Além de sua natureza divina, Jesus adotou uma natureza humana pura pelo seu nascimento milagroso, virgem, a fim de perdoar os pecados dos seres humanos. (Leia essa afirmação outra vez.)
Há três coisas que precisamos explicar sobre esta afirmação: que Jesus nasceu de uma virgem, que ele nasceu com uma natureza pura, sem pecado e que ele nasceu como verdadeiro ser humano.
Quase todos conhecemos o primeiro ponto. Já lemos as palavras de Lucas 1, que descreve a cena do nascimento de Cristo. Lembrese das palavras de Isaías, repetidas em Mateus 1:23:
“A virgem ficará grávida e dará à luz um filho, e lhe chamarão Emanuel” que significa “Deus conosco”. Isso é importante porque o propósito dele nascer de uma virgem foi para que nascesse sem a natureza pecadora.
Não é só que Jesus não pecasse, mas que por sua natureza, ele jamais teve intenções de cometer pecado. Lemos em Tiago 1:13 que “Deus não pode ser tentado pelo mal”. Já explicamos que Jesus é Deus encarnado e como tal foi impecável, ou seja, não estava sujeito (no nível espiritual) a tentações. Sabemos que ele foi tentado quando esteve na terra. Mas imediatamente revelou que não havia nada de pecador nele, por isso não sucumbiu às tentações. Ele era Deus, e, como sabemos, o pecado e Deus não podem coexistir.
A natureza pura de Jesus é o que lhe torna perfeito como sacrifício por nossos pecados. Ele é o Cordeiro de Deus sem mancha, que tira os pecados do mundo. Quando João viu Jesus passando, disse: “Vejam! É o Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo!”
Ambos os pontos estão de acordo neste último fato: Que Jesus é verdadeiramente humano. O pensamento moderno e pósmoderno têm a tendência de negar a divindade de Cristo, como já mencionamos. Na época de João, no entanto, havia uma corrente, contrária a essa, que afirmava que Jesus não era humano.
Ensinamentos começaram a surgir afirmando que Jesus só teve a aparência de ser humano; que ele era mais um espírito ou até um fantasma. Esses eram chamados de Docetistas. Eles acreditavam que a matéria era de origem pecaminosa e por isso Jesus não poderia ter corpo físico. João refuta isso de maneira categórica tanto no seu evangelho como em suas cartas.
Dessa forma, podemos concluir que Jesus, o verbo (logos) de Deus, é a palavra eterna porque ele é Deus. Ele também é a palavra encarnada porque é humano. Concluímos que ele é totalmente Deus e humano ao mesmo tempo, pois Jesus tinha duas naturezas numa só pessoa(união hipostática). Ele sempre foi e será ao mesmo tempo, desde o dia de sua encarnação, tanto Deus quanto homem. As duas naturezas coexistem perfeitamente.
Conclusão
Se você não crê em Jesus Cristo como Deus, então não crê no Jesus Cristo da Bíblia. Se você não crê em Jesus Cristo como homem, tampouco crê no Jesus da Bíblia.
Eis aqui meu desafio: que reexaminemos a nossa crença em Cristo. O bebê da manjedoura, das histórias de Natal, não é só parte do folclore deste país.
Minha oração, a você que está lendo este livro, é que ao ler a narrativa do nascimento de Cristo (Lucas 1 e 2), note que essa foi a primeira vez que Deus baixou do céu para viver na terra com uma missão redentora. E o verbo se fez carne.
E por ter aquele Verbo, um dia, sido pendurado numa cruz romana, você pode agora aproximarse de Deus, deixar a vida de pecados, ser restaurado pela graça, através da fé em Jesus (Efésios 2:8). A Ele a glória.