À Procura da Satisfação

Diz um cântico: “satisfação é ter a Cristo, não há prazer maior já visto, sou de Jesus e agora digo, satisfação sem fim”. Bom o tempo em que os que diziam crer em Jesus se satisfaziam com o que Ele tem a oferecer. Nem sei mais se houve tal tempo, mas não é de hoje que agem como não sendo suficiente a plenitude de Cristo.

Vivemos em um tempo em que as pessoas estão buscando satisfação em tantas coisas que nos deixam escandalizados. Buscam satisfazer seus desejos sem se preocuparem com o que Deus pensa e diz. Eles não precisam tentar adivinhar o que Deus diz, assim como nós também não precisamos, eles têm a vontade de Deus escrita, basta comparar com o que fazem e é isso que fazemos e por isso nos escandalizamos com os atos deles. Vivem como se matassem a própria consciência e criam crenças e argumentos elaborados para se justificarem.

Qual a novidade? As pessoas estão abandonando a fé que foi pregada por Cristo e seguem doutrinas de homens, regras, dietas e argumentações religiosas. Sempre foi assim:

“O Espírito diz claramente que nos últimos tempos alguns abandonarão a fé e seguirão espíritos enganadores e doutrinas de demônios. Tais ensinamentos vêm de homens hipócritas e mentirosos, que têm a consciência cauterizada e proíbem o casamento e o consumo de alimentos que Deus criou para serem recebidos com ação de graças pelos que creem e conhecem a verdade. Pois tudo o que Deus criou é bom, e nada deve ser rejeitado, se for recebido com ação de graças, pois é santificado pela palavra de Deus e pela oração.” (‭‭1 Timóteo‬ ‭4:1-5‬ ‭NVI‬‬)

Quanto a nós, devemos pregar a Palavra e estar preparados, repreender, corrigir e exortar com toda paciência aqueles que criam doutrinas para satisfazerem a si mesmos e aos seus seguidores, aqueles que também buscam seus próprios interesses.

“Na presença de Deus e de Cristo Jesus, que há de julgar os vivos e os mortos por sua manifestação e por seu Reino, eu o exorto solenemente: Pregue a palavra, esteja preparado a tempo e fora de tempo, repreenda, corrija, exorte com toda a paciência e doutrina. Pois virá o tempo em que não suportarão a sã doutrina; ao contrário, sentindo coceira nos ouvidos, juntarão mestres para si mesmos, segundo os seus próprios desejos. Eles se recusarão a dar ouvidos à verdade, voltando-se para os mitos. Você, porém, seja moderado em tudo, suporte os sofrimentos, faça a obra de um evangelista, cumpra plenamente o seu ministério.” (‭‭2 Timóteo‬ ‭4:1-5‬ ‭NVI‬‬)

Para fazer a obra de Deus, precisa ter tanta paciência quanto Deus tem tido. O caminho da indignação e condenação nunca levou ninguém até o céu. O exemplo de Deus para nós é a misericórdia. Continuemos, sim, julgando este mundo de acordo com a Palavra. Que o julgamento não seja o que nos agrada, mas de acordo com a vontade de Deus, de acordo com a sã doutrina. Deixemos a condenação, já avisada na Palavra escrita, para Deus.

Paciência é necessária pois estamos vivendo um novo tempo de incredulidade cada vez mais desafiadora. As pessoas, inclusive as que se dizem religiosas, não suportam a sã doutrina e estão procurando satisfação das seus próprios desejos. Querem que alguém lhes satisfaça como fosse uma coceira inofensiva que sentem. Eles preferem mitos, muitos contos, ambientes controlados onde se operam maravilhas que nunca se realizariam num hospital onde centenas ou milhares de pessoas seriam verdadeiramente beneficiadas. Preferem criar o próprio ambiente deles ao invés de deixar boquiabertos os médicos e cientistas com o que dizem ser verdade, mas não podem provar.

Mesmo que este seja o quadro da imagem real, não deve nos impedir de ir pelo caminho simples e pregar o evangelho simples como Cristo ordenou. Acreditemos nós no poder salvador da Palavra de Deus.
Nosso papel é moderação, sofrer calados quando somos injuriados ou ameaçados, falar como atalaia que avisam sobre o perigo iminente, fazer a obra de compartilhar o evangelho com uma pessoa de cada vez e fazer o que fomos chamados para fazer. Não procuremos nós também satisfação própria baseada em nossos desejos.