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Princípio de Honra da Oferta

A vida é uma caixa de surpresas. Mesmo para os mais organizados, com os planos devidamente anotados, a agenda anual preenchida, a vida surpreende. Quem poderia imaginar que estaríamos de quarentena há quase seis meses? 

Muitos perderam empregos, foram dispensados, tiveram seus salários reduzidos. É quase um semestre sem a comunhão dominical tão amada. 

Diante disso, reflita: você foi tentado a negligenciar a sua oferta?  

Se sim, será de suma importância aprender/lembrar hoje de um Princípio de Honra da Oferta. Este se encontra em Provérbios 3:9-10 (versão NVI).

Honra ao Senhor com os teus bens e com as primícias de toda a tua renda;  e se encherão fartamente os teus celeiros, e transbordarão de vinho os teus lagares.

Dos Provérbios bíblicos jorram sabedoria divina, e nesses ensinamentos encontramos um princípio inegociável e maravilhoso:

Honre o Senhor com as primícias de tua renda

Isso nos diz que a nossa oferta não deve ser tirada das “sobras”, isto é: “Paguei as contas, comprei algumas coisas que queria… Vamos ver o que sobrou, e eu irei ofertar”. Ou como comentamos acima: ”Bom, já que não estamos cultuando presencialmente, ninguém irá saber se eu não ofertar”.

Mas a Bíblia nos ensina que nossa oferta deve ser separada antes mesmo de pagar as contas, segundo o valor que propomos em nosso coração (2 Co 9:7). 

Agir assim agrada ao Senhor pois:

  1. Estamos dando a Ele do nosso melhor
  2. Estamos confiando em Sua provisão
  3. Estamos descansando em Sua promessa de que seremos abençoados com abundância.

A palavra grega para Honra significa reverenciar, estimar e valorizar. 

Logo, fazemos isso primeiramente por amor e gratidão a Deus e segundo, para experimentarmos Sua bondade.

Honre a Deus com as primícias da sua renda e haverá abundância em sua vida.

Ore comigo: Graças te damos, Senhor, por que nos sustenta e partilha de Tuas riquezas para que sejamos administradores. Pai, dai-nos um coração generoso e fiel, e que a oferta separada para Ti venha das primícias de nossa renda, para assim Te glorificar e continuar experimentando Sua bondade prometida. Te agradecemos porque já a temos experimentamos e é por causa dela, que em gratidão Te oferecemos nossa oferta. Em nome de Jesus, amém. 

Se quiser saber mais sobre esse assunto, leia outro artigo que escrevi sobre o tema: Primícias Antes de Pagamentos.

1º Seminário Online de Crescimento da igreja

A igreja, como um organismo vivo, nasceu para crescer e todos nós queremos que ela cresça. Crescimento da igreja são mais almas salvas pela mesma graça que recebemos. Apesar de ser graças, não foi de graça. Alguém pagou e foi o maior preço que alguém poderia ter pago para que hoje nós possamos compartilhar de graça. Para nós também não sai de graça, pagamos para que as pessoas possam receber de graça.

Nada neste mundo se faz sem investimento. Precisamos investir tempo em oração, planejamento e perseverança. Além disso precisamos, a exemplo de Cristo, dar nossas vidas pelos perdidos. Compartilhar o evangelho é um ato de amor, compaixão e esperança que um dia Cristo vai voltar para, afinal, nos dar vida em abundância. Se é um ato de amor, compaixão e esperança, isto só se vê na prática.

Cantamos que “somos um no Espírito e um no Senhor e rogamos que sempre haja esta união e o mundo verá o nosso amor”. Hoje é o dia de começarmos mostrar esta união no Espírito e no Senhor e mostrar o mundo o nosso amor. Este é o objetivo do 1º Congresso Online Sobre o Crescimento da igreja. É um convite para começar a fomentar o crescimento da igreja fazendo da igreja de Cristo no Brasil mais missionária. Hora de abrir nossos corações com amor, compaixão e esperança.

Dia 1º de Novembro às 21h através do Facebook vamos fazer um programa especial  ao vivo com um Seminário como principal conteúdo. Todas as nossas ações convergem para isso. Para tanto nosso irmão Daniel Morgan estará presente para nos conduzir em pensamentos para o crescimento da igreja. Será muito bom você estar presente ao vivo para participar, no entanto o programa ficará gravado para que você possa assistir posteriormente. Infelizmente se você não estiver ao vivo perderá os sorteios que vamos fazer.

igreja de Cristo no Brasil, está na hora de ler com olhos abertos o que disse Jesus sobre a colheita:

“Vocês não dizem: ‘Daqui a quatro meses haverá a colheita’? Eu lhes digo: Abram os olhos e vejam os campos! Eles estão maduros para a colheita.” (Jo 4:35)

Abramos os olhos e vamos com fé começar um processo contínuo de plantar sementes de fé que resultarão em novas Congregações da igreja de Cristo no Brasil. Hoje é o melhor tempo assim como foi no tempo em que não tinham recursos. Cremos no mesmo Senhor que os fez prosperar em amor, fé e esperança para plantar igrejas que chegou até nós hoje. Façamos o mesmo e não deixemos para amanhã.

Quantidade x Qualidade

Ananias e Safira se tornaram exemplo para a igreja de todos os tempos. Eles viram Barnabé tornando-se proeminente na igreja porque vendeu propriedades que tinha sem ninguém pedir nada e deu o dinheiro para os apóstolos distribuírem entre os necessitados. Ninguém tinha pedido para eles fazerem o mesmo, mas eles chegaram perante toda a congregação e disseram que tinham vendido sua propriedade por um certo valor, mas tinham entrado em acordo entre eles que reteriam parte do valor. Nunca ninguém saberia, mas eles mentiram. O Espírito Santo sabe se não cumprimos o que prometemos perante Deus. Eles não precisavam ter feito isso, mas queriam aparecer (At 4:34-5:11).

Quando você se converteu entendeu a graça, mas assumiu a mesma graça? A graça já diz por si que é de graça, mas alguém pagou por ela. Alguém foi generoso. Agora, se queremos que outros conheçam a graça, devemos ‘pagar’ para que a graça chegue até eles. Pode parecer meio estranho, mas para você receber a graça alguém pagou sem aspas nenhuma, sem medir esforço nenhum. Evangelismo é a propaganda da igreja e o evangelista é o nosso ‘publicitário’. Ainda mais, se, como igreja, escolhemos ter um lugar para nos reunir e, como um família, ter uma casa para comportar todos nós, então todos devemos nos responsabilizar pelos custos disso. A Bíblia não determina que o culto deve ser só em casa ou nas praças como era no 1º século. Devemos ofertar para a obra do Senhor e sabemos que deve ser o melhor e não o que nos sobra.

Já vi muitas coisas pitorescas tentando amenizar, justificar ou até incentivar as pessoas ofertarem melhor. Já ouvi chamar de ‘hora dolorosa’, dizer que os irmãos tinham um escorpião ou uma cascavel no bolso e, por isso, tinham medo de colocar a mão lá no bolso; já ouvi argumentos fracos e até sem sentido para a coleta e até já decorei desde crianças as mesmas passagens que ouço para o momento. Acho que vou continuar ouvindo coisas do gênero da falta de preparo, infelizmente…

Recentemente ouvi novamente um argumento que não concordo muito com ele, mas certamente vou ouvir de novo. Disse o dirigente da coleta:
– Deus não se importa com a quantidade.
Depois ele ainda disse:
– Precisamos fazer com sacrifícios.

Como quantidade não é importante se não custa nada? E como Deus não se importa com a quantidade e a gente precisa fazer sacrifícios? Como fazer sacrifício continuando ofertando o que nos sobra ou sem o mínimo planejamento? Imagine se nós reuníssemos a família e, numa necessidade financeira nós disséssemos:
– Olha, nós vamos ter a água, a luz e a Internet cortadas, mas cada um dá quanto quiser.

Provavelmente isso não funcionaria e a gente iria ter que reunir a família novamente e dizer o valor somado das contas e dividir entre os membros.

Se nós podemos ofertar R$ 120,00, mas desde que Deus não se importa com a quantidade, quanto vamos dar? R$ 120,00, R$ 100,00 ou apenas R$ 20,00, já que Deus não se importa mesmo… Qualidade e quantidade é a mesma coisa, sim! Sei que 80% das pessoas não ofertam e por vários motivos, mas será que algum motivo justificará perante Deus? Em nenhum lugar diz que Deus vai punir como puniu Ananias e Safira, mas por que correr o risco?

Verdade que a mulher viúva deu pouco, isto é, alguma moedas, mas ela deu 100% do que tinha. Mais ainda… Jesus viu através do Espírito o quanto valeu aquilo que ela deu. Ele viu não pouco, mas viu generosidade. Ela deu porque entendia o conceito de ofertar e, quanto tempo ainda nós vamos continuar repetindo a história da viúva nas leituras dominicais e não colocar em prática o exemplo dela? Nenhuma história tem valor se não for comprovada na prática. Dizemos que Deus abençoa quem é generoso e dá com alegria, mas quantos de nós tem prova disso? Comprove por si mesmo que a Palavra de Deus é verdadeira pela oferta na prática. Você realmente acredita que “aquele que semeia com fartura, também colherá fartamente.”? (2 Coríntios 9:6). Você só vai acreditar, quando fizer o mesmo…

Irmãos, ofertemos não porque estamos vendo algo ser feito, mas por motivo de consciência entre nós e Deus. Você pode saber que, por educação, ninguém fica vendo que você não tem ofertado, mas o Espírito Santo está vendo e ofertar faz mais bem para você do que por qualquer motivo. Oferte com fé, sacrifício e generosidade.

Determine no seu coração a quantidade e a qualidade da sua oferta e dê fielmente, pois terá sido você que determinou o quanto vai dar, mas foi Deus que determinou quanto você iria ser prospero. Agora, dê de coração, não falhe, seja fiel, pois Deus ama quem assim o faz com alegria e, imagine o que acontece com quem Deus ama…

“Cada um dê conforme determinou em seu coração, não com pesar ou por obrigação, pois Deus ama quem dá com alegria.” (2 Coríntios 9:7)

Usando Bem a Liberdade Cristã

Vivemos num país religioso. No Brasil mais de 90% da população professa algum tipo de religião, sendo que mais de 80% se declaram cristãos. Porém, o cristianismo bíblico, aquele tem apenas a Bíblia como regra de fé é minoritário. Assim, precisamos saber como nos portar ante as diversas manifestações religiosas.

Em primeiro lugar, desde o seu início, a igreja cristã sempre convenceu através da pregação da Palavra e o testemunho fiel dos cristãos. Assim, não há lugar para o “convencimento” à base da força. Quando Paulo esteve em Atenas, na sua pregação, ele respeitou a religiosidade dos atenienses (Atos 17:22).

Porém, respeitar não significa concordar com o erro, uma vez que o seguidor fiel de Jesus tem o Senhor e Sua Palavra como verdades absolutas (João 10:35 e 14:6). Como isto funciona na prática?

O cristão bíblico não deve participar daquilo que contraria claramente ensinos das Escrituras. Como exemplo, não é aconselhável ser padrinho num batizado católico, tendo em vista que o batismo católico não é mesmo ensinado e orientado por Jesus, por imersão, isto é, por sepultamento nas águas e feito por pessoas que se arrependem dos seus pecados, algo não possível para um bebê. Se há um mandamento expresso na Palavra sendo violado, não podemos participar, pois estaremos sendo cúmplices num ensino antibíblico. Este é apenas um dos possíveis exemplos.

Toda forma de mal deve ser evitada (1 Tessalonicenses 5:22). Há muitos anos evito, por exemplo, consumir bebidas alcoólicas (mesmo cerveja), frequentar certos lazeres como, por exemplo, carnaval, uma vez que estes deixam rastros de violência, imoralidade e paganismo. Como sal da terra e luz do mundo, precisamos ser e fazer a diferença. Não precisamos sair criticando ou falando mal, o não participar já é suficiente.

Podemos pensar diferente quanto a nossa liberdade, mas não podemos usar esta liberdade para ferir a consciência ou causar escândalos (1 Coríntios 10:23 e Romanos 14:21). Por exemplo, no dia de Cosme e Damião se alguém me oferece um doce, recuso delicadamente, em especial se a pessoa diz se referir a essas santos católicos ou orixás. Respeito quem pensa diferente. Não veria problema em participar de uma festa junina, momento de alegria, de brincadeiras, geralmente não se está pensando em religião. Porém, se no convite faz menção a louvor aos santos católicos Antônio, João e Pedro, seria aconselhável não participar. Afinal, mesmo respeitando a reverência que os católicos fazem aos chamados santos, é um conceito bem diferente daquele existente na Bíblia, quando se refere a todos os cristãos. Outro princípio bíblico importante é que “na dúvida, se não tem como base a fé, não deve ser feito (Romanos 14:23). Claro que podemos participar e até aproveitar para mostrar o sentido cristão do Natal, Páscoa, entre outros.

Podemos incentivar, falar do nosso entendimento bíblico, ter uma posição a respeito, mas sabendo sempre que cada pessoa irá prestar contas a Deus e não a nós por suas atitudes. Como disse anteriormente, lamento muito quando vou numa festa de cristãos e vejo cerveja e até “pinga” sendo servida à vontade, sob a alegação de quem nem todos os participantes são cristãos. Entendo que, que toma tal atitude, está dando um mau testemunho. Porém, não condeno, posso até dar minha opinião (especialmente se me pedem), mas cada um é servo de Deus, não meu (Romanos 14:4. 11-12).

Claro, que mais importante do que a atitude é a razão pela qual se toma aquela atitude. Por exemplo, já fui a um museu de arte sacra sem necessariamente cultuar santos ou imagens. Porém, jamais convidaria para ir comigo alguém que entende ser errado.

Deve-se pesquisar a origem de certas festas e tomar nossa própria decisão. Dia desses, meu filho foi numa festa de folclore na escola. Até aí faz parte de conhecer a cultura. Porém, a professora chegou a vesti-lo com uma roupa com a palavra “axé”, expressão vinda das religiões africanas, que devem ser respeitadas, mas não aceitas por quem acredita num único Deus. Tais religiões são adeptas de diversas divindades, isto é, politeístas. No próximo ano orientaremos a professora sobre nossa fé e pediremos que aquilo não se repita.

Para concluir, sei que nem todos concordarão com minhas posições. E respeito. Porém, hoje em dia, em nome da tolerância, está se aceitando o erro. E, como diz o apóstolo Paulo, “não sejamos cúmplices das obras infrutíferas da trevas, antes, reprovai-as” (Efésios 5:11).

Ofertar Com Generosidade

Tá certo! 80% das pessoas não ofertam na coleta! Talvez por falta de ensino (incentivo) e tradição (bons exemplos). Talvez porque falta objetivos visíveis para a igreja que as pessoas possam ver e apoiar financeiramente ou talvez seja a simples falta de ação por parte da liderança que não inspira as pessoas a se envolverem completamente na obra. Ok, tá justificado perante você mesmo e, você tem certeza que todas estas desculpas justificam perante Deus? Você sabe a resposta!

“Há quem dê generosamente, e vê aumentar suas riquezas; outros retêm o que deveriam dar, e caem na pobreza. O generoso prosperará; quem dá alívio aos outros, alívio receberá. O povo amaldiçoa aquele que esconde o trigo, mas a bênção coroa aquele que logo se dispõe a vendê-lo.”‭‭ (Provérbios‬ ‭11:24-26‬)

Ofertar esporadicamente é errado tanto quanto ofertar o que sobra é errado. Precisamos aprender a nos tornar generosos, afinal, este é o exemplo de Jesus que deixou tudo para assumir a forma de servo.

“Pois vocês conhecem a graça de nosso Senhor Jesus Cristo que, sendo rico, se fez pobre por amor de vocês, para que por meio de sua pobreza vocês se tornassem ricos”. (2 Coríntios 8:9)

Generosidade é a marca do Evangelho. O apóstolo Paulo, um dos ou talvez o maior evangelista de todos os tempos, ouviu pessoalmente de Jesus algo que nem sequer nos evangelhos a gente lê literalmente. Graças a Deus que ele compartilhou conosco através dos registros de Atos dos Apóstolos.

“Em tudo o que fiz, mostrei-lhes que mediante trabalho árduo devemos ajudar os fracos, lembrando as palavras do próprio Senhor Jesus, que disse: ‘Há maior felicidade em dar do que em receber’ “. (Atos 20:35)

Se você ouviu o evangelho, creu, se arrependeu, confessou Jesus como Senhor, nasceu de novo para novidade de vida e está perseverando, então tem que colocar o evangelho em ação para você e todos os que podem ser beneficiados por sua fidelidade. Talvez você não saiba pregar ou ensinar, talvez você não tenha tempo, então você pode fazer parte da conversão de alguém sendo generoso. Você trabalha arduamente já e por que? Será que justifica para que tenhamos mais e mais e os fracos fiquem cada vez mais fracos? Vamos lembrar das palavras de Jesus para Paulo e colocá-las em prática. Se você quiser realmente ser feliz, então tem que aprender a dar e não só a receber. Ah, você já recebeu o evangelho, agora está na hora de ofertar com generosidade.

Quanto Ofertar

Outra questão é a quantidade. Generosidade quer dizer, sim, quantidade. A qualidade da oferta é segundo a quantidade de cada um. Claro que o que define a quantidade que você deve ofertar não é o quanto os outros ofertam, mas o quanto você se sente abençoado. A coleta é uma ordem ao povo de Deus e devemos seguir os ensinamentos que Paulo deu às igrejas da Galácia. Ele ensina que dia devemos contribuir, quem deve contribuir, como proceder e quanto deve-se contribuir. Leia abaixo:

“Quanto à coleta para o povo de Deus, façam como ordenei às igrejas da Galácia. No primeiro dia da semana, cada um de vocês separe uma quantia, de acordo com a sua renda, reservando-a para que não seja preciso fazer coletas quando eu chegar.” (1 Coríntios 16:1,2)

Na leitura aprendemos que domingo é o dia de contribuição. Se ele definiu um dia, fica, automaticamente, proibido outros dias para se fazer oferta, assim como a ceia é feita aos domingos, dia do Senhor, a coleta deve ser feita somente no domingo. Vemos uma grande inversão na obediência quanto a isso e isso também pode servir de dica para saber se uma ‘igreja’ é a igreja de Deus.

Ainda na leitura aprendemos que todos devem contribuir. Paulo diz “cada um de vocês separe uma quantia”. Este é o momento para falar quanto deve ser. O que Paulo escreveu define um valor entre você e Deus. Ele ordena “de acordo com a sua renda”. O parâmetro para ofertar é o quanto você ganha. Precisamos complementar esta informação com generosidade. Duas passagens bem conhecidas vêem à tona. A primeira é um excelente exemplo para os que pensam que não têm nada a ofertar.

Mesmo Com Problemas

“Agora, irmãos, queremos que vocês tomem conhecimento da graça que Deus concedeu às igrejas da Macedônia. No meio da mais severa tribulação, a grande alegria e a extrema pobreza deles transbordaram em rica generosidade. Pois dou testemunho de que eles deram tudo quanto podiam, e até além do que podiam. Por iniciativa própria eles nos suplicaram insistentemente o privilégio de participar da assistência aos santos. E não somente fizeram o que esperávamos, mas entregaram-se primeiramente a si mesmos ao Senhor e, depois, a nós, pela vontade de Deus.” (2 Coríntios 8:1-5 – o negrito é meu)

Aprendemos com os irmãos Macedônicos que mesmo que tivermos problemas, a alegria e a generosidade devem ser maiores. Devemos, a exemplo deles, dar de acordo com a nossa prosperidade e até mais do que podemos. Eles é quem pediram insistentemente para participar. Tinham sido deixados de lado por serem financeiramente pobre, mas eram os mais ricos de alegria e generosidade dentre os irmãos. Outros talvez deram porque tinham, os Macedônicos deram mesmo acima do que podiam. Lembramos facilmente da viúva pobre que não deu o resto, deu acima do que podia. Alguma vez na vida você já fez isso? Alguma vez na vida nós vamos fazer isso? Por que não? A nossa justiça deve exceder a dos religiosos.

Agora, por que os irmãos Macedônios, mesmo sendo extremamente pobres, deram acima das suas possibilidades? Tem uma explicação que deve nos inspirar para fazer o mesmo:

  1. Eles eram felizes pela salvação. A salvação imerecida gerou felicidade e generosidade;
  2. Eles acreditavam que ofertar era um privilégio, e;
  3. Eles deram os seus corações primeiro a Deus, depois aos irmãos

Com Confiança em Deus

Outra passagem relevante e bem conhecida, mas pouco praticada, é aquela passagem que é lida como se não tivéssemos outras para a coleta.

“Lembrem-se: aquele que semeia pouco, também colherá pouco, e aquele que semeia com fartura, também colherá fartamente. Cada um dê conforme determinou em seu coração, não com pesar ou por obrigação, pois Deus ama quem dá com alegria. E Deus é poderoso para fazer que lhes seja acrescentada toda a graça, para que em todas as coisas, em todo o tempo, tendo tudo o que é necessário, vocês transbordem em toda boa obra. Como está escrito: “Distribuiu, deu os seus bens aos necessitados; a sua justiça dura para sempre”. Aquele que supre a semente ao que semeia e o pão ao que come, também lhes suprirá e aumentará a semente e fará crescer os frutos da sua justiça. Vocês serão enriquecidos de todas as formas, para que possam ser generosos em qualquer ocasião e, por nosso intermédio, a sua generosidade resulte em ação de graças a Deus.” (2 Coríntios 9:6-11)

Quase não precisa comentar, mas… Vou tentar ser breve. A regra é a mesma de sempre. Plantou pouco, vai colher pouco. Planou muito, acreditando que Deus ia abençoar, vai ser abençoado mesmo! Só Deus pode cumprir estas palavras. Deus não quer que você faça por obrigação ou pensando com tristeza onde poderia usar a oferta. Deus quer que nós contribuamos com generosidade e com fé. Acredite que Ele não vai deixar faltar nada, pelo contrário, vai multiplicar a sua plantação. Tá, não é uma barganha ou um negócio da China, mas Deus está disposto a cumprir o que promete. Ele faz isso até com pessoas que são generosas por outros motivos, imagina se não vai ser bom com que faz por fé, generosidade, amor e pela obediência ao Evangelho.

Conclusão

O procedimento para a coleta era conforme o que as pessoas recebiam. Antigamente pagava-se o trabalho por dia ou por semana. Ainda hoje em dia muitos países ou até mesmo profissões no Brasil são remuneradas diariamente ou semanalmente. É muito mais comum ver-se que as pessoas recebem quinzenalmente ou mensalmente. Na minha opinião as pessoas deveriam ofertar conforme a periodicidade em que recebem, isto é, se recebe diariamente ou semanalmente, deveriam ofertar todos os domingos. Se recebem quinzenalmente ou mensalmente, deveriam ofertar de acordo. Eu acredito que esta é a diferença entre a ceia e a coleta que, embora o mandamento seja para o mesmo dia, os recursos que a compõem e os motivos não são os mesmos. Se você discorda, tudo bem, faça de acordo com a sua consciência e não criemos o costume de criticar ou condenar os que pensam de modo diferente.

A igreja de Cristo precisa mudar neste ponto. A igreja tem muito dinheiro, o problema é que está no bolso dos irmãos. Agora tá faltando gratidão pela graça da salvação que nos faz felizes e generosos. Quando mostramos a gratidão na oferta, outros serão levados a louvar a Deus pela obediência que acompanha a confissão que fizemos no evangelho de Cristo pela nossa generosidade em compartilhar os bens com os que precisam (2 Co 9:13).

A liderança da igreja precisa ser mais séria no sentido de ensinar, motivar e administrar os recursos ofertados. Quem vai querer ofertar só para a manutenção do prédio? É isso é necessário, mas onde está o trabalho para ganhar almas e ajudar aos necessitados, principalmente os próprios irmãos de fé?

Falando das Ofertas

Falando das ofertas na igreja, estive lendo uma introdução para a leitura de um artigo do nosso irmão João Cruz, em que ele começou o texto assim:

“Quando eu era criança, em casa éramos em 6: Meus pais e quatro filhos. Por muitos anos apenas meus pais eram os provedores. Eles proviam 100% de tudo o que precisávamos”.

Quanto você ofertou na última coleta? Eu sei, é entre você e Deus, mas, me permita mais uma pergunta: – quanto tempo faz que você ofertou pela última vez”? João Cruz

Ele prossegue com suas justificativas para incentivar o leitor a continuar lendo e chegar ao texto em que o mesmo aprofunda um pouco mais no assunto.

Por que eu pergunto? Porque eu sei que 80% das pessoas que frequentam regularmente a igreja não contribuem regularmente”. João Cruz

O autor discorre sobre os motivos que levam as pessoas a não ofertar. Dentre os vários motivos apresentados eu diria que um deles é a falta de reconhecimento da bondade de Deus em nossa vida. Deus ofertou o que tinha de mais precioso, seu filho Jesus para morrer na cruz.

Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna”. (João 3.16)

Acredito que alguns acham que não sendo obrigatório como era o dízimo, não tem necessidade de contribuir. Gostaria também de incentivar aqueles que se encaixam nessa categoria que voltassem os seus pensamentos para a cruz e vissem o quanto foi o preço pago por nós. Foi um preço pago muito alto, quando Jesus foi entregue para ser morto por causa dos nossos pecados.

Pois é, triste, mas verdade. Sabe por que você não contribui? Existem alguns motivos. Somente você pode responder a esta pergunta.

Nosso irmão João Cruz, em outro artigo, diz que a coleta também faz parte da nossa adoração, que os irmãos precisam de instrução para estar mais preparados a encorajar a comunidade a ser mais generosa em suas ofertas. Acredito mais, um outro motivo que possa interferir é que a maioria absoluta dos membros é oriundos de denominações onde eram, praticamente, obrigados a pagar o dizimo, ainda, contribuir com várias campanhas de arrecadação. Ao chegar na Igreja do Senhor depararam com um ensinamento onde não existe o pagamento do dizimo, não  existe campanhas de arrecadação, a maioria dessas pessoas sente libertas  se esquecendo, no entanto, que a contribuição voluntária também é um mandamento.

Instrua – “A coleta é um tempo de instrução. Devemos conscientizar aos irmãos para o domingo que vem, afinal, sendo realista, a minoria não está preparada para participar biblicamente da coleta. Devemos ensinar que na coleta não se procura troco no bolso na hora da coleta, mas que deve estar em primeiro lugar no orçamento mensal. Devemos ensinar que é um privilégio que é fonte de bênção, fonte de fé, fonte de esperança, fonte de amor, fonte de recursos para evangelizar o mundo”.  O artigo completo, 80% não ofertam  do nosso irmão João Cruz, pode ser lido aqui!

80% NÃO OFERTAM

Quando eu era criança, em casa éramos em 6: Meus pais e quatro filhos. Por muitos anos apenas meus pais eram os provedores. Eles proviam 100% de tudo o que precisávamos. Eles eram até mesmo a fonte do amor que recebíamos. Acho que muitas vezes eles cansaram de fazer tudo sozinhos. Algumas vezes nós éramos ingratos por ser imaturos. Por outras vezes um só deles era o provedor. Aconteceu algumas vezes em que um só deles tinha emprego. Por outras vezes ainda, eles estavam brigados entre si. Meu pai foi um alcoólatra, venceu e tornou-se um exemplo a seguir. Meus pais amadureceram e traçaram vidas eternas para si mesmos e isto influenciou para sempre a vida dos seus filhos.

Na igreja temos quatro tipos de pessoas: os fortes, os fracos, os insubmissos e os desanimados.

“Rogamo-vos, também, irmãos, que admoesteis os desordeiros, consoleis os de pouco ânimo, sustenteis os fracos, e sejais pacientes para com todos.” (1 Tessalonicenses 5:14)

Significa que cerca de 25% apenas faz tudo pela igreja. São estes que estão envolvidos em todos os ministérios. São estes que são ativos aos domingos e estão sempre presente. São estes que sustentam financeiramente as necessidades, o evangelismo, a missão e a vida da igreja. A igreja se parece muito como uma família. Numa família que ainda está no começo apenas alguns fazem tudo por todos. Se os pais forem novos e imaturos, eles fazem tudo com dificuldade e quando se unem e passam o tempo juntos, mesmo nas dificuldades, eles amadurecem e a família se fortalece. Podem esperar que seus filhos terão futuro.

Dizem as estatísticas que apenas 20% das pessoas ofertam e sustentam a igreja. 80% participam esporadicamente, mas raramente contribuem regularmente. Mas por que as pessoas não contribuem?

Três Motivos Por Que as Pessoas Não Contribuem

Eu fiz uma pesquisa com alguns missionários que chegaram em 1961 para estabelecer congregações no Brasil. Eles de fato estabeleceram e fizeram coisas que os religiosos daquela época nem sequer imaginavam. A igreja de Cristo naquele tempo teve uma rede nacional de rádio, um avião para chegar mais rápido onde as pessoas chamavam, vários prédios e terrenos espalhados pela cidade e Estado de S. Paulo. Hoje não passa de uma instituição administradora dos bens daquele tempo. A igreja de Cristo não é muito conhecida inclusive pelos religiosos, não tem uma participação nem sequer regional e contam-se os membros em milhares espalhados pelo Brasil (De 9 a 15 mil para ser mais exato e impreciso ao mesmo tempo).

1º) Falta de Ensino e Tradição

Perguntei para vários daqueles missionários qual foi um dos erros que eles cometeram e uma resposta recorrente foi: “Nós não ensinamos a contribuir“. Vemos o contraste indelével entre as denominações tradicionais e seu poder de ação em começar novas congregações, sustentar obreiros, financiar construções, instituir escolas e faculdades, retiros bem estruturados e enviar missionários para muitas partes do mundo. Veja, a comparação não foi com algumas das igrejas pentecostais e sua ganância de acumular riqueza e poder. A comparação foi com as denominações tradicionais como nós. Aquelas denominações têm uma boa estrutura baseada na contribuição dos seus membros e podem planejar e fazer a obra que julgam melhor para o crescimento visando fins espirituais.

Pela história vemos que um dos problemas que temos revelado na coleta é que não fomos ensinados e temos medo de falar sobre dinheiro no púlpito. Temos nossas razões, claro, isso explica, mas não justifica. Um dos problemas nas fracas contribuições dominicais é, então, a tradição. Não uma tradição bíblica e saudável.

Conta-se que um irmão levantou-se para fazer a coleta e quando todos já estavam prontos para a ministração ele disse: “Chegou a hora da dolorosa”. Talvez é esta a visão que muitos têm da coleta.

2º) Falta de Objetivo

Outro motivo é o alvo, plano e trabalho. Durante um ano nós ficamos visitando várias congregações das igrejas de Cristo. Ao mesmo tempo em que eu fazia uma pesquisa sobre como estavam as congregações e suas práticas, estávamos procurando uma congregação para ajudar. Ao chegar conversava com os homens da congregação para saber como estavam e quais eram os planos para a congregações. Infelizmente notei que as congregações, de um modo geral, não têm planos a curto, médio e muito menos longo prazos. Quando uma congregação não tem planos para evangelizar nem sequer a sua própria vizinhança, como espera que os seus membros contribuam de alguma forma?

Então, não significa que as pessoas são mesquinhas e egocêntricas porque não contribuem. Elas simplesmente não são ensinadas sobre o benefício de contribuir para serem abençoadas por Deus, pois só Deus pode prometer e cumprir. Elas também não vêem o motivo do porque contribuir. Quando a igreja não tem uma liderança que confia no Senhor, dificilmente vai ter planos que expressem a fé. Consequência disso é que vai ficar reclamando que não existem recursos para fazer o que não fazem com o que se tem. E os resultados? Se as pessoas não conseguem ver o que está acontecendo, não sentem-se incentivadas.

3º Motivo: Falta de Ação

O terceiro motivo que leva as pessoas a não serem regulares na oferta é a falta de ação por parte da igreja. Uma congregação que todos os homens são a liderança, não tem liderança nenhuma. Muitas congregações são regidas por reuniões administrativas e não por homens com dons para servir. Muitas congregações que têm presbíteros não têm presbitérios. São mais administradores do que bispos do rebanho de Deus. Até mesmo o mundo sabe da importância da liderança. Dizem eles: “Cachorro que tem dois donos passa fome”. A sugestão é que as congregações tenham dois ou três homens que estejam à frente e tenham autonomia para tomar decisões e até mesmo para errar. Que levem soluções e não exerçam a função de levantar problemas.

Quando a congregação local segue uma tradição de não ofertar que não é bíblica, não tem objetivo de crescer como consequência não terá trabalho também. Quem é que vai sentir o desejo de colaborar? A maioria dos irmãos estão ‘dando o sangue’ nos seus empregos e não podem fazer mais. A forma de participarem da obra é através da oferta para sustentar um evangelista que pregue a palavra e promova o culto a Deus de várias maneiras como reuniões para jovens, casais, de estudos, etc.

A SOLUÇÃO

A solução para isso começa com a Bíblia aberta ensinando o que é a oferta e tanto a importância quanto o benefício de participar desta graça. O saudoso irmão Allen Dutton deixou como legado um excelente trabalho que pode ser usado como base para o ensino de participar da graça de ofertar. Existem bons materiais para que possamos ensinar e logo colocar em prática. A igreja se mobiliza na coleta quando é conscientizada sobre a importância de dar mais que receber. Que a nossa tradição seja obedecer a Palavra e ofertar é um mandamento (1 Co 16:1, 2; 2 Co 9:6).

A igreja precisa ter homens fiéis e idôneos para a conduzir no caminho do Senhor e planejar, com fé, o crescimento. Não importam os recursos que a igreja tem, precisamos usar a quantidade dos nossos recursos como usamos a quantidade de fé que tivermos. Se nossa fé for como um grão de mostarda, é o suficiente para transportar montanhas. A igreja precisa definir baseado na sua realidade quanto quer crescer no próximo mês, no próximo semestre, no próximo ano, nos próximos 5 ou 10 anos. Estagnação é falta de fé…

Quando a igreja não tem uma visão do futuro baseada na sua fé (mesmo que seja pequena), não vai ter resultados. Se nós plantamos, outros regam Deus dá o crescimento. O crescimento, como na parábola do Semeador, pode ser 30, 60 ou 100%, podemos não saber com certeza o quanto vamos crescer, mas tenhamos certeza de que Deus abençoa e dará o crescimento. Se nós não plantamos, já sabemos qual vai ser o resultado.

Com ensino, planejamento e trabalho, a igreja vai contribuir o que precisarmos para fazer o reino de Deus crescer onde estamos. Deus é poderoso e pode fazer mais do que podemos pedir ou pensar… que não seja um problema Ele ter confiado o Seu poder em nós (Ef 3:20).