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O Poder Para Fazer a Igreja Explodir de Crescer

transformação, amor, fé, salvação, união, testemunho

Se você pudesse resumir toda a onipotência de Deus numa só palavra, qual seria esta palavra? Que poder é esse que transforma as pessoas, que dá esperança, e é o maior dom que Deus pode dar para alguém? Que poder é esse que nos coage, força e obriga voluntariamente a tomar uma atitude? É o amor de Deus, a maior força do mundo (2 Coríntios 5:14).

É isso que Deus colocou dentro de você. Está aí, agora cabe a você usar e, se é o amor de Deus, é paciente e amável, não é ciumento, não exalta a si mesmo, não é orgulhoso, não é malcriado, não procura seus interesses, não se irrita facilmente, não guarda mágoas, não se alegra com o mal, mas alegra-se com a verdade, aceita todas as coisas com paciência, tem sempre confiança e esperança, e se mantém sempre firme e jamais acaba (1 Co 13:4-8).

Este poder (o amor) aplicado no jeito, lugar e pessoas certas, tem o poder de fazer com que o mundo olhe para cada membro do corpo de Cristo, chamados de igreja e vejam o que realmente é a igreja, o corpo de Cristo na terra. Só é possível ver que é a igreja verdadeira de Cristo quando temos o mesmo amor de Jesus pelos outros que já estão na igreja.

“Novo mandamento vos dou: que VOS AMEIS UNS AOS OUTROS; ASSIM COMO EU VOS AMEI, QUE TAMBÉM VOS AMEIS UNS AOS OUTROS. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros” (Jo 13:34, 35)

Jesus tinha acabado de lavar aos pés dos discípulos. Tinha indicado que ia ser traído e até apontou o traidor. Estava chegando o momento de ser glorificado e Ele poderia ter dito qualquer coisa que fosse muito importante e foi isso que Ele fez. Disse que devemos amar aos irmãos como Ele amou…

Jesus não estava se referindo ao amor pelo mundo, Ele falou sobre o amor pelos seus irmãos de comunhão direta. Aqueles que você encontra todos os domingos e outros encontros da igreja. O Velho Testamento tem, segundo um estudo, 613 mandamentos e, dentre eles, o maior é o amor a Deus e ao próximo. Não é possível dizer que ama a Deus e não amar o próximo. Além disso, ensinou Jesus, amar, segundo o que Ele ensinou, é um novo mandamento. Em que ele é novo? Comparando com o velho mandamento, fica mais fácil. No velho mandamento era para amar ao próximo tendo como parâmetro o amor a si mesmo, mas o novo patamar de amor foi colocado no mais alto nível, isto é, amar aos irmãos como Jesus amou.

“O amor seja sem hipocrisia. Detestai o mal, apegando-vos ao bem. Amai-vos cordialmente uns aos outros com AMOR FRATERNAL, preferindo-vos em honra uns aos outros.” (Romanos 12:9, 10)

Não podemos dizer que amamos as pessoas como Jesus amou quando, na prática, não procuramos demonstrar nas palavras e ações entranhados afetos de misericórdia, se não buscamos pensar a mesma coisa, se não somos unidos de alma e procuramos ter o mesmo sentimento. Não podemos dizer que realmente amamos como Jesus quando ficamos só procurando e disputando quem ganha por opiniões e criando partidarismo que não leva a nada. Devemos ser humildes no trato com os irmãos, devemos ser cordiais e exaltar aos irmãos fazendo-os superiores a nós mesmos. Não devemos achar que algo nos pertence, mas dar prioridade aos irmãos. Brigas por coisas e opiniões, jamais entre nós! E, quando errarmos, nos perdoar mutuamente… (Leia Colossenses capítulo 3 versículos de 13 a 14).

Todos nós que recebemos o amor de Deus através de Jesus queremos que outros também tenham esta experiência singular. A igreja pode explodir de crescer e depende de você individualmente. Não tem sentido você querer que pessoas novas entrem no corpo de Cristo se não amamos quem já está ali precisando do amor.

Se há, pois, alguma exortação em Cristo, alguma consolação de amor, alguma comunhão do Espírito, se há entranhados afetos e misericórdias, completai a minha alegria, de modo que penseis a mesma coisa, tenhais o mesmo amor, sejais unidos de alma, tendo o mesmo sentimento. Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo. Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros.” (Fp 2:1-4)

Conclusão

Amar aos irmãos como Jesus ama, a quem Ele ama de tal maneira que se ofereceu como sacrifício lá na cruz quando eles tiveram fé e receberam a salvação, é o resumo da Onipotência de Deus, isto é, o poder Dele em nós e quando nós realmente amarmos uns aos outros na igreja, o mundo saberá que somos verdadeiros discípulos de Jesus e, todos que procurarem Jesus, vão encontrar o corpo Dele na terra, a igreja. E você, está usando o poder de Deus para salvar o mundo que está em você? Este poder é o amor pelos irmãos.

Nunca será convincente você dizer que ama o mundo se não ama, em primeiro lugar, da forma mais verdadeira possível, com todas as suas forças, de forma sacrificial como você fosse o próprio Jesus, aos seus irmãos de fé. Não construa prédio grande, não faça propaganda na TV ou na Internet, nem distribua 20 mil folhetos se você ainda não ama seus irmãos como Jesus ama. Parafraseando: “Quem não ama aos irmãos a quem vê, como pode amar as pessoas a quem não vê”. O poder do evangelismo está no amor que já temos entre os irmãos. O amor é a maior prova de que a mensagem e a igreja é a verdadeira.

“Ora, ÀQUELE QUE É PODEROSO PARA FAZER INFINITAMENTE MAIS DO QUE TUDO QUANTO PEDIMOS OU PENSAMOS, CONFORME O SEU PODER [o amor] QUE OPERA EM NÓS, a ele seja a glória, na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre. Amém!” (Ef 3:20, 21)

Obs: O amor é um dos poderes de Deus que está em nós para que, por meio de nós, Ele possa fazer infinitamente mais do que pedimos ou pensamos, com o poder Dele que está em nós.

HUMILDADE ANTE O PODEROSO SENHOR DO UNIVERSO

HUMILDADE ANTE O PODEROSO SENHOR DO UNIVERSO

“Então Jesus foi com eles. Quando Jesus já estava perto da casa, o centurião enviou-lhe alguns amigos, dizendo: — Senhor, não se incomode, porque não sou digno de recebê-lo em minha casa. Por isso, não me julguei digno de ir falar pessoalmente com o senhor; porém diga uma palavra, e o meu servo será curado.” – Lucas 7:6-7

“E, quando os que tinham sido enviados voltaram para casa, encontraram o servo curado.” – Lucas 7:10

Hoje falarei ainda um pouco sobre o centurião. No artigo da semana passada eu destaquei o quanto o amor desse homem por seu servo e pela comunidade judaica tinha atraído sobre ele o respeito e a consideração dos líderes judaicos.

No texto de hoje vemos o quanto esse homem era humilde. No pensamento judaico do primeiro século, uma pessoa entrar na casa de outra era um ato de grande valorização. Essa é a razão, por exemplo, de Zaqueu não ter convidado Jesus para entrar em sua casa, foi o próprio Jesus quem se convidou (Lucas 19:1-10). Hoje o pensamento é inverso, nós esperamos ser convidados e isso para nós representa valorização e respeito.

Imagino alguém dizendo para o centurião romano: “O Mestre está vindo em nossa direção”. O centurião deve ter ficado aflito, pois já não tivera coragem de ir falar pessoalmente com Jesus e agora este vinha ao seu encontro. Por isso mandou os seus servos dizerem o quanto se sentia indigno que o Senhor entrasse em sua casa.

Essa é a maneira correta de nos apresentarmos diante de Deus, de nos aproximarmos dele. Somos indignos, pecadores, quanto mais nos conhecemos e conhecemos a santidade de Deus, mais devemos nos sentir indignos da presença e do favor do Senhor. É ser “pobre de espírito” (Mateus 5:3) e “chorar pelos nossos próprios pecados” (Mateus 5:4). Uma pessoa assim torna-se feliz porque é gente assim que é trabalhável nas mãos de Deus.

Muito diferente da atitude futura do fariseu que convidou Jesus para ir em sua casa:

“E, voltando-se para a mulher, Jesus disse a Simão: — Você está vendo esta mulher? Quando entrei aqui em sua casa, você não me ofereceu água para lavar os pés; esta, porém, molhou os meus pés com lágrimas e os enxugou com os seus cabelos. Você não me recebeu com um beijo na face; ela, porém, desde que entrei, não deixou de me beijar os pés. Você não ungiu a minha cabeça com óleo, mas esta, com perfume, ungiu os meus pés.” – Lucas 7:44-46

O fariseu não deu o mínimo tratamento que se esperava que desse a um hóspede que aceita entrar na casa. Já o centurião sentiu-se indigno de receber Jesus em casa. Além de sentir-se indigno, o centurião tinha tanta fé em Jesus que sabia que apenas uma palavra do Mestre seria suficiente para curar o seu servo. Foi uma fé que deixou o próprio Senhor Jesus admirado.

O resultado foi a cura do seu servo. É o que ocorrerá conosco de maneira completa se nos aproximarmos de Deus desta maneira: com humildade, entendendo que somos indignos do seu amor, mas confiantes de que o Senhor é poderoso para fazer infinitamente mais do que pensamos e pedimos, conforme o seu poder que age em nós (Efésios 3:20).

De longe, sem pronunciar uma palavra sequer, Jesus curou o servo do centurião, possivelmente apenas através do seu pensamento. É este Jesus que seguimos hoje, poderoso, que vive para interceder e cuidar de nós (Hebreus 7:25).

A FORÇA DO AMOR

A FORÇA DO AMOR

“E o servo de um centurião, a quem este muito estimava, estava doente, quase à morte.

Quando o centurião ouviu falar a respeito de Jesus, enviou-lhe alguns anciãos dos judeus, pedindo-lhe que viesse curar o seu servo.

Estes, aproximando-se de Jesus, lhe pediram com insistência: — Ele merece a sua ajuda,

porque é amigo do nosso povo, e ele mesmo construiu a nossa sinagoga.” – Lucas 7:2-5

A história do pedido de centurião para que Jesus curasse seu servo é uma história, em minha opinião, terna e com boas lições.

Algo interessante é que, na Bíblia, os centuriões que são citados, quase sempre são pessoas boas e justas, começando pelo relatado no texto de hoje. 

Mas, vejamos outros:

Após a morte de Jesus, o centurião que guardava os crucificados, disse a respeito de Jesus: “Verdadeiramente este homem era o Filho de Deus.” (Marcos 15:39). Cornélio, o primeiro convertido a Jesus entre os romanos, era um centurião a respeito do qual a Bíblia diz: “Era piedoso e temente a Deus com toda a sua casa, fazendo muitas esmolas ao povo e orando sempre a Deus.” (Atos 10:2). É também um centurião quem salva Paulo da morte na viagem à Roma, não somente salvando sua vida, mas de todos os demais presos (Atos 27:43). 

O centurião (que é muito mais que um “capitão”), liderava uma tropa de elite, tendo sob o seu comando um grupo de cem homens altamente treinados e obedientes, dispostos a tudo.

Voltando ao relato do texto, chama-me a atenção o quanto o amor une as pessoas. Amor aqui significa atos de bondade e cuidado pelo próximo, não o mero sentimento.

O centurião era respeitado pelos líderes judaicos, algo não comum na época, já que ele representava o dominador, o império romano. Mesmo assim, os líderes judaicos vão interceder junto a Jesus e dizem, em outras palavras: “Ele é um bom homem, que ama nosso povo e ajudou a construir nossa sinagoga. Por favor, ajude-o”. 

O amor é a melhor forma para se conquistar alguém. Por isso, a força de um seguidor de Jesus para influenciar pessoas está no amor que demonstra por elas. A força das armas e a violência dominam as pessoas apenas exteriormente, enquanto o dominador está presente. O amor influencia interiormente, mesmo com a pessoa de longe. Alguém já disse: “Me ame e faça o que quiser comigo”.

Também é digno de elogio a preocupação do centurião para com o seu servo. Numa época em que os escravos eram tratados como mercadorias, isto é, facilmente substituíveis, chama a atenção o quanto o centurião estimava seu servo e desejava que ele recuperasse a saúde.

Ainda quero destacar que os líderes judaicos pediram a Jesus com insistência que atendesse ao centurião, mostrando mais uma vez o quanto aquele homem era respeitado pela comunidade local.

Este texto faz-me lembrar do que Paulo diz na sua carta aos efésios:

“Porque ele é a nossa paz. De dois povos ele fez um só e, na sua carne, derrubou a parede de separação que estava no meio, a inimizade.” – Efésios 2:14

Sim, a história do centurião (dominador), seu servo (escravo) e os líderes judaicos (dominados), numa época em que na maioria das vezes seriam inimigos, por causa do amor demonstrado pelo centurião, mostra pessoas que querem bem umas às outras. 

O centurião ama o seu servo e intercede por ele perante os líderes judaicos. Estes amam o centurião e intercedem por ele ao Senhor Jesus. Não é isso uma reprodução do que ocorreria na igreja de Jesus: pessoas diferentes, de origens diferentes, inicialmente até hostis, podem se aproximar buscando o bem uma da outra?

Que qualquer influência que venhamos a ter sobre alguém não seja por força ou violência física ou de palavras duras, mas que nossa força para influenciar esteja na nossa motivação de amar a Deus, amando ao nosso próximo, em especial nossos irmãos em Cristo. 

O amor deve ser o motivo para evangelizarmos. A pessoa deve perceber que não queremos o dinheiro dela, nem mesmo dominá-la, mas apenas levá-la ao senhorio de Jesus. Que somos dominados pelo amor de Cristo (2 Coríntios 5:14) e isto nos motiva a insistirmos em falar com elas sobre nosso Mestre. 

“Porque as armas da nossa luta não são carnais, mas poderosas em Deus, para destruir fortalezas. Destruímos raciocínios falaciosos

e toda arrogância que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levamos cativo todo pensamento à obediência de Cristo.” – 2 Coríntios 10:4-5.

A Base de Lares Felizes e Fortes 4 – Ter o Fruto do Espírito Santo

Este é o quarto artigo da série: “A Base de Lares Felizes e Fortes“. Se você não leu o artigo anterior, CLIQUE AQUI para ler.

E finalmente, para termos famílias fortes e felizes, precisamos ter o fruto do Espírito Santo. Eu mencionei no início e acredito com todo o meu coração, todo mundo deseja um lar feliz.

Você vai a Singapura, os chineses lá desejam um lar feliz. Você vai à República Checa, onde está minha filha com o marido como missionários; os checos anseiam por lares felizes. Vai à Alemanha, desejam lares felizes.

Mas o que é um lar feliz? Eu acho que um lar feliz é um lar onde existe amor. Não acha? Eu acho que é onde existe alegria. Sou muito grato a Deus por ter uma esposa feliz e alegre.

Posso chegar em casa deprimido, meio zangado, e ela está feliz, graças a Deus, e ela me faz feliz. Desejamos lares onde existe amor, alegria, paz, longanimidade, paciência, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio.

Onde posso sair de manhã sem me preocupar com o que minha mulher vai fazer enquanto estou fora de casa. E onde posso pegar um avião ontem à noite, vir para cá e ficar fora vários dias, e minha mulher não se preocupa com o que vou fazer enquanto estou longe?

Porque ela pratica o domínio próprio e eu também pratico.

Agora, se eu pudesse garantir que você voltasse para o seu lar e encontrasse lá o amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, você não seria o homem mais feliz do mundo?

E sabe onde peguei essas características? Vocês sabem! Em Gálatas:

“Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei.” (Gálatas 5:22, 23)

Acredito que Karl e Paul Faulkner, aqueles dois irmãos que entrevistei, tinham razão. Perguntei o que poderia fazer como pregador para fortalecer os lares na minha congregação. Eles responderam “Pregue o exemplo de Jesus Cristo”.

Hoje, irmão, digo que se desejamos famílias fortes e felizes, precisamos da mentalidade de Jesus, do caráter de Deus e do fruto do Espírito Santo. Que Deus nos conceda lares cada vez mais felizes e fortes.

Todos os artigos desta série você encontra nos links abaixo:
1. A Base de Lares Felizes e Fortes – Introdução
2. A Base de Lares Felizes e Fortes 2
3. A Base de Lares Felizes e Fortes 3
4. A Base de Lares Felizes e Fortes 4 é este artigo que você leu…

Para este artigo, agradeço especialmente ao irmão Nélio Ferreira por disponibilizar o vídeo com esta mensagem.

Somos Todos Colheita Brasil – Preocupações sobre o Colheita Brasil

Colheita Brasil

Amados irmãos,

Depois de muita oração, jejum, diálogo e paciência, nos apresentamos diante da igreja de Cristo no Brasil por meio desta carta. Agradecemos, sinceramente, as preocupações em relação ao trabalho do ‘Colheita Brasil’. Entendemos as reservas de algumas pessoas, especialmente diante de informações que não são precisas.

Optamos por não fazer uma declaração imediata para evitar causar divisões na igreja brasileira, conhecida por sua união e amor espiritual. Esta resposta não é para defender nossa honra, atacar ou tentar ofender algum irmão. Prezamos pela união, amor e espírito para que o mundo veja que somos verdadeiros discípulos de Cristo (João 13:34, 35).

Gostaríamos de abordar cada uma das preocupações, oferecendo mais detalhes sobre o Colheita Brasil para esclarecer pontos e, possivelmente, reduzir suas ressalvas. Reconhecemos que não conseguiremos agradar a todos e, estamos cientes de que enfrentaremos críticas e comentários adversos.

Entendemos que enfrentar críticas faz parte do processo, e se ficássemos tímidos em agir com medo de errar e sermos criticados, nada seria realizado. Nosso foco está em realizar o trabalho de evangelismo e plantação de igrejas de Cristo. Reconhecemos que as críticas só melhoram e fortalecem os esforços do Colheita Brasil, e agradecemos a Deus por esse momento desafiador, mantendo-nos firmes apesar das adversidades (2 Co 4:9). Se esperássemos por algo perfeito, nunca cumpriríamos o chamado e a Grande Comissão.

Ao observarmos os princípios ensinados por Jesus, percebemos que não refletem a verdadeira natureza dos problemas entre irmãos. Lamentamos os efeitos negativos disso na irmandade. Oramos para que Deus intervenha e seja nosso juiz.

1. UMA ORGANIZAÇÃO MISSIONÁRIA

Não somos uma organização missionária formal ou informal, o que é muito fácil de provar; este é um argumento muito fraco. Colheita Brasil é um grupo de irmãos que se ama em Cristo, ama o evangelho, fiel à doutrina, adora a Jesus, quer evangelizar e que se uniu e chamou outros para participarem. Por isso, surgiu naturalmente o slogan: “Somos Todos Colheita Brasil”. No entanto, reconhecemos que não somos uma unanimidade, e os irmãos têm liberdade para ofertar ou não para esta causa. Aceitamos as negativas, contanto que Ele cresça e nós diminuamos.

Quando dizemos que “nós enviamos missionários”, queremos dizer exatamente isso! “Nós, membros da igreja de Cristo, que ofertaram para esta causa, enviamos missionários”. Este esforço nos enche de orgulho da irmandade que fez deste O MAIOR ESFORÇO JÁ FEITO POR IGREJAS DE CRISTO BRASILEIRAS. A falha de comunicação da nossa parte não deve causar acusação contra todos os que ofertaram. É essa união que vai continuar nos norteando.

Colheita Brasil é uma definição de um esforço das igrejas brasileiras para plantar igrejas nas capitais que ainda não têm uma igreja de Cristo. Nós vamos errar, vamos pedir perdão e nós vamos continuar!

2. AUTONOMIA DAS CONGREGAÇÕES E PAPEL DO COLHEITA BRASIL:

É importante salientar que o Colheita Brasil não interfere na autonomia das congregações em escolher, formar, treinar e gerenciar suas próprias equipes missionárias. Este grupo de irmãos, conhecido como Colheita Brasil, atua como um facilitador, conectando ofertantes individuais e congregações que desejam enviar missionários com aqueles que possuem necessidades missionárias, começando pelas capitais brasileiras que ainda não têm uma igreja de Cristo.

O Colheita Brasil não exige exclusividade e reconhece que as congregações podem ter outros parceiros missionários. Por não ser uma associação missionária, Colheita não possui poder de decisão sobre quais congregações podem participar de um esforço missionário. Essa decisão cabe unicamente à congregação local. Isso pode acontecer sem o aval e, até mesmo, sem o conhecimento dos irmãos do Colheita Brasil. Mesmo que reprovemos algumas associações, não temos controle final. Associação com quem não segue a sã doutrina, é também nossa preocupação.

Certamente, este grupo de irmãos toma os cuidados de conhecer a congregação brasileira que se voluntaria para formar, treinar e enviar uma equipe missionária. Não exigimos documentação ou lemos os estatutos congregacionais; confiamos na prática da sã doutrina das congregações.

3. TRANSPARÊNCIA E FONTES DE FINANCIAMENTO:

Colheita Brasil não é uma administradora das ofertas, e sim uma congregação que há anos treina e envia missionários. Esta administração é totalmente transparente em relação às fontes de doações. Um grupo de irmãos de várias congregações brasileiras supervisiona essa administração da igreja de Cristo de Campo Grande, MS. Todos os recursos são provenientes de doações voluntárias de irmãos e congregações brasileiras. Não há recebimento de recursos de entidades ou pessoas que não praticam a sã doutrina para o Colheita Brasil, pois o Colheita não tem CNPJ, conta ou qualquer documento legal que lhe dê condições para receber ofertas.

Não há obrigatoriedade de congregações ou membros em ofertar; tudo é feito voluntariamente. No entanto, reconhecemos que até mesmo alguns ofertantes não cristãos ou denominacionais sentiram-se tocados a ofertar para a missão de plantar igrejas de Cristo no Brasil com recursos brasileiros. Não temos como impedi-los. Isso não torna a oferta suja ou espiritualmente reprovável. Damos glória a Deus que nossa união ensinada por Jesus (João 13:34, 35) sirva de testemunho para o mundo, e eles podem ver que somos verdadeiramente discípulos Dele.

Gostaríamos de estar cantando isso: “Somos um no espírito e um no Senhor… e um dia o mundo verá o nosso amor”. Mas confessamos que estamos abatidos e tristes por ter que tratar de problemas levantados dentro da própria irmandade.

Os irmãos que administram as ofertas prestam contas de forma regular e transparente sobre a utilização dos recursos doados. Os recursos não ficam parados no banco; são destinados diretamente ao campo missionário, e as congregações que recebem esses recursos e que enviaram as equipes missionárias podem dar este testemunho e também prestar suas contas. Este foi o objetivo do esforço Colheita Brasil, zerar a conta sempre para destinar as ofertas ao campo missionário.

As informações sobre doações e gastos estão disponíveis no site do Colheita Brasil para consulta de qualquer pessoa. Qualquer irmão da igreja de Cristo no Brasil pode solicitar esclarecimentos detalhados aos administradores. Ressaltando que o Colheita Brasil não administra os recursos e sim congregações estabelecidas, atuantes, com servos idôneos e qualificados que fazem tanto o trabalho local quanto o trabalho missionário com fidelidade à sã doutrina, evidenciado em suas práticas dominicais. https://colheitabrasil.com.br

4. RELAÇÃO COM GCM:

O Colheita Brasil não é uma organização ou uma associação missionária; são pessoas que ofertam seu tempo e recursos financeiros e, sendo assim, não possui qualquer ligação formal ou informal com a GCM. Colheita não é uma frente para a GCM e não trabalha em conjunto com essa entidade. Como já evidenciado acima, Colheita Brasil não tem condições de receber ofertas e sim as congregações estabelecidas tanto legalmente quanto física e espiritualmente.

Individualmente discordamos de práticas contrárias à sã doutrina e, se pudéssemos, proibiríamos. As duas congregações plantadas com recursos ofertados pelos irmãos das igrejas de Cristo no Brasil não usam instrumentos musicais na adoração em hipótese alguma, e as práticas são as mesmas que as congregações das igrejas de Cristo no Brasil. As igrejas plantadas são supervisionadas por congregações que não usam instrumentos e não aceitam interferência ou influência de qualquer entidade para usar. Se as práticas bíblicas mudarem, certamente não receberão os recursos ofertados pelos irmãos.

Qualquer um pode ver pelos links de transmissão na Internet os cultos de Campo Grande e Boa Vista.

Campo Grande <https://www.facebook.com/cristoemcg>
Boa Vista <https://www.instagram.com/igrejadecristoemboavista/>

A GCM não impõe regras doutrinárias; eles se mantêm neutros, e isso também nos incomoda. Os membros individuais do Colheita Brasil têm uma posição sólida quanto a este assunto. Cada um individualmente e em suas congregações, segue o que a Bíblia diz. Provavelmente você os conhece pessoalmente e já os ouviu ensinar sobre os assuntos sobre os quais todos tememos ser influenciados.

O fato de algumas congregações brasileiras que colaboram com o Colheita Brasil também serem parceiras da GCM não significa que exista uma conexão entre aquela organização e o Colheita, apesar de não agradar aos indivíduos que incentivam as missões. As congregações são livres para escolher seus parceiros missionários. O ideal é contar com a colaboração coletiva de toda a igreja de Cristo no Brasil e que o recurso não venha mais de fora. A igreja brasileira precisa amadurecer e se auto sustentar. A isto temos chamado de Colheita Brasil.

GCM recrutou e treinou praticamente todos os missionários no Brasil. Agora eles começaram a recrutar brasileiros também. Algumas congregações ainda não desfizeram os laços com GCM. Amadurecimento e autonomia, é exatamente o que trouxe e prega o Colheita Brasil: A igreja de Cristo brasileira, independente e auto suficiente. Não podemos nos afastar de quem nem sequer nos aproximamos.

5. SÃ DOUTRINA:

O Colheita Brasil está comprometido com a sã doutrina e possui um conselho doutrinário composto por 27 livros chamado Novo Testamento e irmãos sérios e comprometidos com a Palavra de Deus. Nenhum deles, sem exceção, faz parte de congregações desviadas da sã doutrina. Este conselho é responsável por garantir que os missionários enviados estejam em conformidade com a sã doutrina.

Colheita Brasil, por não ser uma organização e nem sequer ter poder sobre os recursos ofertados, não escolhe ou treina missionários. Inclusive, depende das congregações que administram para ter um fundo de divulgação e trabalho. O treinamento já tem sido feito pelas escolas estabelecidas e não temos nenhum poder sobre as escolas. De fato, também seria melhor se a responsabilidade do discipulado e treinamento dos obreiros dependesse da congregação local e não das escolas.

Todos os integrantes do Colheita Brasil ensinam e praticam a sã doutrina e são contrários à ministração do culto público por mulheres segundo o que ensina o Novo Testamento (1 Co 14:34). O uso de instrumentos musicais na adoração entendendo que o mandamento é específico: cantar (Rm 15:9; 1 Co 4:15; Ef 5:19). Repudiamos qualquer aproximação e envolvimento com quaisquer denominações que ensinam que o batismo não é necessário para a salvação. Acreditamos, sim, que ouvir a palavra, a fé, o arrependimento, a confissão, o batismo por imersão para perdão de pecados e receber o dom do Espírito Santo e, por fim, a fidelidade leva à salvação.

6. DIÁLOGO E ESCLARECIMENTO DE DÚVIDAS:

O TRABALHO DO COLHEITA BRASIL NÃO VAI PARAR porque pregar o evangelho simples e puro, plantar igrejas e unir a igreja de Cristo no Brasil em missões é a nossa motivação.

O ataque ao esforço Colheita Brasil é um ataque a todos os que ofertaram até agora. Os que estão à frente servindo têm colocado sua fé, esperança, amor e reputação. O que menos importa é a nossa reputação individual. Como disse um irmão do Colheita Brasil: “cuidemos de nossa integridade e Deus cuidará de nossa reputação”. Estamos dispostos a sofrer ameaças e ataques pessoais. O que defende a existência do Colheita Brasil é o trabalho e resultados já alcançados, não as palavras e teorias.

Colheita Brasil não é uma associação missionária e parar com o esforço da igreja de Cristo brasileira está nas mãos dos irmãos.

Se acabar com o Colheita Brasil somente por causa de uma suspeita, discordância, opinião ou qualquer outra coisa, quem ou o que sobra para fazer o trabalho missionário?

O Colheita Brasil como um grupo de irmãos unidos em plantar igrejas não é perfeito. Vamos errar por fazer, não por omissão. Estamos dispostos a reparar nossos erros, não temos compromisso com o erro, com o pecado ou com falsas doutrinas. Os irmãos que servem ao Colheita Brasil estão sempre abertos ao diálogo e ao esclarecimento de dúvidas dos irmãos que ofertam.

Todos estamos muito tristes e surpresos, porém não derrotados. Vamos responder com trabalho, arrependimento dos erros, perdão, amor e reconhecer a importância de um debate franco e honesto sobre os desafios da obra missionária no Brasil.

Convidamos você a entrar em contato diretamente com o Colheita Brasil através do site usando nosso meio de comunicação, lá. No entanto, para conversar sobre suas preocupações doutrinárias nas congregações estabelecidas, você precisa entrar em contato diretamente com as congregações que enviaram os missionários e obter mais informações sobre o trabalho de evangelismo, doutrina e a plantação das congregações.

CONCLUSÃO:

O Colheita Brasil não é uma organização missionária, não temos CNPJ, não temos salários ou sustentos individuais para os seus integrantes. Somos ofertantes juntamente com a igreja brasileira que trabalha para unir a igreja e pregar o evangelho. A organização é em torno da Grande Comissão, nada mais, nada menos, e atuamos com transparência, agradecimento pela generosidade dos irmãos que ofertam, respeito à autonomia das congregações e compromisso com a sã doutrina.

Reconhecemos a imperfeição da nossa parte. Reconhecemos a necessidade de arrependimento nos erros cometidos por ação, não por omissão.

Acreditamos que o Colheita Brasil tem um papel importante a desempenhar na evangelização do Brasil. Convidamos você a conhecer melhor o trabalho e considerar a possibilidade de se unir a esse esforço.

Lembre-se:

• O Colheita Brasil está à disposição para esclarecer qualquer dúvida.
• Valorizamos o diálogo e a busca pela verdade.
• O trabalho missionário é essencial para a expansão do Reino de Deus.
• Colheita é um grupo de irmãos que ofertam e fizeram deste O MAIOR ESFORÇO MISSIONÁRIO E EVANGELÍSTICO FEITO PELAS IGREJAS DE CRISTO NO BRASIL.
• Colheita Brasil não pode parar até que Jesus volte e apresentemos a Ele a igreja que plantou outras igrejas de Cristo para honra e glória Dele somente.

Novamente nos colocamos à disposição dos irmãos, mas não vamos responder a nenhum novo ataque ou argumento mirabolante. Todos os irmãos das igrejas de Cristo no Brasil têm o direito de decidir se vão continuar contribuindo para plantar igrejas de Cristo que são simples, verdadeiras, sólidas na Palavra ou se simplesmente vão parar e tentar minar este esforço.

Da mesma forma que Paulo, o apóstolo, apelou para a igreja e seus sábios, apelamos que peçam a Deus e julguem com sabedoria (1 Co 6:1-7) a questão levantada. Quanto a nós, seguindo o ensinamento, reconhecemos que o “existir entre vós demandas já é completa derrota para vós outros” e, se formos atacados, sofreremos a injustiça e o dano (1 Coríntios 6:7).

Enquanto isso, continuaremos trabalhando para o nosso Senhor a quem devemos responder e com consciência limpa na presença do Senhor nos submetemos aos irmãos.

Que Deus abençoe a todos nós em nosso compromisso com a evangelização do Brasil! Vamos continuar com mais respostas e dialogue no futuro para o bem do evangelho.

Com amor em Cristo, por causa da cruz,

Daniel Morgan, EUA
Carol Morgan, EUA
João Cruz, Atibaia
Mauro Francisco, Curitiba
Silene Coelho, Manaus

MAL ENTENDIDO ESQUISITO

Uma família de missionários americanos convidou uma família da congregação para uma refeição em sua casa. Eles já haviam aprendido a falar português fluentemente e prepararam a melhor refeição para aquela família. O momento foi muito fraternal e amistoso.

Depois da refeição, ela perguntou se tinham gostado.

– E então, o que acharam da refeição?

O irmão, que era peruano, respondeu: 

– Estava mui esquisito.

Na língua dele, em espanhol, isso queria dizer que estava muito gostosa. A irmã americana não entendeu porque, apesar de falar português, não levou em conta o a origem do irmão e não sabia o significado desta palavra em espanhol.

– Esquisita? – Pensou ela consigo mesma.
– Ah, algo estava errado? – Pensou que a resposta significava que a refeição era estranha e considerou a resposta muito mal educada, mesmo se estivesse sendo sincero. Ele guardou para si a sua mágoa e tristeza.

Passaram muitos anos no Brasil e voltaram para os Estados Unidos, onde encontraram muitos mexicanos. Lecionando em uma escola pública, aprendeu com os alunos que “esquisito” significa que algo é muito bom.

Por muitos anos, ela carregou aquela mágoa contra o irmão sem que ele soubesse disso. Finalmente, em uma de suas visitas, encontrou aquele irmão que estava firme na fé e disse

– Sabe, por muito tempo eu pensei que você não tinha gostado daquela refeição.

O Irmão Peruano ficou intrigado e perguntou:

– Sério? Por quê?
– Você disse que estava esquisita, e eu interpretei errado. Achava que tinha sido uma péssima anfitriã. Naquela época eu não conhecia o significado daquela palavra em espanhol e pensei que você tinha respondido em português.
– Ah, não! Em espanhol, “esquisita” é um elogio. Quer dizer que estava muito boa!
– Sim, eu soube muitos anos depois. Que alívio! Desculpa por carregar essa mágoa por tanto tempo.
– Não se preocupe, que bom que tivemos tempo de resolver isso. Foi só um mal-entendido.

A exemplo destes dois irmãos, carregamos o peso da mágoa, falta de comunicação, falta de fraternidade e comunhão e mal entendidos por muitos anos. Isso faz mal física e espiritualmente.

A igreja é o que nós fazemos dela. Deveríamos fazer da igreja um lugar de amor e perdão, um lugar seguro que, mesmo que pecássemos uns contra os outros, pudéssemos confiar no arrependimento e perdão que vem de Deus aos nossos corações.

O amor de Deus em nós e uns pelos outros deveria ser tão grande que todo e qualquer pecado e mal entendido deveria ser pequeno. É o amor aos irmãos que é a prova de estarmos andando na luz (1 João 2:10). Devemos minimizar os problemas mesmo que sejam graves (1 Coríntios 6:2).

MEDO OU TEMOR?

MEDO OU TEMOR?

Ao longo de nossa caminhada espiritual vez por outra nos deparamos com pessoas que dizem sentir “medo” de Deus e também escutamos outros dizendo que têm “temor” de Deus. Afinal, o que significa isso? Deve o servo de Deus ter medo ou temor Dele? Será que esses dois sentimentos são a mesma coisa? Vamos tentar entender melhor isso?

De uma maneira geral, quando falamos de medo estamos falando sobre algo que nos assusta, algo que nos faz paralisar, nos trava. Quem tem medo de altura, por exemplo, não pode ficar próximo a lugares altos…quem tem medo de baratas não consegue se imaginar próximo de uma, etc.; ou seja, o medo é um sentimento que nos faz ficar distante e evitar a causa de nosso medo.

Portanto, ao dizer que temos medo de Deus nós estamos dizendo que queremos ficar afastados de Deus já que, quando assim pensamos, Deus é aquilo que precisamos evitar, manter distância. 

Mas como podemos ter medo Daquele que só nos proporciona boas coisas, que só quer nos ajudar e abençoar? Qual o motivo de ter medo de Deus? Talvez isso possa ser causado por essa pessoa ter sido ensinada que Deus é alguém cruel, que vive castigando seus filhos e que só pensa em vingança. É aquela ideia errada que muitos fazem do “Deus do Velho Testamento”, que vivia castigando e matando as pessoas, portanto é alguém que deve ter medo. Mas isso é uma maneira errada de olhar para Deus. O “Deus do Velho Testamento” é o mesmo Deus do Novo Testamento, apenas sendo justo como sempre foi. 

O temor é um sentimento ligado ao respeito, à reverência e aceitação de que Deus é o Todo Poderoso Senhor do céu e da terra, que pode fazer qualquer coisa a qualquer tempo que queira, mas é um Deus amoroso, compassivo e que nos ama profundamente. Temor é você reconhecer que Deus tudo pode e que, por isso mesmo, cabe a nós ter por Ele todo respeito, mas isso não vai fazer nós nos afastarmos Dele. É essa ideia que encontramos em Provérbios 9:10 -, “o temor do Senhor é o princípio da sabedoria, e o conhecimento do Santo é prudência”. 

O medo afasta. Para vencermos nossos medos, precisamos enfrentar a causa desse medo. Ter medo de Deus só nos fará querermos estar longe Dele.

O temor a Deus demonstra nosso respeito a quem Deus é. Sabemos o que Ele é e o que pode fazer, mas isso não nos assusta. Ao contrário, só aumenta nosso amor, admiração e reverência por um Deus tão poderoso e que ao mesmo tempo tem por Seus filhos o amor mais verdadeiro que existe! Glória a Deus por isso.

O Livro de Oséias: Uma História de Redenção e Amor

O livro de Oséias

O livro de Oséias, apesar de pequeno, não é muito lido e traz uma mensagem, mesmo que importante, desconhecida.

O livro é uma parte essencial do Antigo Testamento, transcende sua narrativa para revelar um profundo entendimento do relacionamento entre Deus e Seu povo. Vamos explorar os elementos-chave do livro, incluindo contexto histórico, história, profecias e lições atemporais, além de seu cumprimento no Novo Testamento.

O nome “Oseias” tem raízes hebraicas e é derivado do nome “Hoshea”, que significa “salvação” ou “o Senhor é salvação”. O profeta fez jus ao seu nome representando um Deus que ama sua esposa infiel.

Contexto Histórico:

Escrito durante o século 8 a.C., Oséias profetizou em um período tumultuado de Israel. O reino do norte estava imerso em idolatria e infidelidade, refletindo a trágica realidade do afastamento de Deus.

História do Livro:

A vida pessoal de Oséias se torna uma metáfora poderosa. Casado com Gômer, uma mulher adúltera, Oséias enfrenta o desafio de representar a fidelidade divina, mesmo quando sua esposa se desvia. A história pessoal do profeta reflete a relação conturbada entre Deus e Israel, destacando Sua persistente busca pelo povo errante.

Profecias do Livro:

Oséias proclama a justiça divina e exorta à mudança. Suas profecias anunciaram o juízo, mas também expressaram a promessa de restauração. Em Oséias 2:23, Deus diz: “E eu a semearei para mim na terra; e a misericórdia, a quem chamei não-meu-povo; e a amada, que se chamava não-amada.”

Lições do Livro:

O livro de Oséias oferece lições profundas sobre o amor de Deus e a necessidade do arrependimento. Ele revela a persistência divina em nos buscar, mesmo quando nos afastamos. Os temas de redenção, graça e renovação são evidentes.

Cumprimento das Profecias no Novo Testamento:

As profecias de Oséias encontram cumprimento notável no Novo Testamento, especialmente em referência à Igreja e à mensagem de Jesus.

1. Romanos 9:25-26: Paulo cita Oséias 2:23 ao falar sobre a inclusão dos gentios no plano de salvação, destacando a misericórdia divina.

2. Mateus 9:13: Jesus referencia Oséias 6:6 ao enfatizar a importância da misericórdia sobre os sacrifícios, conectando a mensagem de Oséias à Sua própria missão.

3. 1 Pedro 2:10: O apóstolo Pedro retoma a linguagem de Oséias para falar sobre a identidade redimida do povo de Deus.

Em resumo, o livro de Oséias transcende seu contexto histórico ao oferecer uma narrativa profunda sobre o amor de Deus. Suas profecias ecoam no Novo Testamento, revelando um Deus que busca, redime e restaura, convidando-nos a uma relação de amor e fidelidade.

A MISERICÓRDIA E O AMOR NÃO ANULAM A SANTIDADE E A JUSTIÇA

MERCY AND LOVE DO NOT CANCEL HOLINESS AND JUSTICE

“Assim se cumprirá a minha ira, satisfarei neles o meu furor e me acalmarei. Saberão que eu, o Senhor, falei motivado pelo meu zelo, quando cumprir neles o meu furor.” – Ezequiel 5:13

Existe o Deus verdadeiro, único, mostrado na Bíblia e aqueles deuses criados pela conveniência humana.

Dia desses ouvi alguém dizer: “O Deus do Velho Testamento é irado, vingativo, muito diferente do Deus apresentado por Jesus no Novo Testamento, um Deus que apenas ama”. Quanto desconhecimento bíblico dessa pessoa!

Deus é o mesmo, tanto no Velho como no Novo Testamento. Sim, pelo texto de hoje vemos que Deus, no Velho Testamento, depois de por quase 1.000 anos lidar com Israel, perdoando, amando, cuidando, mas também enviando seus profetas para alertá-lo, a ira do Senhor chegou a um ponto em que, por causa do pecado do povo, Ele repartiu a nação, depois mandou a parte menor para o exílio, conforme retratado no texto e apenas uma pequena parte voltou, pois nessa parte nasceria o Salvador do mundo, o Senhor Jesus.

Sim, no Velho Testamento vemos a ira de Deus utilizando nações como Egito, Babilônia, Síria, entre tantas outras, para punir o seu povo. Porém, Israel somente não foi destruído totalmente porque “as misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim, renovam-se a cada manhã” (Lamentações 3:22).

Mas, nosso Deus é completo, perfeito, e sua misericórdia não anula sua justiça nem sua santidade.

No Novo Testamento a misericórdia, mas também a justiça e a ira de Deus, ao contrário do que disse palestrante que ouvi, chegam ao máximo pois o próprio Deus se faz carne e vem morrer por nós. Ao mesmo tempo a justiça de Deus, sua ira é aplacada, pois é jogada totalmente num inocente, Jesus Cristo, que carrega na cruz os pecados da humanidade. Por isso o apóstolo João diz que Jesus é a propiciação, isto é, o aplacador da ira de Deus Pai contra a humanidade pecadora.

“E ele é a propiciação pelos nossos pecados — e não somente pelos nossos próprios, mas também pelos do mundo inteiro.” – 1 João 2:2

Ao contrário do que os ignorantes das Escrituras dizem, no Novo Testamento a ira de Deus chega ao máximo na cruz do calvário com o seu Filho Jesus pagando o preço dos nossos pecados.

Porém, isto não faz com que a ira de Deus deixe de existir. Desde que Jesus subiu aos céus as portas dos céus estão abertas e, ao corrermos para Jesus, em obediência ao seu evangelho, no crer, no arrepender, confessar nossos pecados e Jesus como Senhor, sermos batizados em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e permanecermos juntos, perseverantes, como igreja de Jesus, a ira de Deus deixa de pairar sobre nós.

Entretanto, para aqueles que rejeitam esse convite de Deus, a ira dele permanece sobre essa pessoa e ela chegará no Dia do Juízo, diante do trono de Deus, desacompanhado de seu advogado, Jesus Cristo (1 João 2:1).

“Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; quem se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus.” – João 3:36

Deus é o mesmo, tanto no Novo como no Velho Testamento. O Deus de Israel no Velho, o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo no Novo. O mesmo Deus amoroso, paciente, compassivo, mas também justo, irado e santo.

Qual das duas facetas de Deus queremos encarar no Dia do Juízo Final? Depende somente de uma decisão nossa hoje: obedecer a Jesus e seu evangelho. Ou não…

QUEM AMA AVISA

“E lhe disseram: — Você sabia que Baalis, rei dos filhos de Amom, enviou Ismael, filho de Netanias, para matar você? Mas Gedalias, filho de Aicão, não lhes deu crédito.” – Jeremias 40:14

“Mas Gedalias, filho de Aicão, disse a Joanã, filho de Careá: — Não faça isso! Porque isso que você está dizendo a respeito de Ismael é falso.” – Jeremias 40:16

“Quem avisa, amigo é!” é uma frase que ouvi várias vezes na minha vida. Imagina quem põe em xeque sua segurança pessoal ou mesmo arrisca a amizade para avisar uma pessoa do risco que está correndo.

Foi o que fizeram alguns homens do remanescente de Judá que ficaram após a leva de exilados à Babilônia. Foi o que fez Joanã, avisando a Gedalias, governador nomeado por Nabucodonosor, do risco que corria, pois, Ismael fora enviado para o seu mal. 

Gedalias não deu crédito ao aviso, foi ingênuo, e no capítulo seguinte, pagará sua atitude errada com sua própria vida.

Há pessoas que, por nos amar, arriscam sua amizade conosco, nos falando de atitudes que estamos tomando que acabará nos prejudicando. São verdadeiros anjos de Deus, mensageiro do Senhor, enviados por nos advertir.

Às vezes recebemos mal essas pessoas, as tratamos mal e muitos desses mensageiros com o tempo, conhecendo a maneira como recebemos suas palavras de advertências motivas por amor a nós, deixam de nos avisar, pois toda vez que falam conosco causam um desgaste. Desta maneira, por culpa nossa mesmo, perdemos a ajuda de alguém que somente queria nos ajudar e evitar que tomássemos decisões que nos prejudicariam. Foi o que aconteceu com Gedalias.

“Melhor é a repreensão franca do que o amor encoberto. Leais são as feridas feitas pelo que ama, porém os beijos de quem odeia são enganosos.” – Provérbios 27:5-6

E aquele que por nos amar, insiste para que conheçamos o evangelho de Jesus Cristo, sabendo que a obediência ao Senhor irá nos livrar da morte eterna, do inferno? Em minha experiência pessoal, eu mesmo fui ao encontro do evangelho.

Mas já falei com muitas pessoas, dando pequenos toques, tentando ser o mais leve possível com a pessoa, mas tentando avisar-lhe do perigo que correm ao manterem-se rebeldes aos ensinos de Jesus.

“Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; quem se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus.” – João 3:36

E por isso já ouvi frases do tipo: “Valdir fica pegando no meu pé” ou “Valdir quer me impor sua religião” ou “Ele fica insistindo em falar da Bíblia”. Como fui mal interpretado, oro por essas pessoas para que, antes da volta de Jesus ou de suas mortes, aceitem ao evangelho. 

No dia do Juízo Final, se permanecerem nessa atitude, lamentarão não terem ouvido os mensageiros de Deus, pois tenho certeza que outras pessoas também foram enviadas para falar-lhes.

“Se alguém não quiser recebê-los nem ouvir as palavras de vocês, ao saírem daquela casa ou daquela cidade, sacudam o pó dos pés. Em verdade lhes digo que haverá menos rigor para Sodoma e Gomorra, no Dia do Juízo, do que para aquela cidade.” – Mateus 10:14-15

O mesmo ocorre quando estamos tentando insistir com alguém que está afastando-se de Jesus, do evangelho e da igreja do Senhor: “Volte, antes que seja tarde demais”. Muitas vezes somos mal compreendidos e até evitados.

Gedalias, infelizmente, pagará com a vida sua teimosia em não receber a boa advertência do Joanã. As pessoas que permanecerem rebeldes aos avisos amorosos dos mensageiros de Deus pagarão com uma eternidade afastada do Senhor.

Que sejamos mensageiros fiéis a Deus, sempre prontos a falar com todos a respeito da salvação oferecida por Jesus. E se você que está lendo, tem evitado àqueles que de forma amorosa têm lhe falando do evangelho, hoje é tempo de mudança.

Tenha a certeza, a motivação dessas pessoas é uma só: amor a Jesus e amor a você, pois desejam que usufrua da mesma salvação, esperança e alegria que elas experimentam por serem seguidoras do Senhor Jesus. 

Ouça, pense em suas palavras, vindas do Senhor, através da Bíblia. Antes que, como aconteceu com Gedalias, seja tarde demais.