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Um obreiro aprovado por Deus

“Muitos são chamados, mas poucos, escolhidos” disse Jesus ao final da parábola das bodas em Mateus 22.14, salientando a importância de não neglicenciar o chamado de Deus para participar de seu reino. Entre os “escolhidos” não estavam os capacitados, mas os dispostos a serem capacitados pelo Senhor conforme sua vontade, instrução e ensino. Tiago, irmão de Jesus, em sua carta, tida como os provérbios do Novo Testamento, identifica o coração dos escolhidos, revelando um caráter aprovado por Deus.

O SENHOR chama para trabalhar em sua obra neste mundo, e todos que se apresentam, se tornam obreiros nas mais diversas funções existentes no reino. Neste artigo baseado em Tiago 1:12-18 procuramos desatacar o caráter aprovado por Deus de um obreiro, dividido em quatro tópicos: reflexão, o que palavra de Deus diz, o entendimento desta palavra, e a aplicação desta palavra. Que Deus te ilumine, guie e abençoe em seu trabalho em prol do reino celestial, e que esta mensagem possa cooperar neste sentido, espero!

Questões para reflexão:

1) Quantas vezes somos pegos de surpresa numa situação inesperada? Quando erramos ficamos tristes, pois como cristãos, sabemos que somos reprovados por Deus no erro. A nossa conduta algumas vezes não denota a piedade que professamos. O que precisamos fazer para que possamos ser aprovados pelo Senhor em toda e qualquer circunstância? O que ganharemos com isso?

2) Aquele que assume uma nova identidade perante Deus, ou seja, se torna um seguidor fiel de Jesus Cristo, passa a enfrentar com maior rigor a tentação. Será que podemos resistir às tentações que nos sobrevém? Deus pode nos provar através de uma tentação? É possível que uma tentação possa vir de nós mesmos?

3) Quando pensamos em algo, ou desejamos, estamos pecando? Isso são perguntas que chegam as nossas mentes quando estamos diante de situações que exigem uma postura firme e decidida.

4) A tentação por si só é pecado? Quando estamos passando por uma situação de risco estamos pecando contra o Senhor? Algumas vezes não sabemos ao certo se pecamos ou não. Sabemos que o pecado nos separa de Deus, por isso precisamos fugir dele.

5) O inimigo em sua astúcia pode nos enganar “floreando” o pecado impedindo que possamos ver as consequências desastrosas provocadas por ele. Em algumas circunstâncias queremos enganar a nós mesmos achando que somos fortes. Será que é possível sem a presença do Senhor?

6) A bondade, a graça e o amor vêm de Deus; sabendo disto por que procuramos algo diferente em nossas vidas em determinadas situações? Em certas ocasiões procuramos ou nos colocamos em situações que põem em risco a nossa saúde espiritual e harmonia com Deus. Por quê?

7) Somos nova criatura, e precisamos compreender isto para que possamos ter uma vida que realmente agrade a Deus.

O que diz a palavra:

12 Bem-aventurado o homem que suporta, com perseverança, a provação; porque, depois de ter sido aprovado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor prometeu aos que o amam. 13 Ninguém, ao ser tentado, diga: Sou tentado por Deus; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e ele mesmo a ninguém tenta. 14 Ao contrário, cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz. 15 Então, a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte. 16 Não vos enganeis, meus amados irmãos. 17 Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de mudança. 18 Pois, segundo o seu querer, ele nos gerou pela palavra da verdade, para que fôssemos como que primícias das suas criaturas.” (Tiago 1:12-18)

Chegando ao entendimento (respostas as questões para reflexão):

1) A verdadeira felicidade – v. 12
Tiago nos diz que somos realmente felizes se permanecermos firmes diante das provações, porque teremos a aprovação de Deus e além dessa maravilhosa bênção receberemos dEle a recompensa da salvação eterna. Mas esta promessa é só para aqueles que realmente o amam.

2) A tentação não vem de Deus – v. 13
Nunca poderemos pensar, muito menos dizer que uma tentação que passamos vem de Deus. Ele não tenta ninguém e a Bíblia é clara sobre isso. Neste verso é comprovado. A tentação é algo maléfico, que pode nos destruir. O Senhor que não pode ser tentado pelo mal, pelo contrário, quer o melhor para nós e Ele aperfeiçoa a cada dia as nossas vidas.

3) A tentação vem pela cobiça – v. 14
A cobiça, que é o desejo ardente de possuir; é uma dos maiores inimigos para se ter uma consciência limpa perante Deus. Ele conhece nossos pensamentos e sabe qual são as nossas verdadeiras intenções (veja Hebreus 4:12,13). Precisamos tomar cuidado, pois a cobiça pode nos enganar e levar para algo pior.

4) O pecado é algo mortal – v. 15
Se deixarmos levar pela cobiça, ela frutifica e gera o pecado, quando nessa situação fica praticamente impossível não cair, pois os impulsos carnais se tornam ainda mais fortes, e dependendo do envolvimento é difícil resistir. Pecando nos afastamos de Deus, pois Ele não pode contemplar o pecado. Se não houver arrependimento permaneceremos sem Deus, ou seja, mortos em nossos pecados. Com o pecado vem a necessidade do arrependimento.

5) Não se engane – v. 16
As situações ou caminhos fáceis em nossas vidas nos levarão ao fracasso. Nosso coração engana nos fazendo achar que podemos enfrentar sozinhos os obstáculos. Satanás “embrulha” as coisas ruins com um “lindo papel de presente” para que pensemos que são boas. Ele nos oferece gratuitamente “algo maravilhoso” que satisfaz prontamente os nossos desejos carnais, mas ao abri-lo percebemos que fomos profundamente enganados. Tarde demais. Não podemos cair nessa!

“Sede, portanto, prudentes como as serpentes e símplices como as pombas” (Mateus 10:16b).

6) Deus nos dá o que é bom – v. 17
Quando recebemos um presente, não quer dizer que o mereçamos. Alguém nos dá um presente como uma forma de demonstrar o seu carinho por nós. Assim é Deus, pois Ele nos presenteia com sua graça e toda sorte de bênção espiritual pelo Seu amor por nós sem merecermos. O Senhor não muda a cada instante para satisfazer os nossos desejos. Pelo contrário, Ele já preparou desde a fundação do mundo um plano perfeito para a redenção do homem, que vem pela obediência ao Seu Filho Jesus Cristo. Quem não obedece ao Senhor Jesus, não pode agradar a Deus.

7) Somos feitura dEle – v. 18
Estávamos nas trevas do pecado e Deus nos gerou em Cristo Jesus para andar na Sua luz em perfeita harmonia com Ele, como na fundação do mundo quando tudo que o Senhor criou era bom e estava em Sua santa presença, livres do mal e do pecado (Gênesis 1:31).

Aplicação:

1) Permaneça firme para ser feliz (Romanos 5:1-4; Colossenses 1:11; Hebreus 10:36)
2) Vença o mal com o poder de Deus (Efésios 6:10,11; Judas 1:24,25)
3) Não se deixe vencer pelos seus desejos (Provérbios 21:25; 1 Tessalonicenses 4:4,5)
4) Diga não ao pecado (1 João 3:9; Ezequiel 3:21)
5) Esteja atento para não vacilar (Colossenses 4:2; Hebreus 10:23; Is 32:3)
6) Tome posse das bênçãos que vem de Deus (1 Timóteo 6:12-14; Efésios 1:3-10)
7) Viva em unidade com o Criador (João 17:22,23; 1 Tessalonicenses 5:8-10)

Leitura de encorajamento:

“Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.” (2 Tm 2:15)

Disputas

Uma disputa aconteceu entre os discípulos registrada em Lucas 9:46-48. Quem é o maior? Jesus enfim disse:

“aquele que entre vós for o menor de todos, esse é que é grande” (9:48c)

E também:

“o maior dentre vós será vosso servo. Quem a si mesmo se exaltar será humilhado; e quem a si mesmo se humilhar será exaltado” (Mateus 23:11,12).

Infelizmente, as disputas entre aqueles que professam serem seguidores de Jesus acontecem. Será que estamos contribuindo para que isto aconteça? É óbvio que Deus não aprova tais atitudes conforme os versos acima. A humildade é uma das características mais importantes do servo do Senhor:

“Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus” (Mateus 5:3)

Jesus nos fez um chamado: Ele quer que sirvamos uns aos outros (Marcos 10:43); que consideremos os outros superiores a nós mesmos (Filipenses 2:3); e que amemos uns aos outros (Marcos 12:31). É vão declararmos que somos cristãos se não queremos ouvir e cumprir os mandamentos do Senhor Jesus. Precisamos buscar conhecer verdadeiramente a vontade de Deus para as nossas vidas em sua Palavra, para assim seguir e praticar única e exclusivamente seus ensinamentos; o que Ele realmente quer e espera de cada um de nós.

O Senhor nos incentivou a disputar quem é o maior ou o melhor? Não! Ele nos instruiu a amar uns aos outros. O apóstolo Paulo inspirado pelo Espírito Santo, instruiu em 2 Coríntios 6:6 a não fingirmos que amamos uns aos outros. Mesma instrução foi dada por Pedro:

“tendo em vista o amor fraternal não fingido, amai-vos, de coração, uns aos outros ardentemente” (1 Pedro 1:22)

O amor cristão deve ser profundo; deve ser sincero; deve ser verdadeiro. Devemos ser gentis, hospitaleiros e amáveis para com todos independentemente de nacionalidade, grau de instrução ou posição social – estas coisas não existem no reino dos céus. O nosso amor não deve ser dado somente àqueles a quem “gostamos”, mas a todos quantos Deus espera que amemos, assim como Ele nos amou.

Questão para refletirmos: Que diferença há em amar a quem nos ama; não é assim que os incrédulos agem? Jesus disse: “Se amardes os que vos amam, que recompensa tendes? Não fazem os publicanos também o mesmo?” (Mateus 5:46). Que recompensa esperamos receber de Deus com tal atitude?

Na cruz, Jesus amou a todos e morreu por todos. Mas infelizmente, muitos não reconhecem seu ato de amor.

Como cristãos, devemos ser sinceros em toda e qualquer situação:

“a minha boca proclamará a verdade; e… os meus lábios abominam a impiedade” (Provérbios 8:7)

Se Jesus estivesse fisicamente andando ao nosso lado, como será que Ele analisaria o nosso desempenho como cristãos? Seríamos aprovados ou reprovados em nossas atitudes? Jesus andou no meio de pecadores para salvá-los. Jesus estava onde eles estavam. Temos ido aos locais onde eles se encontram para levar a esperança e o evangelho da salvação? (Mateus 25:34-46). Será que na correria do dia a dia, temos tempo pra praticar ensinamentos como este? É maravilhoso a comunhão entre os irmãos, as reuniões, os encontros, os grupos, os eventos e festas fraternais entre nós – há quem diga, que elas existem para recarregarmos as baterias para o árduo dia a dia, e são essenciais e necessárias – , mas e a obra redentora de Cristo, a evangelização, a visitação e o cuidado para com o fraco na fé, o aflito, o necessitado, e também, o perdido e pecador: Quem fará, quem irá, quem cumprirá, quem se disponibilizará?

Jesus foi chamado de “glutão e bebedor de vinho, amigo de publicanos e pecadores” (Mateus 11:19). Ele foi questionado porque comeu “com os publicanos e pecadores” (Mateus 9:11), e por ir a um banquete na casa de um cobrador de impostos desprezado pelos judeus, e estar comendo e bebendo “com os publicanos e pecadores” (Lucas 5:30). Murmuravam ao seu respeito porque ele “recebia pecadores e comia com eles” (Lucas 15:2), ao passo dele responder sabiamente que “os sãos não precisam de médico, e sim os doentes” (Lucas 5:31). Os doentes precisam de médico e Jesus é o Médico para estes doentes; e nós precisamos ser seus auxiliares (enfermeiros), cooperadores com Ele no resgate das almas para o SENHOR.

As imagens que fariseus, escribas e mestres da lei – os “justos” daquela época – faziam de Jesus eram: Glutão, bebedor de vinho e amigo de pecadores. E nós, queremos ser vistos com os “pecadores”; comer, receber e banquetear com eles, ou somos “justos” demais para isso? Queremos estar só com aqueles a quem “gostamos” ou temos afinidade?

“Se amais os que vos amam, qual é a vossa recompensa? Porque até os pecadores amam aos que os amam” (Lucas 6:32). “Se fizerdes o bem aos que vos fazem o bem, qual é a vossa recompensa? Até os pecadores fazem isso” (Lucas 6:33). “E, se emprestais àqueles de quem esperais receber, qual é a vossa recompensa? Também os pecadores emprestam aos pecadores, para receberem outro tanto” (Lucas 6:34).

Que possamos refletir bastante sobre estas palavras de Jesus, pois elas demonstram que o cidadão do reino precisa ir muito além das atitudes daqueles que não conhecem a Deus. O discípulo faz o que seu mestre faz! Jesus disse:

“se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no reino dos céus” (Mateus 5:20)

O discípulo de Cristo age como seu Pai nos céus:

“Amai, porém, os vossos inimigos, fazei o bem e emprestai, sem esperar nenhuma paga; será grande o vosso galardão, e sereis filhos do Altíssimo. Pois ele é benigno até para com os ingratos e maus. Sede misericordiosos, como também é misericordioso vosso Pai” (Lucas 6:35,36).

Estas são as verdadeiras atitudes de um cidadão do reino, ou seja, atitudes de um filho de Deus.

Vamos despertar para realidade do chamado de Cristo:

“Não temas; doravante serás pescador de homens” (Lucas 5:10).

É para isso que o Senhor nos chamou. Para andar como Ele andou e amar como Ele amou, servindo-o como servos em obediência a sua vontade, levando a sua mensagem salvadora aos perdidos. Ele não nos chamou para disputarmos entre nós em quem é o maior, quem sabe mais, quem pode mais, ou pior, quem manda mais. Jesus é o Senhor e só Ele tem autoridade em todas as coisas. Vamos ouvir, guardar e praticar o que Ele realmente ensina e espera de seus seguidores.

“Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros” (João 13:34).

Novo mandamento vos dou

“Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros.”. (João 13:34,35)

“Novo mandamento vos dou”: Um mandamento recém chegado, mas que se baseia no segundo grande mandamento da antiga lei, “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mateus 22:39). É uma ordenança inquestionável de Jesus para que o homem se aproxime mais do caráter santo e perfeito de Deus.

Jesus viveu intensamente este amor e mostrou na prática como devemos andar também, ou seja, amando uns aos outros como Ele nos amou:

“Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos”

Jesus esteve entre nós – os pecadores – para nos dar esperança. Ele andou em nosso meio para nos resgatar do poder do pecado. Em sua passagem aqui na terra, o Senhor amou intensamente aos homens, curando-os de suas enfermidades físicas, emocionais e principalmente espirituais. Jesus não só os curava, mas ordenava a não pecarem mais, pois a maior enfermidade dos homens não estava naquele corpo curado, mas em suas mentes; em seus corações transgredidos pelo poder do pecado.

O pecado é a maior enfermidade do ser humano e é exatamente por isso que Jesus desceu dos céus, pois as nossas “iniquidades fazem separação” entre nós e o nosso Deus (Isaías 59:2). Ele desceu para nos curar dessa terrível enfermidade que afeta todos os seres humanos, “pois todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Romanos 3:23). No entanto, todos aqueles que foram curados – fisicamente falando – foram tragados pela morte um dia. Mas se eles compreenderam e guardaram o que lhes foi dito pelo Senhor – para não pecarem mais –, com certeza eles não foram vencidos pela morte, mas aguardam a preciosa e bem-vinda volta de Cristo, onde serão ressuscitados para a eternidade e estarão para sempre na presença de Deus no reino dos céus. Esta também é a nossa esperança.

Portanto amemos uns aos outros como Jesus nos amou, pois…

“se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso; pois aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê” (1 João 4:20)

Paralelo da Lei

Cântico utilizado: “A lei do Senhor” (Salmo 19:7-10)

“A Lei do Senhor é perfeita, e restaura a alma.”
– A lei do Senhor transforma o meu caráter.
– Altera o meu viver.
– Me dá uma vida plena e abundante.
– Me prepara para o encontro triunfal com Jesus.
– Ela me trás a esperança da vida eterna.

“O testemunho do Senhor é fiel, e dá sabedoria aos símplices.”
– O testemunho do Senhor me ensina a viver de modo digno.
– Me ensina a fazer o que é correto e louvável diante de Deus.
– Ele me mostra o caminho em que devo andar.
– Me encoraja a ser e a continuar fiel.
– Me torna sábio em minhas atitudes.

“São mais desejáveis do que ouro depurado.”
– São mais desejáveis do que qualquer tesouro.
– Do que qualquer prêmio…
– Qualquer título.
– Qualquer conquista.
– Qualquer presente.

“São mais doces do que o mel e o destilar dos favos.”
– Doce aos meus olhos.
– Agradável ao meu coração…
– Ao meu viver.
– Ao meu andar.
– Ao meu ser.

“Os preceitos do Senhor são retos, e alegram o coração.”
– Os preceitos do Senhor são justos e bons.
– Ele me faz feliz.
– Eu fico cheio de júbilo.
– Me faz contentar.
– Regozija o meu ser.

“O mandamento do Senhor é puro e ilumina os olhos.”
– O mandamento do Senhor me guia nos difíceis caminhos da vida.
– Me livra da escuridão do pecado.
– Ele abre os meus olhos para ver o que é reto, justo e bom.
– Santifica o meu ser.
– Me torna puro, separado e consagrado para servir a Deus.

“O temor do Senhor é límpido, e permanece para sempre.”
– O temor do Senhor é puro.
– Ele é santo…
– Não tem mancha.
– É transparente.
– É eterno.

“Os juízos do Senhor são verdadeiros e todos igualmente justos.”
– Nos juízos do Senhor há Justiça.
– Há verdade…
– Igualdade.
– Perdão.
– Amor.

Se há lei, é porque Deus me amou e enviou Seu Filho para cumpri-la em meu lugar, pois ninguém seria capaz senão Ele:

“Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir.” (Mateus 5:17)

Se há lei, é porque Deus existe, e nela, Ele revelou sua vontade:

“As coisas encobertas pertencem ao SENHOR, nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem, a nós e a nossos filhos, para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei.” (Deuteronômio 29:29)

Se há lei, é porque haverá justiça:

“Ora, sabemos que tudo o que a lei diz, aos que vivem na lei o diz para que se cale toda boca, e todo o mundo seja culpável perante Deus, visto que ninguém será justificado diante dele por obras da lei, em razão de que pela lei vem o pleno conhecimento do pecado. Mas agora, sem lei, se manifestou a justiça de Deus testemunhada pela lei e pelos profetas; justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo, para todos e sobre todos os que crêem; porque não há distinção, pois todos pecaram e carecem da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus, a quem Deus propôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a fé, para manifestar a sua justiça, por ter Deus, na sua tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente cometidos; tendo em vista a manifestação da sua justiça no tempo presente, para ele mesmo ser justo e o justificador daquele que tem fé em Jesus.” (Romanos 3:19-26)

Quem ama o próximo cumpre a lei

“A ninguém fiqueis devendo coisa alguma, exceto o amor com que vos ameis uns aos outros; pois quem ama o próximo tem cumprido a lei.” (Romanos 13:8)

Como cristãos, temos a responsabilidade de zelar pelo nome que levamos. Se não estamos tão preocupados com o nosso nome, precisamos lembrar que carregamos um nome precioso e maravilhoso, que é o nome de Cristo. A responsabilidade de carregar este nome já é suficiente para termos condutas irrepreensíveis perante Deus e os homens.
Não podemos deixar que o nosso “nome” de cristão, seja manchado por uma vida desordenada. A instrução de Paulo em Romanos 13:8 é de não dever nada. Se não podemos dever nada, então precisamos aprender a lidar com toda e qualquer situação que possa nos levar a isto.
Mas uma coisa estaremos sempre em divida: o amor, pois este, precisamos compartilhar todos os dias, em todo tempo e em todos os momentos.
Por mais que amemos, sempre estaremos em divida, porque não temos como pagar o que Cristo fez por nós – Ele amou e nós precisamos amar também; amar como Ele amou.
Nossa conduta deve ser irrepreensível para com Deus, para com todas as pessoas e para com as autoridades, independentemente como exercem seus deveres (conforme versos anteriores; 1 a 7).
O amor que recebemos de Deus precisa ser compartilhado e oferecido a todos e não somente a alguns poucos que escolhemos. Este é o verdadeiro amor. Esta é maneira certa de amar ao próximo.
Que o Senhor nos guie e ilumine neste caminho de luz rumo a morada eterna nos céus.

Ministros de Deus

“Por esse motivo, também pagais tributos, porque são ministros de Deus, atendendo, constantemente, a este serviço.” (Romanos 13:6)

Qual “motivo”? A razão da autoridade existir, e também o serviço que ela exerce a favor de seus cidadãos, tais como: 1) ela procede de Deus; 2) quem resiste a ela, resiste a ordenação de Deus; 3) ela pune os que se tornam malfeitores e se rebelam; 4) ela protege seus cidadãos; 5) sujeitamos por dever de consciência.
As autoridades são servas de Deus para estabelecer a ordem através de leis que promovam a paz, trazendo benefícios aos cidadãos e punindo com rigor aqueles que se opõe e praticam o mal.
É a vontade de Deus que nos sujeitemos às autoridades que foram ordenadas por Ele não por temor, mas “por dever de consciência” (v. 5), e dessa forma devemos pagar os tributos estabelecidos por elas para que continuem exercendo o seu dever.
O dever das autoridades em geral é promover a ordem, a segurança, o desenvolvimento social e defender os cidadãos dos malfeitores que se rebelam contra as leis estabelecidas. Jesus disse:

“Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus” (Marcos 12:17)

Continuemos honrar nossos compromissos para com as autoridades, independentemente se elas não têm cumprido com seus deveres, pois fazendo assim glorificamos e honramos o nome de Deus. Se as autoridades não cumprem ou não tem cumprido seu papel diante de Deus, terão que prestar contas a Ele no final – não tem escapatória! Porém, não devemos utilizar esse motivo para descumprir o que se espera daqueles que são filhos de Deus; a nossa parte sempre devemos fazer, pois não é as autoridades que prestaremos contas, mas a Deus.
Paulo também instruiu:

“Pagai a todos o que lhes é devido: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem respeito, respeito; a quem honra, honra” (Romanos 13:7)

Este verso nos instrui a pagar tudo o que devemos. Se tudo temos que pagar, nada podemos dever. Infelizmente muitos têm buscado meios de não pagar o que devem, a exemplo, a sonegação que é algo cada vez mais frequente e habitual neste país, dentre outras manobras para não se pagar o que deve.
O versículo não diz se o governo merece receber. Ele também não diz que é injusto. Ele diz é que precisamos pagar os impostos e tributos. O desrespeito as autoridades, aos pais, aos mais velhos, aos ministros de Deus e uns aos outros é algo cada vez mais notório, e por sinal, muito triste. A atitude do cidadão do reino é sempre diferente do homem natural, do pagão, do incrédulo. O proceder dos filhos de Deus é sempre na luz, pois eles devem ser “luzeiros no mundo” (Filipenses 2:15). Lembrando que neste mundo estamos apenas de passagem – somos peregrinos em terra estranha; nosso lar não é aqui!
O respeito é uma prova de submissão, ou seja, de sujeição espontânea e não forçada. Quem é “digno” de respeito, deve ser respeitado para a glória de Deus.
Honrar alguém é homenagear as suas qualidades; é dar preferência, estimando-o acima de si mesmo. Isto exige uma das maiores qualidades cristãs que é a humildade. Essa é a vontade de Deus. Honre a quem é devido e assim glorifique ao Senhor.

Dever de Consciência

“É necessário que lhe estejais sujeitos, não somente por causa do temor da punição, mas também por dever de consciência.” (Romanos 13:5)

Este verso ajusta perfeitamente com a descrição do batismo bíblico dada pelo apóstolo Pedro:

“o batismo, agora também vos salva, não sendo a remoção da imundícia da carne, mas a indagação de uma boa consciência para com Deus” (1 Pedro 3:21)

No verso anterior confirmamos que a autoridade é “ministro de Deus, vingador, para castigar o que pratica o mal” (Romanos 13:4); mas não temos que nos sujeitar as autoridades que foram instituídas por Deus por medo de sermos surpreendidos em alguma transgressão e assim recebermos punição. O cristão não precisa temer, pois anda retamente; quem precisa temer é quem anda desordenadamente.

Os cristãos – aqueles que conscientizaram de seus pecados e em conseqüência se entregaram a Jesus em obediência ao batismo – se submetem as leis estabelecidas pelas autoridades, não por medo de serem surpreendidos em alguma falta e assim serem punidos pelo erro, mas se submetem “por dever de consciência” para com Deus. A nova consciência adquirida no batismo, no…

“lavar regenerador e renovador do Espírito Santo” (Tito 3:5)

A consciência do cristão é uma consciência regenerada; uma nova consciência perante Deus. É a certeza e a convicção na onipresença de Deus que o move a buscar sempre fazer a vontade de seu Criador que a tudo vê (Hebreus 4:13).

O cristão tem um compromisso com Deus assumido no dia do seu batismo, quando se entregou a Jesus Cristo como seu único Senhor e Salvador: Andar segundo os desígnios de Deus em todas as áreas de sua vida e assim o bendizer, glorificar e exaltar o Seu santo e glorioso nome.

Queres tu não temer a autoridade?

“Porque os magistrados não são para temor, quando se faz o bem, e sim quando se faz o mal. Queres tu não temer a autoridade? Faze o bem e terás louvor dela, visto que a autoridade é ministro de Deus para teu bem. Entretanto, se fizeres o mal, teme; porque não é sem motivo que ela traz a espada; pois é ministro de Deus, vingador, para castigar o que pratica o mal.” (Romanos 13:3,4)

Infelizmente a verdade da Palavra de Deus tem sido colocada de lado, dando lugar as palavras de homens que defendem o mal e a desordem. Um dos deveres dos magistrados, ou seja, pessoas revestidas de autoridade superior judicial ou civil, conforme parecer bíblico é punir, e punir com rigor os que praticam o mal:

“… ela traz a espada; … para castigar o que pratica o mal” (v. 4b)

O mundo está cada dia mais difícil de se viver devido à violência, maldade e impunidade existentes. Os cidadãos comuns estão cada vez mais aprisionados pela falta de segurança, paz e tranqüilidade no mundo. Leis retrógradas, corrupção, impunidade e indiferença com o sofrimento das pessoas, têm sido erros trágicos na vida daqueles que deveriam ser os nossos defensores e quem aproveita disso, são os malfeitores que não temendo tal “autoridade”, por não puni-los de acordo com seus crimes, continuam a tramar e a praticá-los.

Deus cobrará de cada um de nós o que temos feito com o que recebemos dEle e ninguém será inocentado de sua culpa como é comum vermos atualmente (Hebreus 4:12,13; Naum 1:3).

Os magistrados receberam de Deus a incumbência de gerar segurança e punir quem se rebela contra as autoridades e a ordem pública; os cidadãos deste mundo receberam a incumbência de se sujeitar as autoridades existentes, pois é ordenação de Deus (Romanos 13:1,2), e nós os cristãos, recebemos igual incumbência dada a qualquer cidadão, mas “antes, importa obedecer a Deus do que aos homens” (Atos 5:29), caso as autoridades deste mundo se corrompam e imponham leis contrárias a vontade do Criador. Quando as autoridades não punem rigorosamente os culpados, deixam de ser ministros de Deus, ou seja, deixam de servir a ordem dEle.

Quando pessoas deixam o bem e se tornam malfeitores, partindo para o mal cometendo crimes, devem ser punidas pelas autoridades competentes com o rigor que cada ato mereça.

Resiste à Ordenação de Deus

“De modo que aquele que se opõe à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos condenação.” (Romanos 13:2)

No verso anterior lemos que:

“não há autoridade que não proceda de Deus”, ou seja, “as autoridades que existem foram por ele instituídas” (Romanos 13:1)

As funções e cargos de autoridade existentes no mundo foram instituídas por Deus para estabelecer a ordem, a disciplina, a paz, a segurança, dentre outros benefícios aos seus cidadãos.

Independentemente como age cada governante, nós como cidadãos e principalmente como cristãos, temos que nos sujeitar as autoridades pelas leis criadas e honrá-las como bons cidadãos glorificando assim o nosso Deus e Senhor eterno.

Precisamos orar e interceder pelas autoridades para um propósito muito claro; Paulo escreveu:

“Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas, orações, intercessões, ações de graças, em favor de todos os homens, em favor dos reis e de todos os que se acham investidos de autoridade, para que vivamos vida tranqüila e mansa, com toda piedade e respeito. Isto é bom e aceitável diante de Deus, nosso Salvador, o qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade.” (1 Timóteo 2:1-4)

O verso 2 de Romanos 13 é claro quando diz que quem se opõe, ou seja, não se sujeita as autoridades existentes, na verdade está resistindo a Deus. Quem se opõe às autoridades, resiste à ordem de Deus e as conseqüências poderão ser trágicas.

Mas precisamos ser claros: Nem sempre a autoridade é concernente a vontade de Deus e quando ela estabelecer ou impor qualquer lei ou ordenação que seja contrária a vontade divina…

“antes, importa obedecer a Deus do que aos homens” (Atos 5:29)

Sujeição às Autoridades

“Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas.” (Romanos 13:1)

Ninguém neste mundo tem autoridade se ela não tiver sido concedida por Deus. Aliás, o único que tem toda autoridade, ou seja, autoridade absoluta é o Senhor Jesus Cristo (Mateus 28:18).
Mas como cidadãos, precisamos estar sujeitos a alguma autoridade no mundo em que vivemos, desde que ela não se volte contra a vontade de Deus, pois…

“antes, importa obedecer a Deus do que aos homens” (Atos 5:29)

Cada país tem as suas leis e precisamos honrar nossos compromissos sendo bons cidadãos e assim glorificar a Deus com um testemunho exemplar.
Sendo cristãos, nossa autoridade como lei e ordenanças é o Novo Testamento, e o Senhor Jesus Cristo é a autoridade absoluta em todas as áreas de nossas vidas. Porém, neste mundo existem autoridades e o apóstolo Paulo ensina que precisamos estar sujeitos a elas também, pois todas procedem de Deus.

“Não há autoridade que não proceda de Deus” (Romanos 13:1b)

O que procede de Deus são as funções e cargos de autoridade, não as pessoas que as exercem propriamente ditas, pois nem todos governam conforme a vontade de Deus, e sempre há alteração no comando do estado e das instituições.
Já pensou em um mundo sem autoridades e sem governo? Seria um caos! Os antigos reis e hoje os presidentes, governadores, prefeitos e toda e qualquer função que exerça autoridade foram concedidas por Deus. O Senhor concede as pessoas que exercem tais funções, autoridade, para que no exercício de suas atribuições, cumpram o seu papel…

“para que vivamos vida tranqüila e mansa, com toda piedade e respeito” (1 Timóteo 2:2b)

Quando as autoridades não cumprem o seu papel, dado por Deus e os homens não se submetem cumprindo as leis, as conseqüências são desastrosas e podem ser vistas claramente na corrupção, violência, maldade, dentre outras tragédias existentes no mundo.