“Assim se cumprirá a minha ira, satisfarei neles o meu furor e me acalmarei. Saberão que eu, o Senhor, falei motivado pelo meu zelo, quando cumprir neles o meu furor.” – Ezequiel 5:13
Existe o Deus verdadeiro, único, mostrado na Bíblia e aqueles deuses criados pela conveniência humana.
Dia desses ouvi alguém dizer: “O Deus do Velho Testamento é irado, vingativo, muito diferente do Deus apresentado por Jesus no Novo Testamento, um Deus que apenas ama”. Quanto desconhecimento bíblico dessa pessoa!
Deus é o mesmo, tanto no Velho como no Novo Testamento. Sim, pelo texto de hoje vemos que Deus, no Velho Testamento, depois de por quase 1.000 anos lidar com Israel, perdoando, amando, cuidando, mas também enviando seus profetas para alertá-lo, a ira do Senhor chegou a um ponto em que, por causa do pecado do povo, Ele repartiu a nação, depois mandou a parte menor para o exílio, conforme retratado no texto e apenas uma pequena parte voltou, pois nessa parte nasceria o Salvador do mundo, o Senhor Jesus.
Sim, no Velho Testamento vemos a ira de Deus utilizando nações como Egito, Babilônia, Síria, entre tantas outras, para punir o seu povo. Porém, Israel somente não foi destruído totalmente porque “as misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim, renovam-se a cada manhã” (Lamentações 3:22).
Mas, nosso Deus é completo, perfeito, e sua misericórdia não anula sua justiça nem sua santidade.
No Novo Testamento a misericórdia, mas também a justiça e a ira de Deus, ao contrário do que disse palestrante que ouvi, chegam ao máximo pois o próprio Deus se faz carne e vem morrer por nós. Ao mesmo tempo a justiça de Deus, sua ira é aplacada, pois é jogada totalmente num inocente, Jesus Cristo, que carrega na cruz os pecados da humanidade. Por isso o apóstolo João diz que Jesus é a propiciação, isto é, o aplacador da ira de Deus Pai contra a humanidade pecadora.
“E ele é a propiciação pelos nossos pecados — e não somente pelos nossos próprios, mas também pelos do mundo inteiro.” – 1 João 2:2
Ao contrário do que os ignorantes das Escrituras dizem, no Novo Testamento a ira de Deus chega ao máximo na cruz do calvário com o seu Filho Jesus pagando o preço dos nossos pecados.
Porém, isto não faz com que a ira de Deus deixe de existir. Desde que Jesus subiu aos céus as portas dos céus estão abertas e, ao corrermos para Jesus, em obediência ao seu evangelho, no crer, no arrepender, confessar nossos pecados e Jesus como Senhor, sermos batizados em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e permanecermos juntos, perseverantes, como igreja de Jesus, a ira de Deus deixa de pairar sobre nós.
Entretanto, para aqueles que rejeitam esse convite de Deus, a ira dele permanece sobre essa pessoa e ela chegará no Dia do Juízo, diante do trono de Deus, desacompanhado de seu advogado, Jesus Cristo (1 João 2:1).
“Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; quem se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus.” – João 3:36
Deus é o mesmo, tanto no Novo como no Velho Testamento. O Deus de Israel no Velho, o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo no Novo. O mesmo Deus amoroso, paciente, compassivo, mas também justo, irado e santo.
Qual das duas facetas de Deus queremos encarar no Dia do Juízo Final? Depende somente de uma decisão nossa hoje: obedecer a Jesus e seu evangelho. Ou não…