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Quando Esquecemos de Deus

“Mas os discípulos lhe responderam: Como poderá alguém saciá-los de pão neste deserto?” – Marcos 8:4

Introdução

Quem já passou pela experiência de ter filhos pequenos sabe da necessidade de paciência da parte dos pais para que os filhos sejam ensinados e isto exige muita repetição das lições.

Desta mesma maneira Deus age conosco. Também foi assim que Jesus agiu com seus seguidores, em especial com os 12 apóstolos.
O texto acima, em nossas Bíblias, é antecedido pelo título: “A segunda multiplicação de pães e peixes”. Ora, se estamos lendo “a segunda”, logo, a conclusão lógica é que houve a primeira. Parece que os apóstolos tinham esquecido disso.

A segunda multiplicação dos pães

Não sabemos quanto tempo havia passado desde que Jesus, no capítulo 6 do evangelho de Marcos, tinha alimentado 5 mil homens a partir de 5 pães e 2 peixes. Um milagre extraordinário, tão impressionante, que é relatado nos quatro evangelhos (Mateus 14:13-21, Marcos 6:30-44, Lucas 9:10-17 e João 6:1-14).

Porém, não sabemos por qual razão, o texto que abriu este artigo é a resposta dos apóstolos a pergunta feita por Jesus:

“Naqueles dias, quando outra vez se reuniu grande multidão, e não tendo o que comer, Jesus chamou os discípulos e lhes disse: Tenho compaixão dessa gente, porque já faz três dias que eles estão comigo e não tem o que comer. Se eu os mandar para casa em jejum, desfalecerão pelo caminho; e alguns deles vieram de longe”.

A resposta dos apóstolos, resumidamente é: “Existirá “ALGUÉM” capaz de saciá-los de pão neste deserto?

A resposta vem em seguida, sim, esse “alguém” existia, estava do lado deles há algum tempo, mesmo eles não reconhecendo. O resultado é que de 7 pães e alguns peixinhos, mais quatro mil homens foram alimentados.

A mesma paciência Jesus tem conosco

Qualquer semelhança entre esse “esquecimento” dos apóstolos e nossos esquecimentos não é mera coincidência.
Às vezes me pego preocupado, ansioso, angustiado pelos problemas normais da vida: são as dívidas mensais às vezes maiores que o salário, é a minha saúde ou de alguém próximo que exige cuidado, são os problemas normais a quem lida com a igreja e as necessidades normais dos irmãos e assim sucessivamente.

Alguém já disse que parece que esquecemos a quem seguimos, a quem declaramos que seria o Senhor de nossas vidas por toda a vida, a quem nos momentos altos declaramos ser o nosso maior bem e, como os apóstolos, nos sentimos sozinhos, desamparados.

E mais uma vez nosso Mestre age, com amor, com paciência, repetindo em nossas vidas, lições que deveríamos já ter aprendido. E a principal lição é que sim, existe “alguém” que é poderoso, capaz de nos socorrer nos momentos que precisamos, capaz de saciar nossa fome física, espiritual e emocional e suprir todas as nossas carências. Alguém que prometeu que estaria conosco todos os dias, até o fim. (Mateus 28:20)

Corrigindo o nosso esquecimento

Claro que há momentos que Jesus nos corrige em nossa falta de fé. Um pouco depois, ao falar aos seus discípulos que tomassem cuidado com o fermento dos fariseus e de Herodes, isto é, o ensinamento desses grupos, os apóstolos começam a discutir:

“Ele diz isso porque não temos pão” (Marcos 8:16b)

O resultado é um “sermão” firme por parte de Jesus:

“Por que vocês estão discutindo sobre o fato de não terem pão? Vocês ainda não percebem nem compreendem? Têm o coração endurecido? Tendo olhos, não veem? E, tendo ouvidos, não ouvem? Não se lembram de quando parti os cinco pães para os cinco mil, quantos cestos cheios de pedaços vocês recolheram? Eles responderam: – Doze! E de quando parti os sete pães para os quatro mil, quantos cestos cheios de pedaços vocês recolheram? Responderam: – Sete! Ao que Jesus lhe disse: – Vocês ainda não compreendem?

De tempos em tempos, Jesus também precisa me dar esse sermão, esse “pito”, essa bronca. Ele, como aos apóstolos, precisa me relembrar de quantas e quantas vezes foi fiel, poderoso, em minha caminhada seguindo os seus passos. Ele deseja que eu e você, meu irmão, compreendamos que Ele Jesus é o nosso maior bem. E tendo Jesus temos tudo o que precisamos.

Graças a Deus, os apóstolos entenderam a quem estavam seguindo, que valia a pena entregar suas vidas nas mãos poderosas do Mestre e o seguiram até o fim, onde quer que Ele mandasse (Apocalipse 14:4).

Que este mesmo aprendizado, na Escola de Jesus, seja incorporado à minha vida, à sua vida, meu irmão, e que jamais esquecemos a quem estamos seguindo: Jesus, o Senhor dos senhores, o Rei dos reis, o Deus dos impossíveis. Aleluia!

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