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O CRISTÃO E AS FAKE NEWS

“Não espalhe notícias falsas e não entre em acordo com o ímpio, para ser testemunha maldosa” – Êxodo 23:1

Privilégio gera responsabilidade. Do orelhão com fichas na mão veio o celular. Dele vieram e-mails, WhatsApp, Telegram, Instagram etc., tecnologias que ajudaram enormemente na comunicação humana. 

As redes sociais potencializaram o poder da comunicação em massa, antes restrita à televisão e ao rádio. Surgiram as Fake News, notícias falsas geralmente feitas a partir de um recorte manipulado para transmitir aquilo que o fraudador deseja, por vídeo, imagem ou escrita. As redes sociais são neutras, mas potencializam a natureza carnal humana decaída no pecado.

O cristão é filho de Deus e foge de toda mentira e de toda forma do mal (1 Tessalonicenses 5:22). Somos da verdade, fomos ensinados pelo Senhor Jesus que o diabo é o pai da mentira (João 8:44). Devemos dizer a verdade, mesmo quando contrária aos nossos interesses. Como filhos da luz, divulgaremos somente aquilo que checamos ser verdadeiro. Nosso Mestre e nossos primeiros irmãos foram vítimas das Fake News da época.

Mateus 26:59 diz: “E os principais sacerdotes e todo o Sinédrio procuravam algum testemunho falso contra Jesus, a fim de o condenarem à morte.”. Em 26:61, encontramos: “Este disse: ‘Posso destruir o santuário de Deus e reconstruí-lo em três dias’.”

Jesus disse essa frase, porém, eles a deturparam e tiraram do seu contexto para acusá-lo de rebeldia contra Roma, crime pelo qual foi condenado.

A mesma notícia falsa foi utilizada pelo Sinédrio para condenar Estêvão:

Nós o ouvimos dizer que esse Jesus, o Nazareno, destruirá este lugar e mudará os costumes que Moisés nos deu” – Atos 7:14 

Jesus adverte: “Digo a vocês que, no Dia do Juízo, as pessoas darão conta de toda palavra inútil que proferirem” – Mateus 12:36

Fake News são mentiras jogadas na rede mundial de computadores objetivando o erro, a fraude, o engano, derrubar reputações, prejudicar o próximo. Outro exemplo de fake News são os sites de grupos religiosos que não pregam a verdade de Deus. Sejamos seletivos nisso.

Finalmente, mesmo que a notícia seja verdadeira, utilizemos as três peneiras ensinadas na história a seguir: 

Um homem encontrou seu mestre, levando uma informação que julgava interessante:
– Quero contar coisa a respeito de um amigo teu!
– Espera um momento – disse o Mestre. – Antes, quero saber se essa informação passou pelas três peneiras.
– Três peneiras? Como assim?
– Vamos peneirar aquilo que quer me dizer pelas três peneiras. A primeira é a peneira da VERDADE. Tens certeza de que isso que queres dizer-me é verdade?
– Bem, foi o que ouvi outros contarem. Não sei se é verdade.
– A segunda peneira é a da BONDADE. Passaste essa informação pela peneira da bondade. Serás bondoso com ele? Gostaria que fizessem isso com você?

   Envergonhado, o homem respondeu:

– Devo confessar que não.
– A terceira peneira é a da UTILIDADE. É útil o que vieste falar a respeito do meu amigo? Vai ajudar em algo?
– Útil? Na verdade, não.
– Então, disse-lhe o sábio, se o que queres contar-me não é verdadeiro, nem bom, nem útil, é melhor que o guardes apenas para ti.

“Por isso, deixando a mentira, que cada um fale a verdade com o seu próximo, porque somos membros do mesmo corpo.” – Efésios 4:25.

IGREJAS DE PAREDE PRETA

Há alguns anos, surgiu no Brasil uma moda entre as chamadas “igrejas evangélicas”: a pintura de seus prédios de preto. Ao que parece, essa tendência foi importada da Austrália, onde uma influente “igreja” local começou com essa prática.

Observa-se que as “igrejas” que adotam a pintura preta geralmente têm um apelo junto a um público mais jovem e mais “descolado”. Contudo, nosso objetivo aqui é compreender a vontade de Deus e o que Ele quer que façamos. Para isso, devemos buscar na Bíblia a resposta para todas as questões. Pode surgir a dúvida se a cor das paredes de um prédio tem alguma influência, mas como servos de Deus, nossa percepção deve ser mais profunda e racional.

Ao observarmos atentamente, percebemos que esses locais que adotaram a pintura preta buscam atrair um público mais jovem, mais aberto a novidades, frequentemente ligado a uma forma de adoração a Deus voltada para música, dança, teatro, projeções de vídeos e canhões de luz – basicamente, um show. Dentro desse contexto, a cor preta se encaixa bem, destacando melhor todos esses efeitos visuais.

É importante ressaltar que o ponto não é o uso da cor preta ou de qualquer outra cor, pois isso não é certo ou errado em si mesmo. A discussão aqui é sobre o propósito disso. Se o propósito da cor das paredes é ser um “chamariz” para as pessoas, como servos de Deus, devemos estar atentos. A Bíblia nos ensina que o que deve atrair as pessoas para Cristo é a verdade – “e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (João 8:32).

O ser humano tem a tendência de buscar sempre algo novo, algo nunca tentado, uma novidade para alcançar seus objetivos. Isso, em si mesmo, não é errado. O problema surge quando tentamos usar isso em relação às coisas espirituais, achando que começar a fazer “algo novo” para atrair as pessoas não tem nada de errado.

Você pode estar se perguntando: “Qual o mal de pintar o prédio de preto? A Bíblia não fala sobre qual cor usar!”. A resposta correta deve ser “por que eu quero pintar o prédio de preto?”. Se a resposta for “porque as igrejas pintadas de preto estão atraindo pessoas”, isso já indica que a intenção não está correta. Por que usar uma maneira de atrair pessoas baseada em algo que a Bíblia não diz? Por que usar estratégias humanas para fazer algo espiritual que Deus já nos mostrou como fazer?

Ser servo de Cristo exige uma análise profunda de tudo que cerca nossas vidas, costumes e pensamentos. Se essa estratégia da cor de parede, por mais “inocente” que pareça, está sendo usada de maneira estranha, por que adotá-la? Por que correr o risco de fazer algo que, aos olhos de Deus, pode ser prejudicial?

Além disso, as pessoas, devido ao desconhecimento da Palavra, começam a usar o termo e a procurar se reunir “nas igrejas com paredes pretas”, formando mais uma denominação a partir de um costume humano que surgiu de algo aparentemente “inocente” – aliás, não é assim que todas as denominações surgiram?

Esse breve artigo não esgota o assunto, pois ele tem raízes mais profundas do que a mera cor da parede. No entanto, espero que ajude a olhar para essa e todas as outras coisas de uma maneira mais espiritual. Como disse nosso mestre Jesus em Mateus 10:16:

“Eis que eu vos envio como ovelhas para o meio de lobos; sede, portanto, prudentes como as serpentes e símplices como as pombas”.

CRISTIANISMO É MUITO MAIS QUE VALORES MORAIS – Parte 2

CRISTIANISMO É MUITO MAIS QUE VALORES MORAIS

“Se um homem é justo e age com justiça e retidão — não come carne sacrificada nos altos nem levanta os olhos para os ídolos da casa de Israel; não contamina a mulher do seu próximo nem tem relações com a mulher menstruada; não oprime ninguém, mas devolve ao devedor a coisa penhorada e não rouba; reparte o seu pão com o faminto e cobre com roupas aquele que está nu; não empresta para ter lucro e não cobra juros; desvia a sua mão da injustiça e é imparcial ao julgar uma questão entre duas pessoas; anda nos meus estatutos e guarda os meus juízos, procedendo retamente —, esse tal é justo e certamente viverá, diz o Senhor Deus.” – Ezequiel 18:5-9

O tema central do capítulo 18 de Ezequiel é a responsabilidade pessoal de cada pessoa diante de Deus, resumida na frase: “A pessoa que pecar, essa morrerá. O filho não pagará pela iniquidade do pai, nem o pai pagará pela iniquidade do filho. A justiça do justo ficará sobre ele, e a maldade do ímpio cairá sobre este.” (vs. 20)

Porém, quero destacar um assunto dentro desse texto, que me chamou a atenção e é muito importante que os muitos cristãos de hoje em dia pensem, pois, muitas vezes, são seletivos sobre o que significa ser reto, íntegro e justo diante de Deus.

Sim, lamentavelmente, muitos cristãos resumem a vida cristã a valores morais ou comportamentais. E gritam tanto a respeito disso que parece que ser cristão resume-se a ser contra o aborto, o comportamento homossexual e o adultério.

Sim, todos esses comportamentos recebem apenas um nome na Bíblia, são pecados, e nada nem ninguém pode calar aquilo que Deus diz em Sua Palavra.
Porém, o verdadeiro cristianismo ou o seguir a Deus vai muito além de gritar valores morais ou ser contra algo. Ser íntegro aos olhos de Deus vai muito, mas muito além disso.

Vejamos alguns valores destacados por Deus através de seu profeta Ezequiel:
Há valores que chamarei de religioso, bem claros: “não come carne sacrificada nos altos nem levanta os olhos para os ídolos da casa de Israel”. Isto é, a pessoa íntegra serve ao único Deus, o Deus de Israel no Velho Testamento e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo no Novo. Há somente um Deus e o justo de Deus foge da idolatria.

Há valores morais, sim: “não contamina a mulher do seu próximo nem tem relações com a mulher menstruada. Sim, sexo para a pessoa de Deus é apenas na constância do casamento e entre um homem e uma mulher. Toda atividade sexual fora desse padrão de Deus é pecado.

No entanto, a pessoa íntegra de Deus também tem valores de honestidade: “não oprime ninguém, mas devolve ao devedor a coisa penhorada e não rouba”. Sim, a pessoa que realmente é temente e obedece a Deus, não se utiliza da fragilidade do seu semelhante para explorá-lo. É uma pessoa que vive em honestidade.

Causa-me revolta ver muitos políticos quase que histéricos defendendo valores morais, mas são desonestos e corruptos, enriquecem à custa do erário público. Têm um discurso que parece de alguém que obedece a Deus, mas, vivem em desonestidade, tendo um padrão de vida que em muito ultrapassa os seus ganhos. Ou seja, roubam o que não lhes pertence.

Porém, há ainda outros valores que Deus ama: “reparte o seu pão com o faminto e cobre com roupas aquele que está nu”. Chamo esses valores de valores sociais.

Uma sociedade com valores cristãos é aquela que se preocupa com o vulnerável, onde as pessoas individualmente repartem o que têm com o faminto e o Estado que é influenciado pelo verdadeiro cristianismo é aquele em que é utilizado para reduzir as desigualdades sociais.

Não é o Estado que domina de forma absoluta (base do comunismo/socialismo, nunca funcionou na prática), mas também não é um estado onde “quem pode mais, chora menos” e o mais fraco é jogado à sua própria sorte, estado este muitas vezes chamado de direita ou liberal.

Por isso, um cristão bíblico jamais se autodenominará de “direita” ou “esquerda”, apesar de defender certos valores de ambos, mas também, abomina o que cada um dessas maneiras de governar têm e que contraria ensinos claros de Deus. A pessoa que verdadeiramente ama a Deus é mão aberta, sempre pronta a dividir o que tem com o necessitado.
Vejamos outros exemplos do que Deus espera daqueles que verdadeiramente querem obedecê-lo: “não empresta para ter lucro e não cobra juros; desvia a sua mão da injustiça e é imparcial ao julgar uma questão entre duas pessoas”.

Na Bíblia, muitas vezes o seguidor de Deus é identificado como uma pessoa íntegra (Gênesis 7:1 e Jó 1:1), exemplificados aqui na vida de Noé e Jó. E o próprio nome diz, a pessoa íntegra procura ser completa, buscando saber qual é a vontade de Deus em TODAS as áreas de sua vida e não somente naquilo que lhe é conveniente. Vejamos o exemplo de Jó:

“Porque eu livrava os pobres que pediam ajuda e também o órfão que não tinha quem o socorresse. A bênção do que estava prestes a perecer vinha sobre mim, e eu fazia o coração da viúva cantar de alegria. Eu me cobria de retidão, e ela me servia de roupa; a minha justiça era como um manto e um turbante. Eu era os olhos do cego e os pés do aleijado.” – Jó 29:12-15

Que busquemos viver em integridade, de forma total, e valorizemos aqueles que verdadeiramente, não por conveniência, buscam viver na justiça, retidão e integridade que o Senhor Deus tanto valoriza.

Novo vídeo no canal da Igreja de Cristo nos Pimentas

DEUS E SUA PALAVRA: A ESPERANÇA VERDADEIRA

“Quando Jeremias acabou de falar a todo o povo todas as palavras do Senhor, o Deus deles, palavras todas com as quais o Senhor, o Deus deles, o havia enviado ao povo.” – Jeremias 43:1

“Assim nem Joanã, filho de Careá, nem os capitães dos exércitos, nem o povo todo obedeceu à voz do Senhor, para ficarem na terra de Judá.” – Jeremias 43:4

“E entraram na terra do Egito, desobedecendo à voz do Senhor, e chegaram até Tafnes.” – Jeremias 43:7

“Virá e destruirá a terra do Egito; quem é para a morte vai para a morte; quem é para o cativeiro vai para o cativeiro; e quem é para a espada vai para a espada. Porá fogo nos templos dos deuses do Egito e os queimará, levando cativos os ídolos. Limpará a terra do Egito, assim como um pastor tira os piolhos da sua própria roupa; e sairá dali em paz.” – Jeremias 43:11-12

No artigo que escrevi na semana passada Deus havia ordenado que Jeremias avisasse ao remanescente que ficará em Judá, que não fosse para o Egito, mas permanecesse na terra, pois não permitiria que Nabucodonosor, rei da Babilônia, a quem Deus chama de seu servo (vs. 10), lhes fizesse mal.

Por não concordarem com as ordens de Deus, os líderes em Judá, junto com muito do povo, vão para o Egito, pensando que estariam longe de Nabucodonosor, sob a proteção de Faraó. Puro engano. Estão colocando sua esperança em alguém que, como piolho na roupa de um pastor, pode ser facilmente destruído. Nabucodonosor no Velho Testamento é o ungido de Deus, escolhido por Ele.

Na realidade, a desobediência trouxe maldição não somente para os desobedientes, mas para o próprio Egito, que seria conquistado pelos babilônios por ordem de Deus. Fez-me lembrar de Jonas que, ao fugir das ordens de Deus num navio, trouxe perigo de morte a todos os tripulantes daquela embarcação (Jonas 1:10).

Olhemos as palavras ditas por Deus: “quem é para a morte vai para a morte; quem é para o cativeiro vai para o cativeiro; e quem é para a espada vai para a espada.”

Todo o mal já tinha cessado, boa parte do povo estava na Babilônia. Bastava os que ficaram em Judá arrependerem-se e voltarem à obediência a Deus. Não fizeram assim, mas permaneceram rebeldes às ordens do Senhor. Por isso todo o mal recomeçaria, com morte, dor e exílio.

Textos como estes de hoje devem encher o coração do filho de Deus de esperança e segurança. O mal está sob o controle do Todo-Poderoso e, quando corremos para os seus braços, obedecendo aos seus mandamentos, estamos protegidos. O mal pode até nos atingir, mas sempre dentro do limite imposto por Deus. Costumo dizer que na Bíblia tudo e todos estão debaixo do poder de Deus, até mesmo o mal, até mesmo Satanás. Ele nos atrapalha, mas seu fim é ser derrotado é jogado no lago de fogo (Apocalipse 20:10).

Hoje temos a Palavra de Deus acessível a todos nós. Basta nos manter fiéis a esta Palavra e temendo somente a Deus que fará com que cheguemos são e salvos na Jerusalém celestial. Se estamos buscando viver em obediência, não precisamos temer nada nem ninguém, pois o Senhor do Universo está do nosso lado.

“Que diremos, então, à vista destas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós?” – Romanos 8:31

Porém, a promessa não é para todos, nem mesmo para aqueles que gostam e falam bem de Deus, como fizeram Joanã e seus amigos. Esta promessa é para aqueles que diligentemente buscam saber qual é a vontade de Deus para as suas vidas, todos os dias, nas Escrituras Sagradas e, depois de saberem, buscam forças no Espírito Santo para viverem em obediência aos mandamentos do Senhor.

Que eu e você, que está lendo esta reflexão, façamos parte desse grupo seleto, representado por Jeremias e Baruque no texto de hoje e pelos seguidores de Jesus, a igreja dele, no Novo Testamento.

CRISTIANISMO É MUITO MAIS QUE DISCURSOS MORALISTAS

“Assim diz o Senhor: Pratiquem o direito e a justiça e livrem o oprimido das mãos do opressor. Não oprimam nem maltratem o estrangeiro, nem o órfão, nem a viúva. Não derramem sangue inocente neste lugar.” – Jeremias 22:3

“Ai daquele que edifica a sua casa com injustiça e os seus aposentos, contrariando o direito! Que faz o seu próximo trabalhar de graça, sem lhe pagar o salário.” – Jeremias 22:13

“Julgou a causa do aflito e do necessitado, e tudo lhe corria bem. Por acaso, não é isso que se chama conhecer-me?” — diz o Senhor.” – Jeremias 22:16

O livro de Jeremias mostra a idolatria como uma das causas do exílio, Judá praticava o sincretismo religioso, adorava ao Deus único, mas também adorava os deuses falsos das nações. Havia prostituição, tanto entre as pessoas nos seus relacionamentos, mas em especial na troca de Deus pelos ídolos das nações.

No entanto, não foi esta a única causa. No texto de hoje vemos que a maneira como o governo judaico tratava os mais necessitados também foi muito importante para o Senhor estar tão irado com a nação.

Em toda a Bíblia Deus tem um cuidado especial com os mais necessitados, representados no Velho Testamento pelo órfão e pela viúva. Vejamos o que o salmista diz a respeito deles.

“Pai dos órfãos e juiz das viúvas é Deus em sua santa morada.” – Salmos 68:5

A avareza, a desonestidade, o ganho desonesto também é algo que desagradou ao Todo-Poderoso, isto é, o acumular riquezas de maneira injusta, retendo o que pertence ao mais pobre e necessitado. Isto é, para o Senhor, a justiça social é algo importante e foi causadora de tudo de mal que ocorreu com Judá.

No terceiro texto de hoje o “conhecer a Deus” significava julgar a causa do aflito e necessitado.

No Novo Testamento não é diferente. A igreja do primeiro século era conhecida como aquela que cuidava dos mais vulneráveis.

“Não havia nenhum necessitado entre eles, porque os que possuíam terras ou casas, vendendo-as, traziam os valores correspondentes.” – Atos 4:34

Na igreja do primeiro século, a desigualdade entre os irmãos era combatida com os que possuíam muito diminuindo a quantidade de bens que tinha em favor dos que nada tinham.

Aliás, no grande julgamento, a maneira como tratamos os mais necessitadas é critério de salvação.

“Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: ‘Venham, benditos de meu Pai! Venham herdar o Reino que está preparado para vocês desde a fundação do mundo. Porque tive fome, e vocês me deram de comer; tive sede, e vocês me deram de beber; eu era forasteiro, e vocês me hospedaram; eu estava nu, e vocês me vestiram; enfermo, e me visitaram; preso, e foram me ver.'” – Mateus 25:34-36

Finalmente, Tiago, em sua carta, repreende os que exploram os outros e mostra qual a verdadeira religião para com Deus.

“Eis que o salário dos trabalhadores que fizeram a colheita nos campos de vocês e que foi retido com fraude está clamando; e o clamor dos que fizeram a colheita chegou aos ouvidos do Senhor dos Exércitos.” – Tiago 5:4

“A religião pura e sem mácula para com o nosso Deus e Pai é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas aflições e guardar-se incontaminado do mundo.” – Tiago 1:27

Que textos como os de hoje nos ajude a entender que o cristianismo verdadeiro não é formado apenas por belos discursos, mas desprovidos de prática. Também que um governo justo não é aquele que fala de Deus ou mesmo que exalta valores morais, mas, junto com isso, precisa valorizar o que mais precisa, na prática da justiça social. Não é por menos que o segundo maior mandamento é amarmos ao próximo como a nós mesmos (Mateus 22:39).

Se há algo que enche o coração de Deus de alegria é quando individualmente, como igreja e como nação, nos preocupamos com o pobre, o necessitado e o oprimido. 

Não Basta Admirar

“Ai de vocês, escribas e fariseus, hipócritas, porque vocês edificam os sepulcros dos profetas, enfeitam os túmulos dos justos e dizem: ‘Se nós tivéssemos vivido nos dias de nossos pais, não teríamos sido seus cúmplices, quando mataram os profetas!” – Mateus 23:29-30

Há uma frase mais ou menos assim: “As pessoas se tornam santas quando morrem”. De fato, é interessante como pessoas tão criticadas, após sua morte, passam a ser tão elogiadas por aqueles que tanto delas falaram mal.

No texto citado, Jesus critica os líderes religiosos que elogiam o exemplo dos profetas já mortos. Imagino que esteja pensando em Elias, Jeremias, Isaías, entre outros. Mas então, surgiu um profeta muito maior que aqueles, Jesus, e novamente o povo judeu o maltratou e no final o crucificou.

Sim, gostamos de citar pessoas que viveram uma fé vibrante. Gostamos de falar, por exemplo, da ousadia de Paulo como pregador, mas, nem sempre imitamos esse bom exemplo do apóstolo quando deixamos nos afadigar na pregação do evangelho.

Assim, não basta falar bem da pessoa, elogiar, admirar, mas também é necessário imitar a vida que ela teve. Às vezes, elogia-se o pai por ter sido honesto e trabalhador, mas nem sempre o filho é uma reprodução da honestidade de vida de trabalhador do pai.

Ao escrever aos Hebreus, seu autor incentiva seus ouvintes a imitarem a fé de santos já mortos:

“Lembrem-se dos seus líderes, os quais pregaram a palavra de Deus a vocês; e, considerando atentamente o fim da vida deles, imitem a fé que tiveram.” – Hebreus 13:7

É como se o autor daquela carta quisesse dizer: a maior honra não é falar bem, elogiar, mas imitar aquela pessoa em sua fé. Outro exemplo é Policarpo, bispo de Esmirna, que viveu no segundo século depois de Cristo e foi queimado vivo por causa de sua fé. Não podemos apenas os elogiar, mas devemos imitar a fé que tiveram, isto é, se necessário, darmos nossa própria vida pela causa de Jesus.

Passada mais de 1 década da morte do sr. David Meadows, ele ainda é uma referência muito citada na igreja no Centro de Guarulhos. No entanto, o amor aos irmãos, a busca pelo reino de Deus em primeiro lugar e, especialmente, o amor pelo estudo das Escrituras Sagradas era uma marca do sr. David. Desta maneira, não basta elogiá-lo, precisamos imitar a fé que ele teve.

Mais do que ser elogiado, um servo de Deus se alegra em ser utilizado para o crescimento espiritual da irmandade, quando esta leva a sério seus esforços em passar aos demais irmãos a vontade do Senhor. O autor de Hebreus mais uma vez nos incentiva:

“Obedeçam aos seus líderes e sejam submissos a eles, pois zelam pela alma de vocês, como quem deve prestar contas. Que eles possam fazer isto com alegria e não gemendo; do contrário, isso não trará proveito nenhum para vocês.” – Hebreus 13:17

Mais do que ser elogiado, um servo de Deus se alegra quando percebe que não trabalha em vão entre aqueles a quem está servindo (Filipenses 2:16).

Praticantes da Palavra é o tema deste mês do boletim Amo Jesus, produzido pelas igrejas guarulhenses. Há os personagens da Bíblia que costumamos citar como exemplos, há irmãos vivos entre nós, exemplos de fidelidade a Deus e, finalmente, há Jesus, o maior exemplo de alguém que agradou a Deus em tudo. Que sejamos imitadores, na prática, desses bons exemplos.

“Portanto, sejam imitadores de Deus, como filhos amados.” – Efésios 5:1

NR.: Artigo escrito originalmente no boletim Amo Jesus, das igrejas de Cristo na cidade de Guarulhos/SP, cujo tema deste mês é “Sejam praticantes da Palavra”.

As Ruas A Estrada e o Destino Final

Imagine que você está no centro da sua cidade. Você recebeu um convite de seu mais novo amigo para visitar o pai Dele que mora numa mansão e tudo de graça. Você só vai ter que pagar pela sua viagem de ida. Se o tamanho da sua cidade for média ou grande, você vai precisar ter que ter um conhecimento básico para sair dela. Eu moro em São Paulo e se eu estiver na praça da Sé, um dos lugares mais conhecidos e movimentados, encontro lá a primeira dica para sair. Bem no centro da praça, tem um pequeno ‘marco zero‘ que mostra o ponto de referência e direção cardeais: norte, sul, leste e oeste. Agora, conseguir seguir aquela indicação é outra coisa. São muitas ruas até chegar a qualquer estrada e que leve a qualquer um dos pontos.

O Caminho

Eu sou natural de Curitiba, capital do Paraná. Para chegar até a BR 116 eu preciso passar por 11 ruas e avenidas para chegar até a Marginal e conseguir sair pela Rodovia Castelo Branco, pegar o Rodoanel e chegar até a Regis Bittencourt, rodovia principal que me leva até Curitiba. Sim, já me perdi várias vezes. Tentando sair de São Paulo e chegar na Régis Bittencourt, já fui parar em Osasco. Graças a Deus que deu inteligência aos homens e hoje temos o GPS que literalmente vem do céu, isto é, o sinal do satélite que alimenta o GPS vem de cima. Sair de São Paulo para pegar a estrada é difícil, mas se você tiver um mapa, seguir as placas, perguntar ou, se tiver um GPS, aí você consegue. Sozinho não é impossível, mas é difícil. Porém, se você pegar uma rua errada, entrar num viaduto qualquer, então você vai passar um bom tempo nervoso, como eu já passei.

A Rodovia

Uma vez que você tenha chegado na Rodovia, fica mais fácil seguir. Quanto melhor o carro, mais confortável a viagem. Na estrada alguns vão mais rápido e outros mais devagar, depende do veículo. Tem alguns pedágios, mas sabendo disso, você já sai de casa preparado. Depende para onde você vai, não tem muito como errar na estrada, apesar de ser possível pegar o caminho errado se você não prestar atenção às placas. Novamente, se você tiver um GPS, fica mais fácil, mas ainda é necessário saber ler o GPS e prestar atenção. Na Rodovia, todos são viajantes indo para um destino. Vamos pegar como exemplo somente os que estão indo para Curitiba. Não importa o meio de transporte e a velocidade, Curitiba estará lá esperando.

O Guia Perfeito

Já usei mapa para sair de São Paulo em direção a Curitiba. Já me guiei pelas placas e por informações de pessoas na rua, mas agora com o GPS, ficou muito mais fácil, pois ele me dá todas as alternativas e me mostra muito mais informações como o congestionamento, hora que vou chegar, se tem algum acidente na estrada, qual o melhor caminho e horário para sair, etc.

Agora um pouco de aplicação: Muitas pessoas se guiam por sinais para sair do pecado, outra se guiam por opiniões de pessoas e pelo o que elas dizem. Outros procuram mapas e o mapa não se engana, está lá registrado; e tem aqueles que se guiam pela Bíblia. A Bíblia é como um GPS. Dá informações precisas. A Bíblia é o guia perfeito para nos tirar do pecado e nos levar ao caminho para o céu.

Sair da cidade e entrar na estrada pode ser complicado, é como querer sair do pecado para seguir a Cristo. Agora, uma vez tendo chegado na estrada, fica mais fácil seguir, mas ainda você não chegou no destino final. Continue viajando comigo.

O Veículo

Na estrada você vai ver vários veículos, vários modelos em  velocidades diferentes. Só um veículo está sendo dirigido por Jesus para chegar até a casa do Pai. Em todos os veículos na Rodovia você encontra cristãos, mas em só um dos veículos você encontra discípulos. Jesus está neste veículo, junto com seus discípulos. Todos os outros cristãos já ouviram falar Dele ou até mesmo o conhecem através das suas leituras da Bíblia, mas estão em veículos que não são dirigidos por Jesus. EM QUAL VEÍCULO VOCÊ ESTÁ? Outros veículos tem outros donos e outros motoristas, mas um só pertence a Jesus e é dirigido por Ele.

O Cristão e o Discípulo

Você é cristão? Sim, deve ser. Todo brasileiro é cristão porque o país é cristão. Agora, na fé, você é como todo brasileiro? A palavra cristão está registrada apenas 3 vezes em toda a Bíblia. Já a palavra discípulo está lá mais de 280 vezes na NVI. Você é do tipo que crê em Cristo como todo cristão ou você é daquele que realmente segue passo a passo, isto é, que tem fé? Sim, tem muita diferença (leia o artigo sobre o assunto).

Assim como o discípulo, encontramos muitos cristãos na estrada. A maioria das pessoas ficam na cidade, mas se quiserem, podem chegar até a estrada também. Precisam estar dispostas a deixar tudo lá e pagar pela viagem. Todos são aqueles que querem lutar contra o mal e precisaram enfrentar a dificuldade de sair do emaranhado das ruas do pecado para chegarem até a Rodovia que levará até o céu. Tem muito jeito para sair, mas não para ficar purificado.

Para discípulos e cristãos, seguir na estrada é fácil, difícil é chegar ao destino final. Não sabemos como todos chegaram na Rodovia da salvação, mas estão ali. Porém, novamente, não chegamos ao destino. Chegar no destino também não é fácil.

O Destino Final
O céu é o limite. Somente descansará em paz quem chegar lá. Os que não chegarem terão toda a eternidade para se lamentarem. Nem o arrependimento existirá mais. Então precisamos decidir agora se queremos e se estamos dispostos a pagar o preço da viagem até o destino final. Você está na Rodovia que o levará até o céu, ótimo! Sair do pecado não é muito fácil, mas uma vez tendo conseguido sair, você vai enfrentar a Rodovia. Nela você poderá enfrentar congestionamentos, acidentes, falta de combustível, problema no carro, pode mudar de ideia, etc. Mas se não começar a enfrentar a Rodovia, nunca vai chegar.

O veículo que o levará ao destino final é a igreja. Alguns estão em veículos que não vão chegar. Alguns vão enfrentar falta de combustível, acidentes, etc. Se o seu veículo é o correto para chegar até lá, agora você vai ter um novo desafio. O desafio final. Não basta chegar perto, tem que saber especificamente o caminho que o levará até à casa do Pai. Você já sabe o caminho? Jesus esteve aqui no mundo para nos fazer o convite e Ele é o caminho, a verdade e a vida para chegar até à casa do Pai. Precisa ouvir o que Ele tem para dizer, reconhecer os pecados cometidos, se arrepender, confessar a fé em Jesus, pegar a Rodovia para a salvação através do batismo, e seguir Jesus até a casa do Pai.

A maioria dos cristãos que estão conosco no caminho, não vão chegar no destino final e não seguiram o processo de libertação do pecado que Jesus apresenta porque começaram errado. Eles creem em Jesus, mas não teem fé. A crença os leva a não se batizarem ou afirmarem que o batismo não é essencial para a salvação para sair do pecado. Eles não praticam a ceia todos os domingos (alguns até a realizam durante um dia qualquer da semana). mas já a coleta eles fazem todos os dias. Eles preservam louvores que agradam mais a eles mesmos do que a Deus e não teem comunhão como o corpo de Cristo. Diminuem o evangelho, pois evangelho e batismo é uma só coisa (1 Co 15:1-4; Rm 6:3-11). Devemos seguir Jesus pela fé e não pela crença. Só Jesus sabe o caminho exato, rua a rua e ponto a ponto, para chegar até à casa do Pai. Jesus é o Autor e o Final do Caminho para chegar, definitivamente, na casa do Pai.

Conclusão

Jesus convida para sair da cidade do pecado que nos envolve e nos oferece todo tipo de atrações e conforto. Sair das ruas complicadas do pecado não é fácil. Até achar o caminho de saída leva tempo e tem que querer sair. Tem que estar disposto a pagar o preço de ir para a estrada. Uma vez chegando na estrada, fica mais fácil, não tem muito como se perder, mas ainda assim isso também é possível. Se você tiver a Bíblia como um GPS exato, você vai conseguir desde o começo da viagem até o destino final. Na estrada, você tem que estar no veículo certo e apropriado para chegar ao seu destino. Nem todos os veículos estão indo para a casa do Pai. Jesus, nosso amigo que nos convida para o seguir e aceitar o convite até a casa do Pai é o Caminho, a Verdade e a Vida. Se você não estiver no mesmo veículo que Ele (Ele está dirigindo) você não vai chegar na casa do Pai.

A santidade no amor

Introdução
Santidade (do grego ‘hagiosune’) é um estado que o seguidor de Cristo deve-se encontrar. É o resultado da santificação, que é o processo de purificação que o cristão passa para atingi-la. A santidade é o estado como o cristão deve estar ou andar, que é a consequência da santificação, ou seja, o processo de separação do cristão das corrupções da carne, não mais em impureza, mas em uma vida separada, ou melhor, consagrada ao Senhor. Deus realiza em nós “tanto o querer como o realizar” (Filipenses 2:13).
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