Se você ligar a televisão neste exato momento não vai demorar muito para ouvir notícias sobre a Lava Jato. A operação de combate à corrupção apoiada pelo Ministério Público Federal investiga casos de lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva, gestão fraudulenta, organização criminosa, obstrução de justiça, recebimento de vantagem indevida, entre outras falcatruas. Estima-se que o rombo aos cofres públicos esteja na casa de bilhões de reais.
A Petrobras, nossa maior estatal, as maiores empreiteiras do país, banqueiros, grandes empresários que serviram de inspiração pelo o que conquistaram como Eike Batista, políticos do alto escalão, incluindo presidentes do Senado e Câmara dos Deputados, ex-presidentes e até o atual Presidente da República, todos envolvidos em um esquema bilionário que, segundo o MPF, perdura por pelo menos 10 anos.
No último dia 17, a Lava Jato completou 3 anos desde a sua primeira fase e, até o momento, foram recuperados mais de 10 bilhões de reais. Com acordos de delação premiada e acordos de leniência, a Operação avança e fecha o cerco aos envolvidos no maior escândalo de corrupção do Brasil, que de alguma forma tentam proteger-se dos avanços da investigação criando leis que possam dificultar o progresso da Operação. Você deve ter ouvido na semana passada que o Senado Federal aprovou, em caráter de urgência, um projeto que endurece as punições para autoridades que cometerem abuso. Senadores que tiveram posição contrária afirmam que o projeto pode dificultar os avanços das investigações.
Na verdade, não é para essa operação que quero chamar a sua atenção, mas sim, sobre outra que todos nós teremos que enfrentar um dia. Vou chamá-la de Operação Juízo Final, e como o nome sugere, será a última. Você pode ser um juiz federal, um empresário bem-sucedido, um professor, um vendedor, um pastor, seja quem for, terá de enfrentar o Juízo Final de Deus. Não há como escapar!
“Tudo o que está coberto vai ser descoberto, e o que está escondido será conhecido.” (Lucas 12.2 – NTLH)
A Bíblia ensina que devemos confessar nossas falhas uns aos outros (Tiago 5.16), mas isso parece soar como fraqueza nos dias de hoje. Ao invés disso, nós procuramos evitar falar sobre o assunto, preferimos exalar “santidade” por onde passamos, fingimos ser perfeitos, escolhemos ser fortes o suficiente para aguentar as consequências que o pecado traz para nossas vidas. O grande problema é que se torna arriscado viver desta forma, a qualquer momento a Operação Juízo Final pode ter início e descobrir aquilo que está encoberto na sua vida.
Caso você tenha infringido a lei brasileira e resolva confessar seu erro, é bem provável que tenha uma redução na sua pena, mas ainda assim terá que cumpri-la. Quando cometemos falhas contra a lei de Deus e resolvemos confessar nossos erros, é certo que Deus nos perdoará e não mais se lembrará dos nossos pecados. (Isaías 43.25). Isso só é possível porque Deus é misericordioso e seus mandamentos tem como base o amor.
Eu não faço ideia do tipo de “propina” que você recebe na sua vida, não sei quais “crimes espirituais” sua consciência te lembra todos os dias, mas “não há nada que se possa esconder de Deus.”, e quando a Operação Juízo Final começar “todos nós teremos de prestar contas.” (Hebreus 4:13). Diferente do que nossos políticos têm feito para tentar se livrar das condenações da Lava Jato, não teremos a oportunidade de mudar as leis ao nosso favor para fugir do juízo divino. Quando começarem as delações haverá vergonha para aqueles que estiverem em pecado.
A boa notícia é que podemos ser considerados inocentes! Está na hora de criamos o hábito de confessar os nossos pecados e orarmos a Deus para sermos curados. E, quando a Operação Juízo Final começar, teremos o melhor advogado do mundo a nosso favor!
“Mas Jesus vive para sempre, e o seu sacerdócio não passa para ninguém. E por isso ele pode, hoje e sempre, salvar as pessoas que vão a Deus por meio dele, porque Jesus vive para sempre a fim de pedir a Deus em favor delas.” (Hebreus 7. 24-25 – NTLH)
Fonte: (lavajato.mpf.mp.br)