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A Base de Lares Felizes e Fortes 4 – Ter o Fruto do Espírito Santo

Este é o quarto artigo da série: “A Base de Lares Felizes e Fortes“. Se você não leu o artigo anterior, CLIQUE AQUI para ler.

E finalmente, para termos famílias fortes e felizes, precisamos ter o fruto do Espírito Santo. Eu mencionei no início e acredito com todo o meu coração, todo mundo deseja um lar feliz.

Você vai a Singapura, os chineses lá desejam um lar feliz. Você vai à República Checa, onde está minha filha com o marido como missionários; os checos anseiam por lares felizes. Vai à Alemanha, desejam lares felizes.

Mas o que é um lar feliz? Eu acho que um lar feliz é um lar onde existe amor. Não acha? Eu acho que é onde existe alegria. Sou muito grato a Deus por ter uma esposa feliz e alegre.

Posso chegar em casa deprimido, meio zangado, e ela está feliz, graças a Deus, e ela me faz feliz. Desejamos lares onde existe amor, alegria, paz, longanimidade, paciência, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio.

Onde posso sair de manhã sem me preocupar com o que minha mulher vai fazer enquanto estou fora de casa. E onde posso pegar um avião ontem à noite, vir para cá e ficar fora vários dias, e minha mulher não se preocupa com o que vou fazer enquanto estou longe?

Porque ela pratica o domínio próprio e eu também pratico.

Agora, se eu pudesse garantir que você voltasse para o seu lar e encontrasse lá o amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, você não seria o homem mais feliz do mundo?

E sabe onde peguei essas características? Vocês sabem! Em Gálatas:

“Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei.” (Gálatas 5:22, 23)

Acredito que Karl e Paul Faulkner, aqueles dois irmãos que entrevistei, tinham razão. Perguntei o que poderia fazer como pregador para fortalecer os lares na minha congregação. Eles responderam “Pregue o exemplo de Jesus Cristo”.

Hoje, irmão, digo que se desejamos famílias fortes e felizes, precisamos da mentalidade de Jesus, do caráter de Deus e do fruto do Espírito Santo. Que Deus nos conceda lares cada vez mais felizes e fortes.

Todos os artigos desta série você encontra nos links abaixo:
1. A Base de Lares Felizes e Fortes – Introdução
2. A Base de Lares Felizes e Fortes 2
3. A Base de Lares Felizes e Fortes 3
4. A Base de Lares Felizes e Fortes 4 é este artigo que você leu…

Para este artigo, agradeço especialmente ao irmão Nélio Ferreira por disponibilizar o vídeo com esta mensagem.

Somos Todos Colheita Brasil – Preocupações sobre o Colheita Brasil

Colheita Brasil

Amados irmãos,

Depois de muita oração, jejum, diálogo e paciência, nos apresentamos diante da igreja de Cristo no Brasil por meio desta carta. Agradecemos, sinceramente, as preocupações em relação ao trabalho do ‘Colheita Brasil’. Entendemos as reservas de algumas pessoas, especialmente diante de informações que não são precisas.

Optamos por não fazer uma declaração imediata para evitar causar divisões na igreja brasileira, conhecida por sua união e amor espiritual. Esta resposta não é para defender nossa honra, atacar ou tentar ofender algum irmão. Prezamos pela união, amor e espírito para que o mundo veja que somos verdadeiros discípulos de Cristo (João 13:34, 35).

Gostaríamos de abordar cada uma das preocupações, oferecendo mais detalhes sobre o Colheita Brasil para esclarecer pontos e, possivelmente, reduzir suas ressalvas. Reconhecemos que não conseguiremos agradar a todos e, estamos cientes de que enfrentaremos críticas e comentários adversos.

Entendemos que enfrentar críticas faz parte do processo, e se ficássemos tímidos em agir com medo de errar e sermos criticados, nada seria realizado. Nosso foco está em realizar o trabalho de evangelismo e plantação de igrejas de Cristo. Reconhecemos que as críticas só melhoram e fortalecem os esforços do Colheita Brasil, e agradecemos a Deus por esse momento desafiador, mantendo-nos firmes apesar das adversidades (2 Co 4:9). Se esperássemos por algo perfeito, nunca cumpriríamos o chamado e a Grande Comissão.

Ao observarmos os princípios ensinados por Jesus, percebemos que não refletem a verdadeira natureza dos problemas entre irmãos. Lamentamos os efeitos negativos disso na irmandade. Oramos para que Deus intervenha e seja nosso juiz.

1. UMA ORGANIZAÇÃO MISSIONÁRIA

Não somos uma organização missionária formal ou informal, o que é muito fácil de provar; este é um argumento muito fraco. Colheita Brasil é um grupo de irmãos que se ama em Cristo, ama o evangelho, fiel à doutrina, adora a Jesus, quer evangelizar e que se uniu e chamou outros para participarem. Por isso, surgiu naturalmente o slogan: “Somos Todos Colheita Brasil”. No entanto, reconhecemos que não somos uma unanimidade, e os irmãos têm liberdade para ofertar ou não para esta causa. Aceitamos as negativas, contanto que Ele cresça e nós diminuamos.

Quando dizemos que “nós enviamos missionários”, queremos dizer exatamente isso! “Nós, membros da igreja de Cristo, que ofertaram para esta causa, enviamos missionários”. Este esforço nos enche de orgulho da irmandade que fez deste O MAIOR ESFORÇO JÁ FEITO POR IGREJAS DE CRISTO BRASILEIRAS. A falha de comunicação da nossa parte não deve causar acusação contra todos os que ofertaram. É essa união que vai continuar nos norteando.

Colheita Brasil é uma definição de um esforço das igrejas brasileiras para plantar igrejas nas capitais que ainda não têm uma igreja de Cristo. Nós vamos errar, vamos pedir perdão e nós vamos continuar!

2. AUTONOMIA DAS CONGREGAÇÕES E PAPEL DO COLHEITA BRASIL:

É importante salientar que o Colheita Brasil não interfere na autonomia das congregações em escolher, formar, treinar e gerenciar suas próprias equipes missionárias. Este grupo de irmãos, conhecido como Colheita Brasil, atua como um facilitador, conectando ofertantes individuais e congregações que desejam enviar missionários com aqueles que possuem necessidades missionárias, começando pelas capitais brasileiras que ainda não têm uma igreja de Cristo.

O Colheita Brasil não exige exclusividade e reconhece que as congregações podem ter outros parceiros missionários. Por não ser uma associação missionária, Colheita não possui poder de decisão sobre quais congregações podem participar de um esforço missionário. Essa decisão cabe unicamente à congregação local. Isso pode acontecer sem o aval e, até mesmo, sem o conhecimento dos irmãos do Colheita Brasil. Mesmo que reprovemos algumas associações, não temos controle final. Associação com quem não segue a sã doutrina, é também nossa preocupação.

Certamente, este grupo de irmãos toma os cuidados de conhecer a congregação brasileira que se voluntaria para formar, treinar e enviar uma equipe missionária. Não exigimos documentação ou lemos os estatutos congregacionais; confiamos na prática da sã doutrina das congregações.

3. TRANSPARÊNCIA E FONTES DE FINANCIAMENTO:

Colheita Brasil não é uma administradora das ofertas, e sim uma congregação que há anos treina e envia missionários. Esta administração é totalmente transparente em relação às fontes de doações. Um grupo de irmãos de várias congregações brasileiras supervisiona essa administração da igreja de Cristo de Campo Grande, MS. Todos os recursos são provenientes de doações voluntárias de irmãos e congregações brasileiras. Não há recebimento de recursos de entidades ou pessoas que não praticam a sã doutrina para o Colheita Brasil, pois o Colheita não tem CNPJ, conta ou qualquer documento legal que lhe dê condições para receber ofertas.

Não há obrigatoriedade de congregações ou membros em ofertar; tudo é feito voluntariamente. No entanto, reconhecemos que até mesmo alguns ofertantes não cristãos ou denominacionais sentiram-se tocados a ofertar para a missão de plantar igrejas de Cristo no Brasil com recursos brasileiros. Não temos como impedi-los. Isso não torna a oferta suja ou espiritualmente reprovável. Damos glória a Deus que nossa união ensinada por Jesus (João 13:34, 35) sirva de testemunho para o mundo, e eles podem ver que somos verdadeiramente discípulos Dele.

Gostaríamos de estar cantando isso: “Somos um no espírito e um no Senhor… e um dia o mundo verá o nosso amor”. Mas confessamos que estamos abatidos e tristes por ter que tratar de problemas levantados dentro da própria irmandade.

Os irmãos que administram as ofertas prestam contas de forma regular e transparente sobre a utilização dos recursos doados. Os recursos não ficam parados no banco; são destinados diretamente ao campo missionário, e as congregações que recebem esses recursos e que enviaram as equipes missionárias podem dar este testemunho e também prestar suas contas. Este foi o objetivo do esforço Colheita Brasil, zerar a conta sempre para destinar as ofertas ao campo missionário.

As informações sobre doações e gastos estão disponíveis no site do Colheita Brasil para consulta de qualquer pessoa. Qualquer irmão da igreja de Cristo no Brasil pode solicitar esclarecimentos detalhados aos administradores. Ressaltando que o Colheita Brasil não administra os recursos e sim congregações estabelecidas, atuantes, com servos idôneos e qualificados que fazem tanto o trabalho local quanto o trabalho missionário com fidelidade à sã doutrina, evidenciado em suas práticas dominicais. https://colheitabrasil.com.br

4. RELAÇÃO COM GCM:

O Colheita Brasil não é uma organização ou uma associação missionária; são pessoas que ofertam seu tempo e recursos financeiros e, sendo assim, não possui qualquer ligação formal ou informal com a GCM. Colheita não é uma frente para a GCM e não trabalha em conjunto com essa entidade. Como já evidenciado acima, Colheita Brasil não tem condições de receber ofertas e sim as congregações estabelecidas tanto legalmente quanto física e espiritualmente.

Individualmente discordamos de práticas contrárias à sã doutrina e, se pudéssemos, proibiríamos. As duas congregações plantadas com recursos ofertados pelos irmãos das igrejas de Cristo no Brasil não usam instrumentos musicais na adoração em hipótese alguma, e as práticas são as mesmas que as congregações das igrejas de Cristo no Brasil. As igrejas plantadas são supervisionadas por congregações que não usam instrumentos e não aceitam interferência ou influência de qualquer entidade para usar. Se as práticas bíblicas mudarem, certamente não receberão os recursos ofertados pelos irmãos.

Qualquer um pode ver pelos links de transmissão na Internet os cultos de Campo Grande e Boa Vista.

Campo Grande <https://www.facebook.com/cristoemcg>
Boa Vista <https://www.instagram.com/igrejadecristoemboavista/>

A GCM não impõe regras doutrinárias; eles se mantêm neutros, e isso também nos incomoda. Os membros individuais do Colheita Brasil têm uma posição sólida quanto a este assunto. Cada um individualmente e em suas congregações, segue o que a Bíblia diz. Provavelmente você os conhece pessoalmente e já os ouviu ensinar sobre os assuntos sobre os quais todos tememos ser influenciados.

O fato de algumas congregações brasileiras que colaboram com o Colheita Brasil também serem parceiras da GCM não significa que exista uma conexão entre aquela organização e o Colheita, apesar de não agradar aos indivíduos que incentivam as missões. As congregações são livres para escolher seus parceiros missionários. O ideal é contar com a colaboração coletiva de toda a igreja de Cristo no Brasil e que o recurso não venha mais de fora. A igreja brasileira precisa amadurecer e se auto sustentar. A isto temos chamado de Colheita Brasil.

GCM recrutou e treinou praticamente todos os missionários no Brasil. Agora eles começaram a recrutar brasileiros também. Algumas congregações ainda não desfizeram os laços com GCM. Amadurecimento e autonomia, é exatamente o que trouxe e prega o Colheita Brasil: A igreja de Cristo brasileira, independente e auto suficiente. Não podemos nos afastar de quem nem sequer nos aproximamos.

5. SÃ DOUTRINA:

O Colheita Brasil está comprometido com a sã doutrina e possui um conselho doutrinário composto por 27 livros chamado Novo Testamento e irmãos sérios e comprometidos com a Palavra de Deus. Nenhum deles, sem exceção, faz parte de congregações desviadas da sã doutrina. Este conselho é responsável por garantir que os missionários enviados estejam em conformidade com a sã doutrina.

Colheita Brasil, por não ser uma organização e nem sequer ter poder sobre os recursos ofertados, não escolhe ou treina missionários. Inclusive, depende das congregações que administram para ter um fundo de divulgação e trabalho. O treinamento já tem sido feito pelas escolas estabelecidas e não temos nenhum poder sobre as escolas. De fato, também seria melhor se a responsabilidade do discipulado e treinamento dos obreiros dependesse da congregação local e não das escolas.

Todos os integrantes do Colheita Brasil ensinam e praticam a sã doutrina e são contrários à ministração do culto público por mulheres segundo o que ensina o Novo Testamento (1 Co 14:34). O uso de instrumentos musicais na adoração entendendo que o mandamento é específico: cantar (Rm 15:9; 1 Co 4:15; Ef 5:19). Repudiamos qualquer aproximação e envolvimento com quaisquer denominações que ensinam que o batismo não é necessário para a salvação. Acreditamos, sim, que ouvir a palavra, a fé, o arrependimento, a confissão, o batismo por imersão para perdão de pecados e receber o dom do Espírito Santo e, por fim, a fidelidade leva à salvação.

6. DIÁLOGO E ESCLARECIMENTO DE DÚVIDAS:

O TRABALHO DO COLHEITA BRASIL NÃO VAI PARAR porque pregar o evangelho simples e puro, plantar igrejas e unir a igreja de Cristo no Brasil em missões é a nossa motivação.

O ataque ao esforço Colheita Brasil é um ataque a todos os que ofertaram até agora. Os que estão à frente servindo têm colocado sua fé, esperança, amor e reputação. O que menos importa é a nossa reputação individual. Como disse um irmão do Colheita Brasil: “cuidemos de nossa integridade e Deus cuidará de nossa reputação”. Estamos dispostos a sofrer ameaças e ataques pessoais. O que defende a existência do Colheita Brasil é o trabalho e resultados já alcançados, não as palavras e teorias.

Colheita Brasil não é uma associação missionária e parar com o esforço da igreja de Cristo brasileira está nas mãos dos irmãos.

Se acabar com o Colheita Brasil somente por causa de uma suspeita, discordância, opinião ou qualquer outra coisa, quem ou o que sobra para fazer o trabalho missionário?

O Colheita Brasil como um grupo de irmãos unidos em plantar igrejas não é perfeito. Vamos errar por fazer, não por omissão. Estamos dispostos a reparar nossos erros, não temos compromisso com o erro, com o pecado ou com falsas doutrinas. Os irmãos que servem ao Colheita Brasil estão sempre abertos ao diálogo e ao esclarecimento de dúvidas dos irmãos que ofertam.

Todos estamos muito tristes e surpresos, porém não derrotados. Vamos responder com trabalho, arrependimento dos erros, perdão, amor e reconhecer a importância de um debate franco e honesto sobre os desafios da obra missionária no Brasil.

Convidamos você a entrar em contato diretamente com o Colheita Brasil através do site usando nosso meio de comunicação, lá. No entanto, para conversar sobre suas preocupações doutrinárias nas congregações estabelecidas, você precisa entrar em contato diretamente com as congregações que enviaram os missionários e obter mais informações sobre o trabalho de evangelismo, doutrina e a plantação das congregações.

CONCLUSÃO:

O Colheita Brasil não é uma organização missionária, não temos CNPJ, não temos salários ou sustentos individuais para os seus integrantes. Somos ofertantes juntamente com a igreja brasileira que trabalha para unir a igreja e pregar o evangelho. A organização é em torno da Grande Comissão, nada mais, nada menos, e atuamos com transparência, agradecimento pela generosidade dos irmãos que ofertam, respeito à autonomia das congregações e compromisso com a sã doutrina.

Reconhecemos a imperfeição da nossa parte. Reconhecemos a necessidade de arrependimento nos erros cometidos por ação, não por omissão.

Acreditamos que o Colheita Brasil tem um papel importante a desempenhar na evangelização do Brasil. Convidamos você a conhecer melhor o trabalho e considerar a possibilidade de se unir a esse esforço.

Lembre-se:

• O Colheita Brasil está à disposição para esclarecer qualquer dúvida.
• Valorizamos o diálogo e a busca pela verdade.
• O trabalho missionário é essencial para a expansão do Reino de Deus.
• Colheita é um grupo de irmãos que ofertam e fizeram deste O MAIOR ESFORÇO MISSIONÁRIO E EVANGELÍSTICO FEITO PELAS IGREJAS DE CRISTO NO BRASIL.
• Colheita Brasil não pode parar até que Jesus volte e apresentemos a Ele a igreja que plantou outras igrejas de Cristo para honra e glória Dele somente.

Novamente nos colocamos à disposição dos irmãos, mas não vamos responder a nenhum novo ataque ou argumento mirabolante. Todos os irmãos das igrejas de Cristo no Brasil têm o direito de decidir se vão continuar contribuindo para plantar igrejas de Cristo que são simples, verdadeiras, sólidas na Palavra ou se simplesmente vão parar e tentar minar este esforço.

Da mesma forma que Paulo, o apóstolo, apelou para a igreja e seus sábios, apelamos que peçam a Deus e julguem com sabedoria (1 Co 6:1-7) a questão levantada. Quanto a nós, seguindo o ensinamento, reconhecemos que o “existir entre vós demandas já é completa derrota para vós outros” e, se formos atacados, sofreremos a injustiça e o dano (1 Coríntios 6:7).

Enquanto isso, continuaremos trabalhando para o nosso Senhor a quem devemos responder e com consciência limpa na presença do Senhor nos submetemos aos irmãos.

Que Deus abençoe a todos nós em nosso compromisso com a evangelização do Brasil! Vamos continuar com mais respostas e dialogue no futuro para o bem do evangelho.

Com amor em Cristo, por causa da cruz,

Daniel Morgan, EUA
Carol Morgan, EUA
João Cruz, Atibaia
Mauro Francisco, Curitiba
Silene Coelho, Manaus

A Base de Lares Felizes e Fortes 3 – Ter o Caráter de Deus

Ter o Caráter de Deus

Este é o terceiro artigo da série: “A Base de Lares Felizes e Fortes“. Se você não leu o segundo artigo da série, CLIQUE AQUI e leia para acompanhar a sequência.

Uma moça começou a namorar um rapaz não cristão e namoraram por vários anos. Ele ia com ela na igreja, mas não se tornou cristão. Um dia ele comentou com um grupo de pessoas que estavam decididos a casar. Ele disse:
– Eu e Maria vamos casar. E sabe, eu creio que nós temos o que é necessário para vencer. Não acha? – O pregador disse:
– Eu não acho!

E o rapaz ficou chocado. Ele perguntou:
– O que é que o senhor falou?
– Eu não acho que você e Maria têm o que é necessário para sobreviver.

E o rapaz espantado disse:
– Mas por que? – O pregador respondeu:
– Porque duas pessoas não conseguem vencer no casamento. Tem que ter uma terceira pessoa no casamento. E vocês não têm essa terceira pessoa. Esta terceira pessoa é Deus.

O rapaz ficou sem palavra. O pregador falou depois que nem sabia porque ele disse aquelas coisas. As palavras simplesmente saíram e ele pensou que talvez ele tivesse realmente machucado o rapaz. Alguns dias depois tocou o telefone dele, e foi a moça cristã que ia casar com aquele rapaz. E ela disse, irmão, o meu noivo ficou muito abalado com aquelas palavras que o senhor falou outra noite. E ele gostaria de marcar uma hora para estudar a Bíblia com você. E marcou e eles estudaram.

E o resultado foi que o rapaz caiu em lágrimas. E disse, olha, as suas palavras me tocaram profundamente. E eu quero que nós vençamos em nosso casamento. E eu quero Deus na minha vida. Como é que eu posso? E o Linn ensinou, e o rapaz foi batizado em Cristo Jesus. É isso que eu estou dizendo. Se nós queremos lares fortes e felizes, nós temos que ter o caráter de Deus em nossos lares.

Em Hebreus capítulo 6, Hebreus capítulo 6, versículo 17, nós vemos um retrato do caráter de Deus.

“Por isso, Deus, quando quis mostrar mais firmemente aos herdeiros da promessa a imutabilidade do seu propósito, se interpôs com juramento, para que, mediante duas coisas imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta, forte alento tenhamos nós que já corremos para o refúgio, a fim de lançar mão da esperança proposta” (Hebreus 6:17, 18)

O que quero que notemos aqui é que o nosso Deus tem como característica, como parte do seu caráter, um fato muito importante: Ele não pode mentir.

Duas coisas confirmam todas as promessas de Deus. E quando Ele jura por si mesmo, Ele confirma duas vezes a grande verdade que está propagando. Deus é honesto. Ele é um Deus de uma palavra só. Quando Ele fala, fala apenas a verdade.

A Bíblia diz em Malaquias que Deus odeia o divórcio. Não fala isso? Porque Ele odeia o divórcio? Eu não sei todas as razões. Creio que Ele odeia o divórcio porque machuca tanto a pessoa rejeitada e os filhos, que daquele dia em diante não têm mais pai e mãe juntos. Mas há outra razão. Creio que Deus odeia o divórcio porque quando acontece, significa que alguém mentiu.

Cada um fez promessas perante a Irmandade, perante a família, perante o pregador e perante Deus. E quando o divórcio acontece, significa que alguém mentiu. E a pessoa que mente não tem o caráter de Deus, porque Deus não pode mentir.

Para termos lares fortes e felizes, precisamos cumprir as promessas que fizemos.

Você pergunta: “E se a mulher estivesse num desastre de carro, perdesse o sentido e nunca mais pudesse funcionar como esposa, mas ainda respira, qual seria o meu dever?” Seu dever é cumprir a sua promessa. Ou a esposa poderia perguntar: “E se o marido não ganha o dinheiro que eu pensava que ele ganhasse, e ele não arruma a casa como eu esperava, o que devo fazer?” Se você tem o caráter de Deus, cumpre a sua palavra, porque Deus não pode mentir.

E para termos lares fortes e felizes, precisamos ter o caráter de Deus.

O quarto artigo estará disponível dia 16 de Fevereiro no Portal.

Este artigo foi extraído da palestra de Howard Norton no Encontro Nacional de Obreiros Cristãos (ENOC) de 1999.

O quart o último artigo, CLIQUE AQUI para ler.

A Base de Lares Felizes e Fortes 2 – Ter a Mentalidade de Cristo

A Base de Lares Felizes e Fortes -ter a mentalidade de Jesus

Este é o segundo artigo da série: “A Base de Lares Felizes e Fortes“. Se você não leu o artigo introdutório, CLIQUE AQUI para ler a sequência.

A mentalidade de Jesus encontra-se centrando-se em passagens bíblicas como Filipenses 2:4 e Romanos 15:1. A mensagem central é a de que Jesus não veio ao mundo em busca de autoagrado, mas para servir à humanidade, exemplificado ao assumir a forma de servo e carregar os pecados. O egoísmo é um fator prejudicial nas famílias, contribuindo para divisões, e enfatiza a necessidade de cultivar uma mentalidade altruística, seguindo o modelo de Jesus.

Eu creio que um dos problemas com todas as famílias atormentadas e divididas é que existe muito egoísmo. O marido quer que tudo funcione para o seu bem, e a esposa quer que tudo funcione para o bem dela, e os filhos querem que tudo funcione para o bem deles, e quando nós pensamos assim, não temos a mentalidade de Jesus. A mentalidade de Jesus é a mentalidade de servir aos outros.

“Nós que somos fortes, devemos suportar as fraquezas dos fracos, e não agradar a nós mesmos. Portanto, cada um de nós agrade ao próximo no que é bom para edificação, porque também Cristo não se agradou a si mesmo antes como está escrito, “As injúrias dos que te ultrajavam caíram sobre mim.” (Rm 15:1)

A narrativa expande essa ideia ao abordar a dinâmica familiar, ressaltando que muitas famílias enfrentam desafios devido ao egoísmo predominante. Todos deveríamos ter a responsabilidade de suportar as fraquezas dos outros, enfatizando que a satisfação pessoal não deve sobrepujar a construção de relacionamentos sólidos. A reflexão se aprofunda ao considerar que, ao seguir a mentalidade de Jesus, os membros da família podem criar lares mais fortes e felizes, onde o foco está em agradar e edificar uns aos outros.

No contexto do lar, o texto conclui com a ideia de que a mentalidade de Jesus é crucial para o bem-estar familiar. Ao destacar que o egoísmo é um obstáculo à harmonia, a aplicação do princípio de Romanos 15:1, incentivando cada membro da família a buscar o que é bom para edificação mútua. O texto enfatiza que, ao abrir mão do desejo constante de satisfação pessoal em favor de servir e agradar aos outros, especialmente dentro da família, é possível criar um ambiente mais positivo, promovendo relacionamentos saudáveis e duradouros.

Quando eu comecei a fazer sermões sobre o lar, eu pensava que havia poucas passagens que falassem sobre o lar, e normalmente eu ia falar sobre Efésios capítulo 5, ou eu ia falar sobre uma passagem com Lucas, mas eu já cheguei à conclusão que há muita coisa sobre o lar, na Bíblia, que não tem a palavra lar no texto. Eu creio que Filipenses capítulo 2 é uma dessas passagens, eu creio que Romanos capítulo 15 é outra passagem. Romanos capítulo 15 diz:

“Portanto, cada um de nós agrade ao próximo no que é bom para edificação.”

Vamos mudar um pouco aquela palavra sem mudar realmente a ideia, portanto, cada um de nós agrade a esposa no que é bom para edificação. Ou se eu estivesse falando com um grupo de senhoras, eu podia dizer, “Portanto, cada um de nós agrade ao marido no que é bom para edificação, porque também Cristo não se agradou a si mesmo antes como está escrito, ‘As injúrias dos que te ultrajavam caíram sobre mim.'”

Se nós desejamos lares felizes e fortes, nós temos que criar a mentalidade de Jesus. E a mentalidade de Jesus foi simplesmente isto. Ele disse, “Eu não precisa ser agradado.” “Eu não preciso que toda vantagem seja minha.” Pelo contrário, eu estou aqui para agradar e ajudar outras pessoas. E nós como pais, como maridos, não temos o direito de sempre ser agradados. Se temos a mentalidade de Jesus, estaremos, pelo contrário, procurando a agradar, ajudar e edificar a nossa própria família.

Este artigo foi extraído da palestra de Howard Norton no Encontro Nacional de Obreiros Cristãos (ENOC) de 1999

O que é uma Sociedade Missionária e a Colheita Brasil é uma Sociedade Missionária?

O que é uma Sociedade Missionária e a Colheita Brasil é uma Sociedade Missionária?

Acredita-se que a divisão sobre as Sociedades Missionárias nas igrejas de Cristo tenha começado no início de 1800, particularmente nos Estados Unidos. A controvérsia girava em grande parte em torno de saber se era biblicamente permitido financiar e apoiar esforços missionários através de organizações ou sociedades centralizadas.

Naquela altura, alguns aderiram a uma interpretação mais conservadora da Bíblia, argumentando que os cristãos individuais e as igrejas locais deveriam ser responsáveis pela realização do trabalho missionário sem o envolvimento de organizações externas. Esta perspectiva enfatizou a autonomia da igreja local e procurou manter uma adesão mais pura aos ensinamentos bíblicos.

Por outro lado, alguns acreditavam que as sociedades missionárias centralizadas poderiam proporcionar maior eficiência organizacional, coordenação e apoio financeiro para a propagação do evangelho. Este ponto de vista via as sociedades como um meio de realizar esforços missionários de forma eficiente e eficaz.

As divisões sobre a questão levaram finalmente ao estabelecimento de grupos separados dentro do Movimento de Restauração, que incluíam as igrejas de Cristo, a Igreja Cristã (Discípulos de Cristo) e as Igrejas Cristãs/Igrejas de Cristo independentes. Estes grupos tinham frequentemente opiniões diferentes sobre o papel e a estrutura das sociedades missionárias, entre outras questões teológicas e práticas.

É importante notar que esta divisão, como muitas outras na história religiosa, não foi uniforme em todas as igrejas de Cristo. Diferentes regiões e indivíduos dentro do movimento tinham opiniões diversas, levando a um espectro de crenças e práticas. A divisão sobre as Sociedades Missionárias continua a ser um dos eventos históricos significativos dentro das igrejas de Cristo e teve impactos duradouros no movimento.

Uma definição de sociedade missionária que encontrei na internet é esta. “Uma organização religiosa local, denominacional ou interdenominacional dedicada ao apoio ao trabalho missionário cristão.” Nós nos estremecemos com a ideia de denominação como deveríamos. E acrescento que algumas sociedades missionárias evoluíram para organizações denominacionais que controlam todo o trabalho e doutrina de grandes grupos de igrejas.

Acredito que precisamos ser mais específicos em nossa definição. Num artigo no Gospel Guardian em 1955, William E. Wallace de Akron, Ohio, definiu o que é uma Sociedade Missionária e apresentou 10 razões pelas quais uma Sociedade Missionária está errada. O título do artigo é “O que há de errado com a Sociedade Missionária?” Vamos dar uma olhada no que ele disse.

Primeiro, ele define uma Sociedade Missionária.

“Uma Sociedade Missionária é uma organização que existe separada em organização e autoridade da igreja local, mas dentro da igreja universal, organizada para consolidar o trabalho das congregações locais num esforço sustentado e centralizado.”

Eu (Randy) diria que quando isso começou a acontecer nos EUA as intenções eram boas. As pessoas queriam fazer mais trabalho missionário e com mais eficiência. Eu diria também que foi o primeiro passo para se tornar uma denominação organizada, tirando da igreja local o seu dever de supervisionar os seus esforços missionários e colocando esse controle fora dos limites da igreja. Não é bom. Em muitos casos, defendiam o controle total do envio de evangelistas nas igrejas e a remoção de pregadores ou evangelistas do campo. Não é bom. Não é bíblico.

Wallace continua dizendo que o tema propagado foi pela “propagação mais eficiente da verdade”. Boas intenções.

As Sociedades Missionárias às vezes são chamadas de conselhos missionários. Eles podem ter nomeados ou eleitos dirigentes e estes dirigentes planejam o trabalho missionário, agilizam o plano e controlam a despesa dos fundos que recebem das igrejas locais e dos indivíduos. Acrescento aqui que em algumas denominações a igreja local é “obrigada” a dar 10% ou outra quantia fixa das suas coletas à Junta Missionária para continuar a fazer parte da organização.

Wallace prossegue dizendo: “Ele envia e reconvoca pregadores, constitui uma organização central de fraternidade universal à qual as congregações locais estão subordinadas”.

Ele então enumera 10 razões pelas quais uma sociedade missionária está errada.

O primeiro argumento que Wallace apresenta:

“É uma organização que existe sem autoridade bíblica. A única organização relativa à igreja universal, autorizada ou explicada no Novo Testamento, é a da igreja com Cristo como único cabeça e com sede no céu.

Essa é a única autoridade ou organização universal – Cristo no céu, a Bíblia na terra. Ele continua dizendo: “A igreja universal é composta de milhares de igrejas. Não existe uma organização universal autorizada na terra, mas existe uma organização local autorizada e comandada.

Cada congregação nomeará presbíteros para governar e diáconos para servir; presbíteros para governar de acordo com a Bíblia e diáconos para servir de acordo com as atribuições bíblicas.

A única coisa que impede a organização entre os anciãos locais e Jesus no céu é o grupo organizado de livros que chamamos de Bíblia. Foi assim que a igreja foi estabelecida, é assim que a igreja deve existir.”

O argumento número 2 contra as sociedades missionárias é o seguinte:

“Como uma organização diferente da igreja local ou universal. Tem um nome – no caso da Igreja Cristã – Missionário Cristão Americano da Verdade. Falamos sobre fazer coisas em nome de Jesus Cristo, ou pela sua autoridade. Você não pode chamar a sociedade missionária de igreja de Cristo, pois não é. Você não pode legitimamente chamar isso de algo bom, pois não tendo autoridade para existir, a Bíblia não lhe dá nenhum nome (mas “artifícios de Satanás” – 2 Coríntios 2:11). Portanto, qualquer nome que assuma é comparável em erro ao nome de entidades denominacionais.”

O terceiro argumento que ele apresenta contra as sociedades missionárias é:

“A sociedade missionária tem a sua constituição, estatutos e regras de ordem – ordenanças criadas pelo homem e utilizadas numa organização que propagaria a Palavra de Deus. Assim, a única constituição, o Novo Testamento, é acrescentada e substituída, e Cristo é eliminado como sendo o Cabeça sobre todas as coisas (Efésios 1:22, 23) para a igreja porque a legislação da sociedade não vem de Cristo.”

O quarto argumento contra é:

“Como uma organização concebida para dar maior eficiência à missão da igreja, é uma organização concebida como uma melhoria no plano de Deus. Assim, reflete sobre a inteligência e sabedoria de Deus e destrói a Palavra como sendo perfeita no seu exemplo e instrução no cumprimento da missão da igreja.”

O quinto argumento que ele usa:

“A sociedade começa por “recomendar” às congregações participantes certos cursos de ação, e depois desenvolve e dita-lhes a respeito de cada fase da atividade congregacional.”

O sexto argumento é:

“Não há nenhuma disposição no Novo Testamento para que a igreja aja como um todo através de uma autoridade ou organização central e, portanto, as congregações não têm autoridade para agir através de uma autoridade ou organização central. A Sociedade Missionária apela às igrejas para que atuem através da sua organização e se submetam à sua
autoridade de uma forma ou de outra.”

O sétimo argumento é:

“A sociedade missionária assume a supervisão e responsabilidade de porções do tesouro do Senhor que foram contribuídas pelos membros da igreja e supostamente estão sob a supervisão e responsabilidade dos presbíteros locais. Em outras palavras, os presbíteros locais simplesmente entregam uma parte do tesouro do Senhor à sociedade para que ela supervisione e gaste. No caso de contribuições individuais, exige que os indivíduos trabalhem através da sociedade em vez de na congregação.”

O oitavo:

“A sociedade missionária surge aos olhos do mundo como o órgão oficial de funcionamento das igrejas de Cristo e dá à igreja do Senhor uma aparência, se não uma hierarquia eclesiástica real.”

Número 9:

“A sociedade missionária assume o direito e a autoridade para fazer coisas que as congregações locais individuais não podem fazer por si mesmas e, ao fazê-lo, violam o princípio envolvido na autonomia congregacional. Deus não exige nem espera que uma congregação faça mais do que aquilo que ela pode supervisionar e fazer por si mesma.”

Finalmente Wallace diz:

“A sociedade missionária, como agência central do trabalho da igreja, é dirigida por membros que operam sob uma constituição feita pelo homem, escrita ou não, formal ou informal e, portanto, são mais propensos a errar do que as congregações locais independentes que trabalham sob a única constituição, o Evangelho. Quando a sociedade erra no seu ensino, a sua influência é grande, e em vez de desviar apenas uma congregação, centenas de congregações são desviadas do caminho da verdade.”

E assim ele termina seu artigo. Eu questionaria alguns de seus pensamentos acima, no mínimo, para esclarecimento, mas vou deixá-los permanecer neste ponto e lançar alguma luz sobre o que a Colheita Brasil faz e como ela é definida em contraste com uma sociedade missionária.

MEDITA NESTAS PERGUNTAS:

• “A Colheita Brasil se enquadra na definição de Sociedade Missionária definida por Wallace?” Não, nem um pouco.
• A Colheita Brasil é uma organização? Você é individualmente uma organização? Tudo está organizado. Se não, o caos reinaria. Na verdade, neste caso, a Colheita Brasil não tem estatuto social, não tem CNPJ e realmente não tem autoridade sobre nada, e nem tira autoridade de ninguém ou da igreja. No entanto, há irmãos que cooperam de forma organizada para ajudar a igreja nos seus esforços missionários.
• A Colheita Brasil tem autoridade sobre uma ou alguma igreja ou igrejas no Brasil? Não, não tem.
A Colheita Brasil tira a autonomia ou independência da igreja em questões de seu trabalho missionário? Não, não tira.
• A Colheita Brasil é uma organização que tira a autoridade da igreja local para decidir como usará o dinheiro arrecadado? Não, não.
• A Colheita Brasil decide onde a Igreja deve realizar seu trabalho missionário? Não, não decide.
• A Colheita Brasil supervisiona os missionários enviados? Não, não supervisiona obreiros.
• A Colheita Brasil decide qual metodologia será utilizada no ponto missionário? Não, não decide.
• A Colheita Brasil decide quanto o missionário deve receber? Não, não decide.
• A Colheita Brasil foi projetada para melhorar o plano de Deus? Não, claro que não. Ele foi projetado para ajudar a igreja a realizar o plano de Deus.
• A Colheita Brasil exige que todas as igrejas, para serem igrejas de Cristo, tem que contribuir para a Colheita Brasil? Não, não exige.
• A Colheita Brasil exerce controle sobre alguma, algumas ou todas as igrejas locais de Cristo? Não, não exerce controle.
• As congregações locais são subordinadas à Colheita Brasil? Não, eles não são.
• Será que um indivíduo tem a autoridade ou mesmo a obrigação de fazer discípulos? Claro!
• Dois irmãos podem se unir e decidir trabalhar juntos para fazer discípulos? Sim.
• Podem três? Podem quatro? Como isso tiraria autoridade da igreja? Isso não aconteceria necessariamente.
• Pode um grupo de irmãos e irmãs unir-se para motivar igrejas em todo um país a evangelizar as capitais? Podem, contanto que eles não retirem a independência ou autonomia da igreja local.

O que realmente está em jogo aqui é isso. Podem os cristãos individuais ou as igrejas individuais cooperarem em esforços evangelísticos ou benevolentes?

Algumas igrejas não apoiam lares de crianças em risco por causa disso, alegando que é trabalho da igreja local. A Bíblia proíbe ou incentiva os irmãos a cooperarem em boas obras?

Algumas igrejas não apoiam escolas de formação ministerial acreditando que a formação de irmãos é trabalho da igreja local e as escolas não devem tirar esse trabalho da igreja. A Bíblia proíbe ou encoraja esforços cooperativos entre igrejas e cristãos individuais para realizar o trabalho da igreja, seja ele qual for?

Contanto que não retire a autonomia da igreja local, não vejo nenhuma evidência bíblica de que tal cooperação seja antibíblica.

Colheita Brasil não tira de forma alguma a autonomia da igreja localNÃO É UMA SOCIEDADE MISSIONÁRIA.

Colheita Brasil é perfeita? Claro que não, porque somos humanos. A igreja também não é perfeita. Em conceito é perfeita, mas estamos constantemente tentando acertar como deveríamos ser a igreja. A Colheita Brasil também está constantemente tentando acertar. Um representante do grupo cometerá erros de vez em quando? É claro que vamos errar tanto na ação quanto no discurso.

Uma vez apontado os erros, tentaremos fazer melhor no futuro.

Existem ajustes que poderiam ser feitos na Colheita Brasil? Possivelmente sim e acredito que os irmãos cooperadores da Colheita Brasil estão prontos para ouvir sugestões e fazer mudanças necessárias.

Eu não falo pela Colheita Brasil, embora já coopere com seus esforços há alguns anos. Acredito que todos podem dar a sua opinião. Mesmo isso é prova de que não se trata de uma agência controladora.

Sou contra as Sociedades Missionárias conforme definidas acima, tanto quanto qualquer outra pessoa é contra. Aqueles que se manifestaram contra a Colheita Brasil foram informados por mim o ano passado de que as suas informações sobre a Colheita Brasil eram falsas e que não deveriam publicá-las. Eles seguiram em frente e publicaram mesmo sabendo, para meu desgosto.

Eles vão dizer que nós não estamos tentando agradar você, Randy Short, e sim a Deus. Ainda bem e assim seja, mas citando informações falsas e usando eles a chegar a conclusões falsas e danosas não agrada a Deus. Um outro que participou da conversa comigo o ano passado e agora ajudou a divulgar essa informação falsa disse: “eu faço das palavras deste artigo as minhas”. Isto se chama de cumplicidade e o resultado é pecado também. Gostaria de exortar ambos a se retratarem, a retirarem a desinformação e arrependerem-se por terem prejudicado a reputação de irmãos inocentes e estar danificando este esforço missionário das igrejas de Cristo no Brasil. Este artigo só trata de Colheita Brasil não sendo uma Sociedade Missionária. Outras coisas no artigo que difamou Colheita Brasil podem ter problemas também, mas tem que ser tratadas em outros momentos e talvez por outras pessoas. O erro dos errados precisam ser apontados. Porém, misturar inverdades no meio e sujar o nome de inocentes não dá no meio da nossa irmandade. Gostaria de exortar aqueles que já apoiam este esforço [Colheita Brasil] a permanecerem firmes nas suas doações e aqueles que ainda não o apoiam a Colheita Brasil a começar.

Randy Short – 28/01/2024
Randy e sua Congregação foram os primeiros a enviar uma equipe missionária com a ajuda de todos os irmãos no Brasil que ofertaram no Colheita Brasil e já enviaram o valor para o campo missionário.

A Base de Lares Felizes e Fortes – Introdução

A Base de Lares Felizes e Fortes - 1

Eu creio que todo mundo quer um lar feliz e um lar forte. Eu acho que até o criminoso quer isso. Eu acho que até o vagabundo quer isso. Ele gostaria de ter um lar feliz e forte. Mas como é que nós criamos lares felizes e fortes?

Eu sei que muitas vezes temos como objetive o lar como uma base importante para a igreja e o que nós queremos isso para a igreja. Mas de certa forma, de maneira egoísta, também queremos e precisamos lares felizes e fortes para o nosso próprio prazer. Como é que nós conseguimos isso?

Há uns anos atrás, eu fui escolhido para ser pregador de uma congregação nos Estados Unidos. Eu fiquei muito contente com aquele convite, e eu queria fazer sermões, dar lições que talvez pudessem fortalecer as famílias. Eu não sabia exatamente a maneira de fazer isso. Aconteceu naquela mesma época que dois irmãos americanos que alguns de vocês conhecem, Carl Brickin e Paul Faulkner.

São dois irmãos americanos, talvez os mais conhecidos nos Estados Unidos, no sentido de saber ajudar a família. Esses irmãos já correram, talvez todos os Estados, dos Estados Unidos, explicando a maneira de melhorar as famílias cristãs.

Eles disseram:
– “Olha Norton, nós não temos tempo nenhum para fazer uma entrevista”. Depois eles pensaram e falaram:
– “Olha, na hora do almoço, se nós pudéssemos entrar numa sala, você podia fazer entrevista enquanto nós comemos”. Eu falei:
– Muito bem, eu vou pagar o pelo almoço e eu levo para vocês, e eu faço a entrevista enquanto vocês comem”. E fiz isso

Realmente, são irmãos bem dedicados. E eu fiz uma pergunta assim para eles que eu achei talvez a pergunta mais chave da entrevista. Eu disse:
– “Quero que vocês me expliquem como pregador o que eu posso fazer para fortalecer as famílias da minha congregação”. Eu pensei que esses irmãos eram sábios no estudo de famílias. Eu pensei que esses dois irmãos diriam para mim:
– “Olha, recentemente saíram da imprensa, das editoras uma lista de 10 livros que você deveria ler para saber a maneira de ajudar as famílias da sua congregação”. Foi esta a resposta que eu esperava. Mas sabe qual foi a resposta? A resposta foi:
– “Pregue a Jesus Cristo”. E eles falaram.
– “Pregar Jesus Cristo é muito mais importante do que aconselhar famílias atormentadas”, porque muitas vezes as famílias atormentadas, divididas, briguentas, já estão à beira de se desfazer. E o que nós precisamos é ajudar as nossas famílias, a maneira de ter boas famílias, antes de chegar àquele ponto. Antes de chegar ao ponto de precisar de um conselheiro, nós precisamos fortalecer as nossas famílias.” E eles falaram mais:
– “Se todos os pregadores pregassem Jesus Cristo, provavelmente não haveria tanta necessidade de aconselhamento”.

Eu não estou criticando famílias que vão a um conselheiro para pedir ajuda. Eu elogio essas famílias que reconhecem a necessidade e vão para conseguir ajuda. Mas eu estou dizendo para os líderes da igreja que normalmente o que as nossas famílias precisam não é de um conselheiro, é de ouvir a palavra de Jesus e a palavra de Deus e aquela palavra aplicada na família.

Então, quando eu estava preparando esta lição, que é a base da família feliz e forte, eu cheguei a essa conclusão. Eu vou fazer três pontos. O primeiro ponto é que, para ter uma família feliz e forte, precisamos ter a mentalidade de Jesus.  O segundo ponto é ter o caráter de Cristo e o terceiro é ter o fruto do Espírito Santo.

O segundo artigo você pode encontrar em breve onde o Norton vai abordar o primeiro ponto: TER A MENTALIDADE DE JESUS

Este artigo foi extraído da palestra de Howard Norton no Encontro Nacional de Obreiros Cristãos (ENOC) de 1999.

Fidelidade e Serviço

Fidelidade e Serviço

Conhecemos Silvana Magalhães, juntamente com seu marido Manoel Chaves e seus filhos Danielle e Thiago, na Vila Guilherme, oriundos da Congregação de Guarulhos, centro. Foram evangelizados pelo Sr. Davi Meadows, sobre o qual falavam com muito carinho e seguiam seu exemplo. Nos afastamos por algum tempo, mas quando a reencontrei, foi como se nunca tivéssemos estado distantes. Continuava com a mesma disposição e, claro, SERVINDO.

Silvana é conhecida por seu sorriso largo e EVANGELISMO. Eu gostaria de ser como ela. Sempre havia alguém com quem ela estava estudando a Bíblia, ensinando casais junto com seu marido, Manoel. Era preocupada com almas perdidas e super engajada no projeto Colheita Brasil.

Ao receber a notícia do seu falecimento, hoje, dia 16 de Janeiro, pelo Rafael Nardi, que também é da Vila Guilherme, choramos juntos. Que perda irreparável na obra de Deus. Fiquei me perguntando por que Deus a tomaria para si, uma vez que ela estava em plena produção, trabalhando no Reino e… FIEL!? Eu não sei a resposta, mas uma coisa eu sei: Sei as palavras que vieram diretamente dEle…

²⁵ Então Jesus declarou:
— Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá.
²⁶ E todo o que vive e crê em mim não morrerá eternamente. Você crê nisto? João 11:25,26.

Me sinto aliviada por poder declarar, assim como os discípulos que viram Jesus depois da sua ressurreição, que A SILVANA ESTÁ VIVA! Suas obras a acompanharam, e agora seu legado será continuado. O que vamos fazer enquanto isso?

⁴ É necessário que façamos as obras daquele que me enviou enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar. João 9:4

HOJE é o dia de trabalhar para o Senhor! Silvana trabalhou bastante enquanto era dia… Serviu a Deus, à sua família e prestou um grande serviço à sociedade, trabalhando como professora. A noite chegou… não dá para trabalhar mais. Que possamos continuar seu legado prestando a Deus um serviço de excelência com amor, fidelidade e ALEGRIA! Logo estaremos juntas, Silvana! Que o consolo e força do Espírito Santo estejam com Manoel, seu parceiro no Reino, e com seus filhos e seu netinho de quem você falava com tanto amor e brilho nos olhos… Com todo o nosso amor em Cristo Jesus.

Teca Cruz

A Vida de Howard Norton

Minha esposa, Tatiane, e eu somos membros das igrejas de Cristo há muitos anos – eu desde 1996, quando tinha doze anos, e ela desde o início do nosso namoro, em 2008. Nós dois crescemos em Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul. E hoje moramos em Searcy (Arkansas) nos EUA, na mesma cidade em que residem Howard Norton e sua esposa Jane.

Eu conheci o Sr. Norton em 2015 durante um retiro masculino (ENOC) em São Paulo. Ele não tinha ideia de quem eu era. Eu, por outro lado, já tinha ouvido muitas histórias a respeito dele e da equipe missionária que veio para São Paulo no início dos anos 1960.

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As pessoas poderiam pensar que a igreja no Rio Grande do Sul, a mais de 1.150 quilômetros de São Paulo, não teve nenhuma conexão com essa equipe missionária. No entanto, o impacto que eles tiveram em todo o país não pode ser negligenciado. Allen Dutton, que fundou a igreja em Porto Alegre na década de 1970, fazia parte da equipe de São Paulo. Além disso, nossa congregação em Novo Hamburgo foi parcialmente fundada (e é mantida até hoje) pela família de Paula Casari Cundari, cujos pais (Sr. Reynaldo e Sra. Clotilde Casari) foram um dos primeiros convertidos pelos Nortons e sua equipe no final dos anos 1960.

Posso dizer, com grande confiança, que os cristãos que eu e minha esposa somos hoje são fruto do trabalho de Howard Norton, sua esposa Jane e toda a equipe missionária que veio a São Paulo. Suas vidas e testemunhos são exemplos poderosos do Espírito Santo trabalhando por intermédio de pessoas que se dedicaram a servir a Deus e a fazer parceria com Ele para cumprir Sua missão.

VIDA PESSOAL E ACADÊMICA

Howard Wayne Norton nasceu em 1935 em Saginaw e cresceu em Fort Worth, ambas no estado do Texas. Ele é um cristão de quarta geração, e seus pais, Thomas H. Norton e Ila Mae Norton, o criaram como um crente fiel. Durante a infância e adolescência ele frequentou a Igreja de Cristo de Rosen Heights, onde foi batizado aos 17 anos de idade.

Quando jovem, Norton estudou na Abilene Christian College (hoje Abilene Christian University) no Texas, onde se formou com Bacharelado em Artes com especialização em Grego do Novo Testamento em 1957. Ele também possui Mestrado em Artes em História pela Universidade de Houston em 1964 e Dutorado com ênfase em História Social da América Latina pela Universidade de São Paulo (USP) em 1981.

Jane Norton (Pearce, quando solteira) nasceu em 1936 em uma pequena cidade no oeste do Texas. Ela também estudou na Abilene Christian College, onde ela e Howard se conheceram e se casaram. Ela se formou professora em 1957.

Atualmente, os Nortons têm três filhos, sete netos e sete bisnetos.

FORMAÇÃO DA EQUIPE MISSIONÁRIA

Enquanto estudavam na Abilene Christian College, os Nortons assistiram a várias palestras ministradas por ex-missionários e visitantes de várias partes do mundo. Alguns nomes incluem: Otis Gatewood (Alemanha), Cline Paden e Carl Mitchell (Itália), Waymon Miller (África do Sul), Harold Thomas (Nordeste dos EUA), J.W. Treat e Haven Miller (México), S.F. Timmerman (Bélgica) e Reuel Lemmons (Texas). Tudo o que ouviram acendeu uma chama em seus espíritos e eles, então, se comprometeram também a se tornarem missionários algum dia.

Howard e Jane organizaram reuniões com vários de seus amigos mais íntimos da faculdade, convidando-os a juntarem-se a eles em seu sonho de compartilhar Jesus com o maior número possível de pessoas. Depois de pouco tempo, o primo de Howard, Don Vinzant, e sua esposa Carol, concordaram em fazer parte da equipe. Algum tempo depois outros casais, durante uma reunião no apartamento dos Nortons, decidiram somar-se à equipe também.

Todos se comprometeram a ser e estar juntos como equipe, independentemente do destino escolhido pela maioria do grupo. Depois de conversar e ouvir outros missionários que visitaram a Abilene Christian College, o grupo reduziu suas opções para três lugares: Hong Kong, Nova York e América do Sul. A primeira escolha de Howard foi Hong Kong e a de Jane foi a América do Sul, mas eles estavam abertos a concordar com a decisão da maioria. Um dos membros da equipe, Ted Stewart, ouvira falar da grande necessidade de trabalhadores na imensa cidade de São Paulo. O grupo votou e São Paulo venceu.

O grupo concordou em definir sua partida para o ano de 1961. Por quatro anos, entre maio de 1957 e junho de 1961, eles fizeram todo o possível para se planejar e preparar. Isso incluiu reunir-se sempre que possível, aprender mais sobre o Brasil e a língua portuguesa, além de levantar todo o suporte financeiro necessário. A congregação que patrocinou os Nortons foi a Igreja de Cristo de MacGregor Park, em Houston, no estado do Texas.

O TRABALHO MISSIONÁRIO EM SÃO PAULO

Arlie e Alma Smith, que começaram seu trabalho em São Paulo em 1956, são considerados os verdadeiros primeiros missionários das igrejas de Cristo no Brasil. Eles já tinham alguns convertidos, mas precisavam muito de ajuda porque São Paulo já era uma cidade muito grande. 

Após uma longa viagem a bordo do navio SS Del Norte, que durou 17 dias, os Nortons e o restante da equipe chegaram a São Paulo em 17 de junho de 1961. O grupo começou com 26 adultos (treze casais) e dezenove crianças. Um único homem solteiro, Allen Dutton, ingressou na equipe seis meses depois e, em 1962, mais duas famílias se juntaram a eles. Os Nortons viajaram com dois filhos pequenos, Laurie e Tom. Jane estava grávida de 7 meses quando eles chegaram ao Brasil e tiveram seu terceiro filho, Ted, em São Paulo, em 19 de agosto de 1961. No início do trabalho a equipe decidiu juntar-se aos Smiths e ajudar aos poucos crentes com quem eles já estavam trabalhando. Logo o grupo percebeu que seria melhor começar um novo trabalho no bairro do Brooklyn, um bairro novo com muitas famílias de classe média. Além disso, os primeiros meses foram dedicados a se adaptar à nova cultura, a aprender o português e a conhecer pessoas.

A congregação que patrocinava os Nortons concordou em apoiá-los com um salário mensal de $ 500 dólares e mais $25 dólares por cada filho (o que totalizou $575 dólares). Jane era a responsável pelas finanças da família e ela lembra que “foi o suficiente para sobreviver, mas não podíamos esbanjar”. Nos anos que os Nortons passaram no Brasil, o país sofreu muito com a turbulência política durante o regime militar e períodos de alta inflação.

Todos os membros do grupo eram missionários no sentido pleno da palavra e, portanto, eram muito evangelísticos em suas vidas diárias. Howard, mais especificamente, tornou-se um dos principais pregadores da equipe. Jane ajudou nos ministérios de crianças e mulheres.

Em 1967 os Smiths já haviam iniciado duas pequenas congregações e a equipe de Norton plantado outras duas em São Paulo e algumas cidades vizinhas. O grupo acreditou, então, que já era hora de começar um trabalho maior no bairro d’Os Jardins, unificando três dessas congregações. Esta nova congregação foi nomeada Igreja de Cristo da Nove de Julho. Outras duas congregações também foram iniciadas na mesma época, a Igreja de Cristo de Campo Grande e a Igreja de Cristo do Centro. Howard diz que “essas congregações apoiavam-se mutuamente e encorajavam umas às outras, e isso contribuiu muito para o crescimento da igreja nos anos subsequentes”.

Os ministérios mais eficazes realizados pela equipe missionária em São Paulo, segundo Norton, foram:

• a Escola da Bíblia;

• O programa de rádio Abra sua Bíblia;

• Cursos bíblicos por correspondência, projetados e escritos pela própria equipe. Esses cursos foram chamados O que a Bíblia Diz;

• A fundação do acampamento bíblico chamado Acampamento Monte das Oliveiras (AMO);

• Uma escola de treinamento de pregadores chamada Instituto de Estudos Bíblicos.

• E, claro, o evangelismo pessoal praticado por todos os membros da equipe.

Em uma entrevista ao The Christian Chronicle em 2011, Howard falou sobre o trabalho da equipe missionária em São Paulo:

Nós nos dedicávamos a pregar e ensinar a palavra de Deus e evitávamos uma abordagem evangelística social. Nós nos amávamos e tentávamos mostrar aos brasileiros como se amar. Apesar de alguns desentendimentos, nós procurávamos ser modelos de união, moralidade e perdão em nossos relacionamentos. Nós enfatizávamos o estabelecimento de igrejas que deveriam seguir o exemplo bíblico de escolher homens qualificados para servir como presbíteros em congregações locais.

 Com uma humilde auto-avaliação, os Nortons acreditam que seu trabalho em São Paulo poderia ter sido melhor e que a igreja poderia ter crescido mais. No entanto, Howard e Jane dizem: “nos sentimos gratos pelo que realizamos e, pela graça de Deus, a igreja continuou a se multiplicar depois que voltamos aos Estados Unidos. Muitos dos primeiros convertidos brasileiros se tornaram grandes líderes na igreja e até hoje realizam o trabalho que começamos. A igreja brasileira aprendeu e assumiu a responsabilidade de evangelizar os próprios brasileiros.”

VIDA PÓS-BRASIL E LEGADO

Após o trabalho missionário no Brasil, Howard Norton continuou a trabalhar pelo crescimento da igreja, assumindo vários papéis. Seu currículo é impressionante:

• Ele atuou como editor de dois periódicos das igrejas de Cristo. O The Christian Chronicle de 1981 a 1996 e mais tarde do Arkansas Christian Herald.

• De 1977 a 1996, Howard serviu como professor de Bíblia e missões na Oklahoma Christian University. Lá também foi coordenador da Faculdade de Estudos Bíblicos de 1992 a 1996.

• Ele ingressou no corpo docente da faculdade de Bíblia da Harding University em 1997, dirigiu a Conferência anual e editou a Church and Family Magazine. Aposentou-se em 2013.

• Por 3,5 anos, entre 2009 e 2012, os Nortons se afastaram da Harding University e viveram em Tegucigalpa, Honduras. Lá, Howard foi  presidente da Associação Amicus, que inclui o Instituto Baxter de Estudos Bíblicos e Culturais e a Clínica James Moody Adams, localizada ao lado do Instituto. Baxter é uma escola de treinamento para líderes cristãos na América Latina.

• Ele serviu como pregador em igrejas no Brasil, Texas, Oklahoma e Arkansas. Também serviu como presbítero da Memorial Road Church of Christ em Oklahoma City e da College Church of Christ em Searcy, Arkansas.

• Ele serviu no conselho de várias organizações missionárias, como Great Cities Missions e Missions Resource Network.

• Atualmente, ele é presidente do conselho de administração da Escola Bíblica Mundial.

Howard e Jane Norton ainda permanecem fortemente conectados com o Brasil, o país que aprenderam a amar. Até hoje, o casal vem ao Brasil pelo menos duas vezes por ano, quando são convidados a dar aulas e a palestrar em retiros e seminários. Hoje, eles dizem com orgulho que seus corações são metade brasileiros.

Também é importante ressaltar o quão positiva é a impressão que a equipe missionária de São Paulo deixou no coração de tantos missionários – brasileiros e americanos – que foram fortemente inspirados por seu trabalho. Membros da família Norton são um testemunho disso. A filha deles, Laurie (ao lado de seu marido Allen Diles), foi missionária na República Tcheca por muitos anos.

Em 1977, quando retornaram aos EUA depois de trabalhar no Brasil por 16 anos, os Nortons provavelmente não tinham ideia do impacto e legado que estavam deixando para trás. O quanto a igreja se espalhou e cresceu no Brasil é bastante impressionante, para se dizer o mínimo. Hoje, segundo Howard, existem estimativas de 300 congregações em todo o Brasil, com um número de membros superior a 12.000. O Brasil também possui pelo menos três escolas de pregadores e missionários (o SerCris, em Campo Grande; o EBNESER, em Recife; e o Instituto Bíblico Nacional, em Belo Horizonte). Howard e Jane Norton são nomes conhecidos e queridos por muitos irmãos em todo o país e, como eu gosto de chamá-los, “são lendas vivas para as igrejas de Cristo no Brasil.”

Por Maikon Laux Borba

Na arquibancada

Na arquibancada

Imagine essa situação: você está em uma arquibancada em um gigantesco e lotado estádio de futebol, mas você não queria estar lá, pois não gosta de futebol, apenas foi para “agradar” um parente. Durante a partida, logo nos primeiros minutos, acontece uma briga próximo a você, te deixando ainda mais chateado. Mesmo depois da confusão, você passou a partida toda com o rosto transtornado e reclamando de tudo, inclusive falando mal do seu parente. O jogo acabou e você voltou para a sua casa extremamente chateado pelo dia “horrível” que teve.

No dia seguinte o seu parente, aquele que lhe convidou para ver o jogo, foi até a sua casa para lhe perguntar o que você achou do convite. Você prontamente agradeceu, dizendo que “amou esse dia”, pois é “apaixonado” por futebol e que foi tudo “maravilhoso”. Assim que terminou de falar, seu parente lhe entregou uma gravação feita pelo celular dele, na qual você aparece perfeitamente, como se seu parente estivesse a um palmo de distância de onde estava. Mas durante o jogo o seu parente estava sentado próximo a entrada dos jogadores no campo e você na última fila da arquibancada (nos altos) do grandioso estádio de futebol. O seu parente filmou com perfeição todas as suas ações e falas durante a partida.

Lá estava você na arquibancada transtornado e reclamando, sendo filmado sem perceber. Ao terminar de ver o vídeo você ficou extremamente envergonhado pela mentira que contou para seu parente, sobre ter “amado” aquele dia e por ter agido e falado daquela forma. Você confessou, arrependido pelo que fez, e pediu perdão para seu parente, pois jamais imaginou que ele estivesse vendo e ouvindo aquela situação.

Deus (o nosso Pai, o parente que nos convida, que não “vemos” e que está “longe” aparentemente) vê todas as coisas que fazemos e falamos. Ele nos vê e ouve com perfeição, Ele sabe quem somos de verdade quando achamos que não estamos sendo vistos e ouvidos. Ele tem tudo “filmado” e com amor nos mostra seu registro para reconhecermos quem realmente somos e para que possamos nos arrepender de forma genuína. O Senhor tem o poder para deletar permanentemente todas as iniquidades registradas por Ele e está disposto a mudar o nosso jeito de pensar, agir e falar. Ele nos convida a uma mudança verdadeira e não apenas por aparência, sabendo que Ele nos vê!

“Dos céus olha o Senhor e vê toda a humanidade” (Salmos 33:13).

“O Senhor vê os caminhos do homem e examina todos os seus passos” (Provérbios 5:21).

“Pois Deus vê o caminho dos homens; ele enxerga cada um dos seus passos” (Jó 34:21).

“Nada, em toda a criação, está oculto aos olhos de Deus. Tudo está descoberto e exposto diante dos olhos daquele a quem havemos de prestar contas” (Hebreus 4:13).

Em meio à multidão na arquibancada do mundo fomos escolhidos por Deus para a transformação de vida por meio de Cristo. Que possamos nos alegrar e ser gratos, pois Ele nos convidou para o Seu Reino, Ele nos vê e ouve! O jogo mundial foi vencido por Ele. O Senhor venceu o pecado e a morte para entregar, a todo aquele que crê e se submete à Sua vontade, a Vitória Dele! O Seu Troféu (Espírito Santo) Ele nos deu, sendo a garantia eterna para aqueles os quais Ele de fato é parente, para os filhos do Altíssimo.

Aleluias! Bendito seja o Senhor por toda a eternidade!

Alessandra Sobrinho é nossa irmão que obedece ao evangelho em Belém do Pará.

Mudança, Um Desafio

Mudança, Um Desafio

Mudança é sempre um desafio. Sair da cidade que nasceu e morou por 47 anos, para morar numa cidade a 5.700km de distância. Longe de todos os conhecidos é um desafio com nível ainda mais elevado.

Adelito e Domingues. Irmãos da igreja na cidade Porto.

Quando eu e minha esposa Danielle resolvemos avaliar a possibilidade de irmos morar em Portugal, iniciamos um levantamento de informações que nos preparou para a tomada dessa decisão tão importante. Um dos itens mais importantes era saber onde iríamos congregar, pois não queríamos depender somente de encontros virtuais (principalmente no culto). Com ajuda de alguns irmãos como o João Cruz e o Ênio Latorre, descobrimos uma “antiga” congregação no Porto (na Rua das Artes Gráficas, 74 4100-090) e um grupo de irmãos iniciando uma congregação em Lisboa (meu contato foi com o irmão Rodrigo Picini). Ambos os grupos respeitadores da doutrina de Cristo e extremamente receptivos.

Como decidimos por morar próximo a Coimbra (aproximadamente 130km do Porto e 200km de Lisboa) estamos congregando com os irmãos do Porto. Mas, em contato constante com os irmãos de Lisboa para incluirmos a região de Coimbra na divulgação da Escola Bíblica (virtual).

Com ajuda do irmão Paulo Bottaro a divulgação para a próxima turma (inscrições em Janeiro/2023) já vai incluir Coimbra. Somos gratos a Deus por tudo que aconteceu em relação ao nosso planejamento e tudo que tem acontecido desde que chegamos por aqui.

Luiz Carlos, Gilberto e Lenes (esposa do Gilberto) Do lado direito: Klaucia (esposa do Luiz Carlos), Eu e Dani

Ainda teremos um longo período de adaptação. Além de uma grande diferença cultural, hoje de madrugada a temperatura na cidade estava próxima de 03 graus e ainda estamos iniciando o inverno. Mas diante de muita oração e dos muitos milagres que vivenciamos, desde o levantamento inicial até os dias de hoje, acreditamos que estamos nos guiando segundo a vontade de Deus, e diante disso nenhum desafio é grande o bastante para nos impedir. Que Deus nos abençoe.

Hertz e Danielle são irmãos que mudaram de Fortaleza para Portugal em 2022. Faça uma oração por eles neste momento e que eles, assim como outros irmãos, sejam a semente de uma nova igreja naquele país.