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O Cristão e o Governo

“Que todos estejam sujeitos às autoridades superiores. Porque não há autoridade que não proceda de Deus, e as autoridades que existem foram por ele instituídas.” – Romanos 13:1

“Portanto, é necessário que vocês se sujeitem à autoridade, não somente por causa do temor da punição, mas também por dever de consciência.” – Romanos 13:5

Talvez este tenha sido o mandamento que mais tive dificuldade em aceitar.

Durante a adolescência, militei em partidos de esquerda e contestar qualquer autoridade era a tônica. Assim, fui doutrinado de que, como cidadão, deveria me levantar contra toda injustiça e, se necessário, deveria tomar atitudes até mesmo para derrubar governos injustos, especialmente os “de direita”.

O tempo passou, a maturidade veio, e vamos percebendo que não existe governo justo, seja de direita, seja de esquerda. Os governos são formados por seres humanos imperfeitos, em todo governo existem pontos positivos e negativos, há injustiça, há corrupção, inerente ao ser humano.

Assim, vejo como Deus está correto em Sua Palavra. Toda autoridade (sejam governantes, seja em casa, seja na igreja, em qualquer lugar) recebe de Deus uma parcela de autoridade (pequena diante do poder de Deus) e quando mais autoridade recebe, mais terá que prestar contas a Deus.

Entendo que a democracia é generosidade divina para que possamos melhor controlar os governantes. Todas as chamadas teocracias, isto é, governos nos quais as autoridades alegavam ter mandatos divinos erraram muito e provavelmente por isso o Senhor viu que os goverantes precisam de controle humano e assim instrumentos como a Constituição, Ministério Público, a repartição dos poderes em Executivo, Legislativo e Judiciário, com certeza, foram formas encontrados por Deus para que os governantes acertem mais e não tenham autoridade total sobre o povo governado como acontecia no passado. Por este motivo, qualquer ditadura, seja de esquerda, seja de direita, não é algo saudável. Claro que mesmo as piores ditaduras contam com a autorização divina, mas ditadores como Stalin, Hitler, Pilatos, entre outros, neste momento, estão prestando contas à Autorida Suprema pelos erros que cometeram.

Na democracia, quando os governantes erram, podemos e devemos utilizar os mecanismos legais. Porém, jamais devemos nos levantar para derrubar qualquer governante. Da mesma maneira que no passado (Faraó, Nabucodonosor, Herodes, o império romano) toda autoridade que exceder no poder que o Senhor deu, prestará contas ao próprio Senhor. 

Isto no entanto, não significa que não possamos contribuir com nossa opinião, mesmo contrária, aos governantes. Ser submisso ao governo não significa concordar e apoiar tudo o que eles fazem. Jesus chamou Herodes de raposa (Lucas 13:32) e Paulo afirmou que Ananias era uma parede branqueada e o repreendeu quando foi agredido injustamente (Atos 23:2-3). Infelizmente, no meio cristão, há uma visão equivocada de que ser submisso significa aceitar tudo. Uma mulher submissa deve mostrar ao marido erros que este esteja cometendo, um filho aos pais, os irmãos aos líderes da igreja e todos nós aos nossos governantes, claro de que forma respeitável. É até uma contribuição para que não errem tanto. Porém, se insistem, no caso do governo, esperemos as próximas eleições e não permitamos que voltem. Quando for uma ditadura e mesmo no tocante às demas autoridades, coloquemos nas mãos de Deus, esperando que o Senhor faça justiça no momento certo. E tenhamos certeza: Ele fará. E muitas vezes ainda nesta vida. Até porque Ele é poderoso para intervir em qualquer governo, mudando os corações e até mesmo derrubando os maus governantes.

“Como correntes de águas, assim é o coração do rei na mão do Senhor; este o dirige para onde quiser.” – Provérbios 21:1

Vivendo assim podemos ter paz ao saber que nossa vida não está nas mãos dos governantes, que eles não darão a última palavra, mas está nas mãos de Deus, o Todo-Poderoso, perfeito que, no momento certo, sempre agirá a favor de seus filhos e de toda a sua criação. 

Mesa Redonda
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