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Proteção e Prisão

Todo criminoso precisa responder por seus atos. A prisão tem duas finalidades. Penalizar o criminoso e o proteger da vingança. A liberdade é o bem maior. Não sabemos bem o que é até que a perdemos. Por isso, confinar uma pessoa na prisão é um dos castigos mais duros. O mesmo poder que prende tem a responsabilidade de cuidar da vida e bem estar do criminoso garantindo-lhe o direito à vida. Claro que o crime pode ter a consequência de penalidade de morte por inúmeros motivos a que se expõe quem cometeu o crime, mas esta é outra questão.

O Velho Testamento prescreve que quem pecou merece morrer, mas ninguém quer morrer. Então deve arcar com as consequências. Os sacrifícios substituíram a vida do transgressor até que não fosse mais possível se justificar daquela forma. O Velho Testamento era proteção e prisão.

“Mas, antes que chegasse o tempo da fé, nós éramos prisioneiros da lei, até que fosse revelada a fé que devia vir” (Gl 3:23 – NTLH).

Paulo, o escritor da carta aos gálatas, desenha aqui um quadro verbal sobre a fé. Ele destaca um tempo em qual a fé ainda não tinha chegado. Os judeus, neste tempo antes que viesse a fé, estavam sob a tutela ((Tutela é o direito que uma autoridade recebe para zelar por um indivíduo menor de idade)) da lei. Se uma criança perde os pais, um parente ou responsável pode pegar a tutela da criança. Tutela é a guarda, a responsabilidade o encargo dado a alguém para cuidar da pessoa e dos bens de um menor. Os judeus estavam guardados, protegidos pela lei, isto é, pelo Velho Testamento. Também estavam presos debaixo da lei. Esta era a condição dos judeus debaixo da lei, ao mesmo que a lei os protegia, os aprisionava. E por que estavam nesta condição? O próprio texto é o melhor intérprete de si mesmo, e o texto responde: “…para essa fé que de futuro haveria de revelar-se” (JFA-RA). Eles estavam sendo protegidos e aprisionados pelo Velho Testamento para que chegassem á fé que os aguardava no futuro.

“De maneira que a lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo, a fim de que fôssemos justificados por fé” (Gl 3:24).

O Velho Testamento dos judeus serviu de aio. Outra vez olhe no próprio texto para compreender o significado da palavra aio. Qual o papel do aio? Conduzir. Utilizando-me novamente de uma paráfrase simples, temos como resultado o seguinte: “O Velho Testamento serviu de guia para conduzir a Cristo…”. E por que foi tão importante o Velho Testamento guiar até Cristo? O texto bíblico, como sempre, tem a resposta: “…para que fossemos justificados por fé”. Jesus é a fé, Ele é o autor e consumador da fé (Hb 12:2).

“Mas, tendo vindo a fé, já não permanecemos subordinados ao aio” (Gl 3:25)

Agora que Jesus, a nossa fé, já chegou, não precisamos ficar subordinados ao guia (Velho Testamento). Quem já encontrou a Jesus Cristo, mesmo que através do Velho Testamento, não está mais subordinado ao Velho Testamento. Muitos judeus creram ser Jesus o Cristo por examinarem as Escrituras. As Escruturas sempre apontaram para Jesus ((Jesus indicou ser Ele a chave para compreensão de toda a Escritura Sagrada (Lc 24:44,45ç Jo 5:38). Os de Beréia foram chamados de “nobres” por receberem a palavra com avidez e por examinarem as Escrituras todos os dias para ver se era, de fato, segundo a pregação de Paulo (At 17:11).)). Por exemplo: se você pega um táxi para chegar em casa, depois de pagar a tarifa, o táxi ainda fica atrás de você ou fica te esperando? Você tem que ficar subordinado ao táxi toda vez que precisar sair de casa? Não, ele cumpriu o seu objetivo e não é mais necessário até uma próxima vez que você precise chegar a algum outro lugar, se quiser usá-lo. Você já navegou num barco? Bem, mesmo que não tenha nunca navegado num barco você conhece o princípio. Ele flutua sobre a água e você fica dentro dele.

Imagine, então, que você e toda sua família estão perdidos em alto mar num navio. Dentro do navio tem tudo que vocês precisam para sobreviver por um bom tempo. Você gostaria de continuar vivendo naquele navio para o resto da vida? Claro que não! Você vai querer sair de lá um dia. Mesmo que você soubesse nadar, você pularia fora do navio em alto mar? É lógico que não! Afinal, mesmo que você esteja aprisionado você está protegido lá. Mas para sair do navio você precisa encontrar um lugar seguro, pelo menos uma ilha. Agora que o barco te conduziu até à ilha, você conhece o princípio da navegação, você e sua família tomam o navio nas costas e o carregam para o resto da vida, certo? Claro que não! Mas o que fazer com o navio que os levou até lá? Que tal afundá-lo? Por que afundá-lo? Não, você não precisa afundá-lo. Você o ancora e se liberta do navio. Toda vez que você estiver passeando livre em terra firme e voltar para onde eles está ancorado, mesmo que traumatizados não vão querer mais voltar a navegar nele, vocês vão lembrar que, se não fosse aquele navio vocês estariam perdidos e nunca teriam chegado à terra firme e segura. O navio é como o Velho Testamento, ele leva até um lugar seguro, terra firme. Este este lugar seguro é Jesus, você está livre nEle e não vai querer voltar novamente a ficar perdido na Lei. “Mas, tendo vindo a fé, já não permanecemos subordinados ao aio”.

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