“Mas eu, no primeiro ano de Dario, o medo, me levantei para o fortalecer e animar.” – Daniel 11:1
“Armará as suas tendas palacianas entre o mar e o glorioso monte santo. Mas chegará ao seu fim, e não haverá quem o socorra.” – Daniel 11:45
No texto de hoje voltamos ao ano 539 A.C., data importante, pois dali a 1 ano, Ciro decretará a volta dos judeus para casa, encerrando o exílio de 70 anos.
No capítulo 10 vemos a oração de Daniel, pedindo que Deus tenha misericórdia de seu povo e cumpra o que tinha predito através do profeta Jeremias.
O texto de hoje é bem complexo, muitas controvérsias são levantadas pelos estudiosos sobre a qual período se refere. Deste lado da cruz, estudando os reinos que sucederam o império persa, os gregos e seu diversos reis, começando com Filipe da Macedônia e depois os romanos, dá para concluir que Daniel fala de tempos que antecederam o nascimento de Jesus, o Salvador do mundo. E também como o povo de Deus seria perseguido, com algum refrigério entre uma perseguição e outra.
Os incrédulos ficam admirados como Daniel pode ter predito acontecimentos que ocorreriam até 5 séculos depois, pois o capítulo parece prever até mesmo a revolta dos Macabeus em 165 A.C. e a conquista do povo de Deus pelo general romano Pompeu em 63 A.C. Muito dessa história é contada pelos livros apócrifos 1 e 2 Macabeus.
Como disse no início do texto, os incrédulos ficam maravilhados com profecias realizadas tanto tempo antes do seu cumprimento e por isso afirmam que Daniel foi escrito muito tempo depois do acontecimento. Isto, porém, não acontece com quem acredita não somente nas Escrituras, mas no poder do autor das Escrituras, o Senhor dos Exércitos (Marcos 12:24).
Ler os livros dos profetas que viveram a realidade do exílio (Jeremias, Ezequiel e Daniel) foi bem oportuno no momento em que vivemos no Brasil, com eleições próximas (estamos há 5 dias delas) com as pessoas temerosas sobre o futuro do país, em especial da igreja de Deus brasileira.
Os livros escritos no período do exílio me dão a certeza de que Deus reina, seu governo é soberano e Ele, sim, tem o controle sobre a história do seu povo. Sim, existem governos que são mais hostis ao povo de Deus do que outros, como foram alguns governantes no período grego, o principal deles, Antíoco Epifânio IV. Mas mesmos esses reis cruéis são controlados por Deus. O povo do Senhor pode até sofrer nas mãos desses governantes, como aconteceu com os judeus no período do governante citado, quando o templo foi profanado e muitos judeus mortos.
Porém, como mencionado no segundo versículo, o tempo de cada governo humano terá fim. Mas não o do governante Supremo, o Senhor dos Exércitos, Deus de Israel no Velho Testamento e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo no Novo.
Portanto, quase no fim da leitura de Daniel, o texto de hoje reforçou em mim uma certeza: o Senhor reina sobre tudo e sobre todos, pode até permitir em determinados momentos o sofrimento do seu povo, mas, no tempo oportuno, no tempo dele, se levantará e salvará o seu povo.
“Porque eu sei que o meu Redentor vive e por fim se levantará sobre a terra.” – Jó 19:25
Que esta realidade produza no seu coração a mesma paz que tem produzido no meu.
