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Gentileza Para Ser um Pescador de Gente

“Então Jesus disse a Simão: – Não tenha medo! De agora em diante você será pescador de gente.” – Lucas 5:10b

A maioria de nossas Bíblias intitula os primeiros versículos de Lucas 5 como a “A Pesca maravilhosa”. Depois de passarem a noite sem conseguir pescar, Pedro, Tiago e João recebem a visita do ainda desconhecido carpinteiro nazareno Jesus, que incentiva Pedro a levá-lo para o meio do mar da Galileia e dali lançar sua rede. Pedro parece não confiar muito, mas suas palavras chamam a atenção:

“Mestre, havendo trabalhado toda a noite, nada apanhamos; mas, sob esta tua palavra, lançarei a rede.”

O resultado é como o título diz, uma pesca maravilhosa, com os barcos quase afundando de tanto peixe. Naquele momento, Simão se torna Pedro e passa a ser um pescador não mais de peixes, mas de pessoas para o evangelho, sendo ele o responsável pelas primeira quase 3.000 almas que passaram a fazer parte da igreja 50 dias após a morte de Jesus (Atos 2:47).

O tema do Boletim Amo Jesus deste mês, “Gentileza Cativante”, é muito propício para qualquer pessoa que deseja ser um pescador de pessoas, pois a maioria das pessoas a quem pregamos o evangelho são desconfiadas, ariscas e não entendem a motivação de um pescador de almas, qual seja, ser obediente ao Seu Senhor e ser utilizado por Jesus para buscar e salvar o perdido (Lucas 19:10), condição que a maioria dos “peixes” desconhece (João 3:17-18).

Para começar, um pescador de gente precisa usar mais seu ouvido que sua língua na busca do perdido. As pessoas, a princípio, não querem saber de ler a Bíblia, ouvir nosso testemunho de vida ou algo semelhante. O que elas querem é alguém que as ouça, compreenda seus sofrimentos e lutas. Uma pessoa muito centrada em si, que não gosta de ouvir, que gosta muito de falar de si, que corta no meio o relato das pessoas, vai ter dificuldade em ser um pescador de pessoas.

Além de bom ouvinte, um ganhador de almas também precisa ser paciente para esperar a ação de Deus na vida das pessoas a quem está compartilhando o evangelho. Deve ser paciente para receber um “não” como resposta a um estudo, para alguém que se atrasa ou mesmo na última hora desmarca um estudo da Palavra de Deus. Infelizmente, já perdi alguns peixes ao perder minha paciência e falar a eles algumas boas “verdades”.

Tenho crescido nesta arte, mas reconheço que tenho muito que aprender ainda. E, claro, nossa palavra deve ser, como diria Paulo, temperada com sal (Colossenses 4:6), que edifica (Efésios 4:29), pensada antes de sair da boca, deve ser uma isca suculenta, cheia de graça, para que os “peixes” as saboreie.

Finalmente, o objetivo de um pescador de gente é tornar todas as pessoas que encontra cativas, presas, não às suas palavras ou à sua pessoa, mas levar toda pessoa cativa ao senhorio de Cristo (2 Coríntios 10:4-5). Para que um dia possam dizer: “Sim, Jesus é meu Senhor e Salvador” e depois disso voluntariamente descerem às águas do batismo.

Esta é, neste mundo, a maior alegria de um pescador de gente.

NR.: Artigo publicado originalmente no boletim informativo das Igrejas de Cristo na cidade de Guarulhos, que teve o tema geral “Gentileza Cativante”, abril de 2020.

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