Em um mundo onde cada segundo parece ser contado e cada conquista material é valorizada, é essencial fazer uma pausa e refletir sobre a verdadeira essência da vida. A perspectiva de que em 2123, todos nós estaremos apenas na memória de poucos, ou talvez de ninguém, nos convida a questionar: o que realmente importa?

O Verdadeiro Valor das Coisas

Estamos aqui bombardeados por vídeos curtos mostrando exemplos de como ficar ricos em pouco tempo enquanto conteúdo de verdadeiro valor estão passando despercebidos. Estamos presenciando a evolução automobilística mostrando carros que não podemos comprar e tecnologias que querem nos seduzir. Qual o verdadeiro valor das coisas?

O Esquecimento

Você sabe quem foi seus bisavós? Quem foram os seus tataravós? Por que isso não é importante? Afinal, sem eles você não estaria aqui. Só tem alguma noção sobre quem foram os antepassados pessoas que estão usufruindo alguma coisa que eles deixaram. Já os pobres nunca serão lembrados… A realidade é que, assim como aqueles que vieram antes de nós, nossas existências físicas são temporárias. As casas que construímos, os carros que compramos e até as fotos que tiramos são passageiras. Como mencionado, muitos de nós nem sequer conhecem os detalhes das vidas de nossos bisavós. Isso nos leva a uma importante reflexão bíblica encontrada em Eclesiastes 1:11:

“Já não há lembrança das coisas que precederam; e das coisas posteriores também não haverá memória entre os que hão de vir depois.”

Reavaliando Prioridades

Este pensamento não é para nos desencorajar, mas para nos inspirar a reavaliar nossas prioridades. Se a maioria das coisas que nos preocupam hoje será esquecida, por que permitimos que elas dominem nossas vidas? Jesus nos ensinou em Mateus 6:34:

“Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal.”

Essa passagem nos incentiva a viver o presente sem a ansiedade pelo futuro. Ele destacou que somente 3 coisas tem valor para manter a vida presa no corpo: água, comida e roupas e, depois disse que não devemos nos preocupar com isso, mas ter fé em Deus. E este é o verdadeiro legado.

O Legado de Valores e Ações

Embora nossos nomes possam ser esquecidos, nossos rostos não serem mais lembrados, as ações e os valores que transmitimos podem perdurar. Em Provérbios 22:1, lemos:

“Mais vale o bom nome do que as muitas riquezas; e o ser estimado é melhor do que a prata e o ouro.”

O legado que deixamos não se mede pelos bens que acumulamos, mas pelo impacto que temos nas vidas das pessoas e pela maneira como vivemos nossos valores.

Conclusão

Se alguém lhe perguntasse: “Qual o seu propósito?” como se sua vida dependesse de uma boa resposta, você saberia responder? A verdade é que a maioria, inclusive pessoas que dizem seguir a Cristo, não sabem qual é o seu propósito na terra. Pior do que não saber qual é o seu propósito é não ter objetivos e, como disse o cantor: “Deixa a vida me levar…”.

Ao refletir sobre nossa mortalidade e a efemeridade de nossas posses, somos chamados a viver com mais propósito e ter objetivos que possamos realmente deixar de herança. Diz um ditado: “Não vai deixar herança para os meus filhos. Porque se forem trabalhadores, não vão precisar. Se forem vagabundos, não merecem”. Nossa falta de propósito e objetivo moldam não só as nossa vida, mas também a dos nossos filhos, netos, bisnetos e muitas outras gerações.

Isso não significa abandonar todas as responsabilidades, mas sim focar no que realmente importa: as relações que cultivamos, o amor que compartilhamos e a paz que espalhamos. Como o ditado sugere, se algo não importará em cinco anos, não deveríamos gastar nem cinco minutos de preocupação hoje. Que essa reflexão nos inspire a valorizar cada momento e a viver de maneira que, mesmo que nosso nome seja esquecido, o bem que fizemos continue a ecoar.