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QUE SEGURANÇA! O SENHOR REINA!

QUE SEGURANÇA! O SENHOR REINA!

“É ele quem muda o tempo e as estações, remove reis e estabelece reis; ele dá sabedoria aos sábios e entendimento aos inteligentes.” – Daniel 2:21

“Daniel respondeu na presença do rei: — O mistério que o rei exige, nem sábios, nem magos nem encantadores o podem revelar.

Mas há um Deus no céu, que revela os mistérios, pois fez saber ao rei Nabucodonosor o que vai acontecer nos últimos dias. O sonho e as visões que o senhor teve, quando estava em sua cama, são estes.” – Daniel 2:27-28

“Mas, nos dias desses reis, o Deus do céu levantará um reino que jamais será destruído e que não passará a outro povo. Esse reino despedaçará e consumirá todos esses outros reinos, mas ele mesmo subsistirá para sempre.” – Daniel 2:44

“O rei disse a Daniel: — Certamente o Deus que vocês adoram é o Deus dos deuses e o Senhor dos reis. Ele é quem revela os mistérios, pois você foi capaz de revelar este mistério.” – Daniel 2:47

Os textos de hoje, perdi a conta das vezes em que eu li e ensinei para pessoas que queriam conhecer o evangelho de Jesus e o plano eterno de Deus para salvação. E cada vez que eu leio, este texto deixa-me admirado e com o coração cheio da segurança que somente Deus pode dar.

O sonho de Nabucodonosor, cuja interpretação é revelada pelo profeta Daniel, mostra o que aconteceria nos 600 anos que se seguiram, especialmente revelando as potências que dominariam o mundo conhecido da época: Babilônia, Pérsia, Grécia e Roma.

Este texto me dá muita segurança pois revela Deus como o Senhor da história, aquele que é poderoso para remover reis e estabelecer reis, isto é, autoridades. Logo, deste lado pós Jesus, o filho de Deus não precisa temer nenhuma autoridade, apenas respeitá-la, pois todas elas estão debaixo do poder do Todo-Poderoso Deus. Lembrou-me do que Deus, através de Jeremias, disse nessa época a respeito de Nabucodonosor ao remanescente que ficou em Judá na época, que queria fugir para o Egito por medo do novo monarca:

“Não tenham medo do rei da Babilônia, de quem agora vocês estão com medo. Não tenham medo dele, diz o Senhor, porque eu estou com vocês, para os salvar e livrar das mãos dele.” – Jeremias 42:11

Ao mesmo tempo, o texto de hoje revela o estabelecimento do reino de Deus aqui na terra, na época do quarto reino, o império romano. Este reino seria a igreja de Jesus, que desde o ano 30 está estabelecida no mundo e nada, nenhum governante, que tanto a perseguiu, conseguiu derrotá-la.

“Também eu lhe digo que você é Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Eu lhe darei as chaves do Reino dos Céus; o que você ligar na terra terá sido ligado nos céus; e o que você desligar na terra terá sido desligado nos céus.” – Mateus 16:18-19

“Ele nos libertou do poder das trevas e nos transportou para o Reino do seu Filho amado.” – Colossenses 1:13

Hoje o Senhor Jesus reina pleno, com toda autoridade dada por Deus Pai, sobre a igreja (Mateus 28:20). Logo, cada cristão, como cidadão do reino, não deve se preocupar com os reinos humanos, que sucedem um ao outro, no nosso caso, na democracia, escolhidos por seus próprios cidadãos, mas controlados pelo Senhor dos Exércitos (Romanos 13:1).

O cidadão celestial, que é todo discípulo de Jesus, deve gastar o melhor do seu tempo, energia e bens na propagação do reino de Deus na terra, até o dia da volta gloriosa do rei Jesus, quando levará a sua igreja para as mansões celestiais.

“Mas busquem em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas estas coisas lhes serão acrescentadas.” – Mateus 6:33

Que da mesma maneira que o texto de hoje animou-me e encheu meu coração de alegria, segurança e esperança, ajude a você, que lê este artigo, a ter um dia com muito mais paz, pois o teu Rei governa e controla todos os governos humanos e é Ele quem tem a última palavra em tudo. 

E se você ainda não é governado por Jesus, hoje é o dia de dar mais um passo em direção ao Onipotente Deus. Descansar à sombra dele é um grande privilégio.

“Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo e descansa à sombra do Onipotente diz ao Senhor: ‘Tu és o meu refúgio e a minha fortaleza, o meu Deus, em quem confio.'” – Salmos 91:1-2. 

DE ONDE NOS VIRÁ O SOCORRO?

“DE ONDE NOS VIRÁ O SOCORRO?”

Nos livros de Reis e Crônicas encontramos a história dos reis de Judá e Israel. Cada rei teve sua trajetória e suas decisões, e acabamos aprendendo muito analisando como eles procederam.

Uma dessas histórias nos mostra a história de Asa, rei de Judá, em I Reis 15:9. Começou seu reinado muito bem, venceu o exército de Zerá, o etíope, com um exército de 580.000 contra 1.000.000 do inimigo fazendo uma linda oração a Deus (II Cr 14:11).

Foi advertido pelo profeta Azarias com uma admirável frase “O Senhor está convosco, enquanto vós estais com ele; se o buscardes, ele se deixará achar; porém, se o deixardes, vos deixará” – 2º Crônicas 15:2. Começou a abandonar Deus quando foi ameaçado por Baasa, rei de Israel e, ao invés de buscar auxílio divino, preferiu buscar ajuda do rei Ben Hadade da Síria (2º Cr 16:1-6) tendo sido advertido pelo profeta Hanani mas, ao invés de ouvi-lo, se indignou e prendeu o profeta (2º Cr 16:7-10). No fim de seu reinado veio a adoecer gravemente, mas novamente não confiou em Deus, mas sim nos médicos (2º Cr 16:12).

Qual a razão desse resumo da vida do rei Asa? Podemos tirar lições? Sim, claro, sempre podemos aprender com as histórias das Escrituras seja para seguir o bom exemplo ou para evitar o mau exemplo.

Aprendemos que quando nos submetemos à vontade de Deus e deixamos que Ele guie nossos passos as chances de sucesso são muitas. Fazer aquilo que O agrada vai sempre nos trazer alegria. No caso do rei Asa ele venceu um exército inimigo muito mais

Quando o profeta lhe disse as palavras de Deus, o rei poderia e deveria ter levado isso em consideração, prestando atenção ao que Deus queria lhe dizer. Quando buscamos Deus, Ele se deixa achar. Quando O deixamos, Ele nos deixa. Notem que não é Deus quem se afasta de nós, e sim o contrário. Somos nós que deixamos de querer ter comunhão com o Pai, através de nossos pecados e erros que não queremos abandonar.

Ao ser ameaçado pelo rei Baasa, ao invés de pedir ajuda a Deus que já o havia livrado de um exército muito mais poderoso que o dele, resolveu fazer uma aliança com outro rei. Mostrou assim falta de confiança em Deus, que já o havia livrado. Preferia confiar mais em homens do que em Deus.

Ao adoecer, ao invés de confiar em Deus e colocar sua vida nas mãos Dele, preferiu confiar nos médicos. Outro erro desse rei.

Perceberam como podemos aprender muito? Quantas vezes Deus está pronto para nos socorrer e nós colocamos nossa confiança em tantas coisas, menos no Pai. Buscamos ajuda e apoio em várias coisas, mas esquecemos de procurar o Único que realmente pode nos salvar.

Que a história desse rei nos ensine a sermos mais fiéis e confiarmos no nosso Senhor.

A FORÇA DO AMOR

A FORÇA DO AMOR

“E o servo de um centurião, a quem este muito estimava, estava doente, quase à morte.

Quando o centurião ouviu falar a respeito de Jesus, enviou-lhe alguns anciãos dos judeus, pedindo-lhe que viesse curar o seu servo.

Estes, aproximando-se de Jesus, lhe pediram com insistência: — Ele merece a sua ajuda,

porque é amigo do nosso povo, e ele mesmo construiu a nossa sinagoga.” – Lucas 7:2-5

A história do pedido de centurião para que Jesus curasse seu servo é uma história, em minha opinião, terna e com boas lições.

Algo interessante é que, na Bíblia, os centuriões que são citados, quase sempre são pessoas boas e justas, começando pelo relatado no texto de hoje. 

Mas, vejamos outros:

Após a morte de Jesus, o centurião que guardava os crucificados, disse a respeito de Jesus: “Verdadeiramente este homem era o Filho de Deus.” (Marcos 15:39). Cornélio, o primeiro convertido a Jesus entre os romanos, era um centurião a respeito do qual a Bíblia diz: “Era piedoso e temente a Deus com toda a sua casa, fazendo muitas esmolas ao povo e orando sempre a Deus.” (Atos 10:2). É também um centurião quem salva Paulo da morte na viagem à Roma, não somente salvando sua vida, mas de todos os demais presos (Atos 27:43). 

O centurião (que é muito mais que um “capitão”), liderava uma tropa de elite, tendo sob o seu comando um grupo de cem homens altamente treinados e obedientes, dispostos a tudo.

Voltando ao relato do texto, chama-me a atenção o quanto o amor une as pessoas. Amor aqui significa atos de bondade e cuidado pelo próximo, não o mero sentimento.

O centurião era respeitado pelos líderes judaicos, algo não comum na época, já que ele representava o dominador, o império romano. Mesmo assim, os líderes judaicos vão interceder junto a Jesus e dizem, em outras palavras: “Ele é um bom homem, que ama nosso povo e ajudou a construir nossa sinagoga. Por favor, ajude-o”. 

O amor é a melhor forma para se conquistar alguém. Por isso, a força de um seguidor de Jesus para influenciar pessoas está no amor que demonstra por elas. A força das armas e a violência dominam as pessoas apenas exteriormente, enquanto o dominador está presente. O amor influencia interiormente, mesmo com a pessoa de longe. Alguém já disse: “Me ame e faça o que quiser comigo”.

Também é digno de elogio a preocupação do centurião para com o seu servo. Numa época em que os escravos eram tratados como mercadorias, isto é, facilmente substituíveis, chama a atenção o quanto o centurião estimava seu servo e desejava que ele recuperasse a saúde.

Ainda quero destacar que os líderes judaicos pediram a Jesus com insistência que atendesse ao centurião, mostrando mais uma vez o quanto aquele homem era respeitado pela comunidade local.

Este texto faz-me lembrar do que Paulo diz na sua carta aos efésios:

“Porque ele é a nossa paz. De dois povos ele fez um só e, na sua carne, derrubou a parede de separação que estava no meio, a inimizade.” – Efésios 2:14

Sim, a história do centurião (dominador), seu servo (escravo) e os líderes judaicos (dominados), numa época em que na maioria das vezes seriam inimigos, por causa do amor demonstrado pelo centurião, mostra pessoas que querem bem umas às outras. 

O centurião ama o seu servo e intercede por ele perante os líderes judaicos. Estes amam o centurião e intercedem por ele ao Senhor Jesus. Não é isso uma reprodução do que ocorreria na igreja de Jesus: pessoas diferentes, de origens diferentes, inicialmente até hostis, podem se aproximar buscando o bem uma da outra?

Que qualquer influência que venhamos a ter sobre alguém não seja por força ou violência física ou de palavras duras, mas que nossa força para influenciar esteja na nossa motivação de amar a Deus, amando ao nosso próximo, em especial nossos irmãos em Cristo. 

O amor deve ser o motivo para evangelizarmos. A pessoa deve perceber que não queremos o dinheiro dela, nem mesmo dominá-la, mas apenas levá-la ao senhorio de Jesus. Que somos dominados pelo amor de Cristo (2 Coríntios 5:14) e isto nos motiva a insistirmos em falar com elas sobre nosso Mestre. 

“Porque as armas da nossa luta não são carnais, mas poderosas em Deus, para destruir fortalezas. Destruímos raciocínios falaciosos

e toda arrogância que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levamos cativo todo pensamento à obediência de Cristo.” – 2 Coríntios 10:4-5.

DANIEL: O SEGREDO DA FIDELIDADE

“Daniel resolveu não se contaminar com as finas iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia; por isso, pediu ao chefe dos eunucos que lhe permitisse não se contaminar. E Deus concedeu a Daniel misericórdia e compreensão da parte do chefe dos eunucos.” – Daniel 1:8-9

“Depois, compare a nossa aparência com a dos jovens que comem das finas iguarias do rei. Dependendo do que enxergar, o senhor decidirá o que fazer com estes seus servos.” – Daniel 1:13

“Daniel continuou ali até o primeiro ano do reinado de Ciro.” – Daniel 1:21

Hoje começamos o livro do profeta Daniel, que viveu na Babilônia entre os anos 605 e 539 AC, isto é, por 76 anos. Ao chegar na Babilônia deveria ser bem jovem, já li que algo em torno de 15 anos, e foi grandemente utilizado por Deus.

Qual o segredo para a fidelidade de Daniel e a maneira como o profeta foi utilizado por Deus durante o período babilônico?

Acredito que a resposta esteja no versículo 8: “Resolveu Daniel, firmemente, não contaminar-se com as finas iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia” (ARA), a ponto de influenciar seus 3 amigos.

Creio que se Daniel não tivesse tomado essa firme decisão, teria sido engolido pela cultura babilônica e ele seria mais um exilado na Babilônia, que na Bíblia, representa o mundo contra os valores divinos.

Sem essa decisão Daniel não teria interpretado o sonho do rei que o alçou à posição importante na Babilônia, não teria havido a experiência dele na cova dos leões nem a maneira como Daniel termina o livro:

“Quanto a você, siga o seu caminho até o fim. Você descansará e, ao fim dos dias, se levantará para receber a sua herança.” – Daniel 12:13

Infelizmente, muitos seguidores de Deus, perdem grandes oportunidades por flertar com os valores mundanos e muitas vezes são por eles devorados.

Se, de um lado, Daniel resolveu de maneira firme não se contaminar com a cultura babilônica, por outro lado, vemos a maneira cortês e sábia como ele se opõe. Isto mostra que é possível manter-se puro sem ser do contra de forma frontal.

Também essa experiência de Daniel mostra algo que um irmão em Cristo costuma dizer: “Fé é colocar o pé antes no vácuo, tendo a certeza de que Deus colocará o chão”. Sim, viver em fé é obedecer, mesmo sem parecer que Deus está agindo, como farão os amigos de Daniel, que recusaram dobrar-se ante a estátua do rei no capítulo 3, mesmo sem a certeza de que Deus os livraria.

“Se o nosso Deus, a quem servimos, quiser livrar-nos, ele nos livrará da fornalha de fogo ardente e das suas mãos, ó rei. E mesmo que ele não nos livre, fique sabendo, ó rei, que não prestaremos culto aos seus deuses, nem adoraremos a imagem de ouro que o senhor levantou.” – Daniel 3:17-18

Durante essas 12 semanas aprendemos a partir da experiência de Daniel e seus amigos que Deus reina sobre os céus e a terra, Ele é poderoso, misericordioso e cuida, sempre, daquele que se mantém fiel. 

Como disse Deus para Noé (Gênesis 7:1), dá para ser fiel a Deus, mesmo num meio onde a maioria é pagã e rebelde ao Senhor.

NÃO SEJAMOS COMO O HOMEM TOLO

NÃO SEJAMOS COMO O HOMEM TOLO

“Mas o que ouve e não pratica é semelhante a um homem que construiu uma casa sobre a terra, sem alicerces, e, quando as águas bateram contra ela, logo desabou; e aconteceu que foi grande a ruína daquela casa.” – Lucas 6:49

Esses dias alguém me perguntou: “Por que algumas pessoas não valorizam a comunhão no corpo de Cristo e suas vidas, mesmo depois de serem batizadas, continuam as mesmas, isto é, sem mudança de vida?”

Minha resposta: “Há pessoas que até foram imersas, mas apenas ‘tomaram um banho’, mas não houve conversão verdadeira, uma vez que as motivações foram erradas.

A morte de Jesus na cruz por nós, para nos livrar de nossos pecados, sem que houvesse qualquer outra solução, deve ser a grande motivação para nos tornarmos seus discípulos. Quando fizemos isso, construímos nossa casa sobre a rocha. E a rocha é Jesus,

Porém, a rocha ser Jesus significa que iremos, após imersos nas águas, utilizar o poder do Espírito Santo para praticar tudo aquilo que o Senhor nos ensina.

“Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a guardar todas as coisas que tenho ordenado a vocês. E eis que estou com vocês todos os dias até o fim dos tempos.” – Mateus 28:19-20

No artigo da semana passada abordei a pessoa cuja vida é firmada sobre a rocha. O texto de hoje fala do homem chamado de insensato e tolo, no texto paralelo de Mateus (7:26), aquele que ouve as palavras de Jesus, mas não as põe em prática.

Após o batismo, são muitos os ventos, as águas e tempestades que bateram com força em nossa casa espiritual. Porém, a casa, representada pela pessoa motivada por amor a Jesus e que, por isso, procura na Palavra dele a maneira de lidar com as tempestades, somente esta permanecerá em pé.

São tantos os ensinos que o Mestre nos dá: lutar contra o pecado, numa guerra séria (Marcos 9:43-48), não amar mais os valores deste mundo sem Deus (1 João 2:15), fazer questão de congregar com os irmãos, ajudando-nos uns aos outros a permanecermos firmes (Atos 2:46-47, 20:7 e Hebreus 10:25).

Outro mandamento importante é confessar Jesus às pessoas (Mateus 10:32-33). Isto acontece quando vivemos dentro dos padrões de Deus, mesmo contrariando os que nos rodeiam e, em especial, quando pregamos a Palavra de Deus, uma das armas de Deus para nos manter firmes no dia mau (Efésios 6:13):

“Tenham os pés calçados com a preparação do evangelho da paz.” – Efésios 6:15

Assim, se a pessoa, depois de batizada, não lê, estuda, reflete e medita na Palavra de Deus com regularidade, fica ignorante quanto a maneira de Deus para lidar com os ventos e tempestades da vida. Assim, procura conselho entre pessoas não convertidas, nas ciências humanas como a psicologia e a sociologia, sem submetê-las à Palavra de Deus, essa pessoa torna-se presa fácil do diabo e qualquer vento, até mesmo vento de doutrinas erradas a atingem e derrubam sua casa espiritual.

“Para que não mais sejamos como crianças, arrastados pelas ondas e levados de um lado para outro por qualquer vento de doutrina, pela artimanha das pessoas, pela astúcia com que induzem ao erro.” – Efésios 4:14

E mais, a responsabilidade é da pessoa e de quem a ensina conforme as Escrituras nos dizem. Não podemos suavizar ou tornar mais rigorosa a mensagem de Jesus, devemos pregar somente aquilo que o Senhor nos ensina. Se a pessoa não aceita, não é motivo para mudarmos os relativizarmos seu valor.

“Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo.” – 1 Coríntios 3:11

Quando dizemos no momento de descermos às águas que seríamos fiéis a Jesus até a morte, isto pode significar décadas e décadas seguindo a Ele e enfrentando as tempestades da vida. Se a motivação é qualquer coisa que não seja Jesus é nosso desejo de obedecê-lo, tenhamos a certeza, nossa casa espiritual está sem alicerce, pois qualquer outro que não sejam Jesus e Sua Palavra, não terá força para nos manter em pé até a vinda do Senhor.

“Portanto, vigiem o tempo todo, orando, para que vocês possam escapar de todas essas coisas que têm de acontecer e para que possam estar em pé na presença do Filho do Homem.” – Lucas 21:36

Não sejamos, portanto, como o homem tolo retratado no texto de hoje. Seu fim é a perdição. Sejamos sábios, mantenhamos nossos olhos em Jesus, encantados com a pessoa dele e desejosos de aplicar o jeito dele em todas as áreas de nossas vidas, especialmente nos ventos, águas e tempestades que bateram com força sobre nós. 

PRESENTINHOS DE SATANÁS

Dias atrás fui convidado para levar a mensagem para irmãos de uma outra cidade e eles pediram que eu falasse sobre uma ideia que eu já havia pensado sobre ela anteriormente, daí aproveitar e decidir trazer isso aqui também, nesse artigo.

O verdadeiro servo de Deus sabe que a vida cristã, quando vivida de forma correta e de acordo com a vontade de Deus, não é fácil. Jesus nos alertou em Mt 7:13-14: – “Entrai pela porta estreita (larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz para a perdição, e são muitos os que entram por ela), porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que acertam com ela. ” 

Também sabemos pelas Escrituras que o servo de Deus precisa ser ao mesmo tempo simples e humilde, mas também prudente: – “Eis que eu vos envio como ovelhas para o meio de lobos; sede, portanto, prudentes como as serpentes e símplices como as pombas. “ Mt 10:16

E qual a razão de todo esse cuidado? Porque vivemos num mundo que jaz no maligno (I Jo 5:19) onde Satanás é “o deus desse século” (II Co 4:4). Portanto, cabe aos servos de Deus tomar todos os cuidados contra as ciladas de Satanás, pois o objetivo dele é afastar todos quantos ele puder da presença de Deus.

Sabendo disso, precisamos ficar atentos com as coisas que acontecem à nossa volta e, sendo prudentes como Jesus nos ensinou, passamos a examinar todas as coisas que acontecem em nossa vida. Inclusive estando muito atentos às coisas que, aparentemente, são de Deus, mas após um exame mais criterioso, passamos a ver que pode ser uma armadilha preparada por nosso inimigo.

É claro que não se discute aqui que o servo de Deus está sob a proteção Dele e que o inimigo não pode nos atingir, mas o que quero alertar é o fato de, achando que estamos fazendo a vontade de Deus e achando que Deus está nos abençoando, nos esqueçamos de continuar fiéis e sermos presas fácil.

A Bíblia traz diversos exemplos daquilo que estamos aqui chamando de “presentinhos de Satanás”. José, quando estava servindo na casa de Potifar, poderia achar que a esposa de Potifar, ao se oferecer para ela, fosse um presente por tudo que ele havia passado (Gn 39). Ao ver que aquilo não era a vontade de Deus, fugiu.

O rei Davi poderia achar que Bate-Seba fosse um presente, mas depois de todos os acontecimentos advindos desse pecado, descobriu que nem sempre aquilo que parece bom é realmente bom (II Sm 11).

Salomão começou seu reinado de forma muito boa, cheio de riqueza, paz e com a sabedoria dada por Deus. Com o passar do tempo começou a se afastar de Deus, não prestando mais atenção às coisas à sua volta e nem se estava sendo fiel. Todas as coisas materiais que Salomão tinha, suas riquezas, mulheres, aparente paz ao redor eram bênçãos de Deus. A atitude dele, mesmo sendo um homem admiravelmente sábio, foram “ferramenta de Satanás” na vida dele, já que Salomão há muito havia se afastado de Deus.

Traga essa ideia agora para as nossas vidas. Será que tudo que nos é oferecido são bênçãos de Deus? Será que não estamos, muitas vezes, com os olhos tapados e recebendo esses presentinhos, achando que nós os temos porque é Deus quem nos dá? De novo quero deixar claro que sim, Deus pode dar a seus filhos fiéis bênçãos sem medida, mas me refiro aqui às pessoas que, se esquecendo de examinar as coisas, não sendo prudentes, aceitando tudo o que aparece em seu caminho como se fosse de Deus, acabam por serem enganadas por Satanás, que é astuto e quer nos afastar de Deus.

Você já orou a Deus pedindo um emprego, uma oportunidade melhor em sua carreira, fazer aquele curso ou aquela faculdade tão sonhada, uma esposa ou um marido e, quando recebeu, aceitou sem ser antes prudente, orar a Deus para ver se isso realmente era a vontade Dele? Será que aquele trabalho, aquela oportunidade tão esperada de promoção na carreira, aquele relacionamento tão desejado, realmente são bênçãos de Deus? O local onde apareceu essa oportunidade de emprego é um bom local para um servo de Deus trabalhar? É um ambiente minimamente bom para ser frequentado por um cristão?

Como saber disso? Fazendo aquilo que todo servo fiel de Deus deve saber. Procurar saber qual é a vontade de Deus para aquela situação. 

Será que a carga horária desse trabalho tão esperado, os horários que terão que ser obedecidos, irão te afastar de suas obrigações com Deus? Quantas vezes você terá que deixar de estar com seus irmãos em Cristo para poder satisfazer essa nova função no trabalho?

Talvez possamos pensar: -“mas faz tanto tempo que estou desempregado; ou ainda, esse salário será tão bom para minha família” – mas será que é o melhor a fazer para um servo de Deus? Será que nossa fé não é o bastante para que possamos confiar que Deus irá nos abençoar realmente com alguma coisa que possa nos satisfazer tanto no lado profissional quanto no espiritual?

Satanás é astuto, esperto e sabe dos nossos pontos fracos. Tudo que ele puder fazer para nos afastar de Deus ele vai fazer. Resta a nós estarmos a cada segundo buscando a vontade de Deus, vendo se o que temos em nossa vida é realmente aquilo que Deus deseja, mesmo que possa parecer bom aos nossos olhos. O fruto proibido também parecia bem tentador aos olhos de Eva, mas foi um “presente de Satanás”. E como todo presente de Satanás, o preço a ser pago por ele será bem pesado.

DEUS NUNCA ABANDONA SEU POVO

DEUS NUNCA ABANDONA SEU POVO

“O contorno será de nove quilômetros. E o nome da cidade desde aquele dia será: “O Senhor Está Ali”. – Ezequiel 48:35

Eis que termino o livro de Ezequiel. Permitindo Deus, no próximo artigo início o meu livro profético predileto, o livro do profeta Daniel. Foram extraídas grandes lições e boas reflexões daquela leitura que fiz.

O livro de Ezequiel termina com Deus demarcando os limites de Israel para a volta do exílio. O povo de Deus, depois de 70 anos, voltará do exílio babilônico persa. Não em razão de sua conversão genuína, mas por causa do amor, da misericórdia e especialmente da fidelidade de Deus.

Israel voltará porque dali há cerca de 500 anos nascera Jesus Cristo, a promessa de Deus feita para a salvação do mundo, começando ainda no Éden e de maneira mais clara feita por Deus a Abraão.

“Porei inimizade entre você e a mulher, entre a sua descendência e o descendente dela. Este lhe ferirá a cabeça, e você lhe ferirá o calcanhar.” – Gênesis 3:15

“Abençoarei aqueles que o abençoarem e amaldiçoarei aquele que o amaldiçoar. Em você serão benditas todas as famílias da terra.” – Gênesis 12:3

Lendo os livros de Jeremias e Ezequiel, nota-se Deus punindo seu povo e as nações vizinhas. No entanto, Deus jamais abandonou o seu povo, por mais rebelde que fosse. Sempre há uma palavra de amor e de esperança por parte dele.

E assim termina o livro de Ezequiel, o Senhor prometendo que estará no meio do seu povo, tanto que a cidade reconstruída se chamará “O Senhor está ali”.

É o mesmo que ocorreu na volta de Jesus. O mundo jaz no maligno hoje (1 João 5:19) e às vezes parece que a própria igreja do Senhor deixa-se influenciar pelo mundo cujo sistema é dominado por Satanás.

No entanto, o livro de Apocalipse, relatando o final, fala de uma multidão que reinará com Cristo lá nos céus.

“Depois destas coisas, vi, e eis grande multidão que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro, vestidos de vestes brancas, com ramos de palmeira nas mãos.” – Apocalipse 7:9

Sim, meus irmãos, às vezes, olhando a igreja como um todo e especialmente a igreja local, parece que somos minoria, tão poucos, que ficamos desanimados. Mas tenhamos a certeza, sempre haverá os fiéis, como na época de Elias, os 7 mil que não dobraram seus joelhos a Baal. (1 Reis 19:18).

Portanto, esta promessa feita no último capítulo do livro de Ezequiel também é nossa, pois um dia cada seguidor fiel de Jesus habitará a cidade “O Senhor está ali”.

“Não vi nenhum santuário na cidade, porque o seu santuário é o Senhor, o Deus Todo-Poderoso, e o Cordeiro. A cidade não precisa do sol nem da lua para lhe dar claridade, pois a glória de Deus a ilumina, e o Cordeiro é a sua lâmpada.” – Apocalipse 21:22-23

A profecia de hoje já foi cumprida parcialmente, quando o povo de Deus voltou para seu lar. Será cumprida totalmente, em nós, na volta gloriosa do Senhor Jesus.

“Todos estes, mesmo tendo obtido bom testemunho por meio da fé, não obtiveram a concretização da promessa, porque Deus tinha previsto algo melhor para nós, para que eles, sem nós, não fossem aperfeiçoados.” – Hebreus 11:39-40

Que alegria! Que motivação esta verdade bíblica me dá para cada novo dia.

Até sábado próximo, permitindo Deus, nesta nossa viagem nas páginas das Escrituras Sagradas, agora no livro de Daniel.

 

CAVAR BEM ATÉ CHEGARMOS AO SENHOR JESUS – Evangelho de Lucas

CAVAR BEM ATÉ CHEGARMOS AO SENHOR JESUS

“Por que vocês me chamam ‘Senhor, Senhor!’, e não fazem o que eu mando?” – Lucas 6:46

“Esse é semelhante a um homem que, ao construir uma casa, cavou, abriu profunda vala e lançou o alicerce sobre a rocha. Quando veio a enchente, as águas bateram contra aquela casa e não a puderam abalar, por ter sido bem construída.” – Lucas 6:48

O evangelho de Cristo nos chama a tê-lo como Senhor de nossas vidas e não somente Salvador. Ter Jesus como Senhor é um grande privilégio. É ser guiado por palavras de vida eterna, como disse o apóstolo Pedro em João 6:68 e ser cuidado pelo Senhor que nos fornecerá todo o necessário para o nosso crescimento, até chegarmos às regiões celestiais em sua volta gloriosa.

Porém, ter Jesus como Senhor e como consequência obedecermos a Palavra dele é algo que irá nos preencher de tal forma que enfrentaremos melhor as enchentes e as tempestades da vida, conforme nos mostra o texto paralelo de Mateus.

“Caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e bateram com força contra aquela casa, e ela não desabou, porque tinha sido construída sobre a rocha.” – Mateus 7:25

A prática da Palavra de Deus nos faz não apenas memorizadores do seu conteúdo, mas vai além. Aqui no texto de Lucas ensina que “cavamos, abrimos profunda vala e lançamos o alicerce sobre a rocha”.

Não nos contentamos em um conhecimento superficial da Palavra, mas queremos que ela alcance nossa interioridade, o mais profundo do nosso ser, e isto vai nos purificar o nosso coração, conforme o texto passado.

“A pessoa boa tira o bem do bom tesouro do coração, e a pessoa má tira o mal do mau tesouro; porque a boca fala do que está cheio o coração.” – Lucas 6:45

Utilizando a ilustração da construção, ter Jesus como Senhor é chamá-lo para que Ele venha inicialmente visitar a “sala” de nossa casa, como fazemos com visitas com quem não temos intimidade.

Mas, aos poucos, de glória em glória (2 Coríntios 3:18), vamos fazendo de Jesus íntimo e o convidamos a conhecer a cozinha, os quartos e até mesmo os porões de nossa vida, o mais profundo de nosso ser onde, muitas vezes, guardamos o lixo, juntamos sujeiras. Ao fazermos isso, Jesus vai nos limpando.

Por isso exige cavar profunda vala. A leitura bíblica superficial e esporádica não permite isso. É a leitura reflexiva, comparativa de nossa vida, com o profundo desejo de conhecimento da vontade de Deus (Efésios 5:17), mas também da prática dessa mesma Palavra.

Quando a Palavra está implantada em nós (Tiago 1:21) podem vir a chuva, transbordaram dos rios e chegarem os ventos fortes (e tenha certeza que virão) e nossa casa espiritual, fincada em Jesus e na Sua Palavra, não cairá.

Eu mesmo, em 3 décadas e meia seguindo a Jesus, quantas tempestades, ventos e chuvas já caíram sobre a minha vida. Até senti o abalo da decepção com as pessoas, comigo mesmo, com as tribulações e problemas da vida. 

Porém minha casa espiritual está segura em Jesus, minha maior inspiração de vida, especialmente na prática de Sua Palavra. A cada tempestade que tenta me derrubar como Jesus, busco na Palavra dele e digo “está escrito” e decido, com o poder do Espírito Santo, fazer do jeito dele, mesmo muitas vezes desejando fazer do meu jeito.

“Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até o ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para julgar os pensamentos e propósitos do coração.” – Hebreus 4:12

A Palavra de Deus deseja, não fazer apenas reparos ou mudanças em nosso exterior, mas uma renovação profunda em nós que começa lá no interior, no mais profundo do nosso ser, muitas vezes chamado de coração na Palavra de Deus. Pois é lá que tudo começa.

“Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto. Quem poderá entendê-lo?” – Jeremias 17:9

Somente o Senhor Jesus, com Sua Palavra, para fazer aquela faxina constante em nosso coração, deixando-nos purificados.

“Vocês já estão limpos por causa da palavra que lhes tenho falado.” – João 15:3. 

A CERTEZA DO CUMPRIMENTO DAS PROMESSAS

A CERTEZA DO CUMPRIMENTO DAS PROMESSAS

“Nas duas margens do rio nascerá todo tipo de árvore frutífera. As folhas dessas árvores não murcharão, e elas nunca deixarão de dar o seu fruto. Produzirão frutos novos todos os meses, porque são regadas pelas águas que saem do santuário. Os seus frutos servirão de alimento, e as suas folhas, de remédio.” – Ezequiel 47:12

No Novo Testamento ao apóstolo Paulo será revelado que os escritos no Velho Testamento eram sombra do que viria no Novo e trariam esperança ao povo de Deus.

“Portanto, que ninguém julgue vocês por causa de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados, porque tudo isso tem sido sombra das coisas que haviam de vir; porém o corpo é de Cristo.” – Colossenses 2:16-17

“Pois tudo o que no passado foi escrito, para o nosso ensino foi escrito, a fim de que, pela paciência e pela consolação das Escrituras, tenhamos esperança.” – Romanos 15:4

O ser celestial mostra ao profeta Ezequiel o que ocorreria no futuro com a nação de Israel: voltariam do exílio, o templo seria reconstruído, haveria, sim, momentos de glória, a maior delas receber Jesus, a salvação do mundo.

Porém, o complemento final de todas as promessas feitas seria ainda distante, no momento da volta do Senhor, que todos nós aguardamos, quando os seguidores fiéis de Jesus habitarão as moradas celestiais.

“Foi a respeito desta salvação que os profetas indagaram e investigaram. Eles profetizaram a respeito da graça destinada a vocês.” – 1 Pedro 1:10

“A eles foi revelado que, não para si mesmos, mas para vocês, ministravam as coisas que, agora, foram anunciadas a vocês por aqueles que, pelo Espírito Santo enviado do céu, lhes pregaram o evangelho, coisas essas que anjos desejam contemplar.” – 1 Pedro 1:12

“Todos estes, mesmo tendo obtido bom testemunho por meio da fé, não obtiveram a concretização da promessa, porque Deus tinha previsto algo melhor para nós, para que eles, sem nós, não fossem aperfeiçoados.” – Hebreus 11:39-40

Ezequiel foi um destes que, mesmo contemplando grandes revelações de Deus, não as viram se concretizar. Porém, junto conosco, verá o cumprimento da profecia relatada hoje.

“No meio da praça da cidade, e de um e de outro lado do rio, está a árvore da vida, que produz doze frutos, dando o seu fruto de mês em mês. E as folhas da árvore são para a cura dos povos.” – Apocalipse 22:2

Tudo se cumprirá no momento certo, nas regiões celestiais.

O dia de volta do Senhor Jesus se aproxima. Que bom, lendo a Bíblia, perceber como tudo estava sendo preparado por Deus, desde o tempo passado quando sequer Deus havia criado a terra e o ser humano.

“E isso para que agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus se torne conhecida dos principados e das potestades nas regiões celestiais, segundo o eterno propósito que Deus estabeleceu em Cristo Jesus, nosso Senhor.” – Efésios 3:10-11

Permitindo Deus, no próximo artigo, neste espaço, encerraremos as publicações da minha leitura e as reflexões deste bom livro do profeta Ezequiel. E entraremos no livro do profeta Daniel.

QUERO TER UM CORAÇÃO PURO

QUERO TER UM CORAÇÃO PURO

“Não há árvore boa que dê mau fruto, nem árvore má que dê bom fruto.” – Lucas 6:43

“A pessoa boa tira o bem do bom tesouro do coração, e a pessoa má tira o mal do mau tesouro; porque a boca fala do que está cheio o coração.” – Lucas 6:45

A parábola das duas árvores é rica em ensinamentos e uma advertência para todo seguidor de Jesus: o que habita lá no íntimo, dentro do meu coração?

O Senhor Jesus diz que do coração humano procede todo tipo de mal:

“Porque do coração procedem maus pensamentos, homicídios, adultérios, imoralidade sexual, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias.” – Mateus 15:19

E a saída do que está no coração é a boca, aquilo que pronunciamos. É verdade: vai sair exatamente aquilo que é abundante no nosso interior.

E no contexto de Lucas, olhando os textos anteriores está nossa capacidade de perdoar ou não, a abençoar ou não nossos inimigos e especialmente a tendência que há em nós em condenar e julgar os outros, olhando mais os pontos negativos de uma pessoa do que os positivos.

Há ressentimentos, inveja, ira e rancor em minhas palavras? Aquilo que sai de minha boca edifica e ajuda outros ou causa discórdia, humilha e diminui?

Eu pergunto: regularmente você faz um inventário do seu coração, daquilo que tem habitado o seu interior?

Eu costumo fazer e nem sempre encontro sentimentos bons, e quando isso acontece, percebo que vou me tornando uma pessoa amarga e esse amargor sai especialmente das minhas palavras.

Quando noto esses sentimentos ruins, tento entender a razão deles, se não estou sendo muito rigoroso no trato com o outro e especialmente levo a Deus em minhas orações, confesso a Ele e peço que me ajude.

Também uma dica é ir colocando dentro do coração o que é bom e, claro, por isso, todos os dias busco na Palavra de Deus, a partir das lentes de Deus, a realidade: somente Deus é bom, por isso não posso colocar muita expectativa nas pessoas. Dessa maneira, quando elas falham, procuro sempre ter uma dose extra de misericórdia para com elas. Da mesma maneira que espero que tenham para comigo (vs. 31).

É importante não ficar “curtindo” maus sentimentos (somos os mais prejudicados), levá-los a Deus, validá-los (não dá para negar sentimentos), mas, ao mesmo tempo, pedir a ajuda de Deus para que sejam eliminados de nosso coração.

Finalmente, seguir o conselho de Paulo:

“Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o pensamento de vocês.” – Filipenses 4:8

O que vai habitar nosso coração entra primeiro por nossos pensamentos. Daí a importância de “coá-los” segundo a Palavra do Senhor, pelas lentes de Deus. Desta maneira ocorrerá conosco o que Jesus nos ensina:

“Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus.” – Mateus 5:8

Sim, de tempos em tempos eu preciso fazer uma limpeza do meu coração, tirando de lá sentimentos que não são de Deus. E essa limpeza é feita a partir do que percebo que anda saindo dos meus lábios.

Só Deus para conservar em nós essa pureza, um coração livre de maldade, rancor e maus sentimentos, disposto a perdoar a todos os que, com intenção ou não, nos magoarem.

“Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova dentro de mim um espírito inabalável.” – Salmos 51:10.