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Louvor Opcional, Adoração Obrigatória

Por causa do confinamento preventivo ao COVID-19 (novo Coronavírus) Com as transmissões ao vivo dos cultos nos lares, muitos que optaram por usar instrumentos musicais no louvor, se viram impossibilitados de continuar com estas práticas (no entanto, a prática de uso de instrumentos musicais voltou a ser inserida nas transmissões on-line posteriormente).

As famílias que optaram por reunirem-se somente no núcleo familiar geralmente não têm um instrumentista, mas todos podem cantar em adoração ao Senhor. Isto não os impediu de adorar a Deus, pois o uso é uma opção inserida pela opinião e não por mandamento. Voltamos, de certo modo, às práticas como no tempo de Jesus nas sinagogas, nos lares e no começo da igreja. Historicamente os instrumentos só foram inseridos muitos e muitos anos depois.

Clemente de Alexandria viveu entre 150 a 217 depois de Cristo, foi um escritor, teólogo, apologista cristão grego nascido em Atenas e escreveu em O Pedagogo, ele escreveu: “Que deixemos o oboé aos pastores [de rebanhos] e a flauta aos homens cegos, que rendem aos ídolos um culto supersticioso. Esses instrumentos devem ser banidos dos banquetes sóbrios e bem regrados, pois eles convêm melhor a bestas do que aos homens, a não ser aos homens ferozes e selvagens… É necessário eliminar todos os espetáculos indignos, todos os discursos que ferem o pudor e tudo o que tem aparência de intemperança vergonhosa, pois ela faz entrar a voluptuosidade na alma pelos sentidos que ela seduz.” Historicamente a igreja não usava instrumentos musicais para adorar a Deus e o Novo Testamento, nosso único guia, não ensina tal prática.

Num primeiro momento na nossa história com a COVID-19, isso mostrou que a inserção de instrumentos musicais é realmente um acréscimo que homens religiosos escolheram para agradar a si mesmos, pois não estavam seguindo orientações neo-testamentárias. No entanto, não tiveram problemas de orar, cantar, fazer a coleta, a ceia, pregar a palavra e manter comunhão com um ou dois e familiares, em nome de Jesus. No passado, conversando com um deles que desviou totalmente adotando práticas que não encontramos respaldos bíblicos sobre o assunto, ele me disse:

– Eu particularmente não tenho nada contra [instrumentos musicais]. Tenho estudado bastante sobre o assunto e a conclusão que tenho chegado é que é uma questão de opinião.

Fico pensando onde as pessoas têm estudado sobre o assunto se a fonte é a Bíblia? Onde na Bíblia temos adoração opcional ou com base em opinião? Até uso a palavra louvor no título deste artigo, porque louvor não é adoração. Posso louvar uma pessoa, mas adoração é só a Deus. Uma pessoa pode louvar com instrumentos musicais, mas não pode adorar a Deus, pois Ele nunca pediu isso no Novo Testamento. Fica no mesmo nível de fazer uma canção de amor para quem se ama. É um louvor à beleza, personalidade e até os defeitos, mas não é uma adoração para a pessoa.

Vamos pensar sobre opcional ou opinião na adoração a Deus: Oração é mandamento ou opcional? Podemos, por nossa opinião, não ter orações? Cânticos com o coração é mandamento neo-testamentário ou é opcional? Por causa da opinião podemos retirar os cânticos? Oferta é um mandamento bíblico ou coisa opcional? Será que os ‘pastores’ por aí concordariam fazer uma reunião com a opinião de que, por opção, deveríamos não ter a oferta? Certamente eles perderiam o objetivo de reunirem centenas ou milhares de pessoas, pois não teriam arrecadação (que é o único objetivo de muitas organizações religiosas).

A Ceia do Senhor é opcional ou é um mandamento que, por opinião de qualquer um, poderíamos não ter? Leitura e pregação da palavra é um mandamento ou tem bases em uma opinião nossa? Podemos optar por não ter leitura e pregação num domingo desses? Comunhão é mandamento ou é opcional? Faltar ao culto é uma questão de opinião? Deus não é opcional e não está nem aí com as nossas opiniões. Me corrigindo, acredito que Deus liga, sim, para as nossas opiniões, mas Ele as ouve com tristeza, pois acréscimos opcionais são feitos diminuindo o valor por tudo o que Jesus morreu. Deus é exclusivista e não inclui o que nos agrada, mas o que nós precisamos fazer para o nosso próprio bem.

Sim, em todas estas questões levantadas acima, as pessoas podem fazer suas próprias opções e o pagão faz a opção, por opinião própria, de não ter nenhuma dessas atitudes e um culto de adoração a Deus. Mas não estamos falando sobre pessoas sem Deus… Se instrumentos musicais é uma coisa necessária para adorar a Deus, primeiro: onde está o mandamento ensinado no Novo Testamento e, então não deveria ser opcional ou questão de opinião e deveria ser, obrigatoriamente, usado como todas as práticas que recebemos por mandamento que nós deveríamos fazer obrigatoriamente.

No livro sagrado Eu Acho 1:15 diz que “você pode fazer tudo o que agrada o seu coração. Deus está contigo e sua opinião é o seu mandamento. Siga o seu coração“. É claro que você não tem este livro, ou tem? Tem muita gente que segue o livro sagrado chamado, “EU ACHO“. Ou segue aquele outro livro sagrado chamado “A MINHA OPINIÃO“. Dois livros nunca escritos, mas condenados pela prática dos discípulos de Cristo. Quanto a nós, devemos nos apegar nas Palavras inspiradas pelo Espírito Santo no Novo Testamento e ter a mesma atitude do apóstolo Paulo:

“Estas coisas, irmãos, apliquei-as figuradamente a mim mesmo e a Apolo, por vossa causa, para que por nosso exemplo aprendais isto: não ultrapasseis o que está escrito; a fim de que ninguém se ensoberbeça a favor de um em detrimento de outro.” (1Coríntios 4:6)

Quando você permite a entrada de uma adoração segundo a opinião, logo depois da sua opinião, outras opiniões pedem entrada e, se foi aberta a porta para aquela sua opinião, então deve-se abrir para outras opiniões. Será opcional, por causa das demais opiniões, ter episcopado feminino, expulsão de demônios, união homoafetiva, ministério de dança, etc. Se é opcional, não é bíblico. Se é bíblico, não é opcional (observe o contexto do artigo e use esta frase com cautela).

Analise você e suas práticas. Coloque-as diante de Deus com a Bíblia aberta e veja o que é mandamento explícito no Novo Testamento e o que é opcional, baseado em opiniões suas ou de outras pessoas. Tire tudo o que é opção de alguém ou de alguma opinião ou de alguma doutrina que não está nas práticas segundo o costume de Jesus e dos apóstolos e discípulos do Novo Testamento. Deixe sua opinião no seu coração, guarde para você. “Há muitas coisas nos corações que nos levam à perdição, mas a resposta correta, vem dos lábios do Senhor” (Parafraseando Prov. 16:1)

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