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NA PLENITUDE DO TEMPO – O EVANGELHO DE LUCAS

“Mas, quando chegou a plenitude do tempo, Deus enviou o seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei.” – Gálatas 4:4

No dia 05 de janeiro terminei a leitura do livro de Malaquias, depois de 4 anos lendo a Bíblia inteira, primeiro o Novo e depois o Velho Testamento.

Encerrei, claro, no livro do profeta Malaquias, que apontava para a vinda do Messias ou do Sol da Justiça (4:2). O livro termina em cerca de 430 AC.

Porém, quando entramos no Novo Testamento nos deparamos com uma sociedade judaica muito diferente daquela deixada em Malaquias, no tempo da reconstrução do segundo templo.

Termos desconhecidos no Velho Testamento como sinagoga, fariseus e saduceus são encontrados nos evangelhos. Nos deparamos, não mais com os persas, mas com os romanos dominando a nação de Israel, que continua sem sua liberdade política. O que aconteceu?

Os estudiosos da Bíblia chamam esse período de cerca de 400 anos do “silêncio de Deus”, época no qual Deus não levantou novos profetas no meio do seu povo que, por esse motivo, ficou tão animado com o aparecimento de João Batista, o maior profeta, nas palavra de Jesus (Lucas 3:15 e 7:28).

Nesse período, apesar de não ter se comunicado através de profetas enviados, Deus continuo preparando todo o palco mundial para a vinda de Jesus, seu Filho, e Salvador do mundo.

Após o domínio persa, observado nos livros de Ester, Ageu, Zacarias e Malaquias, a Grécia passa a dominar os judeus, conforme predito pelo profeta Daniel. Aliás, conforme o profeta havia dito para Nabucodonosor, na profecia dos 4 reinos, iniciando pelo rei babilônico (Daniel 2).

Em razão dos abusos e a violência cometidos pelos gregos, os judeus se revoltam e obtém uma admirável vitória, que lhes dá liberdade política e independência por 100 anos, entre os anos 164 e 63 AC. No entanto, por causa de conflito entre as diversas famílias judaicas que governaram a nação naquela época, Roma é chamada para apaziguar esses grupos. O general Pompeu, depois de mediar os conflitos, assume o governo e anexa Israel ao império romano, que começa a crescer. Estamos no ano 63 AC.

Os judeus passam a ser governados por figuras conhecidas no Novo Testamento como a família dos Herodes, iniciando com Herodes, o grande, nomeado em 37 AC e sucedido por seus descendentes Herodes Antipas, Herodes Filipe, Herodes Agripa, entre outros. Todos são vassalos e marionetes de Roma. E a Judéia, onde Jesus seria crucificado, passa a ser governada por procuradores romanos, sendo Pôncio Pilatos o mais conhecido.

Apesar da violência romana, esta também é responsável pela organização legal de Israel, das estradas construídas, da segurança chamada de “pax romana”, que garantem estabilidade política, tão utilizados pelos apóstolos, em especial Paulo, para propagar posteriormente o evangelho pelo mundo conhecido até então.

Este é o pano de fundo para a história que já comecei a ler, da vinda de Jesus, no tempo oportuno de Deus, quando tudo estava preparado para a salvação do mundo. E Lucas nos relata esses acontecimentos. É esta a leitura que iniciei no dia 08 de janeiro e não tenho pressa para terminar.

Mais uma vez será mostrado, como ocorreu na leitura do Velho Testamento, que o Senhor dos Exércitos sempre esteve no controle da história, como ocorreu na história do Velho Testamento. E assim permanecerá até a volta gloriosa do Senhor Jesus.

Agradeço mais uma vez a meu irmão João Cruz, pelo espaço reservado para as minhas reflexões diárias da Palavra de Deus que, permitindo o Senhor, serão publicadas semanalmente.

Boa leitura para nós.

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