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Mais do Que Um Fariseu

“Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no reino dos céus” (Mateus 5:20)

Recentemente li uma frase que me fez pensar: “Um fariseu seria um bom membro da igreja nos dias de hoje”. É verdade. Olha só o currículo espiritual daquelas pessoas: oravam no mínimo 3 vezes por dia, jejuavam duas vezes por semana, pelo menos 3 vezes por ano subiam a Jerusalém, frequentavam a sinagoga todos os sábados, guardavam o sábado meticulosamente, davam o dízimo de tudo quanto ganhavam (Lucas 18:12). Não é de estranhar o orgulho que tinham. Afinal, toda a liturgia exterior de um bom israelita fazia parte de sua vida. Porém foram esses homens os mais repreendidos por Jesus, a ponto de hoje a palavra fariseu ter se tornado sinônimo de hipócrita.
Na igreja de hoje costumamos julgar como um bom cristão aquele que frequenta todos os cultos dominicais, participa da Escola Dominical, participa de outras atividades da igreja, contribui de maneira generosa, tem um palavreado bíblico. Olhamos um irmão assim e costumamos pensar: “Eis aí um irmão espiritual”. Será?
Com toda a sua religiosidade, os fariseus foram chamados por Jesus de sepulcros caiados, bonitos por fora, mas cheios de podridão por dentro (Mateus 23:27). Em compensação o Senhor Jesus tinha um coração compassivo e cheio de ternura para com aqueles que reconheciam sua falência espiritual, os que se entendiam pobres de espíritos e os que choravam por seus pecados (Mateus 5:3-4). De qual lado estamos? Do fariseu que foi orar cheio de orgulho ou do publicano que derramou seu coração diante de Deus (Lucas 18:9-14)? Da pecadora que ungiu os pés de Jesus ou do fariseu que a julgou (Lucas 7:36-50)? Da mulher samaritana que esperava apenas uma oportunidade para ser salva ou do jovem rico que se achava justo o suficiente para ser salvo (João 4 e Marcos 10:17-22)?
Tenho lido o sermão do monte (Mateus 5-7), e ali Jesus nos convida a fazer uma reflexão interior. Quando fazemos isso, creio que nossa tendência é chorar pela nossa pecaminosidade e agradecer pela graça e misericórdia do nosso Pai.
Porém, uma vez que somos perdoados, a graça e o amor de Deus devem nos levar a desejar ser mais e mais como Jesus, deixando de pecar e nos justificar com a frase “todos são pecadores mesmo”.
Quando vejo Jesus me ensinar que se eu não perdoar meu irmão poderei ir para o fogo do inferno (Mateus 5:21-26), que o adultério é mais que o ato sexual (27-32), que, quando agredido, devo oferecer a outra face (38-42), que amar a quem gosto e aprecio não me traz nenhum recompensa (43-48), que orar e jejuar devem mostrar minha dependência para com Deus, não minha superioridade perante os homens (6:1-18), isso me faz pensar se sou apenas um religioso como os fariseus ou um humilde seguidor de Jesus.
Sim, todas as atividades espirituais são boas, porém esses atos exteriores devem ser reflexo de um coração compungido, arrependido e profundamente grato a Jesus pela salvação, que é nossa inteiramente pelos méritos de Jesus na cruz e não por nossa santidade própria.
Que Deus nos converta a Ele dia a dia!

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