fbpx

Perdão de Pecados

Todo ser humano procura segurança, paz e tranquilidade. É natural procurarmos vidas fáceis e, até na busca frenética desta ilusão, nos deixamos levar por mentiras e enganações. Quem de nós não gostaria de ter a mesma afirmação do salmista ao dizer:

“Em paz me deito e logo pego no sono, porque, Senhor, só tu me fazes repousar seguro” – Salmos 4:8

Este mesmo salmo questiona o homem perguntando “até quando?” No verso 2, o salmista questiona a busca por vaidade e mentira pelos homens, pedindo que reconheçam a glória do Senhor. No verso 3, destaca-se a confiança de que o Senhor distingue o piedoso e ouve as súplicas. No verso 4, há um conselho para irar-se, mas não pecar, e buscar tranquilidade no coração. O verso 5 incentiva a oferecer sacrifícios de justiça e confiar no Senhor.

ONDE COMEÇA O PERDÃO?

Se você, como eu, quer se deitar e logo pegar no sono sem nenhuma dificuldade seja por causa do cansaço da vida, dos remorsos e arrependimentos, das preocupações e ansiedades, tudo tem que começar com uma alma leve e limpa de todo pecado.

No Velho Testamento eram oferecidos sacrifícios pessoais como expiação do pecado, anualmente o sumo sacerdote intercedia pelo povo com o sangue de animais, arrependimento e confissão eram necessários e até os pobres podiam fazer um sacrifício reduzido para justificarem seus próprios pecados.

Nos sacrifícios do Velho Testamento era necessário um sacrifício de um cordeiro novo, de um ano, puro e perfeito. Sinalizava para o Cordeiro de Deus, Jesus que daria sua vida pelo pecado da humanidade. Por isso Jesus foi morto, sepultado e ressuscitou (1 Co 15:1-4 – isto é o evangelho) e nós devemos obedecer o evangelho e também morrer, ser sepultados e ressuscitar (Rm 6:3-11) para que, no batismo, tenhamos perdão total dos pecados (Atos 2:36-42).

Resumimos o perdão dos pecados neste processo: Ouvir e ter fé no evangelho, arrepender dos pecados, confessar Jesus como Senhor e confessar (reconhecer) os seus pecados, ser batizado e perseverar.

Uma vez salvo no batismo, é necessário desenvolver a salvação com temor e tremor, fazendo tudo sem murmuração e preservando a palavra da vida (Fp 2:12-16). Porque enquanto vivos, corremos o risco de perder a salvação.

PERDÃO DOS PECADOS DEPOIS DO BATISMO

O batismo é chamado de nova vida. Você tem a segunda chance que sempre quis, agora, precisa desenvolver a sua salvação. Precisa aprender tudo de novo: falar, andar, se alimentar, etc. Tudo de acordo com a vontade de Deus. Você tem que dar um basta na vida libertina que é prática o pecado.

“Vocês já gastaram bastante tempo fazendo o que os pagãos gostam de fazer. Naquele tempo vocês viviam em sensualidade, paixões, embriaguez, orgias, bebedeiras, e também na detestável adoração a ídolos.” (1 Pedro 4:3 – VFL)

Você tem que buscar aquela autenticidade da santidade porque Deus nos chama para ser santos como Ele é Santo! Não significa que você não vai mais pecar, significa que você vai lutar contra o pecado, lutar para amadurecer e, quando pecar, você vai seguir o processo de perdão.

Qual a diferença entre nós e as pessoas que não obedeceram o evangelho? A diferença é Jesus que justifica a todos os que Nele confiam e mostraram sua confiança pela fé e obediência começando no batismo. A diferença é que quem está no mundo, fazendo as vontades das pessoas e dos próprios desejos conta sempre “mais um” pecado. Quem está em Cristo, também peca, e conta “menos um” pecado porque tem purificação em Cristo constantemente. Quem está em Cristo não deve e não precisa acumular pecados.

CONFESSE OS SEUS PECADOS E OREM

Uma atitude para quem está em Cristo é se arrepender sempre e saber que não está sozinho, isto é, procure pessoas justas e conte com as orações deles. Talvez você não queira dizer qual o seu pecado, mas precisa confessar para alguém e, porque o pecado nos constrange, precisamos de ajuda em oração e Deus, ouve a oração dos justos.

“Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e estes façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo, em nome do Senhor. E a oração da fé salvará o enfermo, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados. Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo.” (Tiago 5:14-16)

ANDE NA LUZ

Andar na luz é necessário para que os nossos pecados sejam perdoados. Andar na luz não é um conceito abstrato e esotérico, mas muito prático. Pense: onde Deus está? Claro que ele está no que compreendemos como céu, mas pense um pouco mais e encontre o Senhor.

Jesus disse onde Ele estaria

“Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra terá sido ligado nos céus, e tudo o que desligardes na terra terá sido desligado nos céus. Em verdade também vos digo que, se dois dentre vós, sobre a terra, concordarem a respeito de qualquer coisa que, porventura, pedirem, ser-lhes-á concedida por meu Pai, que está nos céus. Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles” (Mateus 18:18-20)

Onde Jesus está, Deus está! Então, andar na luz, é andar com aqueles que se reunem em nome de Jesus. O apóstolo João foi muito mais claro e direto dizendo isso.

“Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado” (1 João 1:7)

Então, mais uma atitude prática para ser perdoado dos pecados: andar na luz, isto é, manter comunhão com aqueles que ouviram e tiveram fé no evangelho, se arrependeram dos pecados e confessaram Jesus como Senhor, obedeceram o evangelho pelo batismo e estão sendo fiéis.

PERDOE PARA SER PERDOADO

O terceiro passo abordado neste artigo é perdoar. Sim, este foi um dos primeiros mandamentos de Jesus. Se você orar pedindo perdão, mas você mesmo não estiver disposto a perdoar, como é que Deus vai tratar você? Na oração que Jesus ensinou, este foi o único ponto em que ele, depois do amém, parou para explicar.

“…e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores; e não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal [pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém]! Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens [as suas ofensas], tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas.” (Mateus 6:12-15)

Nem suas ofertas serão aceitas se você não contemplar o perdão. Se tem alguma oferta, ela se torna nula por falta de perdão.

“Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta. Entra em acordo sem demora com o teu adversário, enquanto estás com ele a caminho, para que o adversário não te entregue ao juiz, o juiz, ao oficial de justiça, e sejas recolhido à prisão. Em verdade te digo que não sairás dali, enquanto não pagares o último centavo” (Mateus 5:23-26)

CONCLUSÃO

Em resumo, a busca pelo perdão dos pecados é uma jornada contínua que abrange elementos como arrependimento, fé, batismo, comunhão e perdão mútuo. Inspirados pela confiança do salmista em encontrar repouso seguro em Deus, os crentes são desafiados a abraçar o evangelho, reconhecendo o sacrifício de Jesus como o cumprimento perfeito dos rituais do Velho Testamento. O compromisso pós-batismo inclui a manutenção da comunhão, o desenvolvimento de uma vida em conformidade com a santidade e a prática constante do perdão, refletindo a reciprocidade fundamental desse processo na busca pela reconciliação com Deus e com o próximo.

Assim, ao trilharmos esse caminho, não apenas experimentamos a remissão dos pecados, mas também nos deparamos com a promessa de uma transformação contínua e uma vida restaurada pela graça e misericórdia divinas.

Se você ainda não obedeceu ao evangelho por meio do batismo, faça-o para obter perdão total de seus pecados e voltar a ser como uma criança diante de Deus, ou seja, puro. Se já foi batizado, confesse seus pecados a alguém que seja justo diante de Deus e confiável diante das pessoas. Ore e peça ajuda em oração a essa pessoa. O segundo passo é andar na luz, mantendo comunhão no culto com aqueles que confessam sua dependência no evangelho e lembram disso através da Ceia do Senhor. Finalmente, conforme abordado neste artigo, perdoe para ser perdoado.

CRISTIANISMO É MUITO MAIS QUE DISCURSOS MORALISTAS

“Assim diz o Senhor: Pratiquem o direito e a justiça e livrem o oprimido das mãos do opressor. Não oprimam nem maltratem o estrangeiro, nem o órfão, nem a viúva. Não derramem sangue inocente neste lugar.” – Jeremias 22:3

“Ai daquele que edifica a sua casa com injustiça e os seus aposentos, contrariando o direito! Que faz o seu próximo trabalhar de graça, sem lhe pagar o salário.” – Jeremias 22:13

“Julgou a causa do aflito e do necessitado, e tudo lhe corria bem. Por acaso, não é isso que se chama conhecer-me?” — diz o Senhor.” – Jeremias 22:16

O livro de Jeremias mostra a idolatria como uma das causas do exílio, Judá praticava o sincretismo religioso, adorava ao Deus único, mas também adorava os deuses falsos das nações. Havia prostituição, tanto entre as pessoas nos seus relacionamentos, mas em especial na troca de Deus pelos ídolos das nações.

No entanto, não foi esta a única causa. No texto de hoje vemos que a maneira como o governo judaico tratava os mais necessitados também foi muito importante para o Senhor estar tão irado com a nação.

Em toda a Bíblia Deus tem um cuidado especial com os mais necessitados, representados no Velho Testamento pelo órfão e pela viúva. Vejamos o que o salmista diz a respeito deles.

“Pai dos órfãos e juiz das viúvas é Deus em sua santa morada.” – Salmos 68:5

A avareza, a desonestidade, o ganho desonesto também é algo que desagradou ao Todo-Poderoso, isto é, o acumular riquezas de maneira injusta, retendo o que pertence ao mais pobre e necessitado. Isto é, para o Senhor, a justiça social é algo importante e foi causadora de tudo de mal que ocorreu com Judá.

No terceiro texto de hoje o “conhecer a Deus” significava julgar a causa do aflito e necessitado.

No Novo Testamento não é diferente. A igreja do primeiro século era conhecida como aquela que cuidava dos mais vulneráveis.

“Não havia nenhum necessitado entre eles, porque os que possuíam terras ou casas, vendendo-as, traziam os valores correspondentes.” – Atos 4:34

Na igreja do primeiro século, a desigualdade entre os irmãos era combatida com os que possuíam muito diminuindo a quantidade de bens que tinha em favor dos que nada tinham.

Aliás, no grande julgamento, a maneira como tratamos os mais necessitadas é critério de salvação.

“Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: ‘Venham, benditos de meu Pai! Venham herdar o Reino que está preparado para vocês desde a fundação do mundo. Porque tive fome, e vocês me deram de comer; tive sede, e vocês me deram de beber; eu era forasteiro, e vocês me hospedaram; eu estava nu, e vocês me vestiram; enfermo, e me visitaram; preso, e foram me ver.'” – Mateus 25:34-36

Finalmente, Tiago, em sua carta, repreende os que exploram os outros e mostra qual a verdadeira religião para com Deus.

“Eis que o salário dos trabalhadores que fizeram a colheita nos campos de vocês e que foi retido com fraude está clamando; e o clamor dos que fizeram a colheita chegou aos ouvidos do Senhor dos Exércitos.” – Tiago 5:4

“A religião pura e sem mácula para com o nosso Deus e Pai é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas aflições e guardar-se incontaminado do mundo.” – Tiago 1:27

Que textos como os de hoje nos ajude a entender que o cristianismo verdadeiro não é formado apenas por belos discursos, mas desprovidos de prática. Também que um governo justo não é aquele que fala de Deus ou mesmo que exalta valores morais, mas, junto com isso, precisa valorizar o que mais precisa, na prática da justiça social. Não é por menos que o segundo maior mandamento é amarmos ao próximo como a nós mesmos (Mateus 22:39).

Se há algo que enche o coração de Deus de alegria é quando individualmente, como igreja e como nação, nos preocupamos com o pobre, o necessitado e o oprimido. 

“Tempo da Graça” – Lm 3.22,23

                              Pense aí, você acabou de perder tudo o que tem, sua casa foi queimada, seu país invadido e escravizado, seu sagrado foi profanado, muitos de seus parentes foram mortos e/ou violentados, no lugar que você ama só tem miséria, corpos pelas ruas e um altíssima coluna de fumaça sinalizando que não, ali não é mais terra de um povo, uma cultura. Em resumo, e de maneira geral, esse é o contexto desse livro, poético e profético, que fala da tristeza de um homem que por 40 anos foi ignorado e teve a sua mensagem, mensagem de Deus, seguidamente rejeitada (Jr 52).

                              No entanto, não se desespere, esse é um livro de esperança e confiança, Jeremias não queria registrar as mazelas de Jerusalém ou de Judá, mas proclamar paz e restauração, que o povo se voltasse para Deus, visto que Ele é fiel e justo, sempre amoroso, querendo que seu povo viva e desfrute das maiores e melhores graças (2Pe 3.9).

 

“As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; renovam-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade”

Lamentações 3:22,23

 

                              Apesar de não ser o foco, ou não deveria ser, do cristão, a nossa vida terrena não pode ser “sofrida” ou “miserável”, pois já temos motivo suficiente para nos alegrarmos em todas as situações (Rm 8.31-39; Hb 12.1)

                              Primeiro, Deus cumpriu sua promessa de nos abençoar por meio da genealogia de Abraão e genealogia de Davi, Jesus, “Deus conosco” é a garantia de amor e justiça eternas; e isso não apenas em letras ou palavras, mas em ação e verdade, é missão da igreja cuidar da igreja e da vizinhança (mesmo que sejam homossexuais, umbandistas, muçulmanos ou ateus), o que deve nos fazer pensar “eu estou sendo a igreja certa?” (Gn 22.18; Mt 1, 22.37-40; Ef 1.9-11)

                          Segundo, temos ainda uma esperança eterna e superior a qualquer problema terreno, assim como o atleta suporta dores e aflições para se manter na corrida, é “parte do processo” que soframos um pouco pela Glória futura; esse sofrimento é também angústia, ansiedade, abnegação, raiva, e tantos outros sentimentos humanos que experimentamos ao longo do nossa jornada de transformação de nossa mente.

                              Confiadamente podemos viver em meio a dificuldade a medida que olhamos para a cruz, o sangue, os espinhos, para o sepulcro, e vemos não dor, não tristeza, não morte, MAS amor, redenção, salvação e fidelidade (Hb 14.16; Tg 1.2-5).

“Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações,
sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança. Ora, a perseverança deve ter ação completa, para que sejais perfeitos e íntegros, em nada deficientes. Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e nada lhes impropera; e ser-lhe-á concedida”
– Tiago 1:2-5 –

Cristão Ateu: Sou Eu?

Cristão Ateu. Você já ouviu essa expressão? Há alguns anos, em meu ensino médio, li um livro com esse mesmo título. Falava sobre crentes em Deus que viviam como se Ele não existisse. Ainda bem que nos dias de hoje isso não existe mais! Será? Infelizmente é algo muito comum. Definirei aqui cristão ateu como aquele que vive longe dos planos de Deus.
Será que nós somos assim? Esse texto é um convite a auto análise. Vivemos numa era em que ao mesmo tempo que o número de adeptos à fé cristã cresce consideravelmente, nunca houveram tantos céticos e descrentes. Numa era onde ter verdades absolutas é uma ofensa e o relativismo repousa em todas as questões. Onde o homem é o centro de tudo (sempre foi assim, né?) e a busca pelo prazer é o deus reverenciado. Era de libertinagem, confusão religiosa, inversão de valores, doutrinação política.
Sejam tempos calmos ou caóticos como os que vivemos, ser cristão nunca será algo que alguém pode ser pela metade.

Ou todo o nosso ser é convertido ou somos uma completa farsa. 

O cristão segundo a Palavra de Deus é alguém que está continuamente buscando a semelhança de Jesus. É tanto que o próprio nome cristão surge daí: não foi algo que eles se auto intitularam, mas que foram chamados (At 11:26), pois se pareciam com o próprio Cristo. Eis um ponto importante: se pareciam com o Cristo Filho de Deus, do qual a fonte confiável do seu caráter é a Bíblia. Reforço isso pois diariamente me deparo com os cristos criados pelo homem que não passam de filósofos, humanistas, defensores dos direitos humanos e da paz universal. Bonito. Porém fantasioso.
Quais as características principais então de um cristão ateu? São 3: 
1. Reconhece Cristo como salvador, mas não como Senhor.
Para ele é fácil encher o peito e dizer ”Cristo me salvou”. E eu me recordo de uma frase que li certa vez. Se você continua o mesmo depois de ter sido salvo, Ele o salvou de quê? O novo nascimento bíblico é um resgate das trevas para a Luz (Cl 1:3, Gl 2:20). É sobre vida nova (1 Co 5:17), crescimento (2 Pe 3:18), renuncia (Tt 2:11), comunhão com Deus e Seu corpo. O cristão ateu quer um Cristo que salva mas não um Senhor a qual me submeto à sua boa, agradável e perfeita vontade. Ele acredita fielmente que pode viver sua vida apenas crendo em Cristo, que isso é suficiente, sem buscar conhecê-lO e fazer Sua vontade.
2. Carrega sua fé no bolso, para usar quando for conveniente.
Confiar em Deus e lhe entregar seu coração? Apenas quando a coisa estiver tensa. A sua fé não é algo que lhe acompanha no dia a dia, mas um plano B nas situações de emergência. Esse é um tipo tão comum. Crer em Deus mas só lembrar de buscá-lo quando é a última saída. Louvor? Apenas quando estiver numa crise de ansiedade. Bíblia? Se for parar para ler, será apenas os versículos que falam sobre conforto ou amor de Deus. Culto? Só se não for pela manhã cedinho, pois vou estar muito cansado. Posso acordar cedo todos os dias para a faculdade ou trabalho, mas no domingo… você está pedindo demais, seu religioso! A noite? Puxa! Domingo a noite pede um rolê para extravasar. Oração? Hoje não, obrigada, não estou precisando de nada. Jesus? A qual você se refere? O da Bíblia ou o que eu inventei que é mais legal? E por aí vai…
3. Cristo não está nos seus planos nem em sua conduta.
Para o verdadeiro cristão, Cristo é o início, o meio e o fim de todas coisas (Rm 11:36). Para Ele é toda a honra e toda a glória. Sua vida é construída nEle. Mas não é assim para o cristão ateu. Ele não pensa em Deus em nenhum dos seus planos. Desde o tempo de Davi há pessoas assim: ”Em sua presunção o ímpio não o busca; não há lugar para Deus em nenhum dos seus planos” (Sl 10:4). É o jeito mais fácil de ser crente: não preciso me preocupar em agradar a Deus no meu trabalho, posso ser hostil, desonesto e desleixado. Nos meus relacionamentos, posso ser mentiroso, imoral e vingativo. Nos meus princípios… que princípios? Nos meus planos, escolho sempre o que me fizer mais feliz. Na faculdade? Sem essa caretice dos evangélicos. Pra mim é bar, ficar, e falar mal dos professores. Sozinho? Aí é que eu não devo nada a ninguém mesmo. Afinal, ninguém viu, não aconteceu!
Prazer, sou o cristão ateu. Com certeza você conhecerá muitos como eu. E se você se identificou comigo, você tem um grande problema para resolver. É bem provável que nem se importe com isso, pois você pensa: Deus é amor e me ama como sou. Mas se você se incomodar, há esperança! Pois Cristo veio para salvar pecadores e não aqueles que se consideram justos (Mc 2:17). Cristo convida você para calcular o preço de ser discípulo antes de segui-lO (Lc 9:23-26). Ele promete que você será chamado Filho amado de Deus (Jo 1:12-13; 1 Jo 3:1) e conhecerá de perto o amor constrangedor que vem do trono do Pai. Um amor que salva, restaura, nos quebra, confronta e faz tudo novo!
Eu garanto a você: Vale a pena!

Usando Bem a Liberdade Cristã

Vivemos num país religioso. No Brasil mais de 90% da população professa algum tipo de religião, sendo que mais de 80% se declaram cristãos. Porém, o cristianismo bíblico, aquele tem apenas a Bíblia como regra de fé é minoritário. Assim, precisamos saber como nos portar ante as diversas manifestações religiosas.

Em primeiro lugar, desde o seu início, a igreja cristã sempre convenceu através da pregação da Palavra e o testemunho fiel dos cristãos. Assim, não há lugar para o “convencimento” à base da força. Quando Paulo esteve em Atenas, na sua pregação, ele respeitou a religiosidade dos atenienses (Atos 17:22).

Porém, respeitar não significa concordar com o erro, uma vez que o seguidor fiel de Jesus tem o Senhor e Sua Palavra como verdades absolutas (João 10:35 e 14:6). Como isto funciona na prática?

O cristão bíblico não deve participar daquilo que contraria claramente ensinos das Escrituras. Como exemplo, não é aconselhável ser padrinho num batizado católico, tendo em vista que o batismo católico não é mesmo ensinado e orientado por Jesus, por imersão, isto é, por sepultamento nas águas e feito por pessoas que se arrependem dos seus pecados, algo não possível para um bebê. Se há um mandamento expresso na Palavra sendo violado, não podemos participar, pois estaremos sendo cúmplices num ensino antibíblico. Este é apenas um dos possíveis exemplos.

Toda forma de mal deve ser evitada (1 Tessalonicenses 5:22). Há muitos anos evito, por exemplo, consumir bebidas alcoólicas (mesmo cerveja), frequentar certos lazeres como, por exemplo, carnaval, uma vez que estes deixam rastros de violência, imoralidade e paganismo. Como sal da terra e luz do mundo, precisamos ser e fazer a diferença. Não precisamos sair criticando ou falando mal, o não participar já é suficiente.

Podemos pensar diferente quanto a nossa liberdade, mas não podemos usar esta liberdade para ferir a consciência ou causar escândalos (1 Coríntios 10:23 e Romanos 14:21). Por exemplo, no dia de Cosme e Damião se alguém me oferece um doce, recuso delicadamente, em especial se a pessoa diz se referir a essas santos católicos ou orixás. Respeito quem pensa diferente. Não veria problema em participar de uma festa junina, momento de alegria, de brincadeiras, geralmente não se está pensando em religião. Porém, se no convite faz menção a louvor aos santos católicos Antônio, João e Pedro, seria aconselhável não participar. Afinal, mesmo respeitando a reverência que os católicos fazem aos chamados santos, é um conceito bem diferente daquele existente na Bíblia, quando se refere a todos os cristãos. Outro princípio bíblico importante é que “na dúvida, se não tem como base a fé, não deve ser feito (Romanos 14:23). Claro que podemos participar e até aproveitar para mostrar o sentido cristão do Natal, Páscoa, entre outros.

Podemos incentivar, falar do nosso entendimento bíblico, ter uma posição a respeito, mas sabendo sempre que cada pessoa irá prestar contas a Deus e não a nós por suas atitudes. Como disse anteriormente, lamento muito quando vou numa festa de cristãos e vejo cerveja e até “pinga” sendo servida à vontade, sob a alegação de quem nem todos os participantes são cristãos. Entendo que, que toma tal atitude, está dando um mau testemunho. Porém, não condeno, posso até dar minha opinião (especialmente se me pedem), mas cada um é servo de Deus, não meu (Romanos 14:4. 11-12).

Claro, que mais importante do que a atitude é a razão pela qual se toma aquela atitude. Por exemplo, já fui a um museu de arte sacra sem necessariamente cultuar santos ou imagens. Porém, jamais convidaria para ir comigo alguém que entende ser errado.

Deve-se pesquisar a origem de certas festas e tomar nossa própria decisão. Dia desses, meu filho foi numa festa de folclore na escola. Até aí faz parte de conhecer a cultura. Porém, a professora chegou a vesti-lo com uma roupa com a palavra “axé”, expressão vinda das religiões africanas, que devem ser respeitadas, mas não aceitas por quem acredita num único Deus. Tais religiões são adeptas de diversas divindades, isto é, politeístas. No próximo ano orientaremos a professora sobre nossa fé e pediremos que aquilo não se repita.

Para concluir, sei que nem todos concordarão com minhas posições. E respeito. Porém, hoje em dia, em nome da tolerância, está se aceitando o erro. E, como diz o apóstolo Paulo, “não sejamos cúmplices das obras infrutíferas da trevas, antes, reprovai-as” (Efésios 5:11).

O Que Aprendi Com Meus Pais Sobre Cristianismo

Acabo de ler um texto sobre como instruir seus filhos no caminho do Senhor, e resolvi então compartilhar como meus pais me instruíram. Tenho 19 anos, conheci o Jesus do qual ouvi falar toda a minha vida aos 13 anos, quando fui batizada para perdão dos meus pecados, após aprender o Evangelho com meu pai. Nasci em ”berço cristão”, desde sempre então acompanhei meus pais nos cultos, retiros espirituais e ademais eventos da igreja. Mas o que mais aprendi sobre vida cristã foi dentro de casa, e hoje, após já ter saído da casa de meus pais posso ver com maior clareza. Por causa de tudo (e apesar de tudo) da criação que recebi dos meus pais, fui conduzida até o Caminho, mas este, por sua vez, tenho trilhado com minha fé pessoal.

Quero compartilhar esses relatos com vocês como encorajamento para pais cristãos que desejam ver seus filhos engajados no Reino, amando a Deus e seguindo a Cristo. E como uma maneira de honrar meus amados pais, aos quais se esforçaram para criar seus 3 filhos no caminho de Deus, o que com êxito tem conseguido até aqui.

Wandberg e Ívina Amaro, obrigada por tudo!

1- Aprendi com meus pais a amar a Palavra de Deus: Desde sempre recordo-me de ao acordar ver meu pai ajoelhado em seu quarto ou minha mãe lendo e rabiscando a Bíblia na cozinha, no intervalo entre café da manhã e almoço. Aprendi com eles que não se vive vida cristã longe das Escrituras. Por prestar atenção nisso, quando me tornei cristã, instantaneamente decidi ler a Bíblia todos os dias. Esse hábito é o que mantém cristãos no caminho fielmente!

2- Aprendi com meus pais a importância do Bom Testemunho: Não me lembro de nenhuma situação em que alguma atitude de meus pais tenham causado escândalo ou alguma confusão na igreja e fora dela. Especialmente minha mãe sempre nos ensinou a zelar pela consciência dos irmãos e das pessoas em geral, pois o nosso testemunho é muito mais poderoso do que as nossas palavras. O bom testemunho em família nos ajudou a alcançar amigos e familiares com o Evangelho.

3- Aprendi com meus pais a ofertar generosamente: Como acontece nas melhores famílias, já tivemos a fase da bonança e da escassez. Aprendi com meus pais que nossa situação financeira não deve interferir na oferta que já separamos ao Senhor. Sempre vi minha mãe, de tudo o que ganhava com seus artesanatos, separar o que ela já tinha decidido ofertar a Deus. Quando saí de casa e recebi ”meu próprio dinheiro” pela primeira vez, levei algum tempo, mas finalmente aprendi a ofertar de maneira que agrade a Deus, e devo isso a ela.

4- Aprendi com meus pais que Deus é Deus de Providência: Durante diversos momentos em que passamos por altos e baixos financeiramente, em que realmente nos vimos em dificuldade financeira, meus pais sempre nos mostraram que Deus nunca deixava faltar nada. E ele realmente nunca deixava! Eu e meus irmãos (e ás vezes meu pai) queríamos nos estressar, fazer do nosso jeito, e minha mãe se mantinha calma e dizia que Deus providenciaria. Não me lembro de nenhuma vez que Ele não o tenha feito. Deus sempre se mostrou muito generoso conosco. Quando, longe dos meus pais, vivi situações parecidas, vi a familiar mão de Deus atuando na minha vida. Tenho aprendido, ainda que lentamente, a confiar em Deus em todas as circunstâncias.

5- Aprendi com meus pais a Perseverança: Nunca os vi oscilar na fé. Já os vi desanimados, chateados, inquietos… mas nunca duvidando do poder de Deus e da Sua palavra. Em todos esses anos meus pais são meu exemplo de perseverança na vida cristã. Devem ter seus quase 30 anos seguindo a Cristo… todos esses anos de maneira fiel e atuante.

6- Aprendi com meus pais os Limites: Não fui criada com ”algemas” nem ”a Deus dará”, mas com o equilíbrio de ter minha liberdade medida por meus pais. Há opiniões diversas quanto ao uso da ”vara” nos dias de hoje, mas a Bíblia ensina que esta o ajuda a disciplinar seus filhos. Falar disso hoje é muito mais tranquilo, já que não corro mais o risco de apanhar (risos), mas garanto que foi esse medo e ”respeito” que me impediu de tomar diversas escolhas ruins durante a minha adolescência. Se os pais não impõe limites e respeito a criança em casa, dificilmente o mundo colocará fora dela.

Essas são só algumas coisas… ainda há muito mais! Posso fazer uma parte 2!? (Respondam nos comentários)

Aos Pais que leem esse texto: algumas dessas coisas eu sempre tive consciência. Outras, precisei estar fora de casa para perceber. Mas uma coisa eu sei: eu não me recordo de quase nada que meus pais insistentemente palestraram  (risos) pra mim durante toda minha infância/juventude, mas isso tudo que compartilhei aqui eu aprendi OBSERVANDO.

A sua conduta fala MUITO mais do que o seu discurso! A criação que recebi de meus pais, envolvendo limites, educação cristã, bom exemplo e etc foram o que me conduziram a hoje viver a vida cristã levando a sério tudo que a envolve. Mas não desanime: nem tudo é um mar de rosas. Meus pais já falharam comigo, já me decepcionaram, eu também já os decepcionei muito… a perseverança em educar e amar é que fizeram toda a diferença!

Aos meus pais, mais uma vez obrigada por me educarem, amarem, ensinarem a maior parte das coisas que sei sobre seguir a Cristo. Escrevo esse parágrafo final com lágrimas nos olhos. Sou grata por tudo. Deus foi maravilhoso em ter me colocado nessa família!