“E Jesus, pegando os cinco pães e os dois peixes, erguendo os olhos para o céu, os abençoou, partiu e deu aos discípulos para que os distribuíssem entre o povo. Todos comeram e se fartaram; e dos pedaços que sobraram foram recolhidos doze cestos.” – Lucas 9:16-17
Você acredita em milagres nos dias de hoje? Eu acredito, porque já presenciei vários.
Claro que os milagres de Jesus são extraordinários. Fico pensando referente ao milagre de hoje, o Senhor abençoando cinco pães e dois peixes, em seguida ordenando aos discípulos que os distribuíssem entre as cerca de 10 mil pessoas (somente homens eram 5 mil).
Creio que eles obedeceram reticentes, pensando como aquilo seria suficiente para alimentar tanta gente. Aí veio o milagre registrado por Lucas e, além de alimentar aquela multidão, ainda recolheram 12 cestos de pães (um para cada apóstolo) do que sobrou. Não é de estranhar que, ao perceberem isso, o povo pensou em ter Jesus como um líder político, conforme relatado no texto paralelo de João.
“Jesus ficou sabendo que estavam para vir com a intenção de fazê-lo rei à força. Então ele se retirou outra vez, sozinho, para o monte.” – João 6:15
Esse milagre de Jesus é, sim, notável e acredito que não acontece hoje em dia nessa proporção. No entanto, quando digo que acredito em milagres (não nos dons sobrenaturais que ficaram no primeiro século após a morte dos apóstolos), mas no agir de Deus no dia a dia que, se tivéssemos um escritor inspirado como Lucas, seria interpretado como um milagre.
Gosto do que ouvi de um amigo e, olha que não cristão: “Quando a situação fica desesperadora e não temos mais esperança nenhuma, é aí que Deus age e realiza milagres”. Concordo.
Como foi que aqueles pães começaram a se multiplicar? Dá para explicar? A resposta é não, apenas podemos crer.
É o que acontece nos milagres nos dias de hoje. Como explicar orar a Deus pedindo dinheiro extra além do salário e algum tempo depois ter liberado um valor que há anos estava preso? Sim, aconteceu comigo, o valor que era liberado anualmente 5 dias por ano, de repente, começou a liberar 12 dias por mês. Quero repetir a frase de um irmão, Timóteo, participante do Enoc de 1989 que disse a respeito de milagres nos dias de hoje: “Por que não dar glória a Deus por isso?”
Acredito que, neste caso, se houvesse um escritor bíblico inspirado, ele diria:
“Naqueles dias, após a oração de Valdir, a ordem saiu do céu e o presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, movido pela vontade divina, resolveu liberar valores para os servidores, até então retidos”. O ateu diz: “foi uma coincidência”, a pessoa de fé diz: “foi um milagre”. Pois orei diariamente, por 90 dias, por aquela causa.
Nessas minhas mais de três décadas seguindo a Jesus, após orar ou ver o povo de Deus orar eu já vi doentes desenganados pelos médicos se levantarem, casamentos serem restaurados, pessoas de coração duro se renderam ao Senhor Jesus, criança prematura, nascida com menos de 7 meses de gestação, hoje ser um jovem forte de 15 anos. Repetindo Timóteo: “por que não dar glória a Deus por isso?”
Olhe um milagre que vejo todo mês aqui em casa:
“Porque assim diz o Senhor, Deus de Israel: ‘A farinha da panela não acabará, e o azeite do jarro não faltará, até o dia em que o Senhor fizer chover sobre a terra.'” – 1 Reis 17:14
Sim, todos os meses, a dispensa de casa vai diminuindo. Mas todos os meses, graças ao trabalho que o Senhor nunca deixou que me faltasse, no quarto dia útil, ela está novamente cheia. Por que não dar glória a Deus por isso?
O povo do milagre de hoje queria fazer de Jesus seu rei político. Graças a Deus, eu e você que segue a esse maravilhoso Senhor, fazemos parte do reino de Deus e fizemos de Jesus o rei de nossas vidas. Da maneira correta, não como o povo queria, apenas um rei humano de um reino físico.
Eu acredito em milagres porque sirvo a Ele, o Senhor, o Deus dos impossíveis. Como relatado hoje na história de Jesus, milagres são inexplicáveis. E quando queremos explicá-los podemos nos tornar como ateus e pensar: “foi coincidência”.