Um grupo de homens religiosos de várias denominações um dia se reuniram nos anos 1800 e juntaram seus conhecimentos sobre a Bíblia e suas experiências nas denominações que faziam parte. Eles eram pastores, presbíteros, bispos e reverendos. Escreveram um testamento decretando a morte dos cargos que ocupavam e começaram a se esforçar para falar onde a Bíblia fala e calar onde ela cala. Decidiram não ter nenhum credo além de Cristo. Enfrentaram oposições e divisões em seus esforços e tudo o que eles queriam era voltar à Bíblia.
O mundo religioso ainda está enfrentando mudanças constantes, onde opiniões e ideias novas surgem a todo instante, é fácil entender o desejo por uma “revelação nova” ou uma profecia que pareça mais ajustada aos nossos dias. No entanto, a fé em Cristo se baseia numa verdade sólida e completa, revelada e registrada no Novo Testamento, sem a necessidade de novas profecias ou doutrinas. Nem Jesus, nem o Espírito Santo, nem os apóstolos inventaram uma doutrina pessoal. Eles falaram exatamente o que ouviram de Deus, e, segundo o apóstolo João, tudo o que precisávamos saber foi ensinado e guiado pelo Espírito Santo e os apóstolos e discípulos escreveram.
O Espírito Santo: A Perfeição da Revelação Divina
Em João 16:12-13, Jesus fala sobre o papel do Espírito Santo como o guia para toda a verdade, prometendo que Ele viria para completar a mensagem divina dada por Jesus. Jesus garante que o Espírito não falaria “por si mesmo”, mas sim TUDO o que Ele ouviu de Deus, trazendo não apenas entendimento, mas revelação completa. Em João 14:25-26, Jesus reforça que o Espírito ensinaria “todas as coisas” e traria à memória tudo o que Jesus em pessoa havia dito. Isso indica que a revelação não foi incompleta ou imperfeita.
O Espírito é perfeito e não se esquece, não erra, não se engana, não deixa nada para trás e se o apóstolo João, que foi inspirado pelo Espírito diz claramente que Ele disse tudo, fez lembrar de tudo o que Jesus disse, guiou a toda verdade e falou sobre as coisas que ainda estavam para acontecer, então não nos resta nada a não ser ter plena fé no Espírito Santo. Se tudo o que era necessário foi ensinado e registrado no primeiro século, não há necessidade de complementos. Qualquer tentativa de “ajustar” ou expandir essa revelação desconsidera a suficiência e perfeição do que já foi dado por Deus.
Os apóstolos e discípulos no primeiro século já sabiam de tudo o que era necessário saber, inclusive “…sobre coisas que ainda vão acontecer.” (João 16:13). Não tem nada mais ou o apóstolo João entendeu mal ou o Espírito se enganou e, ainda, uma terceira possibilidade: nenhuma das duas possibilidades anteriores, mas o Espírito já revelou tudo.
Jesus: O Mensageiro Fiel, Não um Criador de Doutrina
Jesus deixou claro que não falava por conta própria. Em João 12:49, Ele afirma:
“O que eu tenho ensinado não veio de mim mesmo; o Pai, que me enviou, me ordenou o que eu deveria dizer e ensinar.”
Sua mensagem não era algo criado ou modificado para agradar ou impressionar. Ele falava o que foi ordenado pelo Pai, mantendo a fidelidade ao que foi confiado a Ele.
Essa obediência de Jesus reforça a ideia de que a fé cristã não é uma construção humana, mas uma revelação divina. Quando Jesus diz em João 8:18:
“Eu, que falo de mim mesmo, sou uma testemunha. O Pai que me enviou é a outra,”
Ele deixa claro que sua autoridade vinha de Deus, e não de si próprio. Qualquer ensinamento que foge desse modelo de obediência absoluta e direta à vontade de Deus é, portanto, questionável.
Os Apóstolos: Transmissores, Não Criadores, da Mensagem de Deus
Os apóstolos também tinham clareza de sua missão como portadores da mensagem divina, e não inventores de doutrinas próprias. Paulo, em Gálatas 1:1, enfatiza que seu apostolado não foi dado “por homens”, mas por “Cristo Jesus e Deus Pai.” Ele fala como alguém que recebeu uma missão de Deus, não uma licença para adaptar a mensagem. Em Gálatas 1:8, Paulo chega a afirmar que qualquer um que trouxer uma versão diferente do evangelho “seja amaldiçoado”, mostrando a seriedade de manter a pureza da revelação.
Primeiro, só é possível ser apóstolo, segundo o Novo Testamento, tendo sido chamado pessoalmente por Jesus e tem que ter algumas qualificações além disso, o que é impossível para os dias de hoje, a não ser que tenha alguém andando por aí com mais de 2 mil anos de idade (Leia Atos 1:21-26),
Esse zelo pelo que foi ensinado no primeiro século destaca a completude da revelação de Deus. Se houvesse algo mais a ser dito, caberia a Deus o momento e o meio para isso, e não aos homens acrescentarem novas doutrinas, sonhos ou profecias.
Conclusão: A Verdade Já Está Completa no Novo Testamento
Diante de tudo isso, fica claro que não há necessidade de novas revelações ou doutrinas. A mensagem cristã já foi revelada de maneira completa e suficiente, através de Jesus, dos apóstolos e do Espírito Santo. O Novo Testamento nos entrega tudo o que é necessário para nossa salvação e para nossa compreensão do propósito de Deus.
Para aqueles que buscam saber o que Deus espera de nós, a resposta já está escrita. Qualquer doutrina, visão ou profecia que vá além do que já foi revelado deve ser vista com cautela, pois a verdadeira fé cristã se sustenta no que Deus já revelou. A verdade, transmitida pelo Espírito Santo, é completa e suficiente, permanecendo como a âncora para nossas vidas e nossa fé, sem a necessidade de invenções ou complementos humanos.
Um daqueles homens lá dos anos 1800 chegou a uma conclusão sobre o que se diz a respeito da fé em comparação ao que está escrito. Ele disse resumidamente: “Qualquer credo igual à Bíblia é desnecessário; qualquer credo diferente é censurável”
– Primeiro, qualquer credo que contenha mais do que a Bíblia é
censurável porque contém mais do que a Bíblia.
– Segundo, qualquer credo que contenha menos do que a Bíblia
é censurável porque contém menos do que a Bíblia.
– Terceiro, qualquer credo que difira da Bíblia é censurável
porque difere da Bíblia.
– Quarto, qualquer credo precisamente igual à Bíblia é inútil
porque temos a Bíblia. – Benjamin Franklin