O Domingo é o Dia do Senhor. Foi no domingo que Jesus ressuscitou (Marcos 16:2). Nos dois domingos seguintes, ele apareceu para eles enquanto estavam reunidos de portas trancadas (João 20:19). Além disso, conclui-se que foi no domingo o dia em que a igreja começou (Atos 2:1). Era domingo todos os dias em que eles se reuniam com o propósito de partir o pão e fazer suas ofertas (Atos 20:7; 1 Coríntios 16:2).
“Qualquer palavra existente no mundo tem um significado etimológico, então devemos buscar entender qual a origem da palavra Domingo e qual o seu real significado.
– A palavra Domingo vem do Latim, “dies Dominicus”, que quer dizer Dia do Senhor.
A quem diga que essa tradução é errônea, porém qualquer um que estude um pouco de história e entenda o básico de latim, é capaz de saber que desde o início da existência dessa palavra, esse foi o seu real significado.” – Fonte: https://bit.ly/2V46qDI
Domingo é o dia em que lembramos da morte, sepultamento e ressurreição de Jesus. Esse dia adquire o caráter de uma renovação da aliança entre nós e Deus. Recordamos e celebramos esse acontecimento por meio da Ceia do Senhor. Assim como os primeiros discípulos, nos sentamos à mesa do Senhor para compartilhar o marco da transição de um Testamento para um Novo, fundamentado no sacrifício de Jesus. O pão sem fermento simboliza seu corpo imaculado, entregue por nós na cruz e ressuscitado, agora sem pecado (embora Jesus tenha assumido nossos pecados na cruz, Ele os deixou na sepultura). O segundo elemento é o fruto da videira, representando o sangue de Cristo derramado por nós na cruz, que ratifica uma Nova Aliança. Esse sangue agora percorre em nós, os membros do corpo de Cristo, isto é, a igreja.
Até esse ponto, tivemos a introdução que ressalta a importância crucial da Ceia do Senhor. A abstenção dessa comunhão por meio da ceia seria como retroceder ao passado e acumular pecados. A ceia, por si só, não concede o perdão dos pecados, mas sua participação é fundamental para alcançar purificação. A ceia é para àqueles que obedeceram o evangelho que também é: morte, sepultamento e ressurreição. Se alguém não compartilha da ceia, pressupõe-se que não tenha participado do culto com os irmãos. Ela é um rito memorial coletivo e, portanto, não deve ser realizada individualmente. A Ceia também nos recorda que somos partes integrantes do corpo de Cristo.
É crucial relembrar as palavras do apóstolo João sobre a magnitude da comunhão. Em minha opinião, deveríamos internalizar e ensinar a nossas crianças essas palavras hoje, a fim de fundamentar sua fé:
“Se, porém, andamos na luz, como ele está na luz, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado.” (1 João 1:7)
Estando juntos, percebemos que caminhamos na luz, e o sangue de Jesus nos purifica de todos os pecados. É na ceia que encontramos essa concretização. O pão simboliza o corpo, e o fruto da videira representa o sangue da família. Ao compartilhar o conteúdo do cálice, que simboliza o sangue de Cristo, recebemos bênçãos e participamos do Seu sacrifício. Ao partir o pão, também participamos do Seu corpo. Todos nós fazemos parte do corpo de Cristo.
“Não é verdade que o cálice da bênção que abençoamos é uma participação no sangue de Cristo, e que o pão que partimos é uma participação no corpo de Cristo? Por haver um único pão, nós, que somos muitos, somos um só corpo, pois todos participamos de um único pão.” (1 Coríntios 10:16,17)
Faltar ao culto e não participar de ceia te leva a uma situação pior do que antes de ser convertido e, pior do que aquele que nunca foi convertido.
“Se, tendo escapado das contaminações do mundo por meio do conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, encontram-se novamente nelas enredados e por elas dominados, estão em pior estado do que no princípio. Teria sido melhor que não tivessem conhecido o caminho da justiça, do que, depois de o terem conhecido, voltarem as costas para o santo mandamento que lhes foi transmitido. Confirma-se neles que é verdadeiro o provérbio: “O cão voltou ao seu vômito” (2 Pedro 2:20-22)
A importância da Ceia do Senhor é, em essência, tão relevante quanto a do culto dominical. Na prática, um é praticamente inseparável do outro, pois a comunhão é essencial para participar da Ceia, sendo nesse encontro que renovamos nossa aliança.
A Ceia do Senhor corresponde à Páscoa do seguidor de Cristo. Jesus conferiu um novo significado àquele memorial do Antigo Testamento. Assim como os primeiros discípulos, em obediência à Palavra de Deus, devemos relembrar a morte, o sepultamento e a ressurreição de Jesus todos os domingos, exclusivamente nesse dia. Participar da ceia em qualquer outro dia da semana não está de acordo com o que aprendemos por meio da leitura da Palavra e da nossa fé em Cristo. Você pode CLICAR AQUI para ler um artigo que explica por que a participação na Ceia do Senhor é reservada aos domingos.