“Assim diz o Senhor Deus: Basta, ó príncipes de Israel! Afastem a violência e a opressão e pratiquem o juízo e a justiça. Deixem de fazer explorações entre o meu povo, diz o Senhor Deus. Tenham balanças justas, efa justo e bato justo.” – Ezequiel 45:9-10
Um dos motivos de Deus ter mandado Israel como um todo para o exílio foram pecados que chamaremos de pecados sociais.
Sim havia o pecado de idolatria, o povo trocando o verdadeiro Deus pelos deuses das nações vizinhas, imagens de escultura. Havia ainda os pecados morais, o adultério e demais imoralidades, na sua grande maioria, imoralidades sexuais.
Porém, os profetas pré-exílio pregavam muito também contra os pecados sociais, isto é, os líderes não promoviam a justiça social entre o povo e permitiam que os mais ricos e fortes explorassem os mais pobres e fracos. Vejamos alguns desses profetas.
“Ai dos que ajuntam casas e mais casas, reúnem para si campos e mais campos, até que não haja mais lugar, e ficam como únicos moradores no meio da terra!” – Isaías 5:8
“Esmagam no pó da terra a cabeça dos pobres e pervertem o caminho dos necessitados. Um homem e seu pai têm relações com a mesma jovem e, assim, profanam o meu santo nome.” – Amós 2:7
“Por isso, numa época de tanta corrupção, quem é prudente prefere ficar calado.” – Amós 5:13
“Odeiem o mal e amem o bem. Promovam a justiça nos tribunais. Talvez o Senhor, o Deus dos Exércitos, se compadeça do remanescente de José.” – Amós 5:15
“Afastem de mim o barulho dos seus cânticos, porque não ouvirei as melodias das suas liras. Em vez disso, corra o juízo como as águas, e a justiça, como um ribeiro perene.” – Amós 5:23-24
Amós profetizou mais de 150 anos antes de Ezequiel e é chamado de profeta da justiça social porque destacou os pecados sociais de Israel. Esses pecados foram grandes responsáveis pelo exílio e agora Ezequiel volta a eles e chama os líderes da nação a evitá-los.
Qualquer semelhança com os dias de hoje não é mera coincidência. Hoje a igreja, o povo de Deus, aguarda a vinda do Senhor Jesus. Porém, olhando o nosso mundo sem Deus, o pecado é cada vez mais devastador. Como povo de Deus precisamos ter Jesus como nosso Senhor, vivermos vidas íntegras e morais, mas também nos guardar de praticarmos os pecados sociais e nossa pregação também deve abrangê-los.
Como igreja, oremos pelo Brasil, pela conversão do maior número pessoas e, no contexto políticos, oremos por todos os governantes e, uma vez que vivemos numa democracia, na hora do voto, e este ano é ano eleitoral, levemos em conta não somente os valores morais e religiosos, mas valorizemos e escolhemos pessoas comprometidas com as pessoas, em especial, os mais fracos, pobres e vulneráveis.
