Algoritmo, Mídia Social e Isolamento

Será que a personalização dos motores de busca e das redes sociais estão segregando a cultura e informação, me deixando pobre de ferramentas sociais para lidar com aqueles que me rodeiam?
É necessário parar e retomar velhos e saudáveis hábitos de conversar com pessoas queridas numa mesa com café, passar um tempo em casa como se não existisse tecnologia, evitar o uso de smartphones na hora das refeições e vigiar para que minhas energias sejam aproveitadas com o que temos de mais rico e interessante: A HUMANIDADE.
A necessidade de buscar o contato com a humanidade tem um peso mais significativo ainda para aqueles que dizem ser CRISTÃOS, seguidores de um Jesus que tocou, abraçou, andou com pessoas, comeu com eles, visitou, chorou a perda de um amigo, consolou viúvas, se convidou para estar na casa deles. Não imagino Jesus escrevendo a oração do “Pai Nosso” e mandando pelo WhatsApp como corrente para alcançar o maior número de pessoas. Não consigo entender porque escuto cristãos se deixando sentir solidão, postando na “linha do tempo” declarações de isolamento, quando o chamado de Jesus é o oposto de ser sozinho.
Os cristãos na igreja primitiva estavam JUNTOS e TINHAM TUDO EM COMUM. Como quero ter algo em comum com a irmandade, se escolho verificar minuto a minuto o que meu smartphone tem a me dizer e, durante o dia nem priorizo a leitura do Manual do Cristão, a Carta de Amor de Deus para nós – A Bíblia? Quanto tempo dedico na internet para ler textos edificantes, baseados na sã doutrina, ou testemunhos válidos da irmandade? Quanto tempo dedico olhando no olho de irmãos, visitando, me importando de verdade com a caminhada de fé daqueles que congregam comigo?
As mídias sociais podem servir como ferramentas válidas para o ensino da Palavra, para difundir a mensagem do Evangelho, para aproximar irmãos de todos os lugares do mundo! Mas, de maneira nenhuma, pode substituir o… “MANTINHAM-SE UNIDOS”.

“Todos os que criam mantinham-se unidos e tinham tudo em comum”. (Atos 2:44)

A máquina não supre a necessidade do toque afetuoso; os emoticons não substituem as expressões de empatia, de afeto, de ânimo; a figurinha ou o vídeo emocionante não consolam os que estão de luto; a quantidade de “amigos” no Face e os “likes” não indicam que alguém é bem relacionado.

“Quanto ao amor fraternal, não precisamos escrever-lhes, pois vocês mesmos já foram ensinados por Deus a se amarem uns aos outros”. (1Tessalonicenses 4:9)

Estejamos atentos e vigilantes, amados irmãos, para continuarmos buscando ardentemente a união calorosa e a prática do amor, que é o chamado de Jesus para nós aqui nesta terra. Não há forma mais eficaz de espalhar a mensagem da Salvação do que praticando o Amor.