“Lembra-te de mim, ó meu Deus, e não apagues o bem que eu fiz ao templo de meu Deus e ao seu serviço.” – Neemias 13:14
Esta semana encerrei a leitura do livro de Neemias em minha leitura diária que estou fazendo do Velho Testamento.
Chamou minha atenção no último capítulo do livro o fato de que por 4 vezes Neemias ora a Deus, logo em seguida a decisões que ele precisou tomar para a restauração espiritual de Israel.
A primeira oração, citada acima, ele faz após restaurar a manutenção dos levitas através do dízimo, algo que Israel não estava mais observando. A segunda oração ele faz a Deus após repreender os israelitas por estarem trabalhando no sábado, algo prescrito na Velha Aliança, um dos símbolos da aliança de Deus com seu povo (vs. 22-b). A terceira oração encontramos após Neemias ter ordenado que os judeus deixassem de casar com povos de outras nações, que não faziam parte da aliança (vs. 29). E depois de terminar tudo, no final do último versículo, 31, Neemias diz: “Lembra-te de mim, ó meu Deus para o meu bem”.
Quero tirar três lições do capítulo lido naquele dia:
1. Deus deve ser sempre a razão de tudo o que fazemos
Neemias teve que tomar decisões importantes, até mesmo impopulares na época. Teve que agir com firmeza. Mas o seu foco era agradar a Deus. Quando lemos e meditamos na Palavra de Deus e vemos que estamos agindo fora da vontade do Senhor, precisamos ter essa atitude de mudança, que às vezes não será fácil, poderá ser uma luta contra nós mesmos e nossas vontades e talvez desagradaremos até as pessoas que nos rodeiam. Neemias queria agradar ao Senhor e não mediu esforços para fazê-lo. E para agradarmos a Deus precisamos buscar e conhecer sua vontade nas Escrituras Sagradas.
2. Nosso trabalho é para o Senhor e precisamos sempre estar prestando a Ele nosso relatório
Às vezes fazemos muito serviço para Deus: amando ao próximo, ajudando pessoas, compartilhando a Palavra, servindo no corpo de Cristo. De fato, há muito serviço a fazer. Aí vem minha pergunta: quanto tempo passamos falando com Deus sobre esse serviço, pedindo a ajuda dele, explicando as razões de nossas ações? Todo servidor de Deus é um cooperador na obra do Senhor, a obra é dele, não nossa, por isso precisamos sempre estar prestando contas a Ele. Às vezes não produzimos mais ou com mais qualidade por agirmos como se o trabalho fosse nosso.
“Porque nós somos cooperadores de Deus, e vocês são lavoura de Deus e edifício de Deus.”- 1 Coríntios 3:9
3. Deus é galardoador ou recompensador daqueles que o buscam (Hebreus 11:6)
Às vezes servimos pelo motivo fútil de sermos reconhecidos pelas pessoas, de recebermos elogios e coisas dessa natureza. Não precisamos de nada disso. O aplauso que devemos querer receber vem do alto. Pode ser que nunca sejamos reconhecidos aqui na terra pelas boas coisas que fazemos. Isso não importa.
Já falei nesse espaço que toca-me quando leio que Jesus se levantou para receber seu servo bom e fiel, Estêvão (Atos 7:55).
É este reconhecimento que desejo, quando partir, ser aplaudido por Jesus e ouvir dele: “Muito bem, servo bom e fiel. Você trabalhou bem na minha seara enquanto esteve na terra. Entra para o descanso do teu Senhor” (Mateus 25:34).
É este aplauso que tenho tanto desejo de receber, ser aplaudido pelo meu Senhor.
Servir a Deus, ser um discípulo de Jesus, não é um acontecimento esporádico, é estilo de vida. Que todos nós, como servos de Deus, tenhamos como grande objetivo, todas as vezes que Deus olhar para nós, sermos lembrados como servos úteis, fiéis, humildes e dedicados a Ele.