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O Rei Que Cobiçou O Que Não Podia Ter

“No vigésimo sétimo ano do reinado de Jeroboão, rei de Israel, Azarias, filho de Amazias, rei de Judá, começou a reinar.” – 2 Reis 15:1

“Ele fez o que era reto aos olhos do Senhor, segundo tudo o que Amazias, seu pai, havia feito.” – 2 Reis 15:3

“O Senhor feriu o rei, e ele ficou leproso até o dia da sua morte e morava numa casa separada. Jotão, filho do rei, era responsável pelo palácio e governava o povo da terra.” – 2 Reis 15:5

O texto bíblico relata sobre o rei Azarias, também conhecido como Uzias, no livro de 2 Crônicas 26:16-23 e Isaías. À título de curiosidade, foi no ano da morte desse rei que o profeta teve a sua famosa visão com o Senhor e foi chamado para seu ministério profético (Isaías 6:1).

Apesar de ter sido um bom rei, Amazias pagou um alto preço por causa de seu orgulho e seu ato impensado. O texto de Crônica diz que ele ficou poderoso e esse poder subiu-lhe a cabeça e seu coração se exaltou para sua própria ruína. Ele não contentou-se apenas em ser rei de Judá, mas quis também ser sacerdote e, por isso, entrou no templo para queimar incenso. Advertido pelos sacerdotes, ao invés de humildemente aceitar a repreensão, o texto sagrado informa que ele ficou indignado e nesse momento a lepra saiu de sua testa. Desta forma, um rei que começou tão bem, por causa de sua soberba, terminou mal, afastado de todos, enquanto seu filho reinava em seu lugar como regente. Imagino o arrependimento e a tristeza de Amazias durante os anos que passou afastado de todos, o quanto ele desejou poder voltar atrás no seu ato impensado.

Este acontecimento pode nos trazer várias lições. A primeira delas, obviamente, é o nosso problema com poder, fama e autoridade. Qualquer coisa que ganham já é motivo da maioria dos seres humanos ficarem soberbos, acharem-se melhores que os outros. E, com a soberba, vêm as decisões erradas. Costumo dizer que Deus sempre precisa me deixar na “rédea curta” para que eu não faça bobagens impensadas.

A segunda lição é a necessidade de pensarmos antes de tomar decisões, pois uma decisão sem uma reflexão séria, sem consulta à Palavra de Deus e irmãos mais maduros podem trazer consequências que poderão durar até mesmo pela vida inteira.

A terceira lição é, quando repreendidos, vamos ouvir o que a pessoa que teve a coragem de nos confrontar está dizendo. No mínimo, precisamos ouvir e refletir. Ninguém gosta de ser repreendido, eu não gosto, mas a repreensão, quase sempre, tem verdades contidas, até mesmo as feitas por quem deseja apenas nos ferir emocionalmente. A própria Palavra de Deus tem como uma das funções nos repreender e corrigir (2 Timóteo 3:16-17).

Finalmente, a quarta lição é nos contentar com aquilo que Deus nos dá. A inveja, a cobiça e a ambição podem ser fatais. Deus tinha dado o reino para Amazias. Por que ele quis usurpar a função de sacerdote, que o Senhor não tinha reservado para ele? Não estou dizendo que não devemo almejar voos maiores na vida. Sim, podemos, mas, primeiro, devemos ver se é para nós, se conta com a aprovação de Deus. Gosto muito das palavras de João Batista nesse sentido:

“João respondeu: — Ninguém pode receber coisa alguma se não lhe for dada do céu.” – João 3:27

Que estas lições da Palavra de Deus nos tornem pessoas mais humildes, dependentes dele e, especialmente, sabendo que tudo o que somos, temos, seremos e teremos vêm do Senhor e Ele deve sempre ser glorificado por tudo de bom que venhamos a fazer.

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