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CONHECENDO CRISTO PESSOALMENTE

CONHECENDO CRISTO PESSOALMENTE

No livro de João, no capítulo 4, encontramos a história da mulher samaritana. Após o diálogo que teve com Jesus ela vai voltar e contar ao povo tudo que ouviu do Mestre sobre sua vida e sobre seu passado. 

Ao chegar à cidade ela vai ao povo e diz que havia encontrado um homem que havia dito tudo sobre a vida dela (versículo 29), fazendo com que aqueles homens, movidos pela curiosidade, vão se encontrar com Jesus.

Logo mais à frente no versículo 39 lemos que muitos dos homens que foram se encontrar com Jesus agora passam a crer nele, pedindo que Jesus ficasse com eles na cidade, o que ele atende ficando por 2 dias.

No versículo 42 encontramos a declaração desses homens que agora dizem: –“agora não é mais por causa do que você falou que nós cremos, mas porque nós mesmos ouvimos, e sabemos que este é verdadeiramente o Salvador do mundo”.

Encontramos essa mesma ideia no capítulo 1 de João quando dois dos discípulos de João, ao encontrarem Jesus e perguntaram onde ele ficava, ouviram como resposta: –“vinde e vede” (v. 39). 

Nesses dois casos algo acontece que chama nossa atenção. Nos dois casos há um primeiro contato, ainda superficial, sem aprofundamento. Depois, ao se ter mais contato e buscar uma proximidade pessoal, podemos ver a mudança de atitude e de pensamento, agora sendo expresso no desejo de se conhecer a Cristo profundamente e, após isso, reconhecer toda Sua majestade e poder. 

Tanto aqueles homens samaritanos quanto aqueles dois discípulos tiveram esse processo de aproximação e logo após só lhes restava renderem-se a Jesus, vendo a importância daquele homem e de seus ensinos a ponto de mudarem de vida totalmente.

Não existe outra opção para a pessoa que, sendo sincera e honesta consigo mesma, conhece a Cristo e Suas palavras. Toda sua vida, todo seu proceder anterior e tudo aquilo que pensava se transforma radicalmente, e não porque ouviu falar de Cristo, mas sim porque se dedicou a ter um contato íntimo, ter seu coração transformado.

Nosso Senhor tem por característica principal a capacidade de fazer com que corações sejam completamente transformados, vidas sejam mudadas, pensamentos sejam virados do avesso. A pessoa que tem sua vida tocada por Cristo sabe que não pode mais ser o que era antes. Não há a menor possibilidade de alguém que, tendo ouvido o Mestre, permaneça como era antes. 

E não por causa do que os outros têm a dizer, mas por uma experiência própria e pessoal. As palavras de Paulo em Gálatas 2:20 passam a fazer todo sentido: –

“logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim. ”

A mulher samaritana e João foram os meios pelos quais aquelas pessoas puderam ouvir sobre Cristo pela primeira vez, mas foi a decisão de cada um deles em buscar a Cristo de uma maneira pessoal e particular que lhes possibilitou o conhecimento da vontade de Deus para a vida deles e a decisão de aceitar Jesus. Nós podemos também ser esse meio através do qual pessoas podem ouvir sobre Jesus e é nosso papel de discípulos fazermos isso, mas essas pessoas só poderão ter suas vidas transformadas a partir do momento que se permitem conhecer esse Jesus intimamente, deixando que Ele as transformem.

Se você já teve esse contato inicial com Cristo e se permitiu conhecer intimamente, tenho certeza que concorda comigo. E agora não se esqueça que você pode ser esse meio que as pessoas precisam para conhecer a Cristo, mesmo que superficialmente em princípio. 

O segundo passo é o próprio Cristo quem fará! 

O Arrebatamento Não Está na Bíblia!

O Arrebatamento Não Está na Bíblia!

As pessoas acreditam em todos os tipos de coisas que não estão realmente na Bíblia. Por exemplo, a fruta no jardim do Éden nunca é identificada como uma maçã. A Bíblia nunca disse que foi uma baleia que engoliu Jonas. Os Evangelhos não diz quantos magos visitaram Jesus após o seu nascimento. E o arrebatamento? Bem, isso não está realmente na Bíblia.

A doutrina do arrebatamento secreto, popularizada no século XIX, não tem base bíblica. A crença surgiu a partir de visões de Margaret Macdonald em 1830 e foi propagada por John Nelson Darby. A Bíblia apresenta a volta de Jesus como um evento literal, visível e audível, e não como um arrebatamento secreto.

Não há menção explícita ao arrebatamento secreto na Bíblia. As passagens usadas para defendê-lo, como 1 Tessalonicenses 4:16-17, podem ser interpretadas de outras maneiras.

A doutrina do arrebatamento secreto é relativamente nova, surgindo apenas no século XIX. Isso contrasta com outras doutrinas cristãs, que têm raízes nos primeiros séculos da igreja. A origem da doutrina está nas visões de uma pessoa que nem sequer tem qualificação bíblica para tal e que se declara profetiza. Visões subjetivas baseadas em Margaret Macdonald, que não podem ser consideradas como base confiável para uma doutrina cristã.

Incoerências com a descrição bíblica da volta de Jesus. A descrição bíblica da volta de Jesus como um evento visível e audível (Mateus 24:30-31) contradiz a ideia de um arrebatamento secreto. Falta de consenso entre os teólogos. A doutrina do arrebatamento secreto não é aceita por todos os teólogos cristãos. Há diversas interpretações diferentes sobre a volta de Jesus, e essa é apenas uma delas.

Vamos a explicação…

A Popularidade do Conceito de arrebatamento

Para muitos cristãos, especialmente nos Estados Unidos, o arrebatamento é considerado uma doutrina indisputável de nossa fé. No início, como nascimento de uma virgem e a ressurreição. Muitos foram ensinados que, em algum dia, num “piscar de olhos”, todo cristão verdadeiros desapareceriam. Irão para o céu com Jesus, deixando apenas um monte de roupas para trás. O arrebatamento seria como Cristo resgataria sua gente da terra, mas todos os que ficarem para trás enfrentariam as terríveis tribulações. Isso faz de uma história muito grande. É por isso que é tema de tantos livros e filmes ao longo dos anos.

O Impacto Cultural e Financeiro do arrebatamento

A série de livros e filmes chamada “Deixados para Trás” vendeu mais de 65 milhões de cópias, com muitos alcançando o primeiro lugar na lista de best-sellers do New York Times. Livros, programas de rádio, megachurches, televisão e conferências tem difundido tão amplamente a narrativa do arrebatamento e feito tanto dinheiro com isso que algumas pessoas não podem parar e se perguntar e a pergunta mais importante de todas que poucos fazem é: “Isso está realmente na Bíblia? 

A Ausência do Termo na Bíblia e sua Interpretação

Então, vamos examinar a evidência. Primeiro, ao pensar sobre o futuro, o retorno de Cristo e o julgamento final, muitos cristãos recorrem ao livro do Apocalipse. E você esperaria encontrar o arrebatamento mencionado lá também. Afinal, o Apocalipse é onde você encontra todas as coisas estranhas. Tem bestas e baldes cheios de olhos, dragões e criaturas feitas de olhos. Mas uma coisa que você não encontra lá é qualquer menção do arrebatamento. Ele não é mencionado.

A Exegese de Passagens Bíblicas Relacionadas

Além disso, há duas passagens no Novo Testamento para as quais os defensores do arrebatamento recorrem. Então, vamos examinar cada uma e ver o que elas realmente dizem. A primeira é Mateus 24.

“Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem; todos os povos da terra se lamentarão e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu, com poder e muita glória. E ele enviará os seus anjos, com grande clangor de trombeta, os quais reunirão os seus escolhidos, dos quatro ventos, de uma a outra extremidade dos céus.” Mateus 24:30,31

Neste capítulo, Jesus está falando com seus discípulos sobre serem vigilantes para o seu retorno, pois ele virá de repente e inesperadamente. E os versículos 40 e 41 são onde tiram a famosa linguagem do arrebatamento. Jesus disse:

“Então, dois estarão no campo, um será tomado, e deixado o outro; duas estarão trabalhando num moinho, uma será tomada, e deixada a outra” (Mateus 24:40,41)

Bem, aí está. Assim como nos filmes, uma pessoa retorna para o céu e a outra é deixada para enfrentar a tribulação. Bem, não é exatamente isso o que esta passagem está dizendo. 

A Interpretação Contextual das Passagens

Você tem que ler esses versículos no contexto deles, porque o que vem antes é muito importante.

“Porquanto, assim como nos dias anteriores ao dilúvio comiam e bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam, senão quando veio o dilúvioe os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do Homem” (Mateus 24:38,39)

Jesus não está dizendo o que as pessoas pensam que ele está dizendo. Jesus está comparando sua segunda vinda com o Dilúvio de Noé.

A Correta Exegese das Escrituras

Nessa história, Noé e sua família foram os que foram levados. E todos os outros foram levados pelo Dilúvio, que era o juízo de Deus. Então, quando Jesus diz que quando ele voltar, um será levado e o outro deixado, o que está sendo levado não está sendo levado para o céu. Eles estão sendo levados pelo Dilúvio de Noé e pelo juízo de Deus. É o que o homem que é deixado para trás está sendo deixado para trás, como Noé e acabou, não tem purgatório ou qualquer coisa parecida.

Conclusão: A Importância da Análise Escriturística

Há um texto paralelo em Lucas 17 que torna isso mais claro. Jesus está falando sobre ser levado pela morte e pelo juízo. Afinal, os abutres e os mortos não são muito parecidos com o céu (Lucas 17:30-37).

Então, a famosa passagem onde as pessoas pegam a palavra “levado” não é sobre o arrebatamento. E a parte louca é que até mesmo os defensores do arrebatamento admitem isso. O livro de Hal Lindsey, “A Agonia do Grande Planeta Terra”, que antes da série “Deixados para Trás” fez mais para popularizar a ideia do arrebatamento do que qualquer outra coisa, nunca utiliza Mateus 24 ou Lucas 17 em seu argumento.

E, além disso, os dispensacionalistas, é o sistema de teologia que veio com o arrebatamento em primeiro lugar, admitem que Mateus 24 não é sobre o arrebatamento. Então, se o Apocalipse não menciona o arrebatamento e Jesus não menciona, de onde vem na Bíblia? Vamos voltar à primeira passagem que a teologia do arrebatamento apresenta. O único lugar na Bíblia que parece falar sobre o arrebatamento é 1 Tessalonicenses 4:16-18.

Essa passagem trata das dúvidas que os Tessalonicenses tinham a respeito da morte e volta de Jesus. Eles não tinham dúvida que Jesus ia voltar, mas também não tinham uma teoria de que Jesus voltaria secretamente e Paulo também não ensina isso nesta passagem.

Nossa Certeza

Podemos ter certeza de que “os céus passarão com estrepitoso estrondo” e “a terra e as obras que nela existem serão atingidas” (2 Pedro 3:10b, d). Não estamos aguardando para nos estabelecermos aqui, porque “a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo” (Filipenses 3:20). O plano é que Deus nos providencie um novo e eterno lar, quando Jesus voltar. Pedro disse: “Nós, porém, segundo a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita justiça” (2 Pedro 3:13).
(Citação de A Verdade para Hoje – 1 TESSALONICENSES A REUNIÃO FINAL COM Jesus “Estaremos para sempre com o Senhor” (4:17b). Ted Paul)

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A Segunda Vinda de Cristo

A Guerra Cultural Contra Os Valores Cristãos

a guerra cultural contra os valores cristãos

Quando foi que você ganhou consciência do que era bom e ruim? Imagino que foi bem cedo. Às vezes acontece naturalmente através da descoberta entre erros e acertos, outras, alguém influencia você geralmente oferecendo uma oportunidade que deve ser escondida.

Desde então, estamos lutando para voltar à pureza e à simplicidade com a qual viemos para abençoar este mundo. O mundo impõe a sua cultura e costumes em todos e aproveitam-se da inocência e dos elos fracos. Aproveitam-se de corações imaturos.

“A estultícia está ligada ao coração da criança, mas a vara da disciplina a afastará dela” (Provérbios 22:15)

A correção para a estultícia é a vara. A estultícia é querer se aproveitar de oportunidades que, na prática, devem ser feitas longe dos olhos alheios ou com outros que pensam da mesma maneira. Deus, na sua imensa sabedoria, criou a consciência que pesa e até procura a vara da disciplina. Esta é a contra cultura cristã.

A GUERRA CULTURAL

Talvez você, como eu, se incomode pela cultura avessa aos bons costumes e à própria lógica que o mundo abraça e legaliza. Eles querem tudo: drogas ilícitas, satisfação de todos os seus prazeres, afronta à fé, oposição ao casamento instituído por Deus, sem regras e convenções e muitas outras coisas.

Nos dias atuais, uma guerra ferrenha tem sido travada contra os valores divinos em diversas esferas da sociedade. Esta guerra da cultura e libertinagem de alguns é evidente em várias áreas, desde a política até a mídia, desafiando os princípios fundamentais que moldaram as sociedades por séculos. Contradizem o bom senso e até o pouco conhecimento que a ciência traz e julga saber. Tentam calar a moral e os bons costumes que, julgam eles, criam regras proibindo seus vergonhosos comportamentos.

O comportamento das pessoas sem o mínimo conhecimento do porque das ditas regras e proibições cristãs ignoram que não é o que julgam, mas uma proteção da própria vida nesta terra. Os que praticam o pecado, expõem-se ao perigo de morte e quem vai matá-los? Não os autênticos religiosos, mas pessoas que tem outros pecados e condenam pecados que consideram piores ou mais vergonhosos do que os seus (Romanos 1:32).

ATAQUES À FÉ

Vários exemplos temos para ficar firmes contra as investidas de Satanás. Ele está desesperado e tanto odeia a Deus quanto a si mesmo porque já sabe que está condenado. Deus criou o paraíso para aqueles que depositam sua fé em Jesus. Ele não pode fazer nada contra Deus e o único recurso para atingir Deus é contra o ser humano, imagem e semelhança de Deus.

Vários personagens deixaram exemplo de fortaleza na fé quando foram atacados: Daniel, Shadrach, Meshach e Abednego, Esther, Pedro e João entre outros bons exemplos a seguir. O apóstolo Pedro viu a perseguição de perto e escreveu para àqueles que foram perseguidos:

“…sois guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para a salvação preparada para revelar-se no último tempo. Nisso exultais, embora, no presente, por breve tempo, se necessário, sejais contristados por várias provações, para que, uma vez confirmado o valor da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro perecível, mesmo apurado por fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo” (1 Pedro 1:5-7 – Leia também 1 Pedro 2:11, 12; 1 Pedro 2:19; )

Os ataques à fé, moral, bons costumes, fidelidade, pureza e tudo o que Deus criou para nos proteger acontece nos elos fracos da sociedade. Tudo o que não presta tem se aprendido na escola, começa desde cedo até no jardim da infância. O mal não tem escrúpulos. Outro elo fraco são as mulheres. Sim, elas têm a sua força, mas através delas a vida acontece. Deus as abençoou, mas elas precisam ser protegidas, respeitadas e amadas. O mal as tem como alvo, porque vê nelas um ponto fraco. Não é por acaso que, na tentativa de salvar alguns de uma tragédia, prioriza-se as mulheres e crianças. Satanás também está priorizando as mulheres e crianças.

As armas de satanás hoje nem amedrontam. Ele usa a escola, a Internet, a música, a dança, os filmes, os desenhos infantis, a poesia, a educação, as amizades, a política, etc. Fique atento…

RESPOSTA À GUERRA CULTURAL

Alguém perguntou para o irmão Norton no alto dos seus mais de 80 anos o que ele faria se ele pudesse voltar no tempo. Ele respondeu:
– Eu leria mais a Bíblia.

Esta é uma resposta muito sábia! Não importa a sua idade, a sua experiência, o quão fundo você está no pecado. Leia mais a Bíblia. Nela nós desenvolvemos a fé, a pureza, a esperança, o amor e nela nós aprendemos o evangelho, o poder de Deus para salvar a humanidade. Esta é a resposta de fé contra a guerra cultural.

É a Bíblia que nos ensina que nossa guerra não é contra as pessoas e sim contra os “principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes” (Efésios 6:12). Devemos vestir a armadura dada por Deus para lutar e vencer.

Quanto às pessoas, vamos orar por elas e pedir as bênçãos de Deus. Vamos orar com fé e realmente pedir que elas sejam tocadas pela mão de Deus e, como nós, possam escapar.

“abençoai os que vos perseguem, abençoai e não amaldiçoeis” (Romanos 12:14)

Muitos de nós já estivemos ou ainda estamos flertando com a morte espiritual, consequências dos delitos e pecados e influência do “príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência” Efésios 2:1-3)

CONCLUSÃO

Estamos travando uma guerra espiritual. A nossa guerra não é contra as pessoas e sim contra um inimigo que já não é mais invisível e oculto. Vamos orar pelas pessoas e compartilhar com elas a solução para que saiam das garras do maligno que as engana com prazeres e mentiras que ele não vai cumprir. Vamos nos santificar para que possamos ter a esperança de ver a Deus. Nessa guerra, lembremos que Jesus já é vitorioso, de que lado você vai ficar?

TIRE A TRAVE DO OLHO PRIMEIRO – O EVANGELHO DE LUCAS

TIRE A TRAVE DO OLHO PRIMEIRO

“Jesus lhes contou também uma parábola: — Será que um cego pode guiar outro cego? Não é fato que ambos cairão num buraco?

— O discípulo não está acima do seu mestre; todo aquele, porém, que for bem-instruído será como o seu mestre.” – Lucas 6:39-40

Um cego pode guiar outro cego? A resposta é óbvia: claro que não!

Olhando o contexto, Jesus refere-se àqueles que são severos em ver os erros dos outros, conforme comentei em outro artigo neste espaço, mas cegos para reconhecerem os seus próprios. Tanto que o Senhor ilustra:

“Por que você vê o cisco no olho do seu irmão, mas não repara na trave que está no seu próprio olho?” – Lucas 6:41

De fato, na vida cristã, quanto mais dura a pessoa é com os pecados (ou os ciscos no olho do próximo), normalmente maior é a trave que tem no próprio olho. Já presenciei escândalos no reino de Deus na vida de pessoas tão prontas para apontar o erro do outro.

Dessa forma, para uma pessoa guiar outra, precisa primeiro tirar a trave do próprio olho e, desta forma, verá claramente para ajudar o outro com o seu cisco.

“Hipócrita! Tire primeiro a trave do seu olho e então você verá claramente para tirar o cisco que está no olho do seu irmão.” – Lucas 6:42

No entanto, esse texto não proíbe totalmente a correção. Apenas nos adverte da importância de uma autocorreção primeiro.

Desta forma, a partir do conhecimento e da prática da Palavra de Deus, estaremos prontos para ensinar e corrigir outros que, sim, estão cegos para as verdades de Deus.

Há um risco quando não conhecemos a Palavra de Deus e não a praticamos e queremos guiar outros: podemos cair no buraco, junto com o outro, e, na Bíblia o buraco tem um nome: inferno.

“Ai de vocês, escribas e fariseus, hipócritas, porque vocês percorrem o mar e a terra para fazer um prosélito; e, uma vez feito, o tornam filho do inferno duas vezes mais do que vocês!” – Mateus 23:15

Por outro lado, em nossa busca de crescimento espiritual, nosso limite é nosso Mestre, o Senhor Jesus. Desta forma, enquanto vivermos, estaremos em contínuo processo de aprendizagem e correção de nossas falhas e pecados, até sermos cada vez mais parecidos com Cristo.

Sim, a partir de nossa vivência com o Senhor Jesus e Sua Palavra, as pessoas que nos rodeiam devem ver em nós traços dele, como aconteceu com os apóstolos no início da igreja:

“Ao verem a ousadia de Pedro e João, sabendo que eram homens iletrados e incultos, ficaram admirados; e reconheceram que eles haviam estado com Jesus.” – Atos 4:13

No texto acima, há alguns dias o Senhor tinha sido interrogado por aquele Sinédrio. E agora os líderes daquela casa notavam como aqueles homens tinham traços do seu Mestre.

Que cresçamos de tal maneira, de glória em glória (2 Coríntios 3:18) que traços do caráter de Jesus sejam vistos em nós de uma forma cada vez mais visível.

HISTÓRIAS PARECIDAS. RESULTADOS DIFERENTES

HISTÓRIAS PARECIDAS. RESULTADOS DIFERENTES.

Em Lucas 18:18-23 nós encontramos a história do jovem rico e pouco mais à frente em Lucas 19:1-10 encontramos a história de Zaqueu. Vamos analisar essas duas passagens e ver como Deus trabalha de forma maravilhosa e muitas vezes não percebemos esse agir de Deus, perdendo muito daquilo que podemos aprender do Mestre.

Na conversa de Jesus com o jovem rico fica claro que esse jovem tinha muitas qualidades e conhecia e seguia a Lei de Moisés pois ele dizia que observava isso desde a sua mocidade. Podemos ver alguém que se esforçava por manter uma vida dentro daquilo que era esperado para um seguidor de Cristo. O próprio Jesus vai dizer a ele que lhe faltava apenas uma coisa.

No caso de Zaqueu ele era um publicano e, como todo publicano, odiado pelos judeus pois era considerado um traidor de seu povo pois trabalhava para o império romano, cobrando impostos de seu próprio povo, muitas vezes de forma abusiva para seu próprio benefício, enriquecendo-se em cima do sofrimento de seu próprio povo.

O jovem rico vai chegar até Jesus de uma forma direta, aparentemente sem dificuldades e, na conversa com o Mestre, vai dizer sobre sua vida e seu esforço em buscar fazer aquilo que a Lei mandava e encontramos, aparentemente, uma atitude sincera em querer saber sobre como melhorar seu relacionamento com Deus a fim de alcançar a salvação.

Zaqueu, ao contrário, já demonstra sua dificuldade nesse contato com Jesus, seja devido à sua própria limitação de altura física tendo que subir numa árvore para conseguir ver Jesus seja pela própria dificuldade em enfrentar a multidão que certamente não o via com bons olhos. Também há que se notar o inusitado da cena em que um homem rico, bem posicionado na sociedade, provavelmente usando roupas vistosas e caras, se esforçando por subir numa árvore.

Jesus, ao ser perguntado pelo jovem rico sobre o que deveria fazer para receber a salvação e, certamente olhando para dentro do coração daquele jovem, lhe diz que só faltava a ele uma coisa, que no seu caso era abrir mão da riqueza. Não preciso dizer aqui que Jesus não estava exigindo que esse jovem se desfizesse de suas riquezas em prol do evangelho (como infelizmente muitos grupos religiosos distorcem essa passagem para obterem lucros pessoais), mas sim que Jesus sabia que o coração daquele jovem tinha outras prioridades.

Zaqueu, ao contrário do jovem rico, sabia de suas limitações, seus erros e seus pecados e, ao tentar ver Jesus, na verdade foi ele que foi achado, pois é Jesus quem o encontra em cima da árvore, pede para ele descer e diz que vai até sua casa. Aquele que estava procurando foi achado pelo simples fato de colocar seu coração verdadeiramente à disposição de Jesus.

O jovem rico, ao ser colocado frente a frente com seus desejos mais íntimos, acabou por escolher continuar com aquilo que, para ele, era o mais importante, no caso foram suas riquezas. 

Zaqueu, ao ser encontrado por Jesus, teve o coração sincero e voltado para Cristo, reconhecendo seus erros, querendo ser perdoado e mostrando os frutos desse arrependimento ao se dispor a devolver aquilo que tinha defraudado e até mesmo acima daquilo que a Lei ordenava (em Levítico 6:1-7 vemos que a Lei ordenava a restituição da quinta parte do que foi roubado; Zaqueu se propôs a devolver quatro vezes mais).

No caso do jovem rico, Jesus vai dizer nos versículos 24 e 25 sobre a dificuldade de um rico entrar no reino de Deus -: “E Jesus, vendo-o assim triste, disse: Quão dificilmente entrarão no reino de Deus os que têm riqueza! Porque é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus”.

No caso de Zaqueu, aquele que era um pecador, desonesto, odiado pelo povo, mas que se esforça por ver Jesus, tendo sido achado, demonstra arrependimento sincero, escuta Jesus falando -: “Então, Jesus lhe disse: Hoje, houve salvação nesta casa, pois que também este é filho de Abraão. Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido.” 

Parece que, pelo menos no caso de Zaqueu, o camelo passou pelo fundo da agulha!

MAIS DA JUSTIÇA SOCIAL VALORIZADA POR DEUS

MAIS DA JUSTIÇA SOCIAL VALORIZADA POR DEUS

“O príncipe não tomará nada da herança do povo, expulsando-os das suas propriedades. Da sua própria propriedade deixará herança aos seus filhos, para que o meu povo não seja espalhado, cada um para longe da sua propriedade.” – Ezequiel 46:18

Como mencionei em um dos artigos escritos, a falta de justiça social foi uma das causas de Deus ter permitido o exílio de seu povo, isto é, a maneira como os pobres eram tratados pelas autoridades e pelos ricos.

O texto de hoje lembrou-me do Ano Jubileu:

“Santifiquem o quinquagésimo ano e proclamem liberdade na terra a todos os seus moradores. Esse será um ano de jubileu para vocês, e cada um de vocês voltará à sua propriedade, cada um de vocês voltará à sua família.” – Levítico 25:10

Durante 50 anos haveria as mudanças normais na vida de cada israelita no tocante às suas propriedades, uma família poderia perder a posse ou até mesmo a propriedade dos seus bens. Porém, naquele ano, as propriedades retornaram aos seus antigos donos, o que eu chamo de uma reforma agrária promovida por Deus no meio do seu povo.

Mais uma vez é mostrada a preocupação que Deus sempre teve para com o pobre e o menos favorecido. Há muitos exemplos desse cuidado de Deus na Bíblia.

“Não oprima o empregado pobre e necessitado, seja ele um dos seus compatriotas ou um estrangeiro que está morando na terra e na cidade onde você vive.” – Deuteronômio 24:14

Passando para o Novo Testamento, o texto a seguir é compreendido por alguns como uma espécie de “comunismo” na igreja primitiva.

“Da multidão dos que creram era um o coração e a alma. Ninguém considerava exclusivamente sua nem uma das coisas que possuía; tudo, porém, lhes era comum.” – Atos 4:32

Claro que essa interpretação é equivocada, uma vez que na Bíblia Deus sempre valorizou a propriedade particular e o comunismo, tal qual o conhecemos, foi uma teoria boa que nunca funcionou na prática.

No entanto, na igreja primitiva, a necessidade do mais pobre foi a gênese da coleta que praticamos todo primeiro dia da semana.

“E, apresentando-se um deles, chamado Ágabo, dava a entender, pelo Espírito, que haveria uma grande fome em todo o mundo. Essa fome veio nos dias do imperador Cláudio. Os discípulos, cada um conforme as suas posses, resolveram mandar uma ajuda aos irmãos que moravam na Judéia.” – Atos 11:28-29

Finalmente a razão da oferta na igreja é exatamente a redução da desigualdade social no meio do povo de Deus.

“Não se trata de fazer com que os outros tenham alívio e vocês tenham sobrecarga, mas para que haja igualdade. Neste momento, a abundância que vocês têm supre a necessidade deles, para que a abundância deles venha a suprir a necessidade que vocês vierem a ter. Assim, haverá igualdade.” – 2 Coríntios 8:13-14

Claro que nunca haverá igualdade social absoluta no meio da igreja. Porém, no povo de Deus jamais deve ser tolerado uma desigualdade tamanha onde irmãos passam fome e outros vivem em grande abundância. 

Uma vez eu disse no início de um culto dominical: “Se hoje você ainda não tomou café porque acordou atrasado e acabou não dando tempo, o problema é seu. Porém, se isto aconteceu porque não tinha o que comer, o problema é nosso, corpo de Cristo, família de Deus”.

Portanto, para Deus uma pessoa, uma igreja e uma sociedade ou nação que valoriza a Sua palavra é aquela que valoriza as pessoas, especialmente as mais pobres e vulneráveis. Algo tão presente nos escritos sagrados como vemos hoje na leitura do livro de Ezequiel.

“A religião pura e sem mácula para com o nosso Deus e Pai é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas aflições e guardar-se incontaminado do mundo.” – Tiago 1:27



A COTA DE MISERICÓRDIA. SEMPRE NECESSÁRIA! – O EVANGELHO DE LUCAS

A COTA DE MISERICÓRDIA. SEMPRE NECESSÁRIA!

“Não julguem e vocês não serão julgados; não condenem e vocês não serão condenados; perdoem e serão perdoados; deem e lhes será dado; boa medida, prensada, sacudida e transbordante será dada a vocês; porque com a medida com que tiverem medido vocês serão medidos também.” – Lucas 6:37-38

Aqui Jesus não condena o bom discernimento entre o bem e o mal, mas a tendência que temos de ver o pior nas pessoas.

Este texto é a aplicação dos textos anteriores:

“Façam aos outros o mesmo que vocês querem que eles façam a vocês.” – Lucas 6:31

“Sejam misericordiosos, como também é misericordioso o Pai de vocês.” – Lucas 6:36

Às vezes cometemos certos erros sem querer e estamos tão arrependidos, ou o fizemos dentro de um contexto que somente Deus sabe o que nos levou aquilo e gostaríamos de ser compreendidos naquele nosso momento de fraqueza, mas o que encontramos são palavras de condenação, olhar desaprovador ou meneios de cabeça.

Fico imaginando quando Pedro caiu em si após ter negado Jesus, o sentimento de culpa, arrependimento e a tristeza. Gosto de um acontecimento que somente Lucas nos conta:

“Então, o Senhor voltou-se e fixou os olhos em Pedro. E Pedro se lembrou da palavra do Senhor, como lhe tinha dito: ‘Hoje, antes que o galo cante, você me negará três vezes.” – Lucas 22:61

Que olhar Jesus lançou para Pedro naquele momento de queda de seu fiel, mas também arrogante apóstolo? De reprovação? De condenação? Provavelmente não. Acredito que de compreensão e esperando que Pedro se lembrasse de suas palavras:

“Simão, Simão, eis que Satanás pediu para peneirar vocês como trigo! Eu, porém, orei por você, para que a sua fé não desfaleça. E você, quando voltar para mim, fortaleça os seus irmãos.” – Lucas 22:31-32

Somente Deus conhece de forma integral os “bastidores de nossa vida”, o que nos levou a cair ou ter aquela atitude indevida. Por isso esse ensino para que não julguem, não condenamos, mas estejamos sempre prontos para perdoar, as 70 x 7 de Mateus 18:21-22 ou as 7 vezes por dia ensinadas nesse evangelho (17:3-4).

A ilustração que Jesus deixa é que precisamos ter sempre uma cota de misericórdia e perdão para os outros. Ele nos ensina através da maneira como devemos encher um recipiente de grãos.

Imaginemos um copo que vamos encher de grãos de feijão. Começamos enchendo até a boca, isto é, a chamada boa medida. Lembro no interior quando fazíamos um pedido: “enche essa garrafa de grãos de arroz em boa medida”, isto é, até a boca. 

Voltando ao exemplo do copo, a ideia é preencher todos os espaços, como também da garrafa. Alguém pode dizer: “pronto, está cheio”. Não, há mais espaço, vamos cobrir a boca do copo ou da garrafa e sacudi-los com violência, várias vezes. Pronto! Aparecerão novos espaços que poderemos preencher com mais grãos, até a boca. Está bom? Ainda não, que tal mais uma sacudida forte? Na realidade, poderemos sacudir e preencher com grão mais duas ou três vezes, até não haver mais espaço para novos grãos, mesmo após a última sacudida. 

Este texto é utilizado pelos religiosos para incentivar seus seguidores a ofertarem. Mas o contexto aqui fala na misericórdia que devemos ter para com todos, “boa medida, prensada, sacudida e transbordante”. Por isso, há textos que nos ensinam sobre o que devemos pensar dos outros. 

“Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o pensamento de vocês.” – Filipenses 4:8 

Por que tomar a atitude do outro sempre da pior maneira possível? Por que pensar que a pessoa quis o nosso mal ou teve aquela atitude com a pior intenção? Por que pensar naquela palavra que a pessoa nos disse sempre do lado mais negativo? E ficar sofrendo, “curtindo” uma mágoa ou ressentimento que só irá nos fazer mal.

Vejamos ainda outro texto que falam sobre a motivação de quem ama:

“O amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.” – 1 Coríntios 13:7

Vejamos este texto na versão NBV:

“O amor tudo sofre, sempre crê, sempre espera o melhor, tudo suporta”.

Pensemos: não é esta atitude que esperamos das pessoas quando falhamos? Que elas continuem acreditando em nós, que caímos, mas podemos nos levantar? Que aquilo não é o fim? Por que não a ter com aqueles que falham conosco?

Só o Senhor Jesus mesmo, com seu ensinamento tão sábio, nos ensina a viver de uma forma mais leve, deixando o julgamento final nas mãos de Deus, perdoando e acreditando no melhor das pessoas.

Desta maneira viveremos melhor, leves e muitos dos nossos problemas físicos como gastrite, úlcera e até mesmo certos tipos de cânceres, serão prevenidos. 

E desta forma nos parecermos cada vez mais com o nosso Amado Pai celestial.



JESUS DISSE: “JOGUE A REDE.”

JESUS DISSE: “JOGUE A REDE.”

“Leve o barco para o lugar mais fundo do lago e então lancem as redes de vocês para pescar. Em resposta, Simão disse: Mestre, havendo trabalhado toda a noite, nada apanhamos; mas, sob esta sua palavra, lançarei as redes.” – Lucas 4:4b-5

 Não sei e não gosto de pescar. Não tenho paciência de ficar às vezes horas na frente de um rio ou lago, com o anzol e voltar para casa sem nada. Minha ansiedade por resultados faz da pescaria não um relaxante, mas um momento de ansiedade e angústia.

Mesmo não sabendo pescar imagino a frustração de Pedro e seus companheiros após tentarem pescar a noite inteira e nada pegarem.

Porém, Jesus disse a ele: “Jogue na parte mais funda do lago”. Ele deve ter pensado: “joguei várias vezes”. Mas, mesmo assim obedeceu. E que resultados colheu!

Mesmo não gostando de pescar, desde que nasci de novo, entendi a ordem de Jesus: “De agora em diante você será pescador de gente”. E há 3 décadas tenho procurado obedecer a essa ordem de Jesus.

Se quiserem conhecer um pouco da minha história de pescador de gente, sugiro que assistam aos vídeos “Gentileza para ser pescador de gente” e “Alegrias e tristezas de um evangelizador” no canal da igreja de Cristo nos Pimentas. Ali você conhecerá as grandes alegrias que tive, mas também frustrações que vivi ao tentar compartilhar o evangelho.

Da mesma maneira que na pesca de peixes, na pesca de gente quero ter resultados rápidos e bem visíveis. Mas não é assim que funciona: diferente dos peixes, as pessoas têm suas vontades, seus momentos e exige do evangelizador muita paciência. Confesso com tristeza que já perdi peixes-pessoas por pura impaciência minha, por insistir quando não devia, por falar no momento errado, por não suportar as manias dos “peixes”.

Claro que já tive enormes alegrias. Mesmo eu atrapalhando. E todo evangelizador atrapalha também: suas próprias manias, seus pecados, sua vulnerabilidade e limitação. Mesmo assim posso dizer que já estudei a Bíblia com dezenas e dezenas de pessoas e destas, ouvi algumas dezenas dizerem: “Valdir, entendi o evangelho, quero ser batizado”. Fora aqueles que apenas fiz parte da linha de produção de Deus na busca do perdido: “eu plantei, Apolo regou, mas é Deus quem dá o crescimento” (1 Coríntios 3:6). 

Sim, quem disse que eu sou o responsável por criar o contato, convidar, ensinar a Bíblia, batizar e edificar? Muitas vezes outros colhem o que eu plantei, como eu já colhi o que outros plantaram (João 4:37-38). É para que a glória seja somente de Jesus. E quem disse que o batizador merece todos os aplausos. Na verdade, o aplauso é de Deus, que reparte com todos aqueles que participaram na salvação de um pecador arrependido em sua linha de produção.

Por isso, mesmo não gostando e não tendo paciência para pescar, continuo jogando a isca, tentando ser modelo de imitador de Jesus, ser como uma mãe para seus filhos (1 Tessalonicenses 2:7), tudo fazendo por causa do evangelho (1 Coríntios 9:23), aceitando rejeição, críticas, engolindo abusos que um evangelizador às vezes sofre.

Tudo por amor a Jesus, tudo por casa do crescimento do reino e acima de tudo, porque Jesus disse. E, como fez Pedro, se Jesus disse, humildemente como discípulo, eu apenas obedeço. 

A Base de Lares Felizes e Fortes 4 – Ter o Fruto do Espírito Santo

Este é o quarto artigo da série: “A Base de Lares Felizes e Fortes“. Se você não leu o artigo anterior, CLIQUE AQUI para ler.

E finalmente, para termos famílias fortes e felizes, precisamos ter o fruto do Espírito Santo. Eu mencionei no início e acredito com todo o meu coração, todo mundo deseja um lar feliz.

Você vai a Singapura, os chineses lá desejam um lar feliz. Você vai à República Checa, onde está minha filha com o marido como missionários; os checos anseiam por lares felizes. Vai à Alemanha, desejam lares felizes.

Mas o que é um lar feliz? Eu acho que um lar feliz é um lar onde existe amor. Não acha? Eu acho que é onde existe alegria. Sou muito grato a Deus por ter uma esposa feliz e alegre.

Posso chegar em casa deprimido, meio zangado, e ela está feliz, graças a Deus, e ela me faz feliz. Desejamos lares onde existe amor, alegria, paz, longanimidade, paciência, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio.

Onde posso sair de manhã sem me preocupar com o que minha mulher vai fazer enquanto estou fora de casa. E onde posso pegar um avião ontem à noite, vir para cá e ficar fora vários dias, e minha mulher não se preocupa com o que vou fazer enquanto estou longe?

Porque ela pratica o domínio próprio e eu também pratico.

Agora, se eu pudesse garantir que você voltasse para o seu lar e encontrasse lá o amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, você não seria o homem mais feliz do mundo?

E sabe onde peguei essas características? Vocês sabem! Em Gálatas:

“Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei.” (Gálatas 5:22, 23)

Acredito que Karl e Paul Faulkner, aqueles dois irmãos que entrevistei, tinham razão. Perguntei o que poderia fazer como pregador para fortalecer os lares na minha congregação. Eles responderam “Pregue o exemplo de Jesus Cristo”.

Hoje, irmão, digo que se desejamos famílias fortes e felizes, precisamos da mentalidade de Jesus, do caráter de Deus e do fruto do Espírito Santo. Que Deus nos conceda lares cada vez mais felizes e fortes.

Todos os artigos desta série você encontra nos links abaixo:
1. A Base de Lares Felizes e Fortes – Introdução
2. A Base de Lares Felizes e Fortes 2
3. A Base de Lares Felizes e Fortes 3
4. A Base de Lares Felizes e Fortes 4 é este artigo que você leu…

Para este artigo, agradeço especialmente ao irmão Nélio Ferreira por disponibilizar o vídeo com esta mensagem.

QUEM É O CRISTÃO AQUI? – O EVANGELHO DE LUCAS

QUEM É O CRISTÃO AQUI?

“Façam aos outros o mesmo que vocês querem que eles façam a vocês. Se vocês amam aqueles que os amam, que recompensa terão? Porque até os pecadores amam aqueles que os amam. Se fizerem o bem aos que lhes fazem o bem, que recompensa terão? Até os pecadores fazem isso.” – Lucas 6:31-33

“Quem é o cristão na história?”, é a pergunta que precisamos fazer nos nossos relacionamentos, especialmente em qualquer crise.

O Senhor Jesus aqui começa citando a chamada “regra de ouro”, que já era conhecida na forma negativa: “não façam aos outros o que você não quer que façam com você”. Que já era revolucionária.

Imagine, então, na forma positiva: “façam aos outros o mesmo que vocês querem que eles façam a vocês”. Essa regra de Jesus, que chamo de princípio de vida, quando aplicada é mais do que revolucionária. Pena que hoje é tão pouco aplicada, até mesmo entre aqueles que se declaram seguidores do Senhor.

Quantas vezes eu já ouvi” ‘sou uma pessoa boa, mas não pise no meu calo que viro bicho”. Jesus diria a alguém assim: “você é normal, como qualquer pessoa, até mesmo a pior pessoa, que faz o bem àqueles que ama, mas não leva desaforo para casa com os seus desafetos”.

Por isso, chamo hoje para essa reflexão: lá no trabalho todos ou quase todos fazem “corpo mole”, mas, quem é o discípulo de Cristo lá? Em casa é uma gritaria e falta de respeito, mas, quem é o cristão? Às vezes, apenas eu e você que está lendo essas reflexões.

Haverá muitas situações em que naquele grupo seremos os únicos representantes de Jesus. Faremos igual os outros, teremos o mesmo comportamento e atitude ou mostraremos, através de nossas atitudes, que seguimos a Cristo?

E mesmo entre seguidores de Jesus, a pergunta pode ser: “quem é o mais maduro aqui, que tem mais anos de estrada seguindo os passos de Jesus?

“Porque para isto mesmo vocês foram chamados, pois também Cristo sofreu no lugar de vocês, deixando exemplo para que vocês sigam os seus passos.” – 1 Pedro 2:21

Às vezes marido e mulher são discípulos do Senhor. Mas o marido é recém-convertido e a mulher tem anos de vida cristã. Logo, a responsabilidade por dar o “tom espiritual” em casa é dela. Podem pais e filhos serem convertidos, mas os pais acabaram de ser ganhos para Cristo. Logo o “clima de espiritualidade” em casa cabe aos filhos. 

O maior exemplo de maturidade espiritual é não devolver na mesma moeda, pensar antes de responder, às vezes manter-se calado ou devolver ofensa com bênção.

Desta maneira não seremos apenas filhos de Deus, mas agiremos como tais:

“Vocês terão uma grande recompensa e serão filhos do Altíssimo. Pois ele é bondoso até para os ingratos e maus.” – Lucas 6:35b

Vamos viver mais este dia seguindo os passos de nosso Mestre?