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“ONDE ESTÁS”?

"ONDE ESTÁS"?

A pergunta do título deste artigo foi a que Deus fez a Adão em Gênesis 3:9, logo após ele comer o fruto proibido e se esconder. Ao analisarmos mais a fundo esse acontecimento, podemos notar algumas coisas que nos trarão ensinamentos para colocarmos em prática em nossa vida e que nos ajudarão a entender melhor a natureza maravilhosa de nosso Pai.

Primeiro, devemos prestar atenção à pergunta que Deus faz a Adão, “onde estás”. Não é razoável supor que Aquele que é Onisciente, Onipotente e Onipresente não soubesse onde estaria escondido Adão, como se fosse possível alguém brincar de esconde-esconde com Deus! Claramente, essa pergunta refere-se muito mais a uma situação espiritual do que a uma situação meramente geográfica.

A pergunta de Deus tinha o objetivo de fazer com que Adão pudesse raciocinar sobre o mal que ele tinha feito e todas as consequências advindas daí. Se observarmos o contexto, veremos que, até o cometimento do pecado do primeiro casal, eles e Deus tinham um constante contato, e a presença de Deus lhes era um privilégio. Ao pecarem, esse contato foi rompido, e aquilo que era um prazer tornou-se um motivo de medo e tentativa de fugir de Sua presença.

Podemos usar uma licença poética e imaginar a cena, com Adão e Eva, talvez, escondidos atrás de uma árvore, com Adão com o dedo sobre a boca pedindo a Eva que ficasse quietinha a fim de Deus não os achar, como tantos de nós já fizemos ao brincar de esconde-esconde com alguém. Mas, como diz o ditado, “seria cômico se não fosse trágico”, se entendermos a gravidade do que havia acontecido. Uma cena que tanto nos lembra nossos momentos de infância estava, a partir de então, eternamente ligada ao terrível momento do ser humano deixando de ter comunhão com seu Criador por causa da desobediência e pecado.

E é isso que o pecado traz. Medo, vergonha, tentativa frustrada de fugir. E a cada pecado, o homem vai buscando maneiras de se esconder de Deus, seja ficando atrás de uma árvore, enfiando a cabeça na areia ou buscando desculpas para se justificar (como o próprio Adão, ao acusar Eva). E a cada tentativa de fuga, só ficamos cada vez mais distantes, mais afastados, mas cheios de culpa, medo e vergonha.

E nessa vergonha, deixamos de prestar atenção ao que Deus quer nos proporcionar ao nos chamar, a dizer a cada um de nós após pecarmos, “onde estás, meu filho”? Deixamos a vergonha do pecado sobrepor à voz amorosa de Deus, como a nos dizer que é só nos apresentarmos diante Dele para que possamos nos socorrer e nos oferecer seu ombro de Pai.

A história de Adão mostra que a cada dia nós também podemos escolher entre continuar tendo a comunhão e a presença de Deus ou buscarmos uma tentativa patética de nos escondermos Dele. O nosso Pai sabe exatamente onde nós estamos, mas essa Sua pergunta visa fazer com que nos encontremos a nós mesmos, perdidos em nossos próprios erros. A bondade e a misericórdia de Deus são tão mais amplas e infinitas que nem sequer conseguimos imaginar.

Não permita, meu irmão, que o pecado te faça imaginar que “ficar atrás de uma árvore ou da cortina da sala” seja suficiente para se esconder de Deus. Não foi para Adão, não será para nós. Nossos pés sempre ficarão aparecendo.

Perdão de Pecados

Todo ser humano procura segurança, paz e tranquilidade. É natural procurarmos vidas fáceis e, até na busca frenética desta ilusão, nos deixamos levar por mentiras e enganações. Quem de nós não gostaria de ter a mesma afirmação do salmista ao dizer:

“Em paz me deito e logo pego no sono, porque, Senhor, só tu me fazes repousar seguro” – Salmos 4:8

Este mesmo salmo questiona o homem perguntando “até quando?” No verso 2, o salmista questiona a busca por vaidade e mentira pelos homens, pedindo que reconheçam a glória do Senhor. No verso 3, destaca-se a confiança de que o Senhor distingue o piedoso e ouve as súplicas. No verso 4, há um conselho para irar-se, mas não pecar, e buscar tranquilidade no coração. O verso 5 incentiva a oferecer sacrifícios de justiça e confiar no Senhor.

ONDE COMEÇA O PERDÃO?

Se você, como eu, quer se deitar e logo pegar no sono sem nenhuma dificuldade seja por causa do cansaço da vida, dos remorsos e arrependimentos, das preocupações e ansiedades, tudo tem que começar com uma alma leve e limpa de todo pecado.

No Velho Testamento eram oferecidos sacrifícios pessoais como expiação do pecado, anualmente o sumo sacerdote intercedia pelo povo com o sangue de animais, arrependimento e confissão eram necessários e até os pobres podiam fazer um sacrifício reduzido para justificarem seus próprios pecados.

Nos sacrifícios do Velho Testamento era necessário um sacrifício de um cordeiro novo, de um ano, puro e perfeito. Sinalizava para o Cordeiro de Deus, Jesus que daria sua vida pelo pecado da humanidade. Por isso Jesus foi morto, sepultado e ressuscitou (1 Co 15:1-4 – isto é o evangelho) e nós devemos obedecer o evangelho e também morrer, ser sepultados e ressuscitar (Rm 6:3-11) para que, no batismo, tenhamos perdão total dos pecados (Atos 2:36-42).

Resumimos o perdão dos pecados neste processo: Ouvir e ter fé no evangelho, arrepender dos pecados, confessar Jesus como Senhor e confessar (reconhecer) os seus pecados, ser batizado e perseverar.

Uma vez salvo no batismo, é necessário desenvolver a salvação com temor e tremor, fazendo tudo sem murmuração e preservando a palavra da vida (Fp 2:12-16). Porque enquanto vivos, corremos o risco de perder a salvação.

PERDÃO DOS PECADOS DEPOIS DO BATISMO

O batismo é chamado de nova vida. Você tem a segunda chance que sempre quis, agora, precisa desenvolver a sua salvação. Precisa aprender tudo de novo: falar, andar, se alimentar, etc. Tudo de acordo com a vontade de Deus. Você tem que dar um basta na vida libertina que é prática o pecado.

“Vocês já gastaram bastante tempo fazendo o que os pagãos gostam de fazer. Naquele tempo vocês viviam em sensualidade, paixões, embriaguez, orgias, bebedeiras, e também na detestável adoração a ídolos.” (1 Pedro 4:3 – VFL)

Você tem que buscar aquela autenticidade da santidade porque Deus nos chama para ser santos como Ele é Santo! Não significa que você não vai mais pecar, significa que você vai lutar contra o pecado, lutar para amadurecer e, quando pecar, você vai seguir o processo de perdão.

Qual a diferença entre nós e as pessoas que não obedeceram o evangelho? A diferença é Jesus que justifica a todos os que Nele confiam e mostraram sua confiança pela fé e obediência começando no batismo. A diferença é que quem está no mundo, fazendo as vontades das pessoas e dos próprios desejos conta sempre “mais um” pecado. Quem está em Cristo, também peca, e conta “menos um” pecado porque tem purificação em Cristo constantemente. Quem está em Cristo não deve e não precisa acumular pecados.

CONFESSE OS SEUS PECADOS E OREM

Uma atitude para quem está em Cristo é se arrepender sempre e saber que não está sozinho, isto é, procure pessoas justas e conte com as orações deles. Talvez você não queira dizer qual o seu pecado, mas precisa confessar para alguém e, porque o pecado nos constrange, precisamos de ajuda em oração e Deus, ouve a oração dos justos.

“Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e estes façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo, em nome do Senhor. E a oração da fé salvará o enfermo, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados. Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo.” (Tiago 5:14-16)

ANDE NA LUZ

Andar na luz é necessário para que os nossos pecados sejam perdoados. Andar na luz não é um conceito abstrato e esotérico, mas muito prático. Pense: onde Deus está? Claro que ele está no que compreendemos como céu, mas pense um pouco mais e encontre o Senhor.

Jesus disse onde Ele estaria

“Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra terá sido ligado nos céus, e tudo o que desligardes na terra terá sido desligado nos céus. Em verdade também vos digo que, se dois dentre vós, sobre a terra, concordarem a respeito de qualquer coisa que, porventura, pedirem, ser-lhes-á concedida por meu Pai, que está nos céus. Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles” (Mateus 18:18-20)

Onde Jesus está, Deus está! Então, andar na luz, é andar com aqueles que se reunem em nome de Jesus. O apóstolo João foi muito mais claro e direto dizendo isso.

“Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado” (1 João 1:7)

Então, mais uma atitude prática para ser perdoado dos pecados: andar na luz, isto é, manter comunhão com aqueles que ouviram e tiveram fé no evangelho, se arrependeram dos pecados e confessaram Jesus como Senhor, obedeceram o evangelho pelo batismo e estão sendo fiéis.

PERDOE PARA SER PERDOADO

O terceiro passo abordado neste artigo é perdoar. Sim, este foi um dos primeiros mandamentos de Jesus. Se você orar pedindo perdão, mas você mesmo não estiver disposto a perdoar, como é que Deus vai tratar você? Na oração que Jesus ensinou, este foi o único ponto em que ele, depois do amém, parou para explicar.

“…e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores; e não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal [pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém]! Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens [as suas ofensas], tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas.” (Mateus 6:12-15)

Nem suas ofertas serão aceitas se você não contemplar o perdão. Se tem alguma oferta, ela se torna nula por falta de perdão.

“Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta. Entra em acordo sem demora com o teu adversário, enquanto estás com ele a caminho, para que o adversário não te entregue ao juiz, o juiz, ao oficial de justiça, e sejas recolhido à prisão. Em verdade te digo que não sairás dali, enquanto não pagares o último centavo” (Mateus 5:23-26)

CONCLUSÃO

Em resumo, a busca pelo perdão dos pecados é uma jornada contínua que abrange elementos como arrependimento, fé, batismo, comunhão e perdão mútuo. Inspirados pela confiança do salmista em encontrar repouso seguro em Deus, os crentes são desafiados a abraçar o evangelho, reconhecendo o sacrifício de Jesus como o cumprimento perfeito dos rituais do Velho Testamento. O compromisso pós-batismo inclui a manutenção da comunhão, o desenvolvimento de uma vida em conformidade com a santidade e a prática constante do perdão, refletindo a reciprocidade fundamental desse processo na busca pela reconciliação com Deus e com o próximo.

Assim, ao trilharmos esse caminho, não apenas experimentamos a remissão dos pecados, mas também nos deparamos com a promessa de uma transformação contínua e uma vida restaurada pela graça e misericórdia divinas.

Se você ainda não obedeceu ao evangelho por meio do batismo, faça-o para obter perdão total de seus pecados e voltar a ser como uma criança diante de Deus, ou seja, puro. Se já foi batizado, confesse seus pecados a alguém que seja justo diante de Deus e confiável diante das pessoas. Ore e peça ajuda em oração a essa pessoa. O segundo passo é andar na luz, mantendo comunhão no culto com aqueles que confessam sua dependência no evangelho e lembram disso através da Ceia do Senhor. Finalmente, conforme abordado neste artigo, perdoe para ser perdoado.

A COMUNHÃO COM DEUS NÃO NOS AFASTA DOS IRMÃOS

O tema deste mês de novembro no boletim das igrejas de Cristo em Guarulhos, Amo Jesus, Porque Ele me amou primeiro, é muito importante. O tema é “Construindo no secreto”, através do qual incentivamos os irmãos a buscarem uma intimidade pessoal com Deus no secreto, no quarto, conforme ensino do Senhor Jesus:

“Mas, ao orar, entre no seu quarto e, fechada a porta, ore ao seu Pai, que está em secreto. E o seu Pai, que vê em secreto, lhe dará a recompensa.” – Mateus 6:6

Como um dos editores da publicação, tenho o privilégio de ser o primeiro a ler todos os artigos do boletim e, como sempre acontece, os articulistas esforçaram-se e escreveram a respeito do assunto proposto de forma clara.

Porém, até pela coluna na qual escrevo bimestralmente, “Doutrina Cristã”, aproveitei para corrigir um erro que vejo no mundo religioso, mas também na irmandade, isto é, basta ter comunhão com Deus ou, por ter muita comunhão com Deus, não preciso investir na comunhão com os irmãos em Cristo. Esse é um falso ensino que vejo atingindo alguns irmãos. Há ainda aqueles que acham que comunhão com os irmãos deve se restringir às reuniões como igreja, em especial o culto dominical.

E existem ainda aqueles que defendem reuniões nas suas casas, o que não é antibíblico. Mas torna-se uma falsa doutrina quando a motivação são problemas de relacionamento não resolvidos no corpo de Cristo. Uma espécie de fuga. Até concordo que às vezes o relacionamento no corpo torna-se pesado, somos um peso na vida uns dos outros por causa de nossos pecados e personalidade. Eis aí a razão da Bíblia nos incentivar a perdoar 70 x 7 (Mateus 18:21-22 e Lucas 17:3-4), isto é, sempre termos uma dose de compaixão para com os irmãos em Cristo.

Vejamos alguns ensinos da Palavra:

“Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça. “- 1 João 1:9

Já ouvi irmãos afirmando, tomando como base esse texto, que basta confessar seus pecados a Deus e não precisa confessar para pessoa alguma. Ou, então, não precisa compartilhar sua vulnerabilidade com um irmão ou irmã em Cristo. É uma conclusão equivocada e que tem levado muitos a caírem em escândalos no meio do povo de Deus, com pecados que, ao se tornarem públicos, às vezes levam a pessoa, envergonhada ou por medo ser julgada, a deixar o corpo de Cristo. Se tivesse confessado a um irmão maduro a chance de cair teria sido bem menor.

Vejamos o que João diz no mesmo capítulo de sua carta:

“Se andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado. “- 1 João 1:7

Claro que não há necessidade de contar “tudo” aos irmãos e muito menos a qualquer irmão. Precisamos escolher contar para um irmão maduro e espiritual. Mas, certos pecados são colantes (Hebreus 12:1) e viciantes e, sozinhos, apenas orando a Deus, muitas vezes não vamos conseguir vencer sem alguém de “carne e osso” para nos ajudar. Andar na luz é viver de forma transparente, especialmente tendo irmãos que poderão nos ajudar na nossa luta contra o pecado (Hebreus 12:4).

“Portanto, confessem os seus pecados uns aos outros e orem uns pelos outros, para que vocês sejam curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo. “- Tiago 5:16

Eis uma excelente receita de Tiago, inspirado pelo Espírito Santo. Devemos confessar os nossos pecados uns aos outros. Não como faz o mundo religioso, que diz ser necessário uma “autoridade eclesiástica” para nos conceder perdão e prescrever a penitência. Não. Precisamos de irmãos maduros, firmes na fé, bem conscientes de seus próprios pecados (Gálatas 6:1) que, com paciência, firmeza e brandura, possam nos ajudar a vencer, seja pecado, seja aquele momento difícil que estamos passando.

Ao contrário do que diz a religião, não precisamos de uma corrente de oração para Deus nos atender. Ele é poderoso e bom para atender a oração de apenas um filho dele. No entanto, quando oramos juntos, a oração fica ainda mais eficaz, não somente pela ação de Deus em si, mas pelo conforto de sabermos que existem outras pessoas lutando junto conosco em oração (Atos 12:5).

Sim, busquemos o secreto, junto com Deus. Mas que o segredo com Ele e a intimidade com Ele não signifique deixarmos de valorizar a comunhão com nossos irmãos em Cristo, na comunidade quando nos reunimos, mas também em momentos de oração e conversa uns com os outros fora do local das reuniões.

A ideia de confessar somente para Deus pode se tornar uma bem-intencionada, mas falsa doutrina, revestida de espiritualidade. Qualquer ensino que afaste os irmãos, tenhamos certeza, não vem de Deus.



“Verniz” – Cl 3.12

“Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade” – Colossenses 3:12

          Algo curioso sobre o revestimento é que após coberto, é muito difícil que o material volte a ser como era antes, o verniz, por exemplo, pode proteger, embelezar e aumentar a durabilidade de um produto, em alguns casos pode até transformar um objeto simples em algo mais arrojado e vistoso. A transformação nesse caso depende do quão bem feito é o serviço, por exemplo, aplicação do produto adequado ao tipo de madeira e quantidade de aplicações, pode resultar em maiores efeitos ou não, ser apenas perda de tempo, gastando material sem alcançar o objetivo real.
Quando acorda de manhã, desbotado pela fome e angustiado pelos compromissos do dia, o cristão se vê desafiado a cobrir cada traço de humanidade com as boas novas do evangelho: da paz, da misericórdia e da esperança; a “metanoia” sugerida por Paulo não é algo simples, de um girar de chaves, mas um compromisso acolhido e vencido diariamente (Rm 5.1-6, 12.1,2).
Talvez o maior desafio seja tirar a roupa velha da história, ou do orgulho, ou dos preconceitos, ou da ignorância, que nos fez ser quem somos hoje, e nos protegeu de muitos ataques e nos fez ser quem somos; após tantos invernos, é difícil acreditar em coisas tão infantis quanto amor, mas esse é desafio, esse é o propósito do qual não podemos desistir no meio do caminho, a fim de valorizar o preço pago por aquele que nos deu essa oportunidade (Cl 1.21-23, 3.1-5).

“agora, porém, vos reconciliou no corpo da sua carne, mediante a sua morte, para apresentar-vos perante ele santos, inculpáveis e irrepreensíveis” – (Colossenses 1:22)

          Esse processo resulta na comunhão, que mais que um club de classe ou hobby, é formado por pessoas simples interessadas na nova vida ensinada e prometida por Jesus, que se auxiliam, suportam e apoiam a fim de serem reflexo terreno da Glória futura, espelho da graça de Deus a todo os homens (Fp 2.14-18).

“Fazei tudo sem murmurações nem contendas,
para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros no mundo,
preservando a palavra da vida, para que, no Dia de Cristo, eu me glorie de que não corri em vão, nem me esforcei inutilmente.
Entretanto, mesmo que seja eu oferecido por libação sobre o sacrifício e serviço da vossa fé, alegro-me e, com todos vós, me congratulo.
Assim, vós também, pela mesma razão, alegrai-vos e congratulai-vos comigo”
 – Filipenses 2:14-18 – 

 

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A COVID E OS CULTOS ON LINE

Falta de Fé ou Sabedoria?

“Porque tive vergonha de pedir ao rei exército e cavaleiros para nos defenderem do inimigo no caminho, porque já lhe havíamos dito: ‘A mão do nosso Deus está sobre todos os que o buscam, para o bem deles; mas a sua força e a sua ira são contra todos os que o abandonam.’” – Esdras 8:22

A pandemia da Covid-19 veio de repente e pegou todos de surpresa. Os governantes não sabiam (e em parte ainda não sabem) como agir. No início, muitos diziam ser apenas uma “gripezinha”. Pois é! Ela já levou a óbito mais de 190 mil brasileiros.

Com a igreja não foi muito diferente. Houve reações de ambos os lados. Houve aquelas que logo que ouviram falar da pandemia deixaram de ter o culto presencial e algumas delas, ainda hoje, assim continuam. Outras, em nenhum momento deixaram de ter o culto presencial, mesmo no mais crítico da pandemia, e ainda há aqueles irmãos que rotulam outros como “irmãos de pouca fé” os que ainda insistem em ficar apenas nas reuniões on line. Como resposta, recebem o rótulo de inconsequentes, rebeldes às autoridades ou mesmo ignorantes, pois estariam negando a ciência. Na igreja onde congrego (Pimentas, Guarulhos/SP.), inicialmente não queríamos parar com os cultos presenciais, mas, ante o aumento no número de infectados, inclusive no meio da irmadade, de abril a agosto tivemos apenas os cultos pelo You Tube e reuniões pelo aplicativo zoom. Em setembro voltamos ao presencial no domingo, com tranmissão ao vivo pela internet.

O texto que abre este artigo chamou minha atenção para esta questão. O sacerdote Esdras tem uma missão perigosa na volta do povo de Deus do exílio. Porém, por ter dido ao rei que seria protegido por Deus teve vergonha de pedir ajuda do exército real.

Confesso que identifico-me com Esdras em sua relutância. Ele estava com medo do que poderia acontecer na viagem, por isso pensou em pedir ajuda do rei da Pérsia. Ao mesmo tempo, sua declaração de fé diante do rei, o fez não tomar essa atitude. 

Viver por fé tem esses dilemas. De um lado, fé é exatamente confiar em Deus antes da ação dele (hebreus 11:1). Gosto de uma frase a respeito: “é pisar firme, sem saber se há chão, confiando que Deus o providenciará”. Lembro do rei Asa que “na sua enfermidade ele não recorreu ao Senhor, mas confiou nos médicos.” (2 Crônicas 16.12). Foi falta de fé mesmo.

Por outro lado, a fé não significa abrir mão de buscar socorro aqui na terra nos instrumentos que temos à nossa disposição. Jesus não pulou do pináculo do templo para provar sua fé em Deus Pai. Chamou isso de por Deus à prova (Mateus 4:7)

Voltando a falar na questão da pandeia e nos cultos, no começo dela, particularmente, eu era a favor de manter os cultos presenciais como uma demonstração de nossa fé em Deus, de que o Senhor nos protegeria. Por outro lado, a igreja é um corpo, submetido apenas a Jesus, com membros com experiências variáveis em sua fé. No primeiro final de semana pós anuncio da Covid, dos cerca de 50 irmãos que costumam estar presentes conosco, menos de 20 participaram naquele dia. Além disso, muitas pessoas, inclusive das igreja irmãs, começaram a ser diagnosticados com a doença e irmãos nossos vieram a óbito, como nosso irmão Luiz Amaral, da igreja na Metrô-Sul. E também a grande maioria das congregações na região passaram a ter reuniões somente on-line. Desta forma, no segundo domingo de abril passamos também a ter reuniões dessa maneira.

Hoje, quase 9 meses depois, olho a situação de uma maneira um pouco diferente. Eu, pessoalmente, teria continuado com os cultos presenciais (com os cuidados devidos, claro) sem qualquer problema. Apesar de não querer partir tão cedo, estou tão convicto de minha salvação e de que a vida após a morte é tão boa, que arriscaria, pois, caso partisse, estaria num bom lugar. Tenho o mesmo sentimento de Paulo, que estava dividido entre permanecer vive ou partir para a eternidade (Filipenses 1:23-24).

No entanto, a igreja é um corpo e especialmente nós que servimos como evangelistas ou nos casos em que a igreja tem seu presbitério, precisamos ter responsabilidade com os irmãos. Nem todos têm a mesma fé. Imagine um irmão que vem ao culto em função do pensamento de outro, contrai a doença, fica muito mal (como alguns dos nossos ficaram) ou mesmo vem a óbito. Nesses momentos a humanidade das pessoas aflora e, com certeza, os servos da igreja seriam acusados como culpados por aquela situação. Por outro lado, estar em casa não impediu que muitos irmãos da igrejas que deixaram de ter cultos presenciais contraissem a doença, pois precisavam trabalhar e ter contato com outros. Por que somente nos cultos todo mundo ficou em casa? Nesse sentido dou razão aos que defendem a permanência do culto presencial. Mas, gosto do que Paulo diz em Filipenses 3:16:

“Seja como for, andemos de acordo com o que já alcançamos.”

A fé é individual e cada discípulo de Jesus está numa fase e, mesmo que alguns deixem de participar por medo ou mesmo “falta de fé” (quem sou eu para julgar a fé do outro?), esses irmãos devem ser amados e respeitados no momento espiritual que vivem e não julgados, criticados ou, como alguns mais radicais fazem, ter seu compromisso com Deus colocado em dúvida.

Há ainda outra questão: a obediência às autoridades. Paulo nos ensina em Romanos 13:1-7 que devemos ser submissos às autoridades constituídas, desde que suas ordens não contrariem à vontade de Deus, conforme Pedro ensina em Atos 5:29. Em Guarulhos, no começo da pandemia, decreto da prefeitura municipal determinou que qualquer grupo que reunisse pessoas estaria sujeito à multa de R$ 10.000,00. Valeria apena desobedecer essa ordem somente para provar que temos fé e somos obedientes a Deus, quando não existia uma ordem para que não houvesse cultos? Durante semanas, antes de iniciarmos os cultos on-line, Pimentas teve seus cultos nos lares, cada família fazendo o seu. E isso o governo não nos proibiu. No primeiro século os cristãos não desafiavam as autoridades fazendo seus cultos ao ar livre, quando proibidos, mas escondidos em catacumbas. Desta maneira, dou graças a Deus pela tecnologia que nos permite ter nossas reuniões virtuais.

Para alguns irmãos, participar de cultos “on line” é falta de fé na proteção de Deus no momento do culto presencial. Para outros, quem está no culto presencial age de maneira inconsequente, colocando-se em risco. Precisamos entender que a fé é individual. De um lado, particularmente, temos participado de nossos cultos presenciais, cientes do risco do contágio, mas confiando em Deus. Porém, sem julgar os irmãos que estão nos cultos “on line”, pois somente Deus conhece os corações e as motivações de cada pessoa. Estamos juntos crescendo em nossa fé, cada um no seu estágio e respeitando os limites, a falta de fé ou de sabedoria que às vezes demonstramos uns para os outros. Não é muito sábio também colocar-se em riscos desnecessários.

A fé demostrada por Esdras foi honrada por Deus. Ele e seus companheiros foram protegidos pela boa mão do Todo-Poderoso. O mesmo podemos dizer de Daniel que arriscou desobedecer ao rei da Babilônia, para não comer o que a lei de Moisés proibia e sua fé foi horada (Daniel 1:8-10).

Sim, a fé em Deus demonstrada por Esdras nos motiva a “arriscarmos” em confiar em nosso Deus. Ao mesmo tempo, a relutância e vergonha dele faz a maioria de nós nos identificar com ele em nossos momentos de altos e baixos. Nenhum de nós é um super servo de Deus, somos todos limitados e necessitados da mão terna, da paciência e do amor do Senhor. Claro que nesta questão há atitudes incoerentes: há irmãos que dizem não ir aos cultos por medo da pandemia, mas postam nas redes sociais suas fotos na praia, nos shoppings, até mesmo em reuniões de lazer. Há outros que não estão presentes nem nos cultos presenciais nem on line. Estes demonstram onde estãos suas prioridades.

Entramos em 2021. Pimentas pretende voltar com todos os cultos presenciais, algo permitido pela prefeitura local, mantendo apenas o culto dominical também on line. Porém, sem medo de, caso necessário e decretado pelo governo, voltar com as reuniões somente pela internet. E, de qualquer forma, compreendendo e respeitando a fé (ou falta dela) de cada um, pois somente Deus tem elementos para medir com precisão o grau de nossa fé. Deixemos, pois, com ele esta questão.

“Você, porém, por que julga o seu irmão? E você, por que despreza o seu irmão? Pois todos temos de comparecer diante do tribunal de Deus.”, Romanos 14.10

Os Elementos da Ceia e Como Preparar

Lá em Êxodo Deus dá as instruções para o povo de Deus sair da escravidão no Egito. Ele instrui eles prepararem um cordeiro e pães asmos, isto é, sem fermento. O sangue do cordeiro deveria ser usado para marcar a porta das casas para que quando o anjo de Deus passasse, poupasse as famílias dos hebreus. Ah, aquela ceia era a última ceia na escravidão, então significava libertação e, ao mesmo tempo, era a última praga das 10 que assolaram o Egito cujo Faraó endureceu o coração e não deixou os israelitas sairem.

Foi numa reunião de despedida e de recomeço que Jesus participou com os seus discípulos naquela última e primeira ceia. Ela representava a saída da escravidão da lei e do pecado. A ceia é, também, uma bênção para os que participam dignamente, mas uma maldição para os que não participam. De qualquer modo a ceia é também um convite para obedecer o evangelho, pois somente os que morreram, foram sepultados e ressuscitaram com Cristo devem participar, isto é, os que obedeceram pela fé o evangelho. Faltar ao culto e não participar da ceia é pisar os pés de Jesus, profanar o sangue da aliança pelo qual foi santificado, e insultar o Espírito da graça? (Hebreus 10:29). Veja a importância em participar da ceia.

Agora, como participar se estamos cerceados socialmente pelo coronavírus? Fácil! Quem disse que vamos faltar ao culto? Afinal, Jesus instruiu muito tempo antes:

“Também lhes digo que se dois de vocês concordarem na terra em qualquer assunto sobre o qual pedirem, isso lhes será feito por meu Pai que está nos céus. Pois onde se reunirem dois ou três em meu nome, ali eu estou no meio deles.” (Mateus 18:19,20)

Aí está a nossa resposta para qualquer crise e mais, aí está uma oportunidade ímpar de convidar pelo menos mais uma pessoa que precisa ouvir o evangelho e não ficar na maldição, mas em libertação da escravidão do pecado. Quem, afinal de contas, não vai aceitar uma oração neste momento de necessidade? Então, aproveite a oportunidade!

O Pão e o Fruto da Videira

Agora, como fazer a ceia? Os elementos são: pão sem fermento (asmo ou ázimo) e o fruto da videira. Incrível, não é? Não poderia ser mais simples e elementos que a gente consegue encontrar facilmente em todo o planeta terra, já pensou nisso? Só podia ser Deus mesmo! Para fazer o pão da ceia é simples. Veja a receita abaixo:

INGREDIENTES

100 g de trigo integral
3/4 de colher de chá de óleo
1/2 colher de chá de sal
75 ml de água fria

Modo de preparar

  1. Misture 100 g de farinha de trigo integral, 3/4 de colher de chá de óleo e 1/2 colher de chá de sal.
  2. Acrescente 75 ml de água fria. Amasse durante cinco minutos. Divida em 6 pedaços iguais, formando bolinhas. Achate cada uma delas com a própria mão. Asse durante cinco a sete minutos em temperatura 225°C. Depois coloque-os numa bandeja e sirva-os.

O outro elemento é o fruto da videira. Geralmente usamos suco de uva. Recomenda-se evitar vinho, pois uma pequena dose pode fazer alguém cair em pecado e isto é sério! Encontra-se suco de uva em qualquer lugar para comprar. Se não, pode espremer a uva com as próprias mãos. É, talvez isso seja para os mais afortunados em terem uvas frescas em casa. Uma alternativa criativa é uva passas. Você pode ferver as uvas com um pouco de água e o suco é extraído desse processo. Em último caso, vinho. Antigamente misturavam com água para tirar um pouco o teor alcóolico.

Aí está, tudo pronto para ter comunhão com Deus, andar na luz através da comunhão com os irmãos ou de pessoas que precisam ouvir uma lição antiga, mas eficaz contra o pecado. Aproveite ensine uns dois ou três cânticos, explique porque fazemos a oferta e mostre na prática fazendo a sua oferta, explique o que é a ceia e porque a praticamos todos os domingos, pregue uma passagem curta e simples do evangelho compartilhando fé, esperança e amor com seus vizinhos, parentes e conhecidos.

A Deus seja toda a glória por este momento incrível!

CRE 2020

EVENTO CANCELADO!

XXXVIII REUNIÃO DE ESTUDOS INTENSIVOS-CRE
11 A 14 DE ABRIL DE 2020 – LAR BELÉM EM CAMPINAS – SP

Carta de Paulo aos Gálatas

Está tudo pronto para mais uma Reunião de Estudos Intensivos e CRE em Campinas, nos dias 11 a 14 de abril de 2020.  Não deixe de vir e celebrar e participar conosco. O assunto deste ano é: a “Carta de Paulo aos Gálatas.” Vamos encorajar a todos a levar a sério este estudo. Vamos aprender quais as lições para nós hoje. Que ensino maravilhoso! Nosso palestrante será o irmão Howard Norton.

Além das palestras teremos tempo para encorajamento espiritual e para dedicarmos à oração e comunhão.  A reunião começará no sábado à noite, dia 11 de abril, às 18:00 horas com o jantar e logo depois, às 19:30 horas, o primeiro estudo. A reunião terminará na terça-feira, dia 14 de abril à noite com o a última pregação.

Local: Lar Belém, Rua Almirante Richard Byrd, 260. Chácara da Barra, Campinas. Telefone: (19) 3252-5458
Investimento: R$ 330,00 para o estudo inteiro (isto inclui 3 diárias com três refeições e hospedagem e uma refeição extra). Por favor, não deixe de vir por motivos financeiros. Ligue para mim se necessário (0xx19-991117199 -zap ou duttonjr@uol.com.br).
Irmão e irmã, estejam prontos para este estudo importante. Que Deus os abençoe! Por favor, divulguem este encontro em suas congregações.

Seu irmão em Cristo,
Allen Dutton Jr.

*** Obs:
O encontro do CRE começa no sábado dia 11 logo após o ENOC e termina na terça dia 14 (o encontro será igual ao ano passado).
Refeições avulsas custam R$ 15,00. Você que mora perto fique para fazer as refeições conosco e aproveitar a irmandade.
Se você precisar dormir no Lar após o final de CRE (dia 14/04) não será cobrado nenhum valor adicional. Precisa sair cedo no dia 15/04.

Purificados Pela Comunhão

Deus é luz. Deus enviou seu filho Jesus como luz para este mundo. O mundo não o conheceu, os judeus não o receberam, por isso permaneceram em trevas. Mas a todos que receberam Jesus como luz, ganharam o poder de saírem das trevas. Paulo diz: “Pois, outrora, éreis trevas, porém, agora, sois luz no Senhor; andai como filhos da luz” (Ef 5:8) e em outro lugar também disse:

“Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor, no qual temos a redenção, a remissão dos pecados” (Cl 1:13, 14).

Por causa do pecado, muitos não o recebem em suas vidas:

“O julgamento é este: que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz; porque as suas obras eram más” (Jo 3:19).

Nas trevas as pessoas procuram satisfazer seus próprios maus desejos egoístas. Você não pode confiar nas pessoas que amam as trevas mais do que a luz. Você não pediria ajuda ou oração para o grupo de pessoas num bar ou numa boate, não é? Receberia escárnio como resposta. Mas você pode confiar nas pessoas que estão andando na luz. Quando andamos na luz, aprendemos a ser altruístas, servir ao invés de ser servidos, ser a fonte do amor, alegria, perdão, paciência, bom trato, da bondade e do domínio próprio. Quem anda na luz, não anda sozinho. Na luz, você encontra um monte de pessoas imperfeitas se esforçando pela perfeição. Nas trevas, você encontra um monte de gente imperfeita procurando satisfazer somente seus próprios desejos. São imprevisíveis e dizem não se arrepender de nada que fazem, pois não conhecem o arrependimento.

Na luz Jesus quer que você o siga e você, então, irá onde Ele estiver. Ele sempre está junto a Deus. Ele mesmo disse:

“Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida” (Jo 8:12

e também noutro lugar Ele disse:

“Andai enquanto tendes a luz, para que as trevas não vos apanhem; e quem anda nas trevas não sabe para onde vai” (Jo 12:35).

Onde é que Jesus está, para que o sigamos andando na luz? Para onde o caminho que estamos indo vai nos levar? Durante a semana Jesus está em todo lugar, Ele é onipresente! Mas no domingo Ele está aonde os seus membros estiverem, isto é, onde a igreja reunida estiver. Frequência ao culto é andar na luz.

“Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado” (1 Jo 1:7)

Se andarmos na luz, como Deus está na luz, então mantemos comunhão uns com os outros, e desta forma somente, o sangue de Jesus nos purifica de todo pecado. Dizem que a salvação é individual, mas não é isso que a Bíblia diz. Ela diz, claramente, que precisamos uns dos outros, precisamos manter comunhão uns com os outros e, só assim, seremos o corpo de Cristo. Todo corpo é composto por vários membros e não por um só. Sozinhos mostramos a nossa individualidade, juntos a nossa união e maturidade. Todo membro sozinho é defeituoso, mas juntos formamos um corpo perfeito, o corpo de Cristo. Um membro, fora do corpo, estraga e apodrece.

Ande na luz, dê importância à comunhão e assim, seja purificado de todo pecado. O contrário também é verdade.

Sem Medo de Perder

Sem medo de perder

Uma mulher muito rica sempre voava na mesma companhia aérea, mas sempre reclamava do serviço e até conseguia reembolso dos serviços prestados. Um dia o gerente da companhia deu a ordem de não lhe atender mais as demandas. Ela mesmo assim começou a reclamar e foi insistente a ponto da sua reclamação chegar ao dono da empresa aérea. Ele pessoalmente respondeu suas ameaças de não só não voar mais naquela companhia como fazer propaganda contrária para todos os seus contatos. Ele respondeu da seguinte forma:
– Vamos sentir sua falta.

As reclamações acabaram e a mulher continuou cliente fiel daquela empresa.

Muitas vezes a igreja age com medo quando precisa enfrentar alguns problemas de relacionamento, indisciplina, reclamações, críticas, problema doutrinário, insubmissão, fofoca, desânimo e divisão. O medo é perder algumas almas.

Se uma pessoa vai sair da igreja porque é disciplinada em alguma falta ou pecado ou porque não é reconhecido, está no lugar errado. A igreja é um lugar para servir e não ser visto. Quem não serve, para a igreja não serve. Um lugar onde o único que deve ser adorado e satisfeito é Deus. Já nós, todos nós, somos ensinados a ser totalmente submissos à Deus e obedientes à sua Palavra. Isso dos mais maduros aos que estão chegando hoje.

O papel dos pregadores é tratar dos pecadores, sejam eles convertidos ou não. De consolar os aflitos e afligir os acomodados. Claro que o servo de Deus deve agir com amor e paciência, admoestar, consolar e amparar, mas também ele deve fazer isso com firmeza e autoridade (e correndo o risco de ser chamado de autoritário) e sem medo de perder uma alma sequer. Claro que ele deve ser a imitação do Supremo Pastor e não deve dominar o rebanho que não lhe pertence, mas também deve impor a disciplina de Deus na igreja (1 Pedro 5:1-4).

As qualificações dos servos (1 Tm 3:1-7) e, principalmente quando são presbíteros, deve servir para este momento em que a disciplina deve ser aplicada e como resultado deve enfraquecer os que o contradizem e acusam. Foi para isso que a igreja os escolheu. Mesmo se o servo de Deus for jovem, não deve ser desprezado, antes deve ser conhecido pelas características exemplares como o apóstolo Paulo instruiu a Timóteo: exemplo na palavra, no procedimento, no amor, na fé e na pureza:

“Ninguém o despreze pelo fato de você ser jovem, mas seja um exemplo para os fiéis na palavra, no procedimento, no amor, na e na pureza.” (1 Timóteo 4:12)

Apesar de toda a luta para ganhar o pecador para Cristo e contar entre o rebanho do aprisco, haverá perdas. Até Jesus ‘perdeu’ um dos seus escolhido para ser apóstolo e muitos seguidores o abandonaram porque se escandalizaram do seu ensinamento.

“Daquela hora em diante, muitos dos seus discípulos voltaram atrás e deixaram de segui-lo.” (João 6:66)

Pela experiência os que dão mais trabalho são justamente aqueles que vão deixar a igreja. Desde cedo devemos tratar bem as pessoas, mas também devemos ser rigorosos quanto à disciplina na igreja. A falta de firmeza com a disciplina vai custar muito mais caro no futuro e, certamente, ameaçará a igreja.

Pegando o exemplo que vemos escrito pelo apóstolo Paulo e se identificarmos na igreja uma pessoa que não quer trabalhar, antes vive se intrometendo na vida dos irmãos, deve ser marcado entre a irmandade, mas não devemos aplicar somente a disciplina, mas também o remédio para a falta.

“Se alguém não obedecer à nossa palavra por esta carta, marquem-no e não se associem com ele, para que se sinta envergonhado; contudo, não o considerem como inimigo, mas chamem a atenção dele como irmão.” (2 Tessalonicenses 3:14,15)

Algumas vezes vemos irmãos associando-se com pessoas que cometeram adultério, que provocaram divisão, que andam desordenadamente, que não participam mais da comunhão e o fazem dizendo ser por amor, mas não é isso que a Bíblia ensina e isso também não funciona. Este é um comportamento errado. Uma pessoa que está vivendo em pecado e não participa da comunhão, não devemos nos associar com ela, não devemos ir na casa da pessoa, não devemos comer com ela, mas tratar a pessoa como irmão e não como inimigo, e, tendo oportunidade, chamar-lhe à razão do arrependimento. A IDEIA É QUE TAL PESSOA SE SINTA ENVERGONHADA E SE ARREPENDA.

Jesus não teme em perder os seus fiéis e verdadeiros discípulos. Ele mesmo os convida a ir embora e os que iriam mesmo, irão.

“Jesus perguntou aos Doze: “Vocês também não querem ir? ” Simão Pedro lhe respondeu: “Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras de vida eterna. Nós cremos e sabemos que és o Santo de Deus”. Então Jesus respondeu: “Não fui eu que os escolhi, os Doze? Todavia, um de vocês é um diabo! ” (Ele se referia a Judas, filho de Simão Iscariotes, que, embora fosse um dos Doze, mais tarde haveria de traí-lo.) (João 6:67-71)

Algumas vezes medidas duras, mas Bíblicas devem ser tomadas. Isso já aconteceu na história da igreja e devemos pegar estes casos como exemplo:

“Por toda parte se ouve que há imoralidade entre vocês, imoralidade que não ocorre nem entre os pagãos, a ponto de alguém de vocês possuir a mulher de seu pai. E vocês estão orgulhosos! Não deviam, porém, estar cheios de tristeza e expulsar da comunhão aquele que fez isso?… entreguem esse homem a Satanás, para que o corpo seja destruído, e seu espírito seja salvo no dia do Senhor.… Já lhes disse por carta que vocês não devem associar-se com pessoas imorais… Mas agora estou lhes escrevendo que não devem associar-se com qualquer que, dizendo-se irmão, seja imoral, avarento, idólatra, caluniador, alcoólatra ou ladrão. Com tais pessoas vocês nem devem comer.” (1 Coríntios 5:1, 2, 5, 9, 11)

Agora, você, que está lendo este texto. Pode ser que um dia você esteja do lado de lá, próximo do comportamento de Judas, mas talvez você pense agora que é mais parecido com Pedro. A questão é: o que você vai fazer quando você for o problema? Vai reconhecer, se humilhar, arrepender e pedir perdão e voltar ou vai se perder? Você estaria disposto agora que não precisa para quando precisar ser admoestado? Você precisa renovar esta decisão agora para quando, eventualmente, isso acontecer, você já lembre o que deve fazer. Falo renovar esta decisão, pois ela foi feita no batismo.

Os irmãos que desistirem da fé por causa dos problemas ou falta de arrependimento, vamos sentir falta, sem dúvida, mas devemos ficar firmes na doutrina e se alguém não quiser ouvir o que a Palavra diz. E ainda, quem disse que você pode controlar quem vai ficar ou sair. Basta agir corretamente e que você não seja pedra de tropeço, mas se alguém sair da igreja por disciplina bíblica, sinta, mas não se culpe. Que o pecador se arrependa e volte à comunhão andando segundo as ordens de Cristo.

Finalmente, devemos resolver todas as questões com a Bíblia aberta e sem opiniões dos mais fortes ou influentes na igreja. Sabendo que os que se tornam mestres sofrerão maior juízo pelos erros que cometerem. É uma grande responsabilidade ter que disciplinar a igreja de Deus e tentar cooperar com Cristo para a salvação do maior número possível.

Irmãos, não tenhamos medo de perder uma alma para o mundo. Tenhamos medo de deixar que o mundo invada a igreja por intermédio dos irmãos que se envolvem em pecado e não são admoestados para o arrependimento.


SAIBA MAIS SOBRE O COLHEITA Brasil NESTE VÍDEO ABAIXO

A Importância da Ceia do Senhor

Importância da Ceia do Senhor

O Domingo é o Dia do Senhor. Foi no domingo que Jesus ressuscitou (Marcos 16:2). Nos dois domingos seguintes, ele apareceu para eles enquanto estavam reunidos de portas trancadas (João 20:19). Além disso, conclui-se que foi no domingo o dia em que a igreja começou (Atos 2:1). Era domingo todos os dias em que eles se reuniam com o propósito de partir o pão e fazer suas ofertas (Atos 20:7; 1 Coríntios 16:2).

“Qualquer palavra existente no mundo tem um significado etimológico, então devemos buscar entender qual a origem da palavra Domingo e qual o seu real significado.

– A palavra Domingo vem do Latim, “dies Dominicus”, que quer dizer Dia do Senhor.

A quem diga que essa tradução é errônea, porém qualquer um que estude um pouco de história e entenda o básico de latim, é capaz de saber que desde o início da existência dessa palavra, esse foi o seu real significado.” – Fonte: https://bit.ly/2V46qDI

Domingo é o dia em que lembramos da morte, sepultamento e ressurreição de Jesus. Esse dia adquire o caráter de uma renovação da aliança entre nós e Deus. Recordamos e celebramos esse acontecimento por meio da Ceia do Senhor. Assim como os primeiros discípulos, nos sentamos à mesa do Senhor para compartilhar o marco da transição de um Testamento para um Novo, fundamentado no sacrifício de Jesus. O pão sem fermento simboliza seu corpo imaculado, entregue por nós na cruz e ressuscitado, agora sem pecado (embora Jesus tenha assumido nossos pecados na cruz, Ele os deixou na sepultura). O segundo elemento é o fruto da videira, representando o sangue de Cristo derramado por nós na cruz, que ratifica uma Nova Aliança. Esse sangue agora percorre em nós, os membros do corpo de Cristo, isto é, a igreja.

Até esse ponto, tivemos a introdução que ressalta a importância crucial da Ceia do Senhor. A abstenção dessa comunhão por meio da ceia seria como retroceder ao passado e acumular pecados. A ceia, por si só, não concede o perdão dos pecados, mas sua participação é fundamental para alcançar purificação. A ceia é para àqueles que obedeceram o evangelho que também é: morte, sepultamento e ressurreição. Se alguém não compartilha da ceia, pressupõe-se que não tenha participado do culto com os irmãos. Ela é um rito memorial coletivo e, portanto, não deve ser realizada individualmente. A Ceia também nos recorda que somos partes integrantes do corpo de Cristo.

É crucial relembrar as palavras do apóstolo João sobre a magnitude da comunhão. Em minha opinião, deveríamos internalizar e ensinar a nossas crianças essas palavras hoje, a fim de fundamentar sua fé:

“Se, porém, andamos na luz, como ele está na luz, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado.” (1 João 1:7)

Estando juntos, percebemos que caminhamos na luz, e o sangue de Jesus nos purifica de todos os pecados. É na ceia que encontramos essa concretização. O pão simboliza o corpo, e o fruto da videira representa o sangue da família. Ao compartilhar o conteúdo do cálice, que simboliza o sangue de Cristo, recebemos bênçãos e participamos do Seu sacrifício. Ao partir o pão, também participamos do Seu corpo. Todos nós fazemos parte do corpo de Cristo.

“Não é verdade que o cálice da bênção que abençoamos é uma participação no sangue de Cristo, e que o pão que partimos é uma participação no corpo de Cristo? Por haver um único pão, nós, que somos muitos, somos um só corpo, pois todos participamos de um único pão.” (1 Coríntios 10:16,17)

Faltar ao culto e não participar de ceia te leva a uma situação pior do que antes de ser convertido e, pior do que aquele que nunca foi convertido.

“Se, tendo escapado das contaminações do mundo por meio do conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, encontram-se novamente nelas enredados e por elas dominados, estão em pior estado do que no princípio. Teria sido melhor que não tivessem conhecido o caminho da justiça, do que, depois de o terem conhecido, voltarem as costas para o santo mandamento que lhes foi transmitido. Confirma-se neles que é verdadeiro o provérbio: “O cão voltou ao seu vômito” (2 Pedro 2:20-22)

A importância da Ceia do Senhor é, em essência, tão relevante quanto a do culto dominical. Na prática, um é praticamente inseparável do outro, pois a comunhão é essencial para participar da Ceia, sendo nesse encontro que renovamos nossa aliança.

A Ceia do Senhor corresponde à Páscoa do seguidor de Cristo. Jesus conferiu um novo significado àquele memorial do Antigo Testamento. Assim como os primeiros discípulos, em obediência à Palavra de Deus, devemos relembrar a morte, o sepultamento e a ressurreição de Jesus todos os domingos, exclusivamente nesse dia. Participar da ceia em qualquer outro dia da semana não está de acordo com o que aprendemos por meio da leitura da Palavra e da nossa fé em Cristo. Você pode CLICAR AQUI para ler um artigo que explica por que a participação na Ceia do Senhor é reservada aos domingos.