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Mundo Gospel Evangélico

A fé é constantemente testada e desafiada. Em meio a uma avalanche de informações, opiniões e tendências, muitos se perguntam onde encontrar a verdade e como manter uma fé genuína. Este é um convite para refletir sobre a autenticidade na vida cristã, especialmente em um mundo que, muitas vezes, parece mais preocupado com aparências do que com a essência da mensagem de Cristo.

A intenção deste artigo é alertar quanto as consequências de se adotar na adoração algo ou comportamento que Deus não pediu no Novo Testamento.

Comercialização da Fé

O crescimento da indústria gospel tem gerado um debate intenso. Há quem veja nisso uma oportunidade de expansão da mensagem cristã, enquanto outros criticam o que chamam de “comercialização da fé”. Cantores, pregadores e líderes acabam sendo vistos mais como celebridades do que como servos de Deus. A busca pelo sucesso, pela fama e pelos lucros pode, muitas vezes, ofuscar a verdadeira missão do evangelho.

Se você ainda não leu sobre algum escândalo envolvendo sexo, drogas, festas e traições no meio gospel, é somente uma questão de tempo. Um artista gospel de sucesso pode se tornar vítima do seu próprio sucesso. O que deveria ser para a glória de Deus muitas vezes se torna um lugar comum de corrupção pelo poder, dinheiro e fama.

Esta situação nos remete às palavras do profeta Amós, que criticou a hipocrisia religiosa de seu tempo:

“Eu odeio e desprezo as suas festas e com as suas reuniões solenes não tenho nenhum prazer. Mesmo que vocês me ofereçam holocaustos e ofertas de cereais, não me agradarei deles. Quanto às suas ofertas pacíficas de animais gordos, nem sequer olharei para elas. Afastem de mim o barulho dos seus cânticos, porque não ouvirei as melodias das suas liras.” (Amós 5:21,23)

Essas palavras duras nos convidam a refletir: estamos realmente agradando a Deus com nossas práticas religiosas ou estamos só incomodando a Deus com barulhos dos nossos cânticos? A verdadeira espiritualidade vai além de eventos grandiosos, músicas emocionantes ou sermões eloquentes. Ela se manifesta na vida cotidiana, na prática da justiça e da retidão. Como Amós nos lembra:

“Em vez disso, corra a retidão como um rio, a justiça como um ribeiro perene!” (Amós 5:24)

O Perigo da Idolatria Moderna

Assim como o povo de Israel adorou o bezerro de ouro no deserto, hoje podemos facilmente cair na armadilha de idolatrar personalidades, líderes religiosos ou mesmo práticas religiosas. É crucial perguntar: quem ou o que realmente ocupa o centro de nossa adoração? Será que nossa devoção está voltada para Deus ou para algo ou alguém que tomou o lugar Dele?

Graças a Deus pelos homens e mulheres que dedicaram suas vidas ao Senhor primeiro e abdicaram de sua pátria e família para poder fazer conhecido o Senhor. O modelo que temos dos missionários de muitas épocas que vieram pregar a restauração da fé não é e nunca foi a pregação sobre eles mesmos. Duvido que você saiba quem foi David Mickey, mas certamente você já ouviu falar sobre o Senhor dele: Jesus.

Não é incomum conversar com um evangélico e ser questionado se não conhecemos ‘pastor’ tal, cantor tal, apóstolo tal. Não, nós só veneramos, respeitamos e adoramos o nosso Pastor, Jesus.

O Chamado ao Discernimento

Jesus nos advertiu sobre os falsos profetas que surgiriam, disfarçados de ovelhas, mas que, na verdade, são lobos vorazes (Mateus 7:15). Em um mundo cheio de vozes conflitantes, é fundamental que usemos o discernimento para distinguir o que é autêntico do que é falso. Não podemos aceitar passivamente tudo o que nos é apresentado como verdade; precisamos estar atentos e vigilantes.

Em tempos onde a ética, a doutrina e as práticas parecem cada vez mais flexíveis, somos chamados a ser luz, a viver de maneira íntegra, refletindo os valores do Reino de Deus. Isso significa não nos conformarmos com os padrões do mundo, mas sermos transformados pela renovação de nossas mentes (Romanos 12:2).

Renovando Nossa Fé

O cenário atual pode ser desafiador, mas não podemos perder a esperança. Ainda existe uma igreja verdadeira, fiel a Cristo, espalhada pelo mundo. Somos chamados a fazer parte dela, mantendo-nos fiéis até o fim. Devemos buscar uma fé autêntica, baseada no verdadeiro evangelho de Cristo, e não em modismos ou tendências passageiras.

Que nossas vidas sejam marcadas pela integridade, compaixão e um compromisso genuíno com Deus e com o próximo. Como Paulo nos exorta:

“Examinem tudo; retenham o que é bom” (1 Tessalonicenses 5:21)

Que tenhamos a coragem de questionar, a sabedoria para discernir e a força para permanecer fiéis em meio aos desafios de nosso tempo. Que possamos, com simplicidade e verdade, adorar a Deus em espírito e em verdade, sendo testemunhas vivas do poder transformador do evangelho em um mundo que tanto precisa de autenticidade e esperança.

Vemos no mundo evangélico que eles administram melhor do que nós, crescem mais do que nós, cantam melhor do que nós, mas se o preço disso é desviar da verdade, então é melhor ficar como estamos na simplicidade, amadorismo e ingenuidade da nossa administração, crescimento e cânticos puros de adoração a Deus.

Com tudo isso o que quero dizer? Que somos os únicos salvos, perfeitos e exemplo? Provavelmente não! Quero dizer que devemos aprender com os erros alheios e não querer o que eles tem e ter que enfrentar as mesmas consequências aqui e no mundo porvir.

Nós, a igreja de Cristo, fazemos parte de um trabalho árduo chamado Restauração. O que pode acabar com isso? Algo simples e corriqueiro como a inserção de instrumentos musicais na adoração. Este fenômeno tem sido observado durante a história da igreja cristã. Denominações, mesmo que muito sérias que permitem algo que Deus não pediu no Novo Testamento, acabam tendo que ceder para outras coisas que não querem. É isso o que nós queremos? Não! Vamos renovar a nossa fé no evangelho na prática.

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