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QUANDO DESANIMADOS, VOLTEMOS ÀS ESCRITURAS

QUANDO DESANIMADOS, VOLTEMOS ÀS ESCRITURAS

“Naquela mesma hora, Jesus curou muitas pessoas de doenças, de sofrimentos e de espíritos malignos; e deu vista a muitos cegos.

Então Jesus lhes respondeu: — Voltem e anunciem a João o que vocês viram e ouviram: os cegos veem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados e aos pobres está sendo pregado o evangelho.

E bem-aventurado é aquele que não achar em mim motivo de tropeço.” – Lucas 7:21-23

No texto da semana passada vimos que parece que João Batista ficou na dúvida se Jesus seria mesmo o Messias prometido. Ele fez a seguinte pergunta: “Você é aquele que estava para vir ou devemos esperar outro?” – Lucas 7:19

Talvez a ideia que João tinha sobre Jesus fosse a expectativa da maioria: um líder político que libertaria o povo de Israel do jugo romano. A própria prisão do profeta poderia tê-lo deixado frustrado e desanimado. Algo que pode acontecer conosco também.

A resposta de Jesus chama muito a atenção: realiza várias curas e cita textos do profeta Isaías (35:5-6 e 61:1) que apontavam a sua missão de pregar o evangelho do reino.

Jesus age com João da mesma maneira que agiu com o diabo. Não fica discutindo, mas cita as Escrituras. Ele parece querer abrir os olhos de João para que o profeta volte às Escrituras Sagradas e amolde-se a ela. Não é por menos que ele também voltará a Malaquias 3:1, texto que descreve a própria missão do Batista.

Costumo dizer que a Bíblia são as lentes de Deus para vermos a realidade quando nossa visão física embaça nosso discernimento e passamos a olhar tão somente do ponto de vista humano. E quando fazemos isso podemos ficar desanimados, pois parece que o caos e o mal reinam e Deus parece tão distante.

Como exemplo, quero citar o capítulo 4 do livro de Apocalipse. Enquanto aqui na terra parecia que o imperador romano estava no trono, perseguindo a igreja e matando cristãos, Deus mostra a João na visão descrita naquele capítulo a realidade: Deus reinando no trono, tendo Jesus ao seu lado e os 24 anciãos que representam o povo de Deus em todas as épocas reinando em 24 tronos. Ou seja, quem reinava era Deus, mesmo parecendo aos olhos humanos que a grande autoridade era o imperador.

Esse exemplo da frustração de João Batista nos traz uma lição: por mais utilizados que sejamos por Deus, por mais tempo de vida cristã que tenhamos, há momentos que passamos por crises na fé, que ficamos desanimados, pois parece que Deus está tão longe. Aconteceu com pessoas grandemente utilizadas por Deus como o profeta Elias, que parece ter passado por uma grande depressão em razão da perseguição de Jezabel. Leia 1 Reis 17-19.

Nesses momentos precisamos voltar às Escrituras Sagradas para que nossa visão desembace e olhemos do ponto de vista de Deus, amoldando-nos a Ele. 

Sim, Deus reina sempre, mas, em toda a história bíblica isto não significa que não passaremos por perseguições, que às vezes parecerá que o mal reina. Especialmente hoje quando somos bombardeados, com pessoas utilizando a própria Bíblia, para dizer que um cristão fiel não passa por problemas e dificuldades na vida.

Já passou ou está passando por um momento semelhante ao do Batista de desânimo, frustração, com a visão embaçada? Utilize as lentes de Deus, a Palavra, volte a ela e, com certeza, enxergará novamente. E pelas lentes de Deus, até sofremos, mas no final, a vitória é certeza. Daí a importância de conhecermos toda a verdade de Deus, e não apenas parte dela, revelada em Sua Palavra. 

Sabe a razão de todos os dias eu passar tempo na Palavra e escrever essas reflexões? Em primeiro lugar é para alimentar a minha alma, olhar pelas lentes de Deus e reforçar a minha fé. Pois passou também por momentos de desânimo e frustração. E depois, claro, tentar de alguma maneira reforçar a sua fé, querido leitor, que lê essas minhas reflexões diárias há algum tempo publicadas neste portal.

Finalmente, feliz é aquele que não encontra em Jesus e na sua Palavra motivo de escândalo e tropeço.

O Poder Para Fazer a Igreja Explodir de Crescer

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Se você pudesse resumir toda a onipotência de Deus numa só palavra, qual seria esta palavra? Que poder é esse que transforma as pessoas, que dá esperança, e é o maior dom que Deus pode dar para alguém? Que poder é esse que nos coage, força e obriga voluntariamente a tomar uma atitude? É o amor de Deus, a maior força do mundo (2 Coríntios 5:14).

É isso que Deus colocou dentro de você. Está aí, agora cabe a você usar e, se é o amor de Deus, é paciente e amável, não é ciumento, não exalta a si mesmo, não é orgulhoso, não é malcriado, não procura seus interesses, não se irrita facilmente, não guarda mágoas, não se alegra com o mal, mas alegra-se com a verdade, aceita todas as coisas com paciência, tem sempre confiança e esperança, e se mantém sempre firme e jamais acaba (1 Co 13:4-8).

Este poder (o amor) aplicado no jeito, lugar e pessoas certas, tem o poder de fazer com que o mundo olhe para cada membro do corpo de Cristo, chamados de igreja e vejam o que realmente é a igreja, o corpo de Cristo na terra. Só é possível ver que é a igreja verdadeira de Cristo quando temos o mesmo amor de Jesus pelos outros que já estão na igreja.

“Novo mandamento vos dou: que VOS AMEIS UNS AOS OUTROS; ASSIM COMO EU VOS AMEI, QUE TAMBÉM VOS AMEIS UNS AOS OUTROS. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros” (Jo 13:34, 35)

Jesus tinha acabado de lavar aos pés dos discípulos. Tinha indicado que ia ser traído e até apontou o traidor. Estava chegando o momento de ser glorificado e Ele poderia ter dito qualquer coisa que fosse muito importante e foi isso que Ele fez. Disse que devemos amar aos irmãos como Ele amou…

Jesus não estava se referindo ao amor pelo mundo, Ele falou sobre o amor pelos seus irmãos de comunhão direta. Aqueles que você encontra todos os domingos e outros encontros da igreja. O Velho Testamento tem, segundo um estudo, 613 mandamentos e, dentre eles, o maior é o amor a Deus e ao próximo. Não é possível dizer que ama a Deus e não amar o próximo. Além disso, ensinou Jesus, amar, segundo o que Ele ensinou, é um novo mandamento. Em que ele é novo? Comparando com o velho mandamento, fica mais fácil. No velho mandamento era para amar ao próximo tendo como parâmetro o amor a si mesmo, mas o novo patamar de amor foi colocado no mais alto nível, isto é, amar aos irmãos como Jesus amou.

“O amor seja sem hipocrisia. Detestai o mal, apegando-vos ao bem. Amai-vos cordialmente uns aos outros com AMOR FRATERNAL, preferindo-vos em honra uns aos outros.” (Romanos 12:9, 10)

Não podemos dizer que amamos as pessoas como Jesus amou quando, na prática, não procuramos demonstrar nas palavras e ações entranhados afetos de misericórdia, se não buscamos pensar a mesma coisa, se não somos unidos de alma e procuramos ter o mesmo sentimento. Não podemos dizer que realmente amamos como Jesus quando ficamos só procurando e disputando quem ganha por opiniões e criando partidarismo que não leva a nada. Devemos ser humildes no trato com os irmãos, devemos ser cordiais e exaltar aos irmãos fazendo-os superiores a nós mesmos. Não devemos achar que algo nos pertence, mas dar prioridade aos irmãos. Brigas por coisas e opiniões, jamais entre nós! E, quando errarmos, nos perdoar mutuamente… (Leia Colossenses capítulo 3 versículos de 13 a 14).

Todos nós que recebemos o amor de Deus através de Jesus queremos que outros também tenham esta experiência singular. A igreja pode explodir de crescer e depende de você individualmente. Não tem sentido você querer que pessoas novas entrem no corpo de Cristo se não amamos quem já está ali precisando do amor.

Se há, pois, alguma exortação em Cristo, alguma consolação de amor, alguma comunhão do Espírito, se há entranhados afetos e misericórdias, completai a minha alegria, de modo que penseis a mesma coisa, tenhais o mesmo amor, sejais unidos de alma, tendo o mesmo sentimento. Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo. Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros.” (Fp 2:1-4)

Conclusão

Amar aos irmãos como Jesus ama, a quem Ele ama de tal maneira que se ofereceu como sacrifício lá na cruz quando eles tiveram fé e receberam a salvação, é o resumo da Onipotência de Deus, isto é, o poder Dele em nós e quando nós realmente amarmos uns aos outros na igreja, o mundo saberá que somos verdadeiros discípulos de Jesus e, todos que procurarem Jesus, vão encontrar o corpo Dele na terra, a igreja. E você, está usando o poder de Deus para salvar o mundo que está em você? Este poder é o amor pelos irmãos.

Nunca será convincente você dizer que ama o mundo se não ama, em primeiro lugar, da forma mais verdadeira possível, com todas as suas forças, de forma sacrificial como você fosse o próprio Jesus, aos seus irmãos de fé. Não construa prédio grande, não faça propaganda na TV ou na Internet, nem distribua 20 mil folhetos se você ainda não ama seus irmãos como Jesus ama. Parafraseando: “Quem não ama aos irmãos a quem vê, como pode amar as pessoas a quem não vê”. O poder do evangelismo está no amor que já temos entre os irmãos. O amor é a maior prova de que a mensagem e a igreja é a verdadeira.

“Ora, ÀQUELE QUE É PODEROSO PARA FAZER INFINITAMENTE MAIS DO QUE TUDO QUANTO PEDIMOS OU PENSAMOS, CONFORME O SEU PODER [o amor] QUE OPERA EM NÓS, a ele seja a glória, na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre. Amém!” (Ef 3:20, 21)

Obs: O amor é um dos poderes de Deus que está em nós para que, por meio de nós, Ele possa fazer infinitamente mais do que pedimos ou pensamos, com o poder Dele que está em nós.