as palavras nas Escrituras captaram totalmente. Há um Jesus que, por mais que estudemos a Bíblia, não compreenderemos na sua totalidade. Isso acontecerá somente no céu (1 João 3:2)

E a maneira de Jesus trabalhar em nossa vida nem sempre compreendemos. Qual a razão para termos momentos de dúvidas e desânimo? Na realidade nunca houve na terra alguém que se aproximou de Deus e compreendesse na total plenitude seu modo de agir.

Vemos dúvidas em diversos profetas como Moisés, Abraão, Elias, Davi, nos homens de Deus no Novo Testamento como Paulo. Até mesmo o próprio Jesus parece ter tido seu momento de dúvidas no Getsêmani.

Paulo entendeu que ainda não conhecia completamente Jesus:

“O que eu quero é conhecer Cristo e o poder da sua ressurreição, tomar parte nos seus sofrimentos e me tornar como ele na sua morte.” – Filipenses 3:10

Portanto, a dúvida de João deve, até certo ponto, nos ajudar a não nos cobrar demais quanto nossa fé parece vacilar, quando ficamos desanimados e especialmente não entendemos a maneira de Deus trabalhar em nós e através de nós. Às vezes parece que fizemos tudo certinho, dentro do script de Deus, mas o retorno não parece ser aquilo que imaginávamos.

Hoje quero nos chamar a pensar sobre as vulnerabilidades que existem ainda em nossa fé, talvez momentos de desânimos por não compreendermos totalmente a ação de Deus.

No próximo artigo veremos a resposta de Jesus dada a João. E, com isso, tenhamos certeza, o Senhor não nos julgará por causa de nossas dúvidas, podemos, sim, levá-las a Ele. E no momento certo, no tempo oportuno de Deus, seja nesta vida ainda, seja já morando nas regiões celestiais, compreenderemos perfeitamente.

Nosso papel é manter nossa confiança, mesmo em meio aos sentimentos e dúvidas que vem, especialmente quando estamos sofrendo por fazer o que é certo.



VASOS DE HONRA OU VASOS DE DESONRA

VASOS DE HONRA OU VASOS DE DESONRA

INTRODUÇÃO

De vez em quando alguém me pergunta: “Judas Iscariotes teve a escolha de não trair Jesus ou foi premeditado para tanto? Logo, não importa o que fizesse, fatalmente trairia o seu Senhor?”

É uma pergunta interessante e até certo ponto difícil de responder. Afinal, o Senhor Jesus o chamou de “Filho da Perdição” e disse que em razão da Escritura precisar se cumprir.

“Quando eu estava com eles, guardava-os no teu nome, que me deste; eu os protegi e nenhum deles se perdeu, exceto o filho da perdição, para que se cumprisse a Escritura.” – João 17:12

I – MINHA LEITURA DO LIVRO DE ATOS

Após ler o evangelho de Lucas, iniciei há alguns dias a leitura do livro de Atos. E cheguei ao texto a seguir, que utilizo como base para responder a questão levantada.

“— Irmãos, era necessário que se cumprisse a Escritura que o Espírito Santo predisse pela boca de Davi, a respeito de Judas, que foi o guia daqueles que prenderam Jesus. Ele era um dos nossos e teve parte neste ministério.” – Atos 1:16-17

De fato, havia textos claros sobre a traição de Judas, como o mencionado por Pedro como oriundo da boca de Davi, inspirado pelo Espírito Santo.

“Até o meu amigo íntimo, em quem eu confiava, que comia do meu pão, levantou contra mim o seu calcanhar.” – Salmo 41:9

Como conciliar a soberania de Deus com o livre arbítrio do ser humano? 

De fato, do céu o Senhor olha e conhece cada uma das pessoas criadas por Ele:

“Do céu o Senhor olha para os filhos dos homens, para ver se há quem tenha entendimento, se há quem busque a Deus.” – Salmo 14:2

Desde a queda do ser humano no jardim do Éden o Senhor Deus vem desenvolvendo e trabalha no seu plano de salvar a humanidade. E Ele é tão poderoso e soberano que utiliza todos para que seus planos se cumpram. Nesse sentido, até o diabo é servo de Deus.

II – O TRABALHO DE DEUS

Como diretor de uma peça de teatro, o Senhor distribui os papéis e todos desempenharam um. Ninguém fica neutro. Alguns como vasos de honra e outros como vasos de desonra. Ele é soberano para isso.

“Será que o oleiro não tem direito sobre a massa, para do mesmo barro fazer um vaso para honra e outro para desonra?” – Romanos 9:21

“Ora, numa grande casa não há somente utensílios de ouro e de prata; há também de madeira e de barro. Alguns, para honra; outros, porém, para desonra. Assim, pois, se alguém se purificar destes erros, será utensílio para honra, santificado e útil ao seu senhor, estando preparado para toda boa obra.” – 2 Timóteo 2:20-21

III – EXEMPLOS BÍBLICOS

Deixe-me dar alguns exemplos bíblicos. João Batista e Zacarias não nasceram predestinados para serem os pais de João Batista. Mas o Senhor Deus precisava de um casal piedoso para esse papel. E vejamos o que a Bíblia diz a respeito deles:

“Ambos eram justos diante de Deus, vivendo de forma irrepreensível em todos os preceitos e mandamentos do Senhor.” – Lucas 1:6

Pronto! O Soberano Senhor precisava de um casal fiel para os pais do profeta precursor do seu Filho. E ouvindo as constantes orações do casal por um filho e vendo a vida que eles levaram, como diretor da história mundial, Deus os “escolheu”. Na verdade, eles se amoldam ao papel que o Senhor precisava. Se não fossem eles, seria outro casal.

Mais um exemplo: Maria e José. Ao contrário do que a religião ensina, não foram predestinados para terem o privilégio de serem os pais terrenos do Filho de Deus. Porém, o Senhor precisava de alguém que cumprisse esse papel. E vejamos o que Ele viu no casal piedoso, revelado posteriormente:

” Então Maria disse: — Aqui está a serva do Senhor; que aconteça comigo o que você falou. Então o anjo foi embora.” – Lucas 1:38

“José, com quem Maria estava para casar, sendo um homem justo e não querendo envergonhá-la em público, resolveu deixá-la sem que ninguém soubesse.” – Mateus 1:19

Deus precisava de um casal que cumprisse o importante papel de pais terrenos de seu Filho. Dos céus Ele olhou em Israel as pessoas na época do nascimento de Jesus e Maria e José preenchiam perfeitamente esse papel. Por isso, foram “escolhidos”. Podia ser qualquer outro.

IV – O CASO DE JUDAS ISCARIOTES

Agora olhemos o caso de Judas. Já havia uma profecia de que uma pessoa que chegasse a Jesus o trairia. No meio dos 12 apóstolos podia ser qualquer um deles. Mas Judas se “apresentou” como voluntário através do seu caráter já corrompido pelo pecado.

“Ele disse isso não porque se preocupava com os pobres, mas porque era ladrão e, tendo a bolsa do dinheiro, tirava o que era colocado nela.” – João 12:6

O amor de Judas pelo dinheiro, a raiz de todos os males (1 Timóteo 6:10) o credenciou para ser aquele que trairia seu Mestre. Ele não foi escolhido e criado por Deus para isso. Mas a vida que resolveu viver o fez “voluntário” nesse papel de desonra. O nome Judas tornou-se sinônimo de traição.

Por isso Jesus lhe diz palavras tão duras – Marcos 14:17-23, João 6:70, 13:10-11

APLICAÇÃO

Isso não acontece somente com Judas, mas, como disse no início, com toda a humanidade, cada pessoa será um vaso de honra ou de desonra na grande história de salvação de Deus. Ninguém está neutro, todos cumprem um papel dado por Deus, mas preenchido a partir de nossas próprias escolhas.

“E é até necessário que haja partidos entre vocês, para que também os aprovados se tornem conhecidos entre vocês.” – 1 Coríntios 11:19

Portanto, a partir de nossas escolhas pessoais, a partir dos valores que temos, divinos ou humanos, vamos nos amoldar aos papéis de Deus para que, no final, seu grande plano aconteça. 

Às vezes podíamos cumprir um papel tão relevante, mas, em razão de escolhas erradas feitas, teremos um papel, porém, mais coadjuvante. Os grandes papéis são reservados para aqueles que se amoldam a eles como se amoldam Maria, José, Isabel, Zacarias, Paulo, Pedro, entre outros. Às vezes até um vaso de desonra é utilizado para o crescimento do vaso de honra. É o caso do faraó do Egito no Velho Testamento e Pôncio Pilatos no Novo.

Consigo lembrar de decisões erradas que tomei e que por isso, hoje, sim, sou utilizado por Deus, graças a Ele, para a sua honra. Mas, se tivesse tomado melhores decisões, seria um vaso de honra de maior destaque na obra de Deus. Nossas escolhas erradas diminuem o papel que o Senhor nos dará como o grande diretor que é.

CONCLUSÃO

Vasos de honra ou de desonra? Não é Deus quem escolhe, somos nós que nos moldamos. Como fizeram os personagens citados. E lembremo-nos: talvez algumas decisões tomadas no dia de hoje influenciam no papel que Deus nos colocará no grande plano de salvação da humanidade que Ele tem.

JESUS É A RESSURREIÇÃO E A VIDA

JESUS É A RESSURREIÇÃO E A VIDA

“Chegando-se, tocou no caixão e os que o estavam carregando pararam. Então Jesus disse: — Jovem, eu ordeno a você: levante-se!

O que estava morto sentou-se e passou a falar; e Jesus o restituiu à sua mãe.” – Lucas 7:14-15

O milagre da ressurreição do filho de uma viúva na cidade de Naim é relatado somente por Lucas.

Há um hino chamado “Cristo tem poder” que faz menção a esse acontecimento: “Na cidade de Naim estava uma mulher chorando, seu filho ia ao túmulo e o povo carregando, Jesus parou o enterro e o povo reprovou, Jesus chamou o morto e o morto levantou”

De fato, grande demonstração do poder de Deus a ponto das pessoas falarem: 

“Grande profeta se levantou entre nós. Deus visitou o seu povo.” – Lucas 7:16b

Claro que Jesus é mais que um grande profeta e no decorrer do evangelho as pessoas iriam perceber isso.

Esse milagre lembra a ressurreição do filho de uma viúva realizado pelo profeta Elias e relatado em 1 Reis 17:17-24.

Sim, Deus tabernaculou, isto é, desceu do céu e habitou entre seu povo (João 1:14) e as ressurreições que Ele realizou são apenas um aperitivo daquilo que Ele fez e fará com todos os seus seguidores.

Após crermos, nos arrepender e confessar Jesus como Senhor também passamos pelo milagre da ressurreição no ato do batismo:

“Fomos sepultados com ele na morte pelo batismo, para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também nós andemos em novidade de vida.” – Romanos 6:4

E no último dia, o Dia do Juízo Final, o Senhor Jesus, como fez com aquele jovem, chamará a todos que estão no túmulo. E nosso destino vai depender se antes já havíamos ressuscitado quando descemos às águas do batismo. Passaremos por duas ressurreições.

“Não fiquem maravilhados com isso, porque vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a voz dele e sairão: os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo.” – João 5:28-29

Tudo isso porque, mais que um profeta, Jesus é Deus encarnado, a ressurreição e a vida, conforme Ele mesmo diz:

“Então Jesus declarou: — Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá.” – João 11:25

Aquele jovem ressuscitou, mas voltou a morrer. Nós, seguidores de Jesus, um dia ressuscitaremos para nunca mais morrer, mas vivermos a eternidade ao lado de Jesus.

Que esta realidade nos anime a viver em fidelidade todos os dias, aguardando a volta do Senhor Jesus.

“O que eu quero é conhecer Cristo e o poder da sua ressurreição, tomar parte nos seus sofrimentos e me tornar como ele na sua morte, para, de algum modo, alcançar a ressurreição dentre os mortos.” – Filipenses 3:10-11

O CRISTÃO E AS FAKE NEWS

“Não espalhe notícias falsas e não entre em acordo com o ímpio, para ser testemunha maldosa” – Êxodo 23:1

Privilégio gera responsabilidade. Do orelhão com fichas na mão veio o celular. Dele vieram e-mails, WhatsApp, Telegram, Instagram etc., tecnologias que ajudaram enormemente na comunicação humana. 

As redes sociais potencializaram o poder da comunicação em massa, antes restrita à televisão e ao rádio. Surgiram as Fake News, notícias falsas geralmente feitas a partir de um recorte manipulado para transmitir aquilo que o fraudador deseja, por vídeo, imagem ou escrita. As redes sociais são neutras, mas potencializam a natureza carnal humana decaída no pecado.

O cristão é filho de Deus e foge de toda mentira e de toda forma do mal (1 Tessalonicenses 5:22). Somos da verdade, fomos ensinados pelo Senhor Jesus que o diabo é o pai da mentira (João 8:44). Devemos dizer a verdade, mesmo quando contrária aos nossos interesses. Como filhos da luz, divulgaremos somente aquilo que checamos ser verdadeiro. Nosso Mestre e nossos primeiros irmãos foram vítimas das Fake News da época.

Mateus 26:59 diz: “E os principais sacerdotes e todo o Sinédrio procuravam algum testemunho falso contra Jesus, a fim de o condenarem à morte.”. Em 26:61, encontramos: “Este disse: ‘Posso destruir o santuário de Deus e reconstruí-lo em três dias’.”

Jesus disse essa frase, porém, eles a deturparam e tiraram do seu contexto para acusá-lo de rebeldia contra Roma, crime pelo qual foi condenado.

A mesma notícia falsa foi utilizada pelo Sinédrio para condenar Estêvão:

Nós o ouvimos dizer que esse Jesus, o Nazareno, destruirá este lugar e mudará os costumes que Moisés nos deu” – Atos 7:14 

Jesus adverte: “Digo a vocês que, no Dia do Juízo, as pessoas darão conta de toda palavra inútil que proferirem” – Mateus 12:36

Fake News são mentiras jogadas na rede mundial de computadores objetivando o erro, a fraude, o engano, derrubar reputações, prejudicar o próximo. Outro exemplo de fake News são os sites de grupos religiosos que não pregam a verdade de Deus. Sejamos seletivos nisso.

Finalmente, mesmo que a notícia seja verdadeira, utilizemos as três peneiras ensinadas na história a seguir: 

Um homem encontrou seu mestre, levando uma informação que julgava interessante:
– Quero contar coisa a respeito de um amigo teu!
– Espera um momento – disse o Mestre. – Antes, quero saber se essa informação passou pelas três peneiras.
– Três peneiras? Como assim?
– Vamos peneirar aquilo que quer me dizer pelas três peneiras. A primeira é a peneira da VERDADE. Tens certeza de que isso que queres dizer-me é verdade?
– Bem, foi o que ouvi outros contarem. Não sei se é verdade.
– A segunda peneira é a da BONDADE. Passaste essa informação pela peneira da bondade. Serás bondoso com ele? Gostaria que fizessem isso com você?

   Envergonhado, o homem respondeu:

– Devo confessar que não.
– A terceira peneira é a da UTILIDADE. É útil o que vieste falar a respeito do meu amigo? Vai ajudar em algo?
– Útil? Na verdade, não.
– Então, disse-lhe o sábio, se o que queres contar-me não é verdadeiro, nem bom, nem útil, é melhor que o guardes apenas para ti.

“Por isso, deixando a mentira, que cada um fale a verdade com o seu próximo, porque somos membros do mesmo corpo.” – Efésios 4:25.

HUMILDADE ANTE O PODEROSO SENHOR DO UNIVERSO

HUMILDADE ANTE O PODEROSO SENHOR DO UNIVERSO

“Então Jesus foi com eles. Quando Jesus já estava perto da casa, o centurião enviou-lhe alguns amigos, dizendo: — Senhor, não se incomode, porque não sou digno de recebê-lo em minha casa. Por isso, não me julguei digno de ir falar pessoalmente com o senhor; porém diga uma palavra, e o meu servo será curado.” – Lucas 7:6-7

“E, quando os que tinham sido enviados voltaram para casa, encontraram o servo curado.” – Lucas 7:10

Hoje falarei ainda um pouco sobre o centurião. No artigo da semana passada eu destaquei o quanto o amor desse homem por seu servo e pela comunidade judaica tinha atraído sobre ele o respeito e a consideração dos líderes judaicos.

No texto de hoje vemos o quanto esse homem era humilde. No pensamento judaico do primeiro século, uma pessoa entrar na casa de outra era um ato de grande valorização. Essa é a razão, por exemplo, de Zaqueu não ter convidado Jesus para entrar em sua casa, foi o próprio Jesus quem se convidou (Lucas 19:1-10). Hoje o pensamento é inverso, nós esperamos ser convidados e isso para nós representa valorização e respeito.

Imagino alguém dizendo para o centurião romano: “O Mestre está vindo em nossa direção”. O centurião deve ter ficado aflito, pois já não tivera coragem de ir falar pessoalmente com Jesus e agora este vinha ao seu encontro. Por isso mandou os seus servos dizerem o quanto se sentia indigno que o Senhor entrasse em sua casa.

Essa é a maneira correta de nos apresentarmos diante de Deus, de nos aproximarmos dele. Somos indignos, pecadores, quanto mais nos conhecemos e conhecemos a santidade de Deus, mais devemos nos sentir indignos da presença e do favor do Senhor. É ser “pobre de espírito” (Mateus 5:3) e “chorar pelos nossos próprios pecados” (Mateus 5:4). Uma pessoa assim torna-se feliz porque é gente assim que é trabalhável nas mãos de Deus.

Muito diferente da atitude futura do fariseu que convidou Jesus para ir em sua casa:

“E, voltando-se para a mulher, Jesus disse a Simão: — Você está vendo esta mulher? Quando entrei aqui em sua casa, você não me ofereceu água para lavar os pés; esta, porém, molhou os meus pés com lágrimas e os enxugou com os seus cabelos. Você não me recebeu com um beijo na face; ela, porém, desde que entrei, não deixou de me beijar os pés. Você não ungiu a minha cabeça com óleo, mas esta, com perfume, ungiu os meus pés.” – Lucas 7:44-46

O fariseu não deu o mínimo tratamento que se esperava que desse a um hóspede que aceita entrar na casa. Já o centurião sentiu-se indigno de receber Jesus em casa. Além de sentir-se indigno, o centurião tinha tanta fé em Jesus que sabia que apenas uma palavra do Mestre seria suficiente para curar o seu servo. Foi uma fé que deixou o próprio Senhor Jesus admirado.

O resultado foi a cura do seu servo. É o que ocorrerá conosco de maneira completa se nos aproximarmos de Deus desta maneira: com humildade, entendendo que somos indignos do seu amor, mas confiantes de que o Senhor é poderoso para fazer infinitamente mais do que pensamos e pedimos, conforme o seu poder que age em nós (Efésios 3:20).

De longe, sem pronunciar uma palavra sequer, Jesus curou o servo do centurião, possivelmente apenas através do seu pensamento. É este Jesus que seguimos hoje, poderoso, que vive para interceder e cuidar de nós (Hebreus 7:25).

QUE SEGURANÇA! O SENHOR REINA!

QUE SEGURANÇA! O SENHOR REINA!

“É ele quem muda o tempo e as estações, remove reis e estabelece reis; ele dá sabedoria aos sábios e entendimento aos inteligentes.” – Daniel 2:21

“Daniel respondeu na presença do rei: — O mistério que o rei exige, nem sábios, nem magos nem encantadores o podem revelar.

Mas há um Deus no céu, que revela os mistérios, pois fez saber ao rei Nabucodonosor o que vai acontecer nos últimos dias. O sonho e as visões que o senhor teve, quando estava em sua cama, são estes.” – Daniel 2:27-28

“Mas, nos dias desses reis, o Deus do céu levantará um reino que jamais será destruído e que não passará a outro povo. Esse reino despedaçará e consumirá todos esses outros reinos, mas ele mesmo subsistirá para sempre.” – Daniel 2:44

“O rei disse a Daniel: — Certamente o Deus que vocês adoram é o Deus dos deuses e o Senhor dos reis. Ele é quem revela os mistérios, pois você foi capaz de revelar este mistério.” – Daniel 2:47

Os textos de hoje, perdi a conta das vezes em que eu li e ensinei para pessoas que queriam conhecer o evangelho de Jesus e o plano eterno de Deus para salvação. E cada vez que eu leio, este texto deixa-me admirado e com o coração cheio da segurança que somente Deus pode dar.

O sonho de Nabucodonosor, cuja interpretação é revelada pelo profeta Daniel, mostra o que aconteceria nos 600 anos que se seguiram, especialmente revelando as potências que dominariam o mundo conhecido da época: Babilônia, Pérsia, Grécia e Roma.

Este texto me dá muita segurança pois revela Deus como o Senhor da história, aquele que é poderoso para remover reis e estabelecer reis, isto é, autoridades. Logo, deste lado pós Jesus, o filho de Deus não precisa temer nenhuma autoridade, apenas respeitá-la, pois todas elas estão debaixo do poder do Todo-Poderoso Deus. Lembrou-me do que Deus, através de Jeremias, disse nessa época a respeito de Nabucodonosor ao remanescente que ficou em Judá na época, que queria fugir para o Egito por medo do novo monarca:

“Não tenham medo do rei da Babilônia, de quem agora vocês estão com medo. Não tenham medo dele, diz o Senhor, porque eu estou com vocês, para os salvar e livrar das mãos dele.” – Jeremias 42:11

Ao mesmo tempo, o texto de hoje revela o estabelecimento do reino de Deus aqui na terra, na época do quarto reino, o império romano. Este reino seria a igreja de Jesus, que desde o ano 30 está estabelecida no mundo e nada, nenhum governante, que tanto a perseguiu, conseguiu derrotá-la.

“Também eu lhe digo que você é Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Eu lhe darei as chaves do Reino dos Céus; o que você ligar na terra terá sido ligado nos céus; e o que você desligar na terra terá sido desligado nos céus.” – Mateus 16:18-19

“Ele nos libertou do poder das trevas e nos transportou para o Reino do seu Filho amado.” – Colossenses 1:13

Hoje o Senhor Jesus reina pleno, com toda autoridade dada por Deus Pai, sobre a igreja (Mateus 28:20). Logo, cada cristão, como cidadão do reino, não deve se preocupar com os reinos humanos, que sucedem um ao outro, no nosso caso, na democracia, escolhidos por seus próprios cidadãos, mas controlados pelo Senhor dos Exércitos (Romanos 13:1).

O cidadão celestial, que é todo discípulo de Jesus, deve gastar o melhor do seu tempo, energia e bens na propagação do reino de Deus na terra, até o dia da volta gloriosa do rei Jesus, quando levará a sua igreja para as mansões celestiais.

“Mas busquem em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas estas coisas lhes serão acrescentadas.” – Mateus 6:33

Que da mesma maneira que o texto de hoje animou-me e encheu meu coração de alegria, segurança e esperança, ajude a você, que lê este artigo, a ter um dia com muito mais paz, pois o teu Rei governa e controla todos os governos humanos e é Ele quem tem a última palavra em tudo. 

E se você ainda não é governado por Jesus, hoje é o dia de dar mais um passo em direção ao Onipotente Deus. Descansar à sombra dele é um grande privilégio.

“Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo e descansa à sombra do Onipotente diz ao Senhor: ‘Tu és o meu refúgio e a minha fortaleza, o meu Deus, em quem confio.'” – Salmos 91:1-2.