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Evidências da Fé

A Evidência da Fé

Será que não seria convincente um pedaço da cruz de Cristo, as sandálias, o cálice ou os espinhos da cruz? É, acho que seria difícil convencer alguém mesmo com tudo isso. Será que eu não iria precisar de certificados de autenticidade assinados pelos doze apóstolos? Sei lá… Será que acreditariam no meu documento de autenticidade? Provavelmente teria que suportar as dúvidas, as acusações de falsificação e os argumentos que surgiriam disto tudo. Seria um tesouro que despertaria muita atenção e então eu precisaria de um esquema de segurança incrível. Será que ter provas físicas cristãs irrefutáveis realmente ajudariam?

O autor de Hebreus tem um outro caminho bem melhor para apresentar as evidências cristãs. Ele escreveu o seguinte:

“Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem“ (Hb 11:1)

Ele disse que a pessoa precisa de certeza e convicção e aí estão as evidências. A evidência mais convincente é a fé. A fé deve estar naquele que santifica Cristo em primeiro lugar no seu coração. Quem vai apresentar os fatos, deve acreditar neles, ter certeza e convicção. A coisa parece complicar um pouco já que você leva os fatos até no bolso se quiser, mas estas serão as evidências. Certeza de coisas que se esperam, convicção de fatos que não se dá pra ver. A evidência da fé é importante porque:

“De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam“ (Hb 11:6).

Você notou como o verso 6 começa? Começa repetindo uma palavra que já foi dita no verso um. Fato, é o que nós procuramos. Fato é evidência e é exatamente isso que precisamos mostrar para as pessoas, evidências. Quais são as evidências da fé que agradam a Deus? Quais evidências nos levam a crer que Ele existe e recompensa quem o busca? São as evidências da fé. Veja, não simplesmente leia, veja as evidências nestas palavras a seguir:

“Pois, pela fé, os antigos obtiveram bom testemunho. Pela fé, entendemos que foi o universo formado pela palavra de Deus, de maneira que o visível veio a existir das coisas que não aparecem. Pela fé, Abel ofereceu a Deus mais excelente sacrifício do que Caim; pelo qual obteve testemunho de ser justo, tendo a aprovação de Deus quanto às suas ofertas. Por meio dela, também mesmo depois de morto, ainda fala. Pela fé, Enoque foi trasladado para não ver a morte; não foi achado, porque Deus o trasladara. Pois, antes da sua trasladação, obteve testemunho de haver agradado a Deus“ (Hb 11:2-5).

Viu as evidências? Não viu, porque ninguém hoje consegue ver, mas sabe que elas existiram e existem. Vamos, então, enumerar as evidências apresentadas.

1. Os Antigos

Você pode perguntar para as pessoas se lembram dos seus tataravós ou mesmo dos bisavós. Alguns vão lembrar principalmente dos avós, no máximo. Dificilmente encontramos pessoas que tenham conhecido os seus tataravós, quem sabe no futuro, agora que a gente vive um pouco mais. Mas todo mundo sabe que os antigos existiram. Um teste é perguntar se conheceram seus tataravós e se não conheceram, como sabem que esta é a origem deles? Como é que podem acreditar em quem não conheceram e nem sequer viram. Independente de termos conhecido ou visto os antigos, eles existiram. Não deixam de existir ainda que tenhamos argumentos por não termos os conhecido. E este é um argumento do autor de Hebreus:

“Pois, pela fé, os antigos obtiveram bom testemunho“.

Use os exemplos dos antigos para falar da existência de Deus, somente sobre os acontecimentos com eles e o relacionamento deles com Deus. Deus lhes deu bom testemunho.

2. O Universo

Pegue um papel e algo para escrever nele. Treine antes fazer círculos de vários tamanhos. Se quiser, estude um pouco sobre os planetas e do nosso sistema solar. Mostre no papel o sol e os planetas ( a Terra é o terceiro planeta do sistema). Use como ilustração a posição constante da terra. Se estivesse no segundo lugar, estaria literalmente frita. Se estivesse na quarta posição, estaria congelada. Pergunte, como exercício de fé, se as pessoas acreditam nesta ordem do nosso sistema solar. É lógico que acreditam! Pergunte se alguém já viu estes planetas na sua ordem. Bem, não dá pra ver. Teria que estar fora da Terra a uma distância privilegiada e impossível diante da nossa tecnologia atual. Como é que pode acreditar no que não vê?

“Pela fé, entendemos que foi o universo formado pela palavra de Deus, de maneira que o visível veio a existir das coisas que não aparecem“.

Traga o universo real, mas invisível, para falar sobre a existência de Deus como evidência cristã.

3. Abel e Enoque

Sendo mais específico depois de mostrar alguns fatos indiscutíveis, olhemos para dois personagens que independente das nossas provas, existiram e não vão deixar de existir porque alguém não acredita ou nunca os viu pessoalmente. Assim como os antigos e o universo não deixam de existir porque nunca os vimos, Abel e Enoque não deixam de existir mesmo que não levemos provas palpáveis sobre eles. Abel sendo um exemplo mais específico também é uma lição direta. A sua existência ensina que oferecer a Deus o melhor obtém de Deus testemunho de justiça e aprovação. Ensina também que a imortalidade está em fazer desta vida a vontade de Deus.

“Pela fé, Abel ofereceu a Deus mais excelente sacrifício do que Caim; pelo qual obteve testemunho de ser justo, tendo a aprovação de Deus quanto às suas ofertas. Por meio dela, também mesmo depois de morto, ainda fala“.

Enoque, o segundo exemplo específico, também ensina uma lição direta que baseia-se na fé. Acredito que Enoque também não via a Deus, mas andava com Ele. Não é porque você não vê alguém ou alguma coisa, como os antigos e o universo, que não exista. Assim é Deus, mesmo não o vendo, podemos andar com Ele. Aprendemos que quem anda com Deus, não morre, com Deus a morte é a nossa trasladação para estar junto com Ele. Novamente de Deus vem o testemunho. Enoque obteve o testemunho de haver agradado a Deus.

“Pela fé, Enoque foi trasladado para não ver a morte; não foi achado, porque Deus o trasladara. Pois, antes da sua trasladação, obteve testemunho de haver agradado a Deus“.

Conclusão

Estes são os fatos da evidência cristã: Os antigos, O Universo, Abel e Enoque, . Não precisamos outros fatos para convencer quem quer que seja. E para você, estes são fatos convincentes? Se você não tem fé, como vai convencer outros a terem fé? Claro que existem muitos outros fatos que poderiam ser citados, mas para que? Afinal a fé é esperança e fatos que não se pode ver…

Por Que Ir a Eventos da igreja?

Eventos da igreja

Lembro quando ainda adolescente a excitação que a gente tinha em ir para os acampamentos regionais que a gente fazia em Curitiba, Londrina e Maringá. Reuníamos tantos jovens que atraia até mesmo congregações de outros Estados como São Paulo, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.

Nós éramos muito jovens e já estávamos organizando aquilo que nos dava maior prazer. Lembro da minha irmã, a Tita, que não tinha nem ainda 18 anos e já estava à frente arrecadando alimentos e até provendo os valores em dinheiro para que o evento fosse um sucesso. Fizemos acampamentos até em escola pública.

Foram eventos como aqueles que formaram nosso caráter e espiritualidade. Claro que tínhamos interesses pessoais, mas também nos preocupávamos com o espiritual. Lembro de ter ficado na final da gincana bíblica. Perdi para a Martinha de Campo Grande. Não sei o quanto todos os que participaram conseguem lembrar, mas foi fundamental para a nossa fé em formação. Hoje isso pode acontecer com sua vida também através da participação nos vários eventos da igreja.

Vários Eventos Para Participar

Lembro de Jesus participando em eventos e aproveitando as oportunidades. Ele foi para Jerusalém aos 12 anos, participava da Páscoa anualmente, ia aos sábados nas sinagogas, no Templo de Jerusalém outras vezes e até festa de casamento Ele foi para aproveitar a oportunidade para falar de Deus.

Ainda hoje e, Deus permitindo teremos a liberdade, temos muitos eventos para todas as idades. As mulheres nas igrejas de Cristo dão um show de eventos e participação. Até eu já palestrei em uma conferência feminina. Só descobri que era uma conferência feminina no outro ano quando elas continuaram na mesma data todos os outros anos.

Além dos inúmeros eventos para as mulheres, temos vários Congressos espalhados pelo país como o Enoc, Congresso Feminino, CRE, Enoc’ita, Enoca, Congresso Mineiro, Congresso do Nordeste, 3 em 1, Congresso de Inverno em Curitiba, Enfoc em Bauru, ERICRISTO (a partir de 2022), 1º Cante Nacional em BH, Acampamento Para Futuros Ministros. Contamos também com eventos específicos para as crianças e os jovens como as Temporadas no AMO e no Retiro dos Pinheiros, o Enjoc e o Mega Encontro no Nordeste. Pois é, vou esquecer algum grande evento, mas nada que não possa ser corrigido e atualizado neste artigo. Aproveito para convidar os responsáveis por estes e outros eventos a enviarem informações para a gente publicar.

Oportunidades para construir um novo caráter, confirmar a fé e até mesmo encontrar a pessoa dos seus sonhos não falta. Vejo que muitos jovens que deixam de estar em eventos tão importantes acabam encontrando a infelicidade de se relacionar e até casar com pessoas fora da nossa comunhão. É o famoso luz e trevas e tristezas.

Motivos Para Participar

Nosso irmão Allen Dutton Jr. Incentivou no Enoc 2017 a participação no CRE. Falando sobre o significado da sigla CRE ele explicou que muitos pensam que significa Come Repete Engorda. É, talvez não seja o significado real, mas pode ter certeza que é o que acontece lá. O CRE é Corrige, Repreende, Exorta. Conversando com o Lucas de Campo Grande, MS, ele me confidenciou que o motivo maior é pra comer mesmo. Pelo menos o irmão está crescendo de alguma forma.

Pensando nestes vários eventos e na importância em participar, enviei uma mensagem para vários irmãos perguntando a opinião deles sobre os motivos que os leva a participar. Agora que você já conhece a opinião do Lucas, seria bom saber de outros também o que pensam.

Nosso irmão Raimundo de Sorocaba destacou a comunhão, aprendizagem e amadurecimento. Já o Miroel, de Salvador, disse que é um investimento na vida espiritual. Além disso ele também destacou a comunhão, a batalha pela fé mútua, confirmação das convicções doutrinárias e a unidade do corpo de Cristo. O irmão Ruy de Curitiba destacou a confraternização, edificação, a oportunidade de rever e renovar laços com os irmãos e também fazer novos contatos. Além disso ele lembrou que é uma oportunidade para ter uma visão mais ampla da igreja. Ele ainda lembrou do CRE como sendo uma oportunidade de se obter conhecimentos mais profundos. O Fernando, de Maceió, destacou o investimento no crescimento espiritual, na família e a contribuição que estes eventos proporcionam para a edificação na irmandade. O Paulo do Rio de Janeiro expresso que é de suma importância aprender com irmãos experientes a sã doutrina para que se adquira a possibilidade de ensinar a outros. Outro irmão do Rio, o Marcos Aurélio, respondeu ao questionamento da seguinte forma:

“Durante o Ano de 365 dias, tenho me dedicado a ensinar a Palavra aos que não conhece a Deus e também aos irmãos em Cristo. Sendo assim, me faço uma pergunta: Como estou me abastecento? Com quem estou aprendendo? Quem está me ajudando no meu ministério? Se conclui que o estudo intensivo é para mim um alimentos sólido para servir melhor o meu ministério e alicerçar cada dia mais o meu relacionamento com Cristo.”

O irmão Santana de São Paulo compartilhou sua experiência pessoal. Ele disse:

“Poderia te dizer muitas coisas. Comecei indo ao ENOC pra comprovar que a Igreja de Cristo é um bando de crentes e que a única congregação verdadeira era a minha por causa do sistema de discipulado que desenvolvíamos. Depois de ser privado dessa oportunidade por vários anos e identificar abusos onde eu congregava, voltei a participar para comprovar o contrário.

Hoje, mais do que os temas tratados, volto ao ENOC para compartilhar motivação e encorajamento com irmãos que pela história e comprometimento. São verdadeiros heróis da fé. Trabalhando em regiões e sob condições tão difíceis, tanto à nível pessoal, como social, que deveriam envergonhar irmãos que não participam alegando que os preços cobrados são muito altos.

Sem esses eventos, seguramente não teria conhecido homens inspiradores como Howard Norton, Randy Short, Newton, Ênio Latorre, Jerry Campbell, Àlvaro Pestana e tantos outros que não conseguiria relacionar.

Além de obter acesso a material escrito, falado, e, digitalizado em várias áreas em que há necessidade de crescimento à um custo que é possível pagar para melhor entender e propagar o evangelho do Senhor Jesus”

Então, segundo o Lucas de Campo Grande, ficou assim:

1º Lugar, a comida. Ele acha que os demais irmãos pensam o mesmo, mas ficaram com vergonha de se expressar livremente, e eu acho que ele tem razão. Então, voltando para o artigo…

Vou apresentar aqui alguns motivos apresentados pelos irmãos: Comunhão, aprendizado, investimento na vida espiritual, confirmação da fé, investimento na família, adquirir conhecimento de irmãos mais experientes. Como pode ver, são vários os motivos e acredito que não foram citados todos.

Agora é com você. Eu espero te ver nos eventos da igreja. As oportunidades são muitas e a necessidade extrema! Vá nem que seja para encontrar o Lucas junto à mesa dos comes e bebes… Se talvez não seja o melhor motivo o do Lucas, você também vai poder encontrar o Raimundo, Miroel, Ruy, Santana, Fernando, Paulo e o Marcos Aurélio. Viu como comunhão é um ótimo motivo?

Artigo Original de 2017

“O mau de cada dia” – Mateus 6.34

“Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal” – Mateus 6:34

         Ainda que exista um apelo por uma “bondade” e constante encorajamento à busca por alguma felicidade, me parece haver uma sugestão diferente na Bíblia, não discordo que devemos procurar fazer coisas boas, mas o “hoje” é um tempo maldito, apressar de vivermos sob a graça, o que nos faz os mais afortunados de todos os tempos, livres do julgo da lei, ainda vivemos em um mundo influenciado pelo mal, o primeiro do inferno, não querendo ficar sozinho (Ef 2.1-3, 5.15-17).
É importante que o cristão tenha essa visão quase pessimista da atualidade, crendo na eterna justiça divina, essa perspectiva nos ajuda a lidar com o apodrecimento natural de todas as coisas, do ouro às geleiras, da carne ao palmito, a moral e os valores dessa vida, tudo está fadado a deterioração, inclusive nossos corpos, por isso as coisas do Reino, a justiça, a misericórdia e a fé, são tão urgentes (1Jo 5.19).
Em contrapartida ao sacrifício de Jesus na cruz, que oferta Graça a todos em todos os tempos, somos convidados todos os dias a superar a maldade do mundo com a bondade do espírito, com toda paciência, longanimidade, fidelidade e mansidão, alheios ao resultado mas dedicados a cada oportunidade, temperados esta existência com o sal da palavra de Deus, e “postergados” a volta de Cristo (Mt 5.13; Rm 5.20; Gl 5.22-25; 2Pe 3.9).
Não é fácil, da perspectiva humana, mas cremos que em Jesus somos mais que vendedores e nada nesse mundo, de modo algum pode ser tão bom quanto a presença dEle (Rm 8).

 

“Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor.”

–  Romanos 8:38,39  –

 

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“O que eu desejo” – Tg 1.13

“Ninguém, ao ser tentado, diga: Sou tentado por Deus; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e ele mesmo a ninguém tenta” – Tiago 1:13

 

     Minha boca não saliva por uma forma de salada, e não sou fã do cheiro de cuscuz queimado. Segundo Tiago, se eu cair em tentação a culpa não é de outrem, como se minha salvação estivesse nas mãos de outras pessoas, mas apenas minha, visto que prestei mais atenção às coisas que me atraiam, ignorei o amor divino e incorri ao precipício dos desejos; a culpa da minha queda também não é do pernil ou do bom cuscuz, Deus os fez para mim, como todas as coisas, o problema está quando eu desvio os meus olhos da Graça e passo a sofrer, e ardentemente desejar, mais as coisas da carne, que às do espírito, trocando a comunhão do culto pelo churrasco na vizinhança , por exemplo (Hb 10.19-27; Tg 1.14, 4.1-10; 1Jo 2.15-17).

“Ao contrário, cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz” – Tiago 1:14

 

     É fácil colocar a culpa em Deus, atribuir-lhe alguma culpa, ou toda ela, e supor que temos o poder para alcançar a paz, a prosperidade e a eternidade com nossas próprias forças; não há problema, e na verdade é desejável que o crente busque essas coisas, mas é necessário reconhecer que só as obtemos diante do trono da Graça de Deus, mediante o sangue de Cristo na Cruz, após o batismo (Rm 2.7, 6; Tg 1.17).
Nesse sentido, o contexto teológico do livro de Tiago: “perseverança na tribulação”, ou “alegria na tribulação”, é aceitável e desejável, pois dentro da lógica de Cristo, o tempo que se chama hoje são continuas oportunidades de graça, arrependimento, boas obras, obediência e perseverança, o cristão sabe que nesse mundo terá aflições, seja porque ele próprio é cristão, seja porque o mundo está em um estado de deterioração moral e ética sistêmica e crônica, mesmo assim, temos a constante alegria e firme felicidade de, na vida do por vir, encontrar todos os santos de todos os tempos e juntos nos apresentarmos diante de Deus (Tg 1.2; Jo 16.33; Hb 10.32-39).

     Assim, sempre que nos encontramos em pecado ou diante de uma situação complicada agora nossos olhos devemos acreditar que aquele que suportou a maior humilhação e venceu o maior inimigo está de braços abertos para nos encorajar, animar e melhor de tudo, purificar e orientar, basta que O busquemos, crendo que Ele nos ouve (Hb 11.6; Tg 1.5-8).

Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações, sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança (…) Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e nada lhes impropera; e ser-lhe-á concedida” – Tiago 1:2,3

 

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“Intimamente” – Sl 139.23,24

 

          Um grande evento ocorre sempre que nos aproximamos de um resultado mais apurado sobre algo, nesse sentido, a ressonância magnética é um exame caro que traz ótimo resultados, pois permite visualizar muitos detalhes que antes eram impossíveis, de fato, sempre que existe suspeita de certas doenças, somos convidados a fazer exames de imagem para comprovar algo que outros exames laboratoriais indicam. Às vezes no entanto, apenas a clínica do profissional de saúde é possível, sendo necessário tomar grandes decisões com base no que se vê e conhece sobre aquela situação, esse é o diferencial de esquipes de resgate e atenção pré-hospitalar, que se especializaram em salvar vidas sem saber o real estado específico, a agilidade e os conhecimentos prévios (constantemente atualizados), fazem dessas equipes fator diferencial entre a vida e a morte de muitas pessoas.
É magnífico perceber que Deus conhece cada um de nós, ou melhor, é assombroso. O salmista vai dizer que para Deus não existe sombra ou profundidade, não há como se esconder ou ocultar qualquer coisa Dele, de modo que somos conhecidos e amados desde antes de termos forma de gente no ventre materno, até o nosso último dia, Ele quer estar conosco. No entanto o pecado nos contamina, e abandonamos os caminhos de justiça de Deus, vivemos pelo lucro, pelo prazer somos convencidos atrás de vento de vaidade, e ainda que muitos reconheçam a futilidade disso, poucos são os que se voltam para Ele e O buscam com sinceridade (Rm 5, 6)

“Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece os meus pensamentos. E vê se há em mim algum caminho mau, e guia-me pelo caminho eterno” – Salmos 139:23,24

          Davi podia estar lendo a Torá e refletindo, ele não rasgou a mesma, nem a obrigou a se conformar aos seus interesses, antes, pediu que Deus o ajudasse a se livrar de qualquer mal caminho ou intenção, e o conduzisse pelas retas veredas da justiça, certamente esse não é um negócio fácil, pois têm muito haver com nossa própria ideia de “quem é esse que se interessa tanto por nós?” “Que amor é esse que Ele diz que tem por mim?” “Quais as vantagens desse modo de viver?” (At 2.36-41).
Certamente Ele é aquele que pode cuidar de todas as nossas preocupações, aliviar todas as nossas dores e saciar todas as nossas necessidades, e mesmo o rejeitando ou nos sentindo profundamente perdidos, Ele ainda se mantém disposto a nos dar uma outra vida, perspectiva e esperança, tudo depende de nós reconhecermos nossa fragilidade e buscarmos com afinco este caloroso e abundante amor (Is 53.4,5; Mt 11.28-30; Jo 10.11,14,15; 1Jo 3.1-3)

“Vede quão grande amor nos tem concedido o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus. Por isso o mundo não nos conhece; porque não o conhece a ele” 
 – 1 João 3:1 – 

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“O que esperamos?” – Ef 3.20

          O mundo tem várias expectativas, muitas delas são o motivo da felicidade ou depressão das pessoas; como humanos, é necessário que visualizemos claramente, tanto o agora (onde estamos/quem somos), quanto o futuro (onde queremos estar/quem queremos ser). Olha o que Paulo sugere:

“Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nósa ele seja a glória, na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre. Amém!” – Efésios 3:20,21

          Até aqui, Paulo em seu discurso da superabundante Graça de Deus aos homens, lembra seus leitores das coisas passadas, dos aspectos dificultadores e estressores da relação entre Deus e os homens, onde Deus, em duas infinita misericórdia, indicou, pavimentou, iluminou uma estrada eterna para os que quiserem se aproximar dEle (Ef 1.3-8, 2.1-5).
A partir daqui, Paulo destaca a importância do abandono do velho homens, de seus preconceitos e egoísmos, que todos, sujeitando-nos a autoridade de Deus, vivamos em prol da vida e saúde de nossos irmãos em Cristo, assim como assumamos um compromisso de combate a mentira, assim como contra seu pai (Ef 3.10-21, 4.1-6, 5.1-2, 6.10)
Assim, a vida do cristão deve ter uma fluidez e constância, de abandono do velho e apropriação do novo em Cristo, visto que esta Graça impossível está acessível, devemos buscá-la de todo coração, com toda força e entendimento, a fim de que o sacrifício de Deus e o nome de Jesus sejam glorificados em nossas vidas como seguidores e servos de Cristo (Rm 6.1-4; 2Co 12.9)
Visto que temos certeza do prêmio reservado para nós, andamos confiadamente naquele que nos perdoa e salva da condenação eterna, não mais segundo esse mundo mas, seguindo uma lógica diferente, de gratidão, fé e amor a Deus que pode e concede todas as coisas em Cristo Jesus, nosso Senhor (Hb 12.1).

 

Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que seja a graça mais abundante? De modo nenhum! Como viveremos ainda no pecado, nós os que para ele morremos? Ou, porventura, ignorais que todos nós que fomos batizados em Cristo Jesus fomos batizados na sua morte? Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida” – Romanos 6:1-4

 

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“Dependência” – João 1.4,5

“A vida estava nele e a vida era a luz dos homens” – João 1:4

     Quando olhamos para a lua cheia, em um dia de verão, geralmente ela está brilhante, gigante, perfeita, mas, ao contrário do que se fala, a lua não brilha, ela apenas reflete o brilho do sol, sem o qual ela desaparece, é o que chamamos eclipse lunar.

     Desde que o homem comeu o fruto da árvore proibida do Jardim é como se tivéssemos travados em um loop¹ eterno, em que nos escondemos e não conseguimos encontrar Deus, como nos temos do gênese.

    A humanidade, desde Adão, tem dificuldades de entender a vontade de Deus, isso faz parte do que significavam as palavras “certamente morrereis”, em parte, naquele momento, Adão destravou o sistema de decomposição da carne, e com esta mesma atitude encerrou seu vínculo com Deus, morrendo espiritualmente, devido a sua incapacidade de viver plenamente, se tornou escravo dos próprios desejos, trabalhamos, estudamos e lutamos ao longo de quase 8 mil anos, para satisfazer prazeres tão efêmeros que no século XIV começou a circular o ditado:

“Carpe Diem”(~aproveite o dia),

Como podemos aproveitar a vida se não estivermos livres, vamos nos destruir em escravidão (Gn 3; Tg 1.13-15; 1Jo 2.15-17).

     Não, Deus não ficou parado, punitivamente estático no jardim do Éden; podemos inclusive acreditar que o pecado original foi a chave para a consciência, conscientes da própria existência os homens tomaram decisões, e aqui estamos (Rm 5; 1Co 15).

     João na introdução gloriosa e poética de seu relato sobre a vida de Jesus nazareno, descreve-O como o Cristo de Deus aos homens, poderoso para curar e cheio de compaixão pela humanidade, ao ponto de pagar o preço pela nossa liberdade, para vivermos, como originalmente, agindo pelos instintos da fé e não pelos instintos da carne (Rm 6.1-4, 17-23, 8.5, 15-17).

     Esse convite de João declara a vitória eterna de Deus sobre o mal, assim como demonstra o poder, disponibilidade e interesse de Deus em nos ter próximos a Ele, ao pagar do próprio bolso, com o próprio sangue, a alforria de nossa vida, Ele ainda nos dá um propósito e esperança, refletir a luz dEle, aqui na terra, a todos os homens, TODOS, sem acepção ou descriminação, enquanto aguardamos pelo último dia (Jo 3.16; Rm 1.16,17).

“Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego”
Romanos 1:16

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  1. Loop é um termo utilizado em informática para um conjunto de instruções que um programa de computador percorre e repete um significativo número de vezes até que sejam alcançadas as condições desejadas.

“Verniz” – Cl 3.12

“Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade” – Colossenses 3:12

          Algo curioso sobre o revestimento é que após coberto, é muito difícil que o material volte a ser como era antes, o verniz, por exemplo, pode proteger, embelezar e aumentar a durabilidade de um produto, em alguns casos pode até transformar um objeto simples em algo mais arrojado e vistoso. A transformação nesse caso depende do quão bem feito é o serviço, por exemplo, aplicação do produto adequado ao tipo de madeira e quantidade de aplicações, pode resultar em maiores efeitos ou não, ser apenas perda de tempo, gastando material sem alcançar o objetivo real.
Quando acorda de manhã, desbotado pela fome e angustiado pelos compromissos do dia, o cristão se vê desafiado a cobrir cada traço de humanidade com as boas novas do evangelho: da paz, da misericórdia e da esperança; a “metanoia” sugerida por Paulo não é algo simples, de um girar de chaves, mas um compromisso acolhido e vencido diariamente (Rm 5.1-6, 12.1,2).
Talvez o maior desafio seja tirar a roupa velha da história, ou do orgulho, ou dos preconceitos, ou da ignorância, que nos fez ser quem somos hoje, e nos protegeu de muitos ataques e nos fez ser quem somos; após tantos invernos, é difícil acreditar em coisas tão infantis quanto amor, mas esse é desafio, esse é o propósito do qual não podemos desistir no meio do caminho, a fim de valorizar o preço pago por aquele que nos deu essa oportunidade (Cl 1.21-23, 3.1-5).

“agora, porém, vos reconciliou no corpo da sua carne, mediante a sua morte, para apresentar-vos perante ele santos, inculpáveis e irrepreensíveis” – (Colossenses 1:22)

          Esse processo resulta na comunhão, que mais que um club de classe ou hobby, é formado por pessoas simples interessadas na nova vida ensinada e prometida por Jesus, que se auxiliam, suportam e apoiam a fim de serem reflexo terreno da Glória futura, espelho da graça de Deus a todo os homens (Fp 2.14-18).

“Fazei tudo sem murmurações nem contendas,
para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros no mundo,
preservando a palavra da vida, para que, no Dia de Cristo, eu me glorie de que não corri em vão, nem me esforcei inutilmente.
Entretanto, mesmo que seja eu oferecido por libação sobre o sacrifício e serviço da vossa fé, alegro-me e, com todos vós, me congratulo.
Assim, vós também, pela mesma razão, alegrai-vos e congratulai-vos comigo”
 – Filipenses 2:14-18 – 

 

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“Não temas” – Jo. 14.27

         Pedro parece estar em uma sequência incrível, primeiro ele confessa Jesus como o Cristo de Deus (Mt 16.13-16), e logo em seguida foi repreendido por sua imaturidade para compreender o plano de Deus (Mt 16.21-23), agora, talvez crendo ter compreendido qual a vontade de Deus, Pedro se coloca a disposição de até morrer por Jesus (Mt 26.33,34).
O discurso de João 14-17 acontece no interstício do versículo 35 e 36 da narrativa de Mateus sobre a vinda do messias, no capítulo 26. Jesus a beira da prisão encoraja seus discípulos a lembrarem dEle, de seus ensinos e promessas. Judas já havia saído para vender Jesus aos mestres da lei. Então Jesus propõe aos discípulos que recebam dele a paz, uma paz diferente da que existe no mundo, diferente do que o mundo pode oferecer, e como que falando aleatoriamente de várias coisas Jesus pede que não tenham medo, mas estejam alegres; e então um dos maiores discursos sobre perseverança, amor ao próximo e a Deus, que culmina com uma oração por todos os crentes, os atuais e isso futuros, e a prisão (Jo 14-18.13).
Observe que Pedro novamente, esquecendo-se do Cristo, obedece as leis da gravidade e reage proporcionalmente a situação, a temperatura do momento aqueceu o coração desse discípulo que lançou mão da espada para testemunhar sua fidelidade a Jesus (Jo 18.10,11).

“Então, Simão Pedro puxou da espada que trazia e feriu o servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita; e o nome do servo era Malco. Mas Jesus disse a Pedro: Mete a espada na bainha; não beberei, porventura, o cálice que o Pai me deu?” – João 18.10,11

              A “paz” do mundo é, como já diz o poeta “um período entre guerras”, que paz preenche o coração de um povo que teme a guerra?! Judeus palestinos, estadunidenses e muçulmanos, turcos e sírios, a guerra corre no sangue dessas pessoas, a adrenalina não deixa as veias destas pessoas… E as suas? Você anda sobre ovos pra evitar problemas? Ou está sempre atento para agradar todo mundo? Nesse caso talvez fosse mais fácil “vender a capa e comprar uma espada” (Lc 22.36).
Todas as palavras de Jesus precisam ser lidas e compreendidas, vividas, a luz do amor; é mais fácil entender o ensino sobre o amor, e quanto mais soubermos sobre o amor de Deus por nós, é bem provável que mais facilmente aproveitaremos a paz de falar e existir nesse mundo sendo perseguidos apenas por crer em Deus e não, nunca, jamais, por amar a Deus (1Pe 3.13-15; 1Jo 4.7-21)
O nosso desafio é exatamente esse: abandonar nossa natureza vingadora,  sanguinária, gananciosa e destrutiva, e viver no amor de Deus, é de fato um desafio, mas este, promete um prêmio adequado (Rm 12.1,2; Cl 3.12-17).

“Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”
– Romanos 12:1,2 –

 

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“Eu te louvo” – Isaías 25.1

“Senhor, tu és o meu Deus; exaltar-te-ei a ti e louvarei o teu nome, porque tens feito maravilhas e tens executado os teus conselhos antigos, fiéis e verdadeiros”

Isaías 25:1

                    Em dias de dificuldade o que você faz? Agiliza o máximo de coisas? Isaias diante da falência espiritual da nação, glorifica a Deus, ele reconhece que a salvação vem de Deus, o mesmo justo que corrige os seus filhos; Isaias ensina que Ele cuida de nós mesmo quando pecamos (Is 43.1 – 44.5).
Essa é a maior maravilha de Deus, que Ele sendo santo, poderoso e soberano, se voltou para nossa necessidade de resgate, e cuida de nossas necessidades (Sl 8; Mt 6.33, 11.25-30; Jo 1.1-14, 3.16-21).

“Ó Senhor, Senhor nosso, quão magnífico em toda a terra é o teu nome! Pois expuseste nos céus a tua majestade. […] que é o homem, que dele te lembres? E o filho do homem, que o visites? Fizeste-o, no entanto, por um pouco, menor do que Deus e de glória e de honra o coroaste” – Salmos 8:1,4,5

                  Esse é um ensino recorrente, o crente olha para o alto e agradece, mesmo pelas mazelas que sofre, pois reconhece que é graça continuar vivo em um mundo tão apodrecido; por outro lado não se entristece por qualquer prejuízo material, por entender que Deus é a fonte da riqueza e a sua companhia a coisa mais importante em todo tempo (Rm. 8.28; Tg 1.2-12).
É uma mensagem difícil, a pergunta “por que o justo sofre?” é feita pelos séculos a fio, talvez a resposta mais simples seja “para a glória de Deus”, imagino que essa resposta seja inquietante, e não pretendo esgotar esse assunto milenar, mas diante da desgraça total, Isaías se virou para Deus e disse “eu sei que tu cuidas de mim, por isso eu te louvo” (Jr 20; Lm 3.22-26; Fp 1.20-30; 1Pe 3.12-17)

As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim;
renovam-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade.
A minha porção é o Senhor, diz a minha alma; portanto, esperarei nele.
Bom é o Senhor para os que esperam por ele, para a alma que o busca.
Bom é aguardar a salvação do Senhor, e isso, em silêncio”
– Lamentações 3:22-26 –

 

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