“Pareceu-me bem tornar conhecidos os sinais e as maravilhas que Deus, o Altíssimo, tem feito para comigo.” “Como são grandes os seus sinais, e como são poderosas as suas maravilhas! O seu reino é um reino eterno, e o seu domínio se estende de geração em geração.” – Daniel 4:2-3
“O senhor será expulso do meio das pessoas, e a sua morada será com os animais selvagens; o senhor comerá capim como os bois, e será molhado pelo orvalho do céu; e passarão sete tempos, até que o senhor, ó rei, reconheça que o Altíssimo tem domínio sobre os reinos do mundo e os dá a quem ele quer.” – Daniel 4:25
“Portanto, ó rei, aceite o meu conselho: abandone os seus pecados, praticando a justiça, e acabe com as suas iniquidades, usando de misericórdia para com os pobres; assim talvez a sua tranquilidade se prolongue.” – Daniel 4:27
“O rei disse: — Não é esta a grande Babilônia que eu construí para a casa real, com o meu grandioso poder e para glória da minha majestade?” – Daniel 4:30
“Agora eu, Nabucodonosor, louvo, engrandeço e glorifico o Rei do céu, porque todas as suas obras são verdadeiras, e os seus caminhos são justos. Ele tem poder para humilhar os orgulhosos.” – Daniel 4:37
A experiência de Nabucodonosor, soberano da Babilônia, é tocante e me faz lembrar do que o Senhor Jesus disse ao endemoniado gadareno:
“Vá para a sua casa, para os seus parentes, e conte-lhes tudo o que o Senhor fez por você e como teve compaixão de você.” – Marcos 5:19
A experiência do rei da Babilônia é bem semelhante à vivida pela maioria de nós antes de nos rendermos ao poder de Deus.
Primeiro, alguém nos fala do evangelho, sobre a importância do mais cedo possível nos rendermos ao senhorio de Jesus, que viver do jeito de Deus é o melhor caminho. Como fez Daniel com o monarca babilônico.
Quase sempre, como Nabucodonosor, concordamos, até elogiamos Deus e seu mensageiro, mas, também quase sempre, continuamos a viver do nosso jeito, rejeitando o jeito de Deus.
A consequência são sofrimentos por decisões erradas tomadas. Mesmo aconselhado por Daniel, o rei continuou a viver na sua vida, nos seus pecados e no caso de Nabucodonosor, parece que orgulho, a soberba, foram seus grandes dominadores.
Finalmente, depois de muito chafurdar na lama do pecado, de estarmos entre os porcos nos vícios dos pecados que nos dominam, reconhecemos a Jesus como aquele que veio nos salvar dos pecados, enfim, nossa mente se enche da luz do evangelho e no poder do Espírito Santo, abandonamos o pecado.
Para isso, precisamos ser pobres de espírito, como ensinado por Jesus no evangelho (Mateus 5:3) e chorarmos as nossas mazelas espirituais (Mateus 5:4), confessando Jesus como Senhor e reconhecendo que o jeito dele é o que nos traz a verdadeira felicidade.
Só assim, seremos produtivos e trabalháveis nas mãos de Deus e nosso desejo será compartilhar os feitos de Deus em nossa vida, como fez o rei da Babilônia. A impressão que me passa é que a dificuldade que muitos têm em dedicar suas vidas no compartilhar a mensagem de Cristo é a falta de reconhecimento de onde o Senhor os tirou ou encarar o seguir a Jesus como apenas um ato religioso.
A pessoa verdadeiramente convertida vai abandonando os seus pecados e desejando ser, cada vez mais, um instrumento nas mãos de Deus, como aconteceu com Nabucodonosor e outro orgulhoso nos tempos do Novo Testamento, Saulo de Tarso, depois apóstolo Paulo.
“Porque, se enlouquecemos, é para Deus, e, se conservamos o juízo, é para vocês. Pois o amor de Cristo nos domina, porque reconhecemos isto: um morreu por todos; logo, todos morreram.
E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou.” – 2 Coríntios 5:13-15
Finalmente, alguns, mesmo depois de estarem no evangelho, continuam orgulhosos e precisam, de novo, serem disciplinados e corrigidos por Deus, pois, como o filho perdido, volta ao lamaçal do pecado (2 Pedro 2:20-22).
Que este último acontecimento jamais ocorra comigo e com você, discípulo de Jesus, que lê esse artigo. E se já aconteceu, hoje é dia de dar um passo em direção à casa do Pai celestial, como humildemente fez Nabucodonosor e o filho perdido (Lucas 15:20).