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A santidade no amor

Introdução
Santidade (do grego ‘hagiosune’) é um estado que o seguidor de Cristo deve-se encontrar. É o resultado da santificação, que é o processo de purificação que o cristão passa para atingi-la. A santidade é o estado como o cristão deve estar ou andar, que é a consequência da santificação, ou seja, o processo de separação do cristão das corrupções da carne, não mais em impureza, mas em uma vida separada, ou melhor, consagrada ao Senhor. Deus realiza em nós “tanto o querer como o realizar” (Filipenses 2:13).
Portanto, Ele é o executor e nós apenas seus instrumentos. Daí a importância de sermos santos – separados – da imundícia da carne e dos pensamentos, para podermos ser usados poderosamente por Ele. Instrumentos impuros e contaminados não servem para um médico fazer suas intervenções cirúrgicas; muito menos servem para Deus, instrumentos que não sejam consagrados a Ele. Deus não precisa de religiosos que ficam assistindo a tudo como meros espectadores. O Senhor quer pessoas consagradas e comprometidas com Ele. Deus quer discípulos que trabalhem em Sua obra.
Um amor consagrado – 1 Pedro 1:22-25

“Tendo purificado a vossa alma, pela vossa obediência à verdade, tendo em vista o amor fraternal não fingido, amai-vos, de coração, uns aos outros ardentemente” (1:22)

Depois da purificação, ou seja, de estarmos em santidade onde consagramos nossas vidas ao Senhor pela obediência a sua vontade, o apóstolo Pedro nos exorta a amarmos uns aos outros fraternalmente – do grego ‘philadelphia’ – que quer dizer o amor entre irmãos. Mas o apóstolo vai mais além de simplesmente dizer que precisamos amar uns aos outros. Ele diz que não podemos fingir que amamos, mas que amemos verdadeiramente.
Se nossa alma estiver purificada, amaremos como Deus ama ao nosso irmão, pois não haverá resquícios de pensamentos negativos ou impuros em nossos corações. Olharemos para o irmão em Cristo e não o julgaremos por causa de suas atitudes, mas faremos o bem a ele independentemente de sua reação para conosco. Este ato não deve ser mecânico, formal ou cheio de preconceitos, mas ardente, arrebatador, pois o amor de Deus deve estar transbordando em nossos corações, nos impulsionando a amar aqueles que estão ao nosso redor.

“pois fostes regenerados não de semente corruptível, mas de incorruptível, mediante a palavra de Deus, a qual vive e é permanente.” (1:23)

Quando somos batizados morre naquele ato, o “homem” interior carregado de transgressões, para renascer um novo “homem” segundo o caráter de Deus, purificado e alvo como a neve. É plantado em nós uma semente pura que deve germinar e produzir bons frutos para o Senhor. Esta semente deve ser cuidada e regada pelo amor e pela verdade de Deus, não deixando que ela seja contaminada por aquelas transgressões que foram eliminadas de nosso coração.
Pedro diz que fomos regenerados por esta semente, a semente incorruptível. Como pode então esta semente produzir frutos maus, ou seja, frutos corruptíveis? Jesus já tinha nos alertado quanto a isso: “Pelos seus frutos os conhecereis. Assim, toda árvore boa produz bons frutos, porém a árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa produzir frutos maus, nem a árvore má produzir frutos bons” (Mateus 7:16-18).
Como cristãos precisamos produzir frutos bons para Deus para assim sermos reconhecidos como verdadeiros seguidores de Cristo. “Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros” (João 13:35).

“Pois toda carne é como a erva, e toda a sua glória, como a flor da erva; seca-se a erva, e cai a sua flor” (1:24)

Nosso corpo (tabernáculo terrestre conforme 2 Pedro 1:13,14) veio do pó e voltará pra ele. Nascemos, crescemos e chegamos ao esplendor em determinada parte de nossas vidas, mas um dia começaremos a “murchar” como uma flor que atinge a sua exuberância em um ponto de sua existência e depois deteriora e morre. Pedro quer nos dizer que a semente que em nós foi plantada conforme o verso anterior, não germinará uma flor, ou melhor, um fruto corruptível, que seca ou que murcha com o tempo e perece.
Se nossos frutos são corruptíveis, são gerados ainda pela nossa velha natureza, que deveria estar sepultada nas águas do batismo. Nosso amor assim, será fingido em relação ao nosso irmão, ou seja, será um amor interesseiro, superficial e egoísta, esperando sempre algo em troca. Como a flor que murcha e cai, este tipo de amor logo perecerá.

“a palavra do Senhor, porém, permanece eternamente. Ora, esta é a palavra que vos foi evangelizada.” (1:25)

O apóstolo termina dizendo que a semente que em nós foi plantada é a palavra de Deus. A palavra de Deus é eterna, pois é o Seu Verbo, e o Verbo de Deus é Jesus, conforme João 1:1-3.
Jesus é quem nos foi evangelizado. É a Ele que recebemos em nosso coração. Ele habita em nossos corações e faz dele a Sua morada, para gerar bons frutos que não perecem e nem murcham como as flores do campo. A Sua beleza não é vista somente em um momento, mas em todos os momentos, todas as atitudes e todo o nosso ser. Se Cristo habita verdadeiramente em nossos corações, deles fluirão rios de água viva (João 7:38). A beleza das flores acaba com o tempo; a beleza do amor cristão aumenta com o tempo.
Conclusão
Devemos amar intensamente nossos irmãos em Cristo, não importando se obteremos resposta a esse amor. Deus amou incondicionalmente a todos nós (‘agape’ – João 3:16). Jesus quando esteve entre os homens amou-os até o fim, ou seja, enquanto esteve na terra, Ele foi a expressão exata do amor. Lembremos: Jesus habita em seus discípulos.
O amor está habitando em cada um dos cristãos, para amarem verdadeiramente uns aos outros. Quem ama obedece:

“Nisto conhecemos que amamos os filhos de Deus: quando amamos a Deus e praticamos os seus mandamentos. Porque este é o amor de Deus: que guardemos os seus mandamentos; ora, os seus mandamentos não são penosos.” (1 João 5:2,3)

Quem ama deixa de lado as obras infrutíferas das trevas, para dar lugar aos frutos da luz:

“Quem ama é paciente e bondoso. Quem ama não é ciumento, nem orgulhoso, nem vaidoso. Quem ama não é grosseiro nem egoísta; não fica irritado, nem guarda mágoas. Quem ama não fica alegre quando alguém faz uma coisa errada, mas se alegra quando alguém faz o que é certo. Quem ama nunca desiste, porém suporta tudo com fé, esperança e paciência. O amor é eterno.” (1 Coríntios 13:4-8a NTLH).

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