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Usando Bem a Liberdade Cristã

Vivemos num país religioso. No Brasil mais de 90% da população professa algum tipo de religião, sendo que mais de 80% se declaram cristãos. Porém, o cristianismo bíblico, aquele tem apenas a Bíblia como regra de fé é minoritário. Assim, precisamos saber como nos portar ante as diversas manifestações religiosas.

Em primeiro lugar, desde o seu início, a igreja cristã sempre convenceu através da pregação da Palavra e o testemunho fiel dos cristãos. Assim, não há lugar para o “convencimento” à base da força. Quando Paulo esteve em Atenas, na sua pregação, ele respeitou a religiosidade dos atenienses (Atos 17:22).

Porém, respeitar não significa concordar com o erro, uma vez que o seguidor fiel de Jesus tem o Senhor e Sua Palavra como verdades absolutas (João 10:35 e 14:6). Como isto funciona na prática?

O cristão bíblico não deve participar daquilo que contraria claramente ensinos das Escrituras. Como exemplo, não é aconselhável ser padrinho num batizado católico, tendo em vista que o batismo católico não é mesmo ensinado e orientado por Jesus, por imersão, isto é, por sepultamento nas águas e feito por pessoas que se arrependem dos seus pecados, algo não possível para um bebê. Se há um mandamento expresso na Palavra sendo violado, não podemos participar, pois estaremos sendo cúmplices num ensino antibíblico. Este é apenas um dos possíveis exemplos.

Toda forma de mal deve ser evitada (1 Tessalonicenses 5:22). Há muitos anos evito, por exemplo, consumir bebidas alcoólicas (mesmo cerveja), frequentar certos lazeres como, por exemplo, carnaval, uma vez que estes deixam rastros de violência, imoralidade e paganismo. Como sal da terra e luz do mundo, precisamos ser e fazer a diferença. Não precisamos sair criticando ou falando mal, o não participar já é suficiente.

Podemos pensar diferente quanto a nossa liberdade, mas não podemos usar esta liberdade para ferir a consciência ou causar escândalos (1 Coríntios 10:23 e Romanos 14:21). Por exemplo, no dia de Cosme e Damião se alguém me oferece um doce, recuso delicadamente, em especial se a pessoa diz se referir a essas santos católicos ou orixás. Respeito quem pensa diferente. Não veria problema em participar de uma festa junina, momento de alegria, de brincadeiras, geralmente não se está pensando em religião. Porém, se no convite faz menção a louvor aos santos católicos Antônio, João e Pedro, seria aconselhável não participar. Afinal, mesmo respeitando a reverência que os católicos fazem aos chamados santos, é um conceito bem diferente daquele existente na Bíblia, quando se refere a todos os cristãos. Outro princípio bíblico importante é que “na dúvida, se não tem como base a fé, não deve ser feito (Romanos 14:23). Claro que podemos participar e até aproveitar para mostrar o sentido cristão do Natal, Páscoa, entre outros.

Podemos incentivar, falar do nosso entendimento bíblico, ter uma posição a respeito, mas sabendo sempre que cada pessoa irá prestar contas a Deus e não a nós por suas atitudes. Como disse anteriormente, lamento muito quando vou numa festa de cristãos e vejo cerveja e até “pinga” sendo servida à vontade, sob a alegação de quem nem todos os participantes são cristãos. Entendo que, que toma tal atitude, está dando um mau testemunho. Porém, não condeno, posso até dar minha opinião (especialmente se me pedem), mas cada um é servo de Deus, não meu (Romanos 14:4. 11-12).

Claro, que mais importante do que a atitude é a razão pela qual se toma aquela atitude. Por exemplo, já fui a um museu de arte sacra sem necessariamente cultuar santos ou imagens. Porém, jamais convidaria para ir comigo alguém que entende ser errado.

Deve-se pesquisar a origem de certas festas e tomar nossa própria decisão. Dia desses, meu filho foi numa festa de folclore na escola. Até aí faz parte de conhecer a cultura. Porém, a professora chegou a vesti-lo com uma roupa com a palavra “axé”, expressão vinda das religiões africanas, que devem ser respeitadas, mas não aceitas por quem acredita num único Deus. Tais religiões são adeptas de diversas divindades, isto é, politeístas. No próximo ano orientaremos a professora sobre nossa fé e pediremos que aquilo não se repita.

Para concluir, sei que nem todos concordarão com minhas posições. E respeito. Porém, hoje em dia, em nome da tolerância, está se aceitando o erro. E, como diz o apóstolo Paulo, “não sejamos cúmplices das obras infrutíferas da trevas, antes, reprovai-as” (Efésios 5:11).