O que estamos presenciando numa escala assustadora nos últimos anos? Estamos vendo em tempo real a máquina ganhar vida e fazer coisas incríveis que antes era possível somente aos seres humanos ou estamos sendo enganados?
A Singularidade e o Futuro da Inteligência Humana
O mundo está cada vez mais dominado pela tecnologia, a ideia de que máquinas poderiam superar a inteligência humana tem gerado debates acalorados. A teoria da singularidade, que prevê um futuro onde a inteligência artificial (IA) superará a capacidade cognitiva humana, traz consigo uma série de questionamentos éticos e filosóficos. Mas será que realmente estamos caminhando para um futuro onde seremos subservientes às máquinas?
A inteligência é uma característica biológica, intrinsecamente ligada aos organismos vivos. A IA, por mais avançada que seja, opera com base em algoritmos e dados preexistentes. Ela não possui consciência ou a capacidade de pensar de forma autônoma; ela simula o processo de pensamento humano com base em informações que já foram inseridas por humanos. Um carro a autônomo, por exemplo, pode falhar dramaticamente quando confrontada com situações não previstas em sua programação. Não existe IA que preveja coisas que não foram programadas.
O Verdadeiro Valor da Inteligência Humana
A inteligência humana nunca vai perder o protagonismo. A IA nunca vai ser autônoma e ganhar consciência e fazer decisões sozinhas.
A inteligência humana, por outro lado, não é apenas um processo de cálculo ou lógica. Ela engloba criatividade, emoção, intuição e ética. Esses elementos são fundamentais para a tomada de decisões complexas e para a inovação. O ser humano não é apenas um processador de informações, mas um ser capaz de criar, sonhar e sentir. Como mencionado na Bíblia, somos feitos à imagem e semelhança de Deus (Gênesis 1:27), dotados de uma alma que nos capacita a transcender a mera lógica.
Aprendemos com a tecnologia que inteligência se programa, se compra e se constrói, mas tem algo que muitas vezes as pessoas em geral pensam que é igual à inteligência, mas a fonte a difere muito. Esta outra coisa não pode ser comprada, programada ou construída pelo acaso. É a sabedoria…
Você já notou que a tal iA se diz inteligente mas parte do texto para o texto, texto para a imagem e agora, por último, texto para o vídeo? Pode parecer impressionante, mas nós estamos nos impressionando com o que nós estamos negligenciando, o texto. Sim, a leitura nos torna inteligentes e, depois, pode nos tornar sábios. Não sejamos negligentes, mas diligentes…
“Até à minha chegada, aplica-te à leitura, à exortação, ao ensino. Não te faças negligente para com o dom que há em ti, o qual te foi concedido mediante profecia, com a imposição das mãos do presbitério. Medita estas coisas e nelas sê diligente, para que o teu progresso a todos seja manifesto.” (1 Tm 4:13-15)
O Futuro da Tecnologia e a Responsabilidade Humana
Enquanto a tecnologia avança, é crucial que mantenhamos o controle sobre ela, garantindo que sirva para ampliar nossas capacidades, e não para nos substituir. A referência ao “oráculo de Turing” destaca a necessidade de uma intervenção humana para resolver problemas que a máquina não pode. Isso reforça a ideia de que, embora as máquinas possam nos auxiliar, a última palavra deve sempre ser humana, especialmente em questões que envolvem valores morais e éticos.
Conclusão
Se você quiser realmente saber usar a iA a seu favor, comece pelo básico e depois, se especialize. Leia, medite e estude. O próximo passo é buscar a sabedoria e esta não pode simplesmente ser comprada como a inteligência.
“O princípio da sabedoria é: Adquire a sabedoria; sim, com tudo o que possuis, adquire o entendimento.” (Provérbios 4:7)
“Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e nada lhes impropera; e ser-lhe-á concedida. Peça-a, porém, com fé, em nada duvidando; pois o que duvida é semelhante à onda do mar, impelida e agitada pelo vento. Não suponha esse homem que alcançará do Senhor alguma coisa; homem de ânimo dobre, inconstante em todos os seus caminhos.” (Tg 1:5-8)
A ideia de que as máquinas um dia nos dominarão é, em muitos aspectos, uma distorção da realidade. A tecnologia deve ser vista como uma ferramenta para melhorar a qualidade de vida, e não como uma ameaça à nossa existência ou superioridade. Como seres criados por Deus com capacidades únicas, temos a responsabilidade de usar a tecnologia de maneira sábia e ética, garantindo que ela complemente nossa inteligência, em vez de tentar substituí-la. Assim, podemos caminhar para um futuro onde a tecnologia e a humanidade coexistam em harmonia, cada uma complementando as forças e limitações da outra.
A iA não está aqui para nos salvar. Ela não é uma bênção ou uma maldição. A questão é você. Você é que deve ter sabedoria ou no mínimo inteligência, para poder encontrar a salvação que não está longe.
No entanto, a iA já começou a dominar e até a substituir àqueles que negligenciam a leitura e as práticas básicas para progredir primeiro diante de Deus e depois diante dos homens. Inclusive pregadores da palavra estão deixando de ler, inclusive a Bíblia, o que é preocupante. Devemos deixar de ser apenas usuários e começar a tomar as rédeas do crescimento e da sabedoria que vem de Deus.