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Sacerdócio e o Dinheiro

Um médico mandou seu filho estudar na capital enquanto ele sustentava o filho com os clientes da cidadezinha do interior.

Um dia o filho voltou para casa visitar o pai, mas o pai não estava. De repente chegou um homem apressado pedindo a presença do médico na casa do coronel da Zé das Uvas, o maior agricultor da região que cultivava uvas e fazia vinhos.

Como o pai não estava, o filho que já estava no quarto ano de medicina foi atender ao coronel. Chegando lá atendeu o paciente e notou que o que lhe incomodava era uma simples ferida na perna. Fez o curativo, prescreveu o medicamento e disse que em cerca de três meses o coronel Zé das Uvas estaria curado.

Voltou para casa todo contente e já encontrou o pai e lhe relatou tudo o que ocorreu. O pai sentou triste e disse:
-Meu filho, você não fez isso! Esta ferida era o meu sustento e o

financiamento dos seus estudos na capital. A cura do coronel significa a minha ruína e o fim da sua carreira. Muitos religiosos tratam a crença que as pessoas depositam neles como uma ferida incurável. Assim, eles escravizam as pessoas que ficam sempre dependentes deles. Prometem uma liberdade que nunca chega, pois eles mesmos são escravos do pecado da avareza e tantos outros pecados escondidos.

“Esses homens são fontes sem água e névoas impelidas pela tempestade. A escuridão das trevas lhes está reservada, pois eles, com palavras de vaidosa arrogância e provocando os desejos libertinos da carne, seduzem os que estão quase conseguindo fugir daqueles que vivem no erro. Prometendo-lhes liberdade, eles mesmos são escravos da corrupção, pois o homem é escravo daquilo que o domina. “. (2 Pedro 2:17-19)

Alguns pregam hoje em dia como se sucesso financeiro, profissional e bens materiais fizessem alguém chegar mais perto de Deus. Como se bens materiais fossem uma prova de que Deus está com você e te ama. Claro que Deus é bom e até nos abençoa, inclusive com bens materiais. Deus é bom até mesmo para pessoas que não são religiosas. Ele tem seus propósitos. Isso pode até parecer uma verdade no Velho Testamento, porém no próprio Velho Testamento o sábio notou:

“Percebi ainda outra coisa debaixo do sol: Os velozes nem sempre vencem a corrida; os fortes nem sempre triunfam na guerra; os sábios nem sempre têm o que comer; os prudentes nem sempre são ricos; os instruídos nem sempre têm prestígio; pois o tempo e o acaso afetam a todos” (Ec 9:11 – NVI)

Desse modo pregar o que o povo quer ouvir não é uma novidade da era pós-moderna. Profetas do Velho Testamento agiram desta forma. Claro que nem todos eram profetas enviados por Deus, mesmo que no passado tivessem servido a Deus.

Balaão, por exemplo, viu uma oportunidade para ganhar algum dinheiro com sua função de falar em nome de Deus. Mais tarde o apóstolo Pedro tomou Balaão como exemplo negativo contra aqueles que agem como os falsos profetas e mestres que introduzem heresias secretamente, negam o Soberano, agem por cobiça e exploram com histórias inventadas. Pedro destaca no seguinte trecho:

“Eles abandonaram o caminho do bem e se perderam. Eles seguiram o caminho de Balaão, filho de Beor, que amou o dinheiro ganho pelo mal que fez”. (2 Pe 2:15)

Os apóstolos de Jesus, ao contrário dos apóstolos dos homens de hoje, condenavam a prosperidade como fim em si mesma e a religião em nome da prosperidade. Os que não suportam a sã doutrina são os que agem como se sentissem coceira nos ouvidos e elegem mestres que satisfaçam essa coceira pregando o que querem ouvir (2 Tm 4:3).

Paulo condena os que pregam procurando ganhar dinheiro e construir impérios, ao contrário, os apóstolos de Jesus tinham a consciência limpa:

“Nós não somos como muitas outras pessoas que ganham dinheiro às custas da palavra de Deus. Em Cristo, porém, nós falamos com sinceridade diante de Deus, como homens enviados por Ele” (2 Co 2:17)

Assim, apesar de nossas necessidades, Deus tem sua vontade para nós acima mesmo do que queremos, pois Ele sabe do que precisamos, mesmo sem merecermos. O importante é a vontade de Deus e não o que queremos.

Mesa Redonda
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