“Maldito aquele que fizer a obra do Senhor relaxadamente! Maldito aquele que retém a sua espada do sangue!” – Jeremias 48:10

 “Porque assim diz o Senhor: “Eis que uma nação voará como a águia e estenderá as suas asas contra Moabe.” – Jeremias 48:40

 O primeiro texto de hoje eu cresci na vida cristã ouvindo: “Maldito aquele que fizer a obra do Senhor relaxadamente!”

 Pois é! Mais de 3 décadas depois, entendo o contexto em que foi escrito. A nação de Moabe seria destruída pela Babilônia. Isto de fato aconteceu em 582 a.C. E a Babilônia seria amaldiçoada caso não cumprisse o seu papel, dado por Deus, com rapidez, eficiência e zelo.

 Entendendo o contexto, tirei três lições a respeito desse texto:

 1ª Servir a Deus exige zelo, obediência e prontidão. Lembrei de um texto escrito por Paulo sobre como devemos servir como igreja.

 “Quanto ao zelo, não sejam preguiçosos. Sejam fervorosos de espírito, servindo o Senhor.” – Romanos 12:11

 Conheço pessoas que são tão dedicadas no seu trabalho secular: planejam, dão o melhor de si, chegam no horário. Porém, dão o resto, o que sobra no tocante a dedicação à obra de Deus, dificilmente podemos contar com elas, são os últimos a chegar e os primeiros a sair, sempre estão com a desculpa na ponta da língua: “não tenho tempo”. Pessoas assim, enquanto mantiverem essa atitude, não serão utilizadas por Deus na sua obra de salvar o mundo.

 2ª Ser um servo de Deus exige pronta obediência, sem discussão dos termos, algo que a Babilônia fez na época. Fez-me lembrar de outro texto escrito por Paulo:

 “Nenhum soldado em serviço se envolve em negócios desta vida, porque o seu objetivo é agradar aquele que o recrutou.” – 2 Timóteo 2:4

 Nabucodonosor, rei da Babilônia, tinha sido recrutado por Deus para punir Judá e demais nações. E fez isso com maestria. Desse lado da cruz, naquilo que o Senhor nos chamar para fazer, façamos sempre o melhor, pois fomos convocados pelo Senhor dos Exércitos.

 3ª Lembremo-nos que a obra é de Deus, não nossa. Isso impedirá que fiquemos desanimados quando os resultados parecem não aparecer ou orgulhosos quando eles aparecem. A Babilônia, com o tempo, portou-se de uma maneira como se fosse ela a responsável pelo trabalho e não apenas um instrumento nas mãos do Senhor. Do mesmo modo agirá Roma no Novo Testamento. Lembremos que tudo o que fazemos deve ter Deus e sua aprovação como a grande motivação.

 Que façamos a obra de Deus, seja ela qual for, de maneira dedicada, com esmero e zelo. Pois, no Senhor, nosso trabalho jamais será em vão.

 “Portanto, meus amados irmãos, sejam firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o trabalho de vocês não é vão.” – 1 Coríntios 15:58