Vivemos em um mundo em busca constante de liberdade, uma jornada na qual muitos se perdem em tentativas infrutíferas de satisfazer os anseios mais profundos de suas almas. No entanto, ao explorarmos o tema da redenção à luz das Escrituras, descobrimos que a verdadeira e única liberdade capaz de saciar esses anseios está intrinsecamente ligada ao preço que Cristo pagou por nós.
A Nova Natureza da Redenção:
O apóstolo Pedro, em sua carta (2 Pedro 2:22), ilustra vividamente a perigosidade de retornar à antiga vida, comparando-o ao cão que volta ao vômito e à porca lavada que se revolve na lama. Ele adverte que essa condição é pior do que a primeira, destacando que a redenção vai além de um ato externo; ela implica em uma profunda transformação interna.
Paulo, nos efésios (Efésios 4:24), insta os crentes a “revestirem-se do novo homem”, uma metáfora que ressalta a necessidade de abandonar as práticas antigas, trocando a roupa velha do homem antigo por uma nova, criada para ser semelhante a Deus em justiça e santidade.
A Responsabilidade da Nova Vida:
A redenção não é apenas uma declaração judicial; é a implantação de uma nova natureza em nós. Em Romanos 6:1-2, Paulo adverte que não devemos usar a graça como desculpa para continuar no pecado. Fomos libertos não apenas para receber uma declaração judicial de justificação, mas para uma vida de santidade e justiça.
Jesus, ao discutir o divórcio, faz referência à vida do princípio (Mateus 19:8), uma vida capaz de cumprir a vontade de Deus. A redenção, portanto, não apenas restaura, mas capacita-nos a viver conforme o propósito divino desde o início.
Testemunhando a Redenção e Satisfação na Nova Vida
A chamada é clara: testemunhemos mais casos de misericórdia, amor e dedicação ao reino. Devemos ser embaixadores da redenção, vivendo vidas resgatadas, refletindo a imagem restaurada de Deus em nós, em oposição a práticas como fofocas, imaturidade, adultério e divórcio.
Manter a satisfação na nova vida é crucial. Muitas vezes, ao recebermos bênçãos, podemos nos descontentar. Devemos aprender a apreciar a liberdade em Cristo, evitando o olhar sedutor da antiga escravidão.
Alegria no Novo Senhor:
A alegria paradoxal em servir a um novo Senhor é destacada. Embora livres do pecado, agora servimos a alguém que nos comprou por um preço inestimável (Romanos 6:22-23). A escolha é clara: servir ao pecado ou a Jesus.
Conclusão:
Em síntese, a redenção em Cristo não apenas nos liberta do passado, mas nos capacita a viver uma nova vida em conformidade com a vontade divina. Somos chamados a ser testemunhas vivas dessa transformação, mantendo a satisfação na nova vida e alegrando-nos em servir a Jesus, nosso novo Senhor. Que possamos viver vidas resgatadas, refletindo a imagem de Deus restaurada em nós através do sacrifício de Cristo.
Este artigo foi escrito com base na palestra de Lucas Magalhães no ENOS em Guanabara 2023
