“Deus respondeu-lhe em sonho: — Bem sei que com sinceridade de coração você fez isso. Por isso impedi que você pecasse contra mim e não permiti que você tocasse nela. ” – Gênesis 20:6
É difícil entender a atitude de Abraão de utilizar Sara como seu escudo, quando o próprio Deus já tinha lhe falado que seria o escudo do patriarca, que o protegeria, que abençoaria os que o abençoasse e amaldiçoaria os que o amaldiçoasse, isto é, lhe fizessem mal.
“Depois destes acontecimentos, a palavra do Senhor veio a Abrão, numa visão, dizendo: — Não tenha medo, Abrão, eu sou o seu escudo, e lhe darei uma grande recompensa.” – Gênesis 15:1
Talvez isso mostre que os heróis da fé de Hebreus 11, Abraão estando entre eles, sejam considerados heróis, não porque nunca falharam em sua fé, mas porque na sua falta de fé continuavam andando na presença de Deus e sendo por Ele corrigidos e aperfeiçoados.
Abraão já está andando com Deus nessa ocasião há 24 anos e mesmo assim sua fé ainda falha em determinados momentos.
Chama a atenção também neste versículo ver o próprio Deus impedir que Abimeleque pecasse, pois conhecia o coração do rei, o contrário do que fez com faraó no capítulo 12, numa situação bem parecida.
Anima-me muito saber que Deus conhece profundamente cada um de nós, me conhece, até onde somos sinceros e onde existe insinceridade de nossa parte.
É reconfortante saber que Deus, ao contrário de nós humanos, não julga segundo a aparência ou o exterior, Deus está interessado em nossas reais intenções, no que se passa em nosso coração e também deseja de nós uma mudança interna, que certamente refletirá exteriormente também.
Assim, quando lemos na Bíblia Deus elogiando os heróis da fé: o próprio Abraão, Moisés, Davi, Daniel, Jó, Noé, entre outros, isto enche meu coração de esperança de que posso ir mudando e tirar do Senhor, lá no céu, um elogio também para comigo.
Deus quer realizar em nós uma mudança total, de coração, para que nosso mais profundo ser seja também dele e aí, sim, no dia último dia Ele nos dirá:
“Vinde, benditos do meu Pai!” (Mateus 25:34). Este é o maior elogio e reconhecimento que devemos almejar ter.