“Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, livremo-nos de todo peso e do pecado que tão firmemente se apega a nós e corramos com perseverança a carreira que nos está proposta.” – Hebreus 12:1

Maravilhas ocorrem na vida da pessoa que, depois de confessar Jesus como Senhor, arrepende-se dos seus pecados e desce às águas do batismo: entre outros acontecimentos, todos os seus pecados são perdoados (Atos 2:38).

Conforme nos ensina Romanos 6, nossos pecados são crucificados com Cristo na cruz e perdem o poder que tinham sobre nós desde então.

“Sabendo isto: que a nossa velha natureza foi crucificada com ele, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sejamos mais escravos do pecado… Porque o pecado não terá domínio sobre vocês, pois vocês não estão debaixo da lei, e sim da graça.” – Romanos 6:6,14.

Sim, ressuscitados com Cristo após o batismo, o pecado não mais tem domínio sobre o novo convertido.

No entanto, apesar de ter perdido a sua força sobre o novo convertido, o desafio de viver como justo de Deus é grande. Desta forma, como ensinado no texto bíblico que abre este artigo, o pecado não quer nos abandonar. Ele firmemente ou tenazmente (lembra-se da cola Tenaz?) tenta se apegar a nós em razão de possuirmos dupla natureza: a natureza divina sendo infundida em nós (2 Pedro 1:4), e, ao mesmo tempo, nosso velho homem que não deseja nos abandonar de jeito nenhum.

Eis a razão do autor de Hebreus nos incentivar a nos livrar do pecado que tenta diariamente se apegar em nós. Daí a importância da vigilância contínua.
Eis a razão de Jesus nos convidar a travar uma guerra feroz contra o pecado:

“E, se a sua mão leva você a tropeçar, corte-a; pois é melhor você entrar aleijado na vida do que, tendo as duas mãos, ir para o inferno, para o fogo que nunca se apaga [onde não lhes morre o verme, nem o fogo se apaga]. E, se o seu pé leva você a tropeçar, corte-o; pois é melhor você entrar na vida aleijado do que, tendo os dois pés, ser lançado no inferno [onde não lhes morre o verme, nem o fogo se apaga]. E, se um dos seus olhos leva você a tropeçar, arranque-o; pois é melhor você entrar no Reino de Deus com um olho só do que, tendo os dois, ser lançado no inferno.” – Marcos 9:43-48.

O autor de Hebreus diz que a guerra contra o pecado deve ser travada, se necessário, até o sangue (12:4). Precisaremos conhecer a vontade de Deus (Efésios 5:17) e esmurrarmos nosso corpo, isto é, nossas vontades submetendo-as à vontade de Deus (1 Coríntios 9:27). Enquanto isso, quando pecamos, devemos levar o pecado à luz (1 João 4:7), uma vez que são as trevas que alimentam a força do pecado.

É uma guerra, travada em nossas duas naturezas, a humana e a divina, e durará até a vinda de Jesus.

Façamos, pois, a boa luta até nos encontrarmos com Jesus, nos céus, totalmente livres do pecado, nas mansões celestiais.