“E aconteceu que, enquanto ele orava, a aparência do seu rosto se transfigurou e a roupa dele ficou de um branco brilhante.
E eis que dois homens falavam com ele: eram Moisés e Elias,
que apareceram em glória e falavam da morte de Jesus, que ele estava para cumprir em Jerusalém. Pedro e seus companheiros estavam caindo de sono; mas, conservando-se acordados, viram a glória de Jesus e os dois homens que estavam com ele.” – Lucas 9:29-32
A transfiguração de Jesus é a resposta dada pelo próprio Deus Pai à pergunta: “Quem é Jesus?”
O povo dizia que Ele era um profeta, Pedro respondeu corretamente que o Cristo, Filho de Deus vivo. No entanto, sua resposta estava incompleta porque o apóstolo tinha uma ideia errada do que seria o Cristo. O assunto tratado por Jesus com Moisés e Elias mostra que Jesus ser o Cristo significava padecer na cruz por toda a humanidade.
É um desses acontecimentos extraordinários, que somente Deus pode fazer. Como duas pessoas, uma que havia partido há cerca de 1400 anos de uma forma misteriosa, Moisés, sepultado pelo próprio Deus (Deuteronômio 34:5-6). Outra que não passou pela morte, mas, aproximadamente 900 anos antes havia sido transladado direto para o céu, Elias (2 Reis 2:11). Ambos agora aparecem junto com Jesus, estando o Mestre de uma forma gloriosa.
Foi um acontecimento que marcou os participantes Pedro, Tiago e João. Tiago morreu logo no começo da igreja (Atos 12:1-2). Mas João, pode estar pensando nesse acontecimento quando falou:
“E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai.” – João 1:14
Na realidade, todos os apóstolos viram a glória de Deus, mas somente esses três presenciaram este acontecimento sobrenatural. No final de sua vida Pedro também comentário o ocorrido:
“Porque ele recebeu honra e glória da parte de Deus Pai, quando, pela Suprema Glória, lhe foi enviada a seguinte voz: “Este é o meu Filho amado, em quem me agrado.” Ora, nós ouvimos esta voz vinda do céu quando estávamos com ele no monte santo.” – 2 Pedro 1:17-18
Conhecer a glória de Jesus e saber que antes de sermos glorificados, seremos provados e poderemos passar até pela morte por nossa fé no Mestre foi o que motivou Pedro, segundo a história eclesiástica, morrer crucificado de cabeça para baixo e João ser exilado na ilha de Patmos.
Todos os apóstolos tiveram o privilégio de estar com Jesus. Mas somente alguns, em especial Pedro, Tiago e João viveram experiências ímpares. Qual a razão? Penso que seu apego ao Mestre fez com que Jesus também se aproximasse mais deles. Eles faziam questão de viver à sombra do Onipotente (Salmo 91:1).
Todos nós temos acesso a Deus através da Palavra (para conhecer a vontade dele) e da oração (para falar com Ele). Porém, alguns, por privilegiarem estar com o Mestre mais vezes, terão experiências que outros que, por estarem mais distantes do Senhor nos seus afazeres, não terão.
Todos os discípulos fiéis de Jesus viverão a realidade de estar nas regiões celestiais quando o Senhor voltar. Outros já experimentaram parte dessa realidade enquanto viviam.
“O que eu quero é conhecer Cristo e o poder da sua ressurreição, tomar parte nos seus sofrimentos e me tornar como ele na sua morte.” – Filipenses 3:10
“Se a morte reinou pela ofensa de um e por meio de um só, muito mais os que recebem a abundância da graça e o dom da justiça reinarão em vida por meio de um só, a saber, Jesus Cristo.” – Romanos 5:17
Permitindo a Deus, na próxima reflexão, falarei um pouco mais sobre esse episódio na vida de Jesus e seus 3 apóstolos.
