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O QUE SIGNIFICA VIVER NA LUZ?

“Bem-aventurado aquele cuja transgressão é perdoada, cujo pecado é coberto.” – Salmos 32:1

“Enquanto calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos pelos meus constantes gemidos todo o dia.” – Salmos 32:3

“Confessei-te o meu pecado e a minha iniquidade não mais ocultei. Eu disse: “Confessarei ao Senhor as minhas transgressões”; e tu perdoaste a iniquidade do meu pecado.” – Salmos 32:5

Há um entendimento de que contextualmente este salmo foi escrito após Davi ser repreendido pelo profeta Natã em razão de seu adultério com Bate Sebá. Ao ser disciplinado por Deus através do profeta o doce salmista de Israel não pensou duas vezes em admitir: “Eu pequei contra o Senhor” (2 Samuel 12:13). O salmo seria a descrição do que aconteceu com Davi entre o ato de pecado e a confissão e descreve o alívio que sentiu ao ser perdoado.

O primeiro versículo é utilizado pelo apóstolo Paulo para ensinar sobre a alegria que existe no coração daquele a quem Deus perdoa e seu ensino está referindo-se ao perdão dos pecados que todos nós podemos ter a partir do sacrifício de Jesus na cruz (Romanos 4:7-8). Todos os nossos pecados passados e presentes são perdoados e o sangue do Mestre nos manterá puros até a volta do Senhor nos purificando todos os dias.

Quero, porém, acrescentar ainda uma terceira aplicação a este salmo. Mesmo perdoados por Jesus, na caminhada cristã, quase todos nós passamos por quedas feias em pecados que deveríamos não mais experimentar. Conheço exemplos de pessoas que traíram seus cônjuges e adulteraram mesmo depois de batizados, jovens que praticaram sexo proibido com seu namorado ou namorada, pessoas que se envolveram em atos de desonestidade e violência, outros caíram em vícios difíceis de sair como álcool ou drogas. Viveram tudo isso já sendo um seguidor do Mestre. 

Eu mesmo, confesso, nesses 33 anos de vida cristã, já pratiquei pecados que me prenderam por algum tempo e durante aquele tempo eu vivia como um hipócrita. É muito triste, dolorido, de sofrimento mesmo.

São situações tristes, pesadas, que literalmente a mão de Deus pesa sobre nós para que caiamos em nós mesmos e busquemos ao Senhor. Mas o medo, a vergonha, até mesmo o ambiente não propício para a confissão de pecados que existe em muitas comunidades de Jesus, onde parecer santo é mais importante que ser, pode nos manter na escuridão, nas trevas, escondendo o nosso pecado através de uma vida apenas religiosa, de aparência. Olhamos para nós mesmos e sabemos que Deus está vendo aquele pecado pegajoso, que, como diz o autor de Hebreus, cola em nós (Hebreus 12:1).

Qual a solução para isso? Por o pecado à luz de Jesus e às vezes mesmo à luz da congregação dos santos. Quantos escândalos já presenciei nesses minhas 3 décadas de discípulo de Cristo, com pecados descobertos e o pecador exposto de maneira vergonhosa. Pessoas que tinham a reputação de dedicadas a Deus, mas que lamentavelmente deixaram-se ser seduzidas pelos prazeres transitórios do pecado (Hebreus 11:25). Acredito ter sido a maneira encontrada por Deus para libertá-los daquilo. Houve a vergonha, mas também o alívio da libertação que a luz traz.

Ao mesmo tempo, a melhor solução é a ditada por Davi: 

“Confessei-te o meu pecado e a minha iniquidade não mais ocultei. Eu disse: ‘Confessarei ao Senhor as minhas transgressões’; e tu perdoaste a iniquidade do meu pecado.” 

Sim, pecamos todos os dias, quando entendemos o que significa pecado. Mas estou dizendo daquele pecado pegajoso, viciante, que drena nossas energias, que nos agarra e não quer soltar de nós, que é repetitivo. Para esse, como no caso do adultério de Davi, a solução é confessar. Primeiro a Deus, mas, se é um pecado viciante e que colou, a um irmão em Cristo confiável, que também tem confessado suas lutas contra o pecado. 

E tenhamos a certeza: a confissão, o colocar o pecado à luz, mesmo que através de um escândalo, será o início de um regresso, de uma volta à comunhão íntima com Deus, tão necessária e libertadora.

Sim, meus irmãos, há um pecado viciante, que colou, que tem tirado suas energias e sua paz, que você não está conseguindo vencer? Se existe, por favor, leve-o à luz de Jesus, da Palavra e, se necessário, de outro irmão ou irmã em Cristo.

“Se andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado.” – 1 João 1:7.

Viver na luz não significa não pecar. Caso contrário, nenhum de nós viveria. Viver na luz é todos os dias colocarmos os nossos pecados à luz de Jesus, esperando seu perdão maravilhoso. Quando expostos à luz nossos pecados perdem a força e teremos condições de vencê-los, não importa o quão colantes e pegajosos sejam.

Vivamos, pois, à luz de Jesus, de Sua Palavra e de seu povo,  a igreja.

Mesa Redonda
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