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O Cristianismo: De Comunidade a Negócio

O Cristianismo: De Comunidade a Negócio

A história do cristianismo é marcada por profundas transformações ao longo dos séculos. Desde suas humildes origens como uma pequena comunidade de crentes na Israel do primeiro século, até se tornar uma força global que influencia filosofias, instituições, culturas e até negócios. Esta trajetória nos convida a refletir sobre o que significa ser cristão em diferentes contextos históricos e culturais, e como podemos buscar a essência da fé em meio às mudanças.

O Cristianismo como Comunidade de Crentes

No primeiro século, na região de Israel, o cristianismo nasceu como uma comunidade de crentes. Os seguidores de Jesus se reuniam em casas, partilhavam refeições e viviam em união, conforme descrito em Atos 2:42-47:

“E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.”

Essa era uma época em que a fé era vivida de forma simples e genuína, baseada no amor fraternal e na ajuda mútua.

Transformação em Filosofia na Grécia

Com o passar do tempo, o cristianismo se espalhou para a Grécia, onde começou a ser influenciado pela filosofia grega. Esta transformação trouxe novas formas de pensar e interpretar a fé. Os cristãos gregos começaram a formular doutrinas e a debater questões teológicas, integrando conceitos filosóficos à sua fé. Um exemplo dessa integração pode ser visto nos escritos de Paulo, especialmente em Atos 17:22-31, onde ele dialoga com filósofos em Atenas sobre o “Deus desconhecido.”

O Cristianismo se Torna Instituição em Roma

Quando o cristianismo chegou a Roma, passou por outra transformação significativa, tornando-se uma instituição formal. A igreja começou a desenvolver uma hierarquia estruturada e a estabelecer doutrinas oficiais. O Concílio de Nicéia em 325 d.C. foi um marco importante, onde foram definidos aspectos centrais da fé cristã. Essa institucionalização trouxe benefícios, como a unificação da doutrina, mas também desafios, como a politização da fé.

Por outro lado a institucionalização da igreja trouxe divisão. Criou-se um clero e um ‘senhor’ na pessoa de homens eleitos por homens e sem bases bíblicas. O império romano ganhou nova roupagem com o cristianismo e a estrutura do governo passou para a igreja desviada.

A Cultura Cristã na Europa

Durante a Idade Média, o cristianismo se enraizou profundamente na cultura europeia. A religião influenciou todos os aspectos da vida, desde a arte e a literatura até a política e a educação. A construção das grandes catedrais e a obra de teólogos como Tomás de Aquino exemplificam como a fé moldou a cultura. Contudo, essa época também viu a cristianização forçada e as cruzadas, mostrando o lado mais sombrio da aliança entre religião e poder.

O ponto de mudança foi a Reforma que abriu portas para a Restauração na América, mas não foi sem lutas e esforços e um novo desvio. Hoje, apesar de algumas nações européias se declararem cristãs, menos de 5% vai à igreja. O cristianismo é fortemente representado por arte antiga, mas não leva o homem até Deus.

O Cristianismo como Negócio na América

Nos tempos modernos, especialmente nos Estados Unidos, o cristianismo passou por outra transformação: de uma cultura para um negócio. Até hoje a igreja acompanha o progresso tecnológico e financeiro característico da América. Igrejas megacorporativas, televangelistas e a comercialização da fé são características desse período. Esse fenômeno pode ser observado em Mateus 21:12-13, onde Jesus expulsa os cambistas do templo, nos lembrando que a fé não deve ser transformada em comércio. O desafio contemporâneo é resgatar a pureza e a simplicidade do evangelho em meio à comercialização.

Foi também na América que a igreja teve a oportunidade de voltar à Bíblia com o Movimento da Restauração. Apesar de desconhecido como movimento entre as igrejas cristãs, tem bons conceitos de restaurar a igreja que Jesus edificou rejeitando credos e declarações doutrinárias e cleros religiosos/seculares.

Conclusão

A trajetória do cristianismo nos ensina que, embora a fé cristã possa ser expressa de diferentes maneiras ao longo do tempo e das culturas, a essência da mensagem de Jesus permanece a mesma. Como discípulos de Cristo, somos chamados a retornar às nossas raízes, a viver em comunidade, a refletir profundamente sobre nossa fé, a manter a integridade em nossas instituições e a resistir à tentação de transformar a religião em mero negócio.

Para este comportamento humano de secularizar a religião e torná-la um negócio, o convite à restauração da igreja que Jesus edificou está aberto. Voltar à simplicidade do Novo Testamento e, com consciência pura que Cristo nos dá, que possamos todos afirmar as mesmas palavras do apóstolo Paulo:

“Porque nós não estamos, como tantos outros, mercadejando a palavra de Deus; antes, em Cristo é que falamos na presença de Deus, com sinceridade e da parte do próprio Deus.” (2 Co 2:17)

Em cada era, devemos buscar a verdade e viver de acordo com os ensinamentos de Cristo.

Tabela Ilustrativa

Esta tabela resume a evolução do cristianismo ao longo dos séculos, destacando as principais características de cada período e suas referências bíblicas associadas. Que possamos aprender com esses fatos e buscar viver uma fé autêntica.

Tabela igreja

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