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GRATIDÃO NA FAMÍLIA

“Daí, levantando os olhos, Esaú viu as mulheres e os meninos e disse: – Quem são estes que estão com você? Jacó respondeu: – Os filhos com que Deus agraciou este seu servo” – Gênesis 33:5

“Mulher virtuosa, quem a achará? O seu valor muito excede o de finas jóias.” – Provérbios 31:10

A edição deste mês do boletim Amo Jesus trouxe como tema “Gratidão” e a mim ficou reservado o tema deste artigo, “Gratidão na família”.

Existe na Bíblia um modelo de família. Apesar de ela ser cada vez mais desvalorizada pelo mundo sem Deus, nós, que somos seguidores do Senhor Jesus, quando agimos em família do jeito que Deus ensinou sempre somos felizes e bem-sucedidos.

Como aconteceu com Maria e José em Lucas 1:26-27, tudo começa quando um homem e uma mulher, único casamento reconhecido por Deus, resolvem se unir pela vida inteira. Em determinado momento, na maioria dos casos, a “cegonha baterá à porta” e novos integrantes farão parte daquela família, os filhos que, como disse Jacó, “agraciam a vida dos servos de Deus” (Gênesis 33:5).

Em casa, na família projetada por Deus, o homem é o mantenedor do lar, o profeta e sacerdote que, como Jó, intercederá por seus membros e trabalhará para que seja saudável (Jó 1:5). Para que isso ocorra, contará com a preciosa ajuda de sua esposa, a auxiliadora idônea, isto é, capaz, à altura, para lado a lado lutarem por uma família equilibrada, que honre e glorifique a Deus.

Na família de Deus a mulher voluntariamente é submissa ao seu marido, isto é, ela se coloca como ajudadora da missão do marido de levar todos ao céu. Ao mesmo tempo, para o marido, a mulher é sua maior preciosidade, ele vai se esforçar para amar sua esposa da mesma maneira que Jesus ama sua igreja. É um desafio, afinal o amor de Jesus pela igreja é ilimitado. Ao mesmo tempo, os filhos vão aprendendo a respeitar seus pais, a honrá-los, a valorizá-los e contribuir para que a família siga unida no caminho de Deus. Os pais são os líderes do lar e essa liderança se manifesta de maneira cristalina quando os filhos veem a preocupação deles com seu bem-estar, o cuidado, o amor e a disciplina amorosa. Esta é a família cristã, que já estava no coração de Deus lá no jardim do Éden, e em Cristo é recriada a partir da igreja de seu Filho.

Você pode estar se perguntando: existe esta família? Minha resposta é reconhecer que por causa do pecado ela não existe de maneira perfeita. Porém, ela pode ir sendo formada e a GRATIDÃO é um favor importantíssimo. Acontece quando cada membro da família reconhece o esforço, por menor que seja, um do outro, para atingir a família ideal planejada por Deus. Isso acontece, por exemplo, quando a mulher reconhece cada conquista do marido, este reconhece as vitórias da mulher e ambos celebram os feitos, mesmo os pequenos, dos filhos, na caminhada rumo ao modelo que está no coração do Pai. É uma decisão. Ou vamos ressaltar o que ainda não temos ou aquilo que já conquistamos com a ajuda de Deus.

Quando penso na minha família, penso no grande presente que recebi há quase 12 anos. Silvia é a mulher, companheira, amiga, irmã em Cristo, pessoa que admiro profundamente por tantas qualidades, em especial pelo seu firme desejo de ser uma discípula fiel de Jesus. Ao mesmo tempo, louvo a Deus por Josué e Bárbara, que a cada dia entendem nossa missão de juntos, no último dia, chegarmos fiéis na volta de Jesus.

Sempre que tenho oportunidade, faço questão de reconhecer o esforço que nossa família tem feito para permanecer unida na missão maior, isto é, chegarmos fiéis ao céu e ainda podermos ser instrumentos de Deus para que outros vejam nosso exemplo e sigam o que existe de bom nele.

E você, meu irmão, minha irmã, tem reconhecido particularmente, e quando possível também publicamente, o esforço que seu marido, sua esposa, seus filhos, têm feitos para serem a família projetada por Deus? Talvez ainda falte muito (nós também temos muito a melhorar), mas celebre todos os dias o lar que Deus tem construído e com que lhe presenteou.

Gratidão na família é a maneira de tomarmos posse, a cada dia, da família que nosso Pai celestial deseja que sejamos.

Que a gratidão seja uma presença constante na minha e na sua família. Que Deus abençoe mais e mais a família que Ele está criando a partir de você, sua esposa e seus filhos.

Sem Tédio

Meus irmãos e eu temos histórias hilárias de infância que as nossas crianças amam. Gostamos de lembrar de como eram as férias, o lazer, a simplicidade das brincadeiras e de como usávamos a criatividade para nos divertir até durante o castigo. Nem precisamos fazer um grande esforço mental, pois há pouco menos de 40 anos não tínhamos lista de exigências para os pais cumprirem nas férias; sabíamos que os adultos até podiam brincar feito crianças, mas não tinham “obrigação” disso; não conhecíamos a palavra tédio, por isso nunca diríamos “estou entediado (a)!” – frase tão comum entre os pequenos hoje.
Sem entrar no saudosismo melancólico dos velhos tempos, aproveito as férias de julho para questionar – e por que não?!
Tenho acumulado pérolas engraçadas e, ao mesmo tempo, sentido pesar quando frequento ambientes públicos com as meninas. É hilário ver pais e mães ensinando os filhos (já grandes) a subirem num balanço, a usar o parquinho do prédio onde moram! Mas, vem um pesar quando vejo a infância perdendo de usufruir o que é próprio da fase.
Tentativas e erros não devem mais fazer parte do repertório infantil? Virou coisa do passado?
Adultos interferem o tempo todo na interação e nas brincadeiras infantis na tentativa de diminuir o esforço das crianças?
E, quanto a parar o tempo, pausar o derretimento do sorvete, lutar contra a lei da gravidade, pregar cola no meio do escorrego só pra tirar a self perfeita? Claro que tem criança que se diverte com fotos e poses, mas a grande maioria não se agrada de parar a brincadeira para isso.
Como posso esperar o desenvolver da motivação intrínseca (de dentro de si mesmo) quando fico expectadora e plateia de tudo o que as crianças fazem, tornando-as até dependentes dos aplausos para tudo o que realizam?
É estruturante que elas aprendam a desenhar para o próprio apreciar, experimentem dançar, limpar, brincar, se fantasiar, pelo simples motivo de se sentirem leves, felizes ou engraçadas, fazer essas coisas pela exclusiva satisfação interior, sem que tenha alguém fotografando, aclamando ou aplaudindo.
Andando pela cidade percebi o malabarismo que as instituições religiosas fazem para “ganhar” mais participantes nas EBF’s: pula-pula, piscina de bolas, banda de ‘louvor’, piruetas, brindes e lanches… vale qualquer esforço! E, se sobrar tempo, fala-se de coisas espirituais…
Será que passam a mensagem de que as coisas espirituais são entediantes!?
Não precisam se escandalizar comigo! Eu defendo que as crianças precisam ter um espaço de acolhimento na igreja, de ensino bíblico dirigido, utilizando de linguagem própria e ferramentas lúdicas. Acredito que os que se dispõem ao serviço devem amar os pequeninos e se qualificar para ajudá-los a vivenciar experiências positivas no ato de se congregar.
Devemos também cuidar para que no ato de acolher, não coloquemos a criança como figura central das atividades congregacionais.
A igreja não é o “entretenimento” das crianças e a família não é o parquinho.
Os adultos (pais, tios, avós, professores, parentes) não precisam dirigir as atividades o tempo todo para serem figuras presentes.
É salutar que os pequenos entendam que adultos perdem a concentração, se cansam, necessitam de um momento de silêncio e descanso. As crianças precisam do respeito ao silêncio também para prepará-las para uma atitude devocional e meditação na Palavra – esse exercício deve começar o quanto antes. O tempo sozinho com Deus é a base do relacionamento com Ele, pois é preciso silenciar para escutar a Sua voz. É preciso aprender a quietude pra meditar nos preceitos do Senhor e isso não é entediante, não é monótono!
“O período ‘silencioso’ com Deus a cada dia representa o centro da vida do cristão, sem o qual todas as demais atividades ficam fora de foco.” (Faulkner & Brecheen, 2000, p.119)
Nós, pais e mães, somos abençoados quando educamos nossos filhos na instrução e conselho do Senhor (Efésios 6.4). As crianças tem, antes de tudo, uma jornada a caminho da eternidade e nós não podemos perder de vista o trabalho de cultivar as experiências que plantarão nelas o desejo de servir a Deus e aos outros. Desse modo, os incríveis momentos que desfrutamos na presença dos pequeninos devem ser de doação, de afeto, carinho, amor, sempre os ensinando a se colocarem no lugar certo – ao lado – e não no centro.
Referência: Falkner, Dr. Paul, Brecheen, Dr. Carl. O que toda família precisa. Ed. Vida Cristã, 2000.

O Medo de Ficar Sem a Mesa

Estamos no processo de mudança e, assim, nos desfazendo do que não nos interessa levar para Belém do Pará. Fui surpreendida com Lívia (5 anos) no momento em que parentes levavam nossa mesa de jantar.
Fiquei realmente comovida porque enquanto as primas brincavam alegremente no terraço, sem se importarem com as atividades dos adultos, Lívia vem até mim, aos prantos, chorando e muito emocionada. Perguntei se ela conseguia me explicar o porquê do choro e ela respondeu:
_ Tô com medo de ficar sem mesa!
Tentei mostrar que tínhamos outra mesa e que não precisávamos mais daquela tão pesada, ou podíamos ver a mesa quando visitássemos o parente que iria ‘cuidar’ daquele objeto. Mas, ela insistia:
_ Mamãe, aquela é a mesa que eu conheço mais, tenho medo de ficar sem ela!
Na verdade, tivemos uma semana bem intensa com viagem para rever parentes antes da mudança, despedidas, doação de brinquedos, casa ficando vazia, pai do Júnior sendo submetido à cirurgia cardíaca e as emoções estão à flor da pele. Sinto que cada um de nós aqui, em algum momento, tem medo de “ficar sem a mesa”.
Naquela hora não havia substituta para a mesa, nada melhor para colocar no lugar, pois a emoção de Lívia vinha do medo do desconhecido. E para o medo do desconhecido, o único remédio mesmo é apegar-se a algo familiar, é o conforto do que é “conhecido”. Não há nenhum mal nisso. É comum o apego à velha mesa, ao chinelo que se amoldou ao pé, à camiseta surrada, paninho de dormir… isso tem jeito e cheiro de aconchego, segurança.
No plano espiritual, aceitar o “novo” é o passaporte para a eternidade. O sacrifício de Jesus nos proporciona nova vida através de um novo nascimento com Ele.

Em resposta, Jesus declarou: “Digo-lhe a verdade: Ninguém pode ver o Reino de Deus, se não nascer de novo”.  (…) “Digo-lhe a verdade: Ninguém pode entrar no Reino de Deus, se não nascer da água e do Espírito.  (João 3:3,5)

O Novo Testamento nos motiva com mensagem de renovação, transformação, nos ensinando a caminhar na novidade de vida com Cristo.

(Efésios 4:22-24) Quanto à antiga maneira de viver, vocês foram ensinados a despir-se do velho homem, que se corrompe por desejos enganosos,  a serem renovados no modo de pensar e  a revestir-se do novo homem, criado para ser semelhante a Deus em justiça e em santidade provenientes da verdade.

 Embarcar na jornada rumo à eternidade significa, antes de tudo, unir-se ao sacrifício de Jesus… e sacrifício inspira medo. Somente superando o temor teremos a oportunidade de ser liberto das velhas dores, velhos ressentimentos, velhos pecados, da velha maneira de viver separado de Deus. O desejo deste Pai é que não nos acostumemos com o velho padrão:

Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. (Romanos 12:2)

 Sabe qual é o remédio para superar o medo do desconhecido?

Apegar-se Àquele que é constante: Jesus Cristo é o mesmo, ontem, hoje e para sempre. (Hebreus 13:8)

Somente em Jesus estaremos seguros, com ou sem mesa. Creia!

João Pessoa, 17/11/2016

Ser Cristão Está Acima de Toda Cidadania

Minha família é composta de seis pessoas: Júnior (meu esposo), eu (Kátia) e 4 filhas de idades bem variadas (20, 11, 5 e 2 anos). Mudamos de João Pessoa para Belém do Pará, onde Júnior está se dedicando como evangelista. Houve quem nos encorajasse, houve quem olhasse para nós como se fôssemos insanos… mas, esse assunto é para outra história.

Geralmente, em qualquer ocasião, nossa família chama a atenção por onde passa. Não por atributos extraordinários, mas, somos cientes de que um careca, uma gordinha e três meninas falantes não passam desapercebidos facilmente. Agora, em Belém do Pará, temos o agravante: o sotaque! Mais especificamente o “Di”, o “Ti” e o “s” no final das palavras… “nos falta” o “txi”, “dxi”, “xii”… o chiado marcante do falar paraense. Seja na padaria, supermercado, farmácia, praça, sempre encontramos alguém perguntando de onde somos. E tudo se transforma numa longa história… o que, de certo modo, é bom para quem está aqui no intuito de estabelecer contatos para que, com boas intenções, possa apresentar-lhes o Evangelho.

Porém, isso tem me inquietado. Confesso que já me peguei louvando baixinho no culto para não despertar a atenção para mim e tenho me sentido estranha com isso. Qual é? Sei que Deus não se importa com sotaque! Pois é?! Mas, nós nos importamos, sim. Ou, pelo menos, eu estou me importando.

Sei que não é sentimento de vergonha, pois não sou tímida e também estou certa de que me considero privilegiada por ser nordestina, paraibana, sertaneja. Então, compreendi que, na verdade, eu me importo em caber no lugar, ser aceita pelo grupo, ser entendida nas minhas colocações, ser ouvida nas minhas opiniões, me importo em parecer adequada. Até certo ponto, entendo bem que esse fenômeno (próprio da adolescência) também faz parte do processo de socialização, independente de idade. Mas, não quero permitir que este fenômeno possa reprimir meu potencial criativo, ou que sufoque minha bravura para explorar as belezas e peculiaridades desta terra de povo tão acolhedor.

Independente do lugar ao qual o Senhor nos guiar para servir ao Reino, meu desejo é o de estar sempre pronta para dizer “Eis-me aqui”. Não quero permitir que o medo de ser mal interpretada me cale diante das oportunidades de aprender, exortar, ensinar ou compartilhar experiências de fé e caminhada cristã; pois, quero estar sóbria diante das diferenças e dificuldades culturais, porém, confiante de que a missão é nobre e que a nossa cidadania está nos céus, de onde virá o Salvador, o Senhor Jesus Cristo (Filipenses 3.20). Ele é o padrão, o modelo a ser seguido e o alvo que nos dará o prêmio do chamado celestial (Filipenses 3.13-14)

O sotaque? Não quero me importar mais. Daqui alguns anos quero contar as bênçãos de ter amadurecido neste aspecto, e não mais me importar com esse pequeno detalhe (chiando ou não)!

Eu Estou Pensando em Divórcio

Certamente, muitos vão fazer a mesma pergunta que os discípulos fizeram à mesa na última ceia com Jesus: “Serei eu, Mestre?” Porque com a história que vou contar, muitos casais vão se identificar, mas nem todos vão meter a mão no prato com Jesus. De qualquer forma, este é um caso muito comum.

O marido é abusivo, a esposa está fragilizada. Casados há cerca de três anos, ele, usuário de entorpecentes, inicialmente moderado, com o tempo tornou-se mais habitual. Ela foi agredida mais uma vez por seu marido. Ele se sente acuado por alguns que ouviram as queixas da esposa e de familiares dela. Faz algum tempo que eles não têm relações íntimas, e ele tem visitado muito aqueles sites que, se descobrissem, ficariam escandalizados.

Depois de algum tempo, a única coisa em comum entre os dois é o pensamento sobre o divórcio. Hoje concordam também que assinaram um contrato ou fizeram uma aliança jurando eternidade cedo demais. Agora, eles acham que não se conheciam o suficiente. Para piorar o quadro, têm um filhinho de pouco mais de um ano.

Qual a Vontade de Deus?

Será que Deus não se importa com o sofrimento? Será que Deus não poderia intervir e fazer dela uma esposa submissa e ele um marido amoroso que luta e vence suas tentações? Será que a única coisa que os une é a mistura que resultou em seu filho que sofre injustamente junto com eles? Se um casal quer saber qual é a vontade de Deus, precisa sentar e deixar Ele falar. Sobre o que eles estão pensando Deus tem o que falar:

“13 Há outra coisa que vocês fazem: Enchem de lágrimas o altar do Senhor; choram e gemem porque ele já não dá atenção às suas ofertas nem as aceita com prazer. 14 E vocês ainda perguntam: “Por quê?” É porque o Senhor é testemunha entre você e a mulher da sua mocidade, pois você não cumpriu a sua promessa de fidelidade, embora ela fosse a sua companheira, a mulher do seu acordo matrimonial. 15 Não foi o Senhor que os fez um só? Em corpo e em espírito eles lhe pertencem. E por que um só? Porque ele desejava uma descendência consagrada. Portanto, tenham cuidado: Ninguém seja infiel à mulher da sua mocidade. 16 “Eu odeio o divórcio”, diz o Senhor, o Deus de Israel, “e também odeio homem que se cobre de violência como se cobre de roupas”, diz o Senhor dos Exércitos.” (Malaquias 2:13-16 – precisava de uma ênfase!)

Ele se retira num cômodo da casa onde está dormindo sozinho e às vezes até ora. Ela chora, acha que se aproxima mais de Deus enquanto se afasta cada vez mais do marido. Ambos sabem que não estão certos, mas a solução fácil bate à porta. Não adianta se cobrir de espiritualidade e praticar a divisão no casamento. Deus também odeia o homem violento no casamento, mas não deixa de odiar o divórcio. Não se abre aqui um precedente para se divorciar.

Vagamente eles lembram de quando eram solteiros. Têm saudades daquele tempo e lembram da paz que tinham. Esquecem que oraram e Deus os ouviu. Ele orava por uma esposa e ela por um marido cristão. Deus ouviu e os abençoou. Num álbum esquecido em algum lugar, fotos provam que foi por amor e uma aliança foi feita. Na presença de Deus eles juraram até à morte e Deus os abençoou nesta tríplice aliança onde Ele esteve envolvido.

Comportam-se agora como um filho que ganha um carro zero do pai. O filho sai todos os sábados à noite para a balada e nem pensa mais no pai esperando preocupado até de madrugada. O filho bebe e quer sair dirigindo o carro e isso se repete todos os sábados. Até que um dia o celular do pai toca em casa. É o número do filho, a foto dele até aparece na tela. Quando o pai atende alguém do outro lado informa que houve um acidente. Finalmente o filho transformou uma bênção em maldição. É assim que este casal está agindo agora com a resposta da oração que fizeram lá atrás. Os dois sabem que o divórcio é errado. Ambos, por egoísmo, não conseguem mudar, não vale mais a pena…

Provação na União e Tentação no Divórcio

Querem ser felizes? Sim, claro! Fariam qualquer coisa, menos ficarem juntos. Se uma pessoa quer ser feliz, precisa suportar a provação com perseverança e Deus a abençoará. Provação vem de Deus. Ele nos dá tudo o que precisamos para sermos felizes. Então, Ele nos prova para ver se nós realmente queremos ser felizes. Se quisermos, suportaremos todos os problemas unidos, escrevendo uma história diferente de casais que se divorciaram. Deus é bom e nos prova para nos aprovar e amadurecer (Tg 1:12).

Se você estiver sendo tentado ao divórcio, não diga que isto é da vontade de Deus (apesar do seu sofrimento), pois você sabe que não é. Afinal, como já vimos acima, Deus odeia o divórcio. Se estiver sendo tentado saiba que é o seu desejo e isto não é bom. Talvez seja o desejo de se livrar da maneira mais fácil do que agora você chama de problema. Lembra que você pediu uma bênção e Deus te deu o seu cônjuge? O seu desejo o arrasta para esta única decisão possível e você se sente particularmente seduzido para fazer exatamente isso e, pior, encontra argumentos incríveis de que é isso mesmo que você deve fazer. Tentação não vem de satanás, mas dos nossos maus desejos. Satanás só aproveita a ocasião dada a ele de bandeja. Ele, então, coloca apoiadores da causa do seu lado e você se sente amparado pela opinião de que Deus não quer que você sofra mais (Tg 1:13, 14).

Sumarizando (como se precisasse): Provação vem de Deus (o sofrimento). Tentação vem de você (o divórcio).

Consequências

Na provação suportada com perseverança a consequência é felicidade e a coroa da vida e já nesta vida. Na tentação o resultado é arrependimento porque o “desejo, tendo concebido, dá à luz o pecado, e o pecado, após ter se consumado, gera a morte” (Tg 1:15).

A provação é divina, porque Deus te ama Ele te prova. Todas as tentações são humanas e, Deus sendo justo, nos dá, juntamente com a tentação um escape (1 Co 10:13).

É da vontade de Deus que mantenhamos a aliança matrimonial apesar do sofrimento. Imagine se Jesus tivesse se desviado da cruz… Você entende que Jesus estava caminhando ao encontro da sua noiva? Que Ele morreu na cruz para que um dia, na presença do Pai, Ele possa, definitivamente, casar com a sua noiva sem mácula, pura e sem defeito que é a igreja? Se Jesus tivesse escolhido o caminho mais fácil, o caminho de uma vida sozinho, Jesus teria se desviado (divorciado) de todas as bênçãos que a cruz nos trouxe e a Ele também. Da mesma forma os que escolhem o mais fácil ao invés do sofrimento acabam sofrendo sem propósito.

Conclusão

Ter problemas não é o problema. O problema é não saber o que fazer quando acontecer. Qual é mesmo a decisão que foi feita no altar? “Prometo estar contigo na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, amando-te, respeitando-te e sendo-te fiel em todos os dias de minha vida, até que a morte nos separe.” Não precisa fazer uma nova decisão cada vez que os problemas começarem, basta ficar fiel e perseverante no juramento de amor já feito.

Sabia que, segundo as estatísticas do IBGE, o segundo casamento é pior do que o primeiro? Seja por abuso por parte do padrasto, seja pela história do passado e, pela estatística, o segundo casamento tem maior chance de acabar em divórcio do que o primeiro. Divórcio não é a solução. Para mudar uma situação, você tem que mudar.

Sabe por que Jesus nunca vai se divorciar da sua esposa (a igreja)? Porque ele se entregou por ela até à morte e morte de cruz. Isto é, Ele pagou um alto dote pela igreja, ela é muito valiosa para deixar de lado. Este é o mesmo motivo que a igreja é cegamente submissa a Jesus