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As Qualificações dos Presbíteros e as Qualidades de Deus

As Qualificações dos Presbíteros e as Qualidades de Deus

Na Bíblia, vemos uma lista clara de qualificações para presbíteros, aqueles chamados para liderar pelo exemplo a igreja. No entanto, ao observarmos essas qualificações, percebemos algo ainda mais profundo: essas mesmas qualidades refletem o caráter de Deus. Tudo aquilo que é pedido aos presbíteros para liderarem bem a igreja é um reflexo do que Deus já é na condução do Seu povo. Vamos explorar como cada uma dessas características humanas revela algo sobre o próprio Deus.

A Liderança Desejada por Deus

Uma das primeiras qualificações para um presbítero é que ele “deseja” a função (1 Timóteo 3:1). Assim como o presbítero almeja servir, Deus, desde o princípio, expressa Seu desejo de nos liderar e nos guiar com amor. Ele nos chama e nos conduz não por obrigação, mas por querer o nosso bem. Jesus, em várias passagens, demonstra Seu desejo de cuidar e proteger Suas ovelhas (João 10:11).

Além disso, os presbíteros são chamados a serem “irrepreensíveis” (1 Timóteo 3:2). Isso reflete a santidade e perfeição de Deus. Ele é impecável, justo e totalmente livre de culpa. Para liderar, o presbítero deve buscar essa pureza, mas Deus já a possui em sua essência, como um exemplo perfeito a ser seguido (Salmo 18:30).

Deus, o Grande Pastor e Pai

Outra qualidade essencial para os presbíteros é ser “esposo de uma só mulher” e governar bem a sua casa (1 Timóteo 3:2, 4). Isso aponta para a fidelidade de Deus. Assim como o presbítero deve ser fiel à sua esposa e sua família, Deus é fiel ao Seu povo. Em toda a Bíblia, vemos Deus retratado como um Pai fiel, aquele que nunca abandona Seus filhos, mesmo quando eles se desviam (Deuteronômio 7:9).

Interessante notar que Deus também teve um só povo no Velho Testamento e Jesus edificou uma só igreja e cuida dela somente. Jesus é o cabeça da Sua igreja, ama só uma igreja como o marido deve amar sua esposa, santifica, purifica e apresenta a si mesmo a sua igreja, cuida e alimenta uma só igreja como o seu corpo e Jesus tem um só corpo (Ef 5:22-32)

A liderança divina também se reflete na maneira como Deus governa Sua casa, a igreja. Os presbíteros são chamados a guiar suas famílias com sabedoria e justiça, e essa é uma miniatura da forma como Deus conduz toda a criação. Ele nos disciplina, nos corrige, mas sempre com um amor inabalável e propósito eterno (Hebreus 12:6).

Sábio, Justo e Amoroso

O presbítero também deve ser “sóbrio, modesto e hospitaleiro” (1 Timóteo 3:2). Essas qualidades refletem a sabedoria e humildade de Deus. Deus não age com arrogância ou pressa; Ele é paciente e sempre age no tempo certo. Sua modéstia é vista no modo como Ele se aproxima de nós, com cuidado e acolhimento, nos convidando a sermos parte de Sua casa eterna (Mateus 11:29). A sua hospitalidade se estende pela eternidade nos convidando para a Sua casa começando pela porta do céu, a igreja.

A “aptidão para ensinar” também é uma característica importante (1 Timóteo 3:2). O presbítero deve ser capaz de comunicar a verdade de forma clara e amorosa, assim como Deus faz conosco. Ele nos instrui por meio de Sua Palavra, revelando Seu plano, e nos ensina através do Espírito Santo. Cada ensinamento de Deus é puro e visa o nosso crescimento (2 Timóteo 3:16).

Além disso, o presbítero deve ser “amável e pacífico” (1 Timóteo 3:3). Isso reflete o coração de Deus, que é cheio de graça e compaixão. Ele não busca conflito, mas sim a reconciliação. Quando olhamos para Jesus, vemos essa paz em ação — Ele é o Príncipe da Paz (Isaías 9:6), e Sua missão na terra foi trazer harmonia entre Deus e a humanidade.

O Poder do Testemunho e o Compromisso com a Verdade

Um bom presbítero deve ter um “bom testemunho” perante os de fora (1 Timóteo 3:7). Isso nos lembra que Deus também mantém um “bom testemunho” entre nós, Sua criação. Sua reputação é perfeita, e Ele é digno de confiança em tudo. Deus nunca falha, e Sua fidelidade é a base da nossa fé (Lamentações 3:22-23).

Por fim, o presbítero deve “apegar-se à palavra fiel” (Tito 1:9). Isso é o que Deus faz em toda a história bíblica. Ele cumpre Suas promessas, mantém Sua Palavra e jamais volta atrás no que prometeu. Quando os presbíteros são fiéis à Palavra de Deus, estão refletindo o próprio caráter de Deus, que é imutável e verdadeiro (Números 23:19).

Conclusão: O Reflexo do Caráter Divino na Liderança Humana

As qualidades exigidas dos presbíteros não são apenas padrões humanos de moralidade ou comportamento. Elas são, na verdade, reflexos das qualidades divinas. Cada aspecto da liderança de um presbítero aponta para a maneira como Deus nos conduz e cuida de nós. Ao seguir esses padrões, os presbíteros não estão apenas liderando bem a igreja, mas também demonstrando, em suas vidas, quem Deus é.

Nem todas as qualificações foram contempladas, você pode ter acesso neste link a um texto mais completo sobre as qualificações.

Deus é o exemplo perfeito de líder. Ele é fiel, justo, paciente e verdadeiro. Ao olhar para os presbíteros, podemos ver uma representação do amor e cuidado de Deus em ação na igreja. E isso nos lembra que todos nós, como cristãos, devemos buscar refletir o caráter de Deus em nossas próprias vidas, seja na liderança, seja no serviço.

Com isso em mente, que possamos seguir o exemplo não apenas dos presbíteros, mas do próprio Deus, que nos ama, nos guia e nos ensina como um Pai perfeito.

Outra curiosidade é que, assim como deve existir uma pluralidade de presbíteros na igreja local, Deus também é uma pluralidade: Pai, Filho e Espírito Santo.

Finalmente, é necessário dizer que, assim como Jesus quando estava na Terra e ainda hoje, conduz pelo exemplo e humildade. Os presbíteros não devem nem sequer pensar que são os chefes e que mandam na igreja de Deus, já temos um Supremo Pastor. Claro que a igreja deve submeter-se aos presbíteros que guiam olhando para Cristo na prática da Palavra de Deus. Agora, olhando para todo o Novo Testamento, só Jesus é chamado de Pastor. Nós homens temos a função, mas o título é àquele que fez o que não podemos fazer e nem sequer merecemos. Não é nossa tradição, olhando para os exemplos bíblicos, ser chamados ou chamar alguém de pastor.

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