Eu tenho certeza que você já se pegou escolhendo algum dos personagens bíblicos como seu “preferido”, aquele que mais te chama a atenção e que você gostaria de ser. Mas você já reparou que geralmente queremos imitar a boa qualidade deles e nos esquecemos de tudo o que eles passaram para chegar até o fim de sua jornada?
Queremos que Deus nos chame de amigo como fez com Abraão, mas será que queremos sacrificar nosso filho? Queremos ter a fidelidade de José, mas será que queremos ser traídos e vendidos como escravos por nossos irmãos e ficar presos injustamente? E imagine todos os outros que pensamos em ser mas não queremos passar por suas dificuldades.
Números 27.12-17 mostra uma dessas histórias:
“Então o Senhor disse a Moisés: “Suba este monte da serra de Abarim e veja a terra que dei aos israelitas. Depois de vê-la, você também será reunido ao seu povo, como seu irmão Arão, pois, quando a comunidade se rebelou nas águas do deserto de Zim, vocês dois desobedeceram à minha ordem de honrar minha santidade perante eles”. Isso aconteceu nas águas de Meribá, em Cades, no deserto de Zim. Moisés disse ao Senhor: “Que o Senhor, o Deus que a todos dá vida, designe um homem como líder desta comunidade para conduzi-los em suas batalhas, para que a comunidade do Senhor não seja como ovelhas sem pastor”. NVI
Não vamos aqui contar toda a história de Moisés, mas basta lembrarmos que ele inicialmente foi criado como filho da filha de faraó, viveu até os 40 anos num palácio, depois foi perseguido por esse mesmo faraó e fugiu para o deserto onde viveu por 40 anos e depois disso Deus o chamou para libertar seu povo, onde passou outros 40 anos guiando uma multidão pelo deserto em caminho à terra prometida.
Nessa passagem de Números vemos a parte final dessa história. Moisés é avisado por Deus que não entrará na terra prometida por causa de sua desobediência em Êxodo 17. E aqui começamos a ver toda a grandeza do homem Moisés.
Talvez, se fôssemos um de nós que recebesse a notícia que não entraram na terra prometida após ser o líder do povo por 40 anos, os conduzindo no deserto com todas as aflições que isso causa, toda a rebeldia do povo e, às portas do destino final ser informado que seria impedido, como reagiremos? Tão próximo da terra e ao mesmo tempo tão longe! Ficaríamos bravos? Decepcionados? Revoltados?
Mas como Moisés reagiu? Não teve nenhuma dessas atitudes que nós talvez teríamos, mas a primeira coisa que fez foi louvar a Deus, reconhecendo que toda vida procede Dele. Depois pede a Deus que coloque alguém que pudesse conduzir o povo em todos os seus caminhos, para que eles não fossem como ovelhas sem pastor.
Moisés conduziu o povo como sendo esse pastor. Moisés os liderou em batalhas. Josué será aquele que Deus colocará no lugar de Moisés e será um grande líder também. Mas ainda podemos enxergar um pouco mais à frente.
Se procurarmos com atenção veremos que essa descrição da pessoa que Moisés narra se encaixa perfeitamente em Jesus. Esse é o líder maior que vai conduzir seu povo à verdadeira terra prometida; Ele será esse pastor que Moisés cita.
Moisés cumpriu sua missão e aceitou a vontade de Deus para ele. Não entrou na terra prometida terrena e física, mas alcançou a celestial. Temos quem está nos conduzindo hoje à Canaã Celestial. Basta imitarmos Moisés. E estamos cada dia mais perto dela.
