“E todos choravam e a pranteavam. Mas Jesus disse: — Não chorem; ela não está morta, mas dorme. E riam-se dele, porque sabiam que ela estava morta. Mas Jesus, tomando-a pela mão, disse em voz alta: — Menina, levante-se!” – Lucas 8:52-54

Não gosto de ir em velórios e sepultamentos. Mas, quem gosta? O mais complicado são as palavras que devem ser ditas. Às vezes gafes e deslizes são cometidos com as palavras. Os piores, em minha opinião, são os velhos chavões: “Foi da vontade de Deus”, “Deus sabe o que faz”, entre outros.

No entanto, faço questão de ir em velórios, mesmo naqueles de pessoas com quem não tinha tanta intimidade nem com seus parentes. Depois de sepultar meu pai, que contou com a presença de vários amigos e irmãos, e da minha mãe, em Goiás, apenas eu e meus irmãos, além de umas poucas pessoas, percebi ainda mais a importância apenas da presença, mesmo que sem as palavras mais adequadas.

Imagine, então, dizer, logo após a morte de alguém: “Não chorem; ela não está morta, mas dorme”. Creio que além das risadas de escárnio e talvez de certa compreensão com o desejo do Mestre, houve alguns que devem tê-lo censurado por dizer aquilo, mesmo que tenha sido interiormente.

Quantas vezes, no velório de alguém querido, olhando para a pessoa ali morta, lembrei desse episódio e daquele contado na ressurreição de Lázaro. Que desejo de dizer: “Pai, mãe, levante-se!”, Mas sabia que não tinha nenhum poder para isso e, se falasse, sofreria o mesmo que Jesus sofreu: zombaria, censura e com certeza alguns compreenderiam o meu desejo ali. Porém, não iria além.

Mas tanto Lázaro como a filha de Jairo estavam diante do Senhor do Universo, aquele que afirmou de si próprio: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá.” – João 11:25

Ambos ouviram “Levante-se” e de forma extraordinária (como entender um morto de 4 dias, em estado de putrefação, ter a pele recomposto e reviver), levantaram-se.

É bom estar do lado de quem tem autoridade e o Senhor Jesus tem autoridade sobre a morte. E Ele próprio quem afirma:

“Não fiquem maravilhados com isso, porque vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a voz dele e sairão” – João 5:28

Lázaro e a filha de Jairo ressuscitaram, mas, em determinado momento voltaram a morrer. Fico imaginando os dois, no leito de morte, lembrando-se da experiência passada por Jesus anos antes. Um dia, como eles, ouviremos a voz de Jesus: “Levantem-se”.

E meu desejo é que, neste dia, estejamos do lado certo, de quem tem autoridade para nos levar para o céu ou permitir que passemos a eternidade no inferno.

“Os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo.” – João 5:29

É muito ruim ir a velórios e sepultamentos. Nunca estamos preparados para a morte porque não fomos criados para passar por essa experiência terrível.

Mas eu e desejo que você que lê esta reflexão, que crê em Jesus a ponto de decidir obedecê-lo, caso passemos por esta experiência, tenhamos a certeza, não é o fim e, como Paulo, até podemos zombar dela:

“Onde está, ó morte, a sua vitória? Onde está, ó morte, o seu aguilhão?” – 1 Coríntios 15:55.